Estudando o Espiritismo

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domingo, 13 de janeiro de 2019

A Fé e a Caridade


https://espirito.org.br/palestras/fe-e-a-caridade/

A Fé e a Caridade
“O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI, item 13″
Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Adriana Barreiros
Rio de Janeiro
09/10/2002

Dirigente do Estudo:
Marcio Alves

Oração Inicial:
<Moderador_> Senhor Jesus, estamos iniciando mais um estudo espírita, trazendo, para aqueles que nos acompanham, a Tua palavra de amor. Queremos Te pedir, Senhor, que nos permita ter a paz necessária para a realização do estudo de hoje. Pedimos que permitas aos bons espíritos que venham em nosso auxílio, inspirando nossa amiga Adriana e abrindo nossos corações às suas palavras. Pedimos, ainda, o auxílio dos espíritos superiores que orientam o trabalho na Internet. Que eles possam vir nos amparar e melhorar cada vez mais o nosso ambiente de estudo. Assim, Senhor, queremos que a Tua palavra entre em nossos corações e que lá faça morada e que possamos, nesta noite, aprimorar nossa jornada evolutiva com o que vamos receber. Com a Tua permissão, com a permissão de Deus nosso Pai e com a ajuda dos espíritos superiores, iniciamos o estudo de hoje.

Que assim seja!

Mensagem Introdutória:
NA EDIFICAÇÃO DA FÉ

Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, ao trabalho, naquilo que o trabalho oferece de belo e de superior dentro da vida.

Para alcançar, porém, a divina construção, não nos bastam os primores intelectuais, a eloqüência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência.

Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da tirania e da morte.

Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrinas de palavras brilhantes e vazias.

Muitos adoradores da divindade, freqüentemente, mergulham-se na preguiça a pretexto de cultuar a glória celeste.

Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior.

Amemos o trabalho que a eterna sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.

Não te queixes se a fé ainda te não coroa a razão.

Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações, à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza ao redor de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para alvo de teu destino. Aprende a repetir para que te aperfeiçoes. Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam.

Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-se-á com a nossa flama singela.

A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força.

Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com ele, avançando felizes em seu roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo cada vez mais, em seu nome, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz.

É que o trabalho de comunhão com o Mestre terá realizado em nós a sua obra gloriosa e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração.

Emmanuel
Do Livro: A Verdade Responde
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: IDEAL

Exposição:
<Adrianabcm> Boa noite a todos!

O tema de hoje conecta sentimento e ação, um elemento que move o outro: a fé e a caridade.

Fé, diferente de crença, expressa o sentimento do homem em relação à razão da vida, às relações entre os homens e seu Criador. Ter fé é identificar dentro de nós algo maior que nós mesmos e nosso mundo, responsável por tudo que há ao nosso redor e por nós inclusive. É reconhecer-se criatura e confiar no Criador.

Sem ela, a vida perde seu sentido mais amplo, o altruísmo, a caridade, o desejo do progresso e do bem-estar alheios se esvaem, cedendo lugar às satisfações imediatistas, aos prazeres efêmeros, ao egoísmo e ao materialismo.

O espírito protetor que nos trouxe esta mensagem, item 13 do capítulo XI do Evangelho Segundo o Espiritismo, nos diz que sem a fé não seria possível haver a verdadeira caridade. Esta só pode ser exercida pela “abnegação, pelo sacrifício constante de todo o interesse egoísta,…”

As pessoas sem religião, sem este vínculo com o Criador, não compreendem que somos todos irmãos e necessitados uns dos outros para vencer as tribulações da vida.

Se não reconhece a Deus, não vê muito além de suas próprias necessidades, podendo até ter impulsos de generosidade, porém, não a ponto de ser abnegado ou resignado.

Se nos ocupamos somente de nossa felicidade, onde o espaço para a caridade? Atropelamos as necessidades alheias para satisfazer as nossas próprias, não fazemos concessões em prol do outro e, muitas vezes, pagamos o preço da desarmonia entre os que estão ao nosso redor.

A prática do bem, para a pessoa que tem fé, está acima da materialidade e suas ofertas tentadoras. Precisamos lutar contra o egoísmo, promovendo o bem ao próximo, abafando o orgulho, olhando para o outro e vendo nele um irmão e não alguém inferior.

