Estudando o Espiritismo

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domingo, 13 de janeiro de 2019

A CARIDADE COM OS CRIMINOSOS

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=467

A CARIDADE COM OS CRIMINOSOS PARTE I
Elizabeth de França lembra, nesta mensagem, da caridade em relação aos criminosos, aos infelizes, também filhos de Deus, a quem Ele ama e lhes dará o perdão e a misericórdia, após seu arrependimento, dando-lhes novas oportunidades de reparação e de aperfeiçoamento, como faz para com todos.

O amor de Deus, sempre absoluto, não faz distinção de pessoas, porque Ele é imutável e a parábola da ovelha perdida, narrada por Mateus, 18: 10 a 14, por Lucas, 15:3 a 7, a dos Trabalhadores da Última Hora, Mateus, 20: 1 a 16, dando oportunidades a todos que quiseram trabalhar, a parábola do Filho Pródigo, Lucas, 15:11 a 32, contadas por Jesus, atestam bem o amor do Pai por todos os seus filhos.

Seu amor e misericórdia são imutáveis e sua justiça também, portanto, cada um receberá sempre segundo suas obras.

Lembra a autora que caridade não é só dar esmolas nem mesmo quando acompanhadas de palavras de consolação. É muito mais do que isso.

É ser benevolente, constantemente, e em todas as coisas para com o próximo, e ser benevolente é ter boa vontade para com os outros, tanta quanto a deseja para si.

Assim, ser caridoso com os criminosos não é deixar-lhes livres para continuar cometendo desatinos, mas sim, compreendê-los como pessoas equivocadas.

Considerá-los como doentes, muito necessitados, filhos de Deus, criados como todos os demais, que um dia, graças às leis divinas, tornar-se-ão bons e sábios, exatamente, como todos.

Ser caridoso com os criminosos é pensar neles, com piedade pelo que fazem orar por eles, pedindo a Deus, que eles possam conhecer a realidade da vida espiritual, eterna e progressiva, a fim de que se arrependam e busquem transformar-se, ao invés de pensar e dizer: “É um miserável; deve ser extirpado da Terra”.

Jesus diria isso?!

Afirma a autora que se deve sempre perdoar os criminosos. Recusando esse perdão, a pessoa está sendo mais repreensível, mais culpada do que eles, porque quase sempre esses criminosos “não conhecem a Deus como o conheceis, e lhes será pedido menos do que a vós”.

Não se deve esquecer nunca de que os homens são julgados pelas leis divinas, exatamente com julgam os outros, e que enquanto Espíritos em desenvolvimento, estamos, todos nós, sujeitos a erros, a enganos e todos precisamos de indulgência.

Menciona ela algo muito importante, nem sempre evidenciado, no viver cotidiano: “Não sabeis que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza, mas que o mundo não considera sequer como faltas leves?”

No processo evolutivo do Espírito imortal, sua responsabilidade nos seus atos, é sempre de acordo com seu entendimento. Quanto mais inferior, menos se lhe é exigido, pois, ninguém pode dar o que não possui; quanto mais evolui em entendimento, mais responsável é pelo que sente, pensa e faz.

Perdoar aos criminosos, não é, pois, livrá-los das conseqüências dos seus atos, mas amenizá-las tanto quanto possível, na confiança de sua regeneração, na sua perfectibilidade e nas leis de Deus.

Um dia, a lei divina trazida por Jesus reinará no mundo. Para isso é preciso que nos amemos uns aos outros como filhos de um mesmo Pai, com a mesma origem, o mesmo destino, as mesmas potencialidades, as mesmas oportunidades.

Por isso, não devemos desprezar ninguém. A presença de grandes criminosos na Terra é possível, por ser ela um mundo de expiações e de provas, onde estamos todos nos desenvolvendo, nas variadas experiências que este viver nos propicia.

Assim, o bem e o mal se mesclam, para que os homens aprendam e distingui-los, acolhendo um e rejeitando o outro, mas amparando sempre o que faz o mal.

Dessa maneira, o mal na Terra pode se constituir em instrumento de aprendizado para a evolução espiritual do Espírito imortal.

Quando a lei do amor imperar na Terra, não haverá mais necessidade dessa mescla de bem e mal “e todos os Espíritos impuros serão dispersados pelos mundos inferiores, de acordo com as suas tendências” , onde irão continuar seu desenvolvimento moral.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Janeiro/ 2010

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=468

A CARIDADE COM OS CRIMINOSOS PARTE II
Robert Felicité de Lamennais, que assina esta mensagem, de 1862, foi um padre, filósofo e escritor francês, nascido em Saint - Malo, França em 1782.
Foi autodidata, tendo sido ordenado sacerdote em 1816, aos 34 anos.Escreveu livros defendendo a autoridade da Igreja contra as tendências de independência da Igreja francesa, de 1825 a 1829.Depois, muda para um catolicismo mais liberal, funda um jornal L’Avenir (O Futuro), defendendo mais justiça social e a separação da Igreja e do Estado.Suas opiniões são condenadas pelo Papa Gregório VI, na encíclica Mirare vos (1832).Em 1834, publica Palavras de Um Crente, obra lírica, onde lança um apelo em favor da liberdade da igreja, que provoca sua ruptura com o Vaticano, pela encíclica Singulari nos (1837).
Continua escrevendo livros, desenvolvendo sua concepção de um cristianismo sem igreja, capaz de reagrupar o povo, conduzindo-o ao progresso pela caridade.
Em 1841, ataca o governo, e foi condenado á prisão por um ano.
Em 1848, foi eleito deputado.Desencarna em Paris, em 1854, sem ter-se reconciliado com a igreja católica.

             Nesta mensagem de 1862, ele responde à questão:

“Um homem está em perigo de vida. Para salvá-lo, deve-se expor a própria vida. Mas sabe-se que é um malvado, e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve-se, apesar disso, arriscar-se para o salvar?"

Afirma que responderá segundo o seu “adiantamento moral, desde que se trata de saber se devemos expor a vida, mesmo por um malfeitor.”

“A abnegação é cega. Socorre-se um inimigo; deve-se socorrer também um inimigo da sociedade...”, justificando essa última afirmativa com o argumento de que, provavelmente, com esse gesto está-se arrebatando-o da morte, mas também da sua vida passada.

Nesses momentos em que ele corre o risco de desencarne, toda sua vida se ergue diante dele, em frações de segundos, podendo despertá-lo para o arrependimento, para uma transformação, que o faz merecedor de continuar sua existência.

O Espiritismo, esclarecendo a continuidade da vida do Espírito, demonstra que sempre a caridade deve falar mais alto, independentemente das qualificações das pessoas, pois ninguém pode prever as reações dos homens, diante de um ato de amor.

Assim, mesmo se não acontecer a vontade de transformar-se, ainda assim, a caridade para com o próximo será sempre a melhor solução, tanto para quem dá como para quem recebe.

Como ninguém pode saber o que se passa no interior de qualquer pessoa, não se pode deixar de fazer o bem para evitar supostas conseqüências.

Podemos lembrar também que se houver o desencarne do salvador, provavelmente, ele já estava previsto para ser desta forma, por alguma dívida do passado. Ele fez o que sentiu dever fazer. Mas, mesmo se assim não for, esse desencarne será sempre um ato de amor ao próximo, que o engrandecerá diante da Espiritualidade Maior.

Sempre que houver a possibilidade de auxiliar alguém, deve-se fazê-lo, sem indagar do seu merecimento ou não. “Podeis salvá-lo: salvai-o.”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Fevereiro / 2010

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