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Estudando o Espiritismo
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domingo, 16 de setembro de 2012
Formação da Matéria
Miramez
A formação da matéria perde-se na eternidade do tempo e nos caminhos infinitos do espaço. O homem de bom senso contenta-se com o saber que surge na gradatividade dos seus próprios passos. Às vezes se encontra na Terra, revelações altamente iluminadas, mas somente as encontramos quando estamos preparados em Espírito e em verdade.
A verdadeira gênese da matéria, no modo pelo qual pensamos, escapa dos nossos sentidos, falta-lhes algo para os determinados registros da sua formação. No entanto, sabemos de alguma coisa que nos capacita a dizer: a forma vibra em uma baixa freqüência. A cadência é demorada para que possa ser vista, como o é palpável, e os laços que a envolvem são de um agente invisível que lhe sustenta e dá vida no estado em que se encontra.
Quem pensa e fala que a matéria está morta, não descobriu que também faz parte dos mortos de Espírito. Nada tem a inércia total. A vida palpita em tudo, com grande empenho de expressar o Criador. Tudo que pensarmos ser matéria primitiva, longe está da verdade, ainda estamos no princípio dos estudos sobre ela. Se o macrocosmo é infinito, o microcosmo obedece a mesma lei.
A formação da matéria segue leis que orientam a descida da energia divina, na mais perfeita harmonia que podemos pensar. Ao começar a sair do centro de vida do Criador, ela inicia a sua transformação de variadas conseqüências. A idade da matéria não pode ser contada pelos moldes que conhecemos, no acanhado mundo que vivemos e nas prisões em que se encontram os homens.
Estamos caminhando para um conhecimento mais concreto sobre as leis naturais, cujas forças fazem agregar-se elementos e desabrocharem energias sutis, guardadas no seio da própria forma, viajando na sutileza dos ventos, acomodadas nos ambientes suaves das águas e concentradas para despertar as consciências das árvores. O homem pode ficar de posse destes tesouros — maravilhas da natureza —desde que ele abra as portas do entendimento, sem que haja inversão dos próprios valores. Eles, esses tesouros, deverão ser usados na verdadeira acepção da palavra universal!
Ainda no seio da família humana vigora a contradição, desde que não apoiemos as idéias de quem as transmite, pois Deus não está sujeito às ordens humanas, nem os Espíritos superiores às leis feitas para nos disciplinarem.
Dás pouco valor à matéria, por viveres dentro dela e desconheceres o que desfrutas das suas qualidades. Ela registra tudo o que fazes, na sua mais íntima estrutura, para dar contas ao Criador. Quando ages em desacordo com as leis naturais, a única pessoa a quem enganas é a ti mesmo. Essa é a realidade, que a própria ciência haverá de afirmar no âmbito da sua evolução como ciência divina. Se queres compreender pela razão as mudanças da matéria, observa uma semente que plantas, acompanhando seu progresso na formação de uma árvore e, em seguida, os frutos. Nas entranhas da mãe, no aproveitamento das energias que nela são armazenadas, gera-se o corpo do filho, o mais perfeito aparelho surgido na Terra. O que fizemos para que isso acontecesse?
A transformação da matéria é um milagre, fenômeno esse ainda por desvendar, Os agentes deste acontecimento são Espíritos que aprenderam a amar, estudando o Amor como uma ciência do mais alto valor espiritual. Vamos dar as mãos, inteligências presas na carne e livres em Espírito, para que a escola do amor cresça em todos os rumos e estimule o coração a viver essa virtude incomparável.
Livro Filosofia Espírita - Volume 1.Psicografia