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Estudando o Espiritismo
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domingo, 13 de janeiro de 2019
Fazendo o que todos fazem
Há algum tempo, um programa televisivo dramatizou uma das questões que, com certeza, muito preocupa a todos nós: a violência.
A história girava em torno da vida de uma assistente social devotada à recuperação de jovens delinqüentes.
Defensora dos direitos de tais criaturas, trazia sempre nos lábios frases de ponderação, mesmo face à descrição de crimes terríveis cometidos pelos jovens.
Até o dia em que foi surpreendida, em seu próprio lar, pela invasão de um garoto que, armado com um revólver, a subjugou e, durante horas, a manteve prisioneira.
Nesse período, despejou a sua raiva em gestos e palavras, levando a profissional à exasperação.
Depois de exaustivas horas de ameaças e agressivas atitudes, ela conseguiu tomar de uma arma e a apontou na direção do seu agressor.
Nesse instante, o povo opinou e decidiu, ante três alternativas, qual deveria ser o desfecho do drama: perdoar, entregar o delinqüente à lei ou vingar-se.
De forma maciça, as pessoas optaram pela última alternativa. E então, como é o povo que decide nesse programa, o jovem foi abatido com um tiro no peito.
Ante o seu conflito, ao perceber o que fizera, a senhora teve amenizado o seu arrependimento por um amigo que afirmou: "Você não fez nada além do que qualquer outro faria, em seu lugar. Afinal, ele não passava de um criminoso."
O que nos surpreendeu foi justamente a votação das pessoas, optando pela vingança, ou seja, pela sumária execução do delinqüente.
Será de nos surpreendermos que a violência abunde no Mundo, quando nós mesmos trazemos a informação e a predisposição à agressão, à destruição?
E se fosse o nosso filho o agressor, teríamos a mesma disposição?
Compete-nos pensar um tanto mais a respeito das delicadas questões da vida e do que nos prescreve o Evangelho, como salutar medida.
Recordar que Jesus perdoou os Seus algozes. Ele, cujo poder poderia ter destruído os agressores, rogou ao Pai pelos inconseqüentes.
Pensar o quanto erramos, dilapidando a Lei Divina e, contudo, nosso Pai não nos extermina.
Concede-nos a reencarnação, a outra chance, para a emenda.
Permite-nos retificar os atos e nos recuperarmos.
Como podemos agir de forma diversa?
Caridade para com os criminosos é o que dita o Evangelho.
Segregação do convívio social, pelo grau de periculosidade, reeducação de hábitos, trabalho para o reajustamento, a par das coisas básicas de que necessita o homem, nesta vida: alimento, escola, lar, saúde.
Eis a fórmula para erradicar a violência da Terra e do coração do homem.
* * *
O criminoso é um doente, digno de piedade.
Ele também é nosso próximo, como o melhor dos homens.
Sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a nossa, para se aperfeiçoar.
Podemos ajudar a tais criaturas com a oração, rogando a Deus que assista a esses Espíritos pelo tempo que ainda hajam de passar na Terra.
Redação do Momento Espírita com base no item 14,
do cap. XI de O evangelho segundo o espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 02.01.2008.
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