Me recordo de uma canção dos anos idos de não sei quando, uma canção americana chamada “he ain’t heavy, he’s my brother”. Esta música é belíssima em letra e melodia e fala de uma pessoa que carrega a outra, por uma longa estrada, com muitas curvas, com muitas dificuldades e ao ser questionado se o homem que ele carregava não era pesado, ele responde: ele não é pesado, ele é meu irmão!

Estes atos que praticamos para o bem do próximo, exigindo de nós o sacrifício e a entrega, são a demonstração da fé viva em nós.

Quando indagados a respeito das dificuldades do homem dominar suas más inclinações, os Espíritos superiores responderam a Allan Kardec, que sempre se pode conseguir a libertação quando a pessoa tem em si uma vontade firme e poderosa. Vontade é fé.

A fé pode e deve ser multiplicada, pois é uma alavanca que pode nos ajudar em muitas realizações. Muitos desses que buscam os centros espíritas para pedirem ajuda, estão doentes da fé.

A fé pode ser desenvolvida por vários fatores. E quem quiser ser forte em termos espirituais, com naturais conseqüências na vida material, deve procurar desenvolver essa potencialidade que dormita em nosso coração

Alguns procedimentos podem ser tomados para que a fé seja fortalecida. O primeiro deles, é ter paciência. Sim, pois a fé não se conquista do dia para a noite, ela vem como resultado de outras providências igualmente morosas para o Espírito. O estudo deve ajudar aquele que deseja desenvolver sua fé a compreender os mecanismos inteligentes da vida.

A experiência encarnatória segue orientada por um plano traçado por Deus em torno do próprio Espírito. Entender que a vida flui naturalmente e que não adianta violentá-la, desejando alguém ser uma coisa que não pode ser.

Agir com moderação, quando avançar, dando tempo para que as pedras do grande jogo a que se está incluído possam ser movidas convenientemente.

Outra providência indispensável é a oração. Com ela, protegemo-nos da influência dos maus Espíritos e abrimos nosso coração para a inspiração dos anjos e dos nossos guardiães invisíveis.

Sem orarmos diariamente, em particular, a vida toma um aspecto sombrio. Torna-se semelhante a um vidro embaçado pelo vapor, que nos tira a clara visão de tudo. Orando, desligamo-nos um pouco das coisas materiais e nos voltamos para nossa própria natureza: a espiritual.

A prece é uma experiência pessoal, que precisa se desenvolver na intimidade do ser.

A humildade é amiga da fé. O orgulhoso, o soberbo, aquele que pensa em si ou em sua glória não pode estar imbuído da verdadeira fé.

Sempre que nossas preocupações estiverem voltadas para nossa personalidade, estamos no caminho contrário ao de amar ao próximo como a nós mesmos, conforme assevera Jesus. Simplicidade no viver.

Paulo de Tarso, ao referir-se ao conjunto de valores do coração, denominando-o “caridade”, assim se expressa: “A caridade tudo sofre, tudo espera, tudo crê. Não folga com a injustiça, mas folga com a Verdade”. Como se vê, é um estado especial, particular daquele que crê em Deus, na Vida Eterna e na Promessa de Jesus.

A fé, quando desenvolvida, pode ser um grande instrumento da prática do Bem. Com ela, podemos estender as mãos abençoando os que sofrem, doentes, obsedados, perdidos.

Busquemos a fé verdadeira, e ela nos levará ao exercício inevitável da caridade.

Oração Final:
<Wania> Amigos, busquemos em nossos pensamentos a figura do Mestre Jesus. Rogamos a Ti, Senhor da Vida, que nos ampare a vontade de Te servir, de levar a Tua mensagem a tantas pessoas, que muitas vezes, não teremos a oportunidade de conhecer. Ampare nosso ambiente virtual, transformando-o em ponto de luz para todos que dele necessitarem. Permaneça conosco no decorrer da semana e que a Espiritualidade amiga possa nos sustentar e nos inspirar a cada dia. Que seja em Teu nome, em nome de Cairbar Schutel , mas sobretudo em nome de Deus, a finalização de mais uma reunião de estudos no Canal Espiritismo.

Que seja assim agora e sempre!

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