Egoísmo na Visão Espírita
Na questão 913 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos espíritos da codificação qual seria, dentre todos, o vício a ser considerado o mais radical:
“Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacarmos o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento do egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.”
Sem lutar contra o egoísmo torna-se impossível evoluir ou almejar a superação de quaisquer outros defeitos, pois todos os atos negativos têm, de certa forma, uma motivação egoísta em sua gênese.
Na questão 917, os espíritos da codificação elucidam: “O Egoísmo se enfraquece à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e sobretudo com a compreensão que o espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas.”
Precisamos valorizar e priorizar a cada dia a conquista dos valores morais. Os bens da terra são para nosso uso como ferramenta evolutiva, mas não devem ser objetos de apego. Com essa compreensão e a certeza de que a vida é eterna e única, estamos dando o primeiro e importante passo para acabar de uma vez com o egoísmo de nossos corações.
(Fonte: Jornal O Clarim)
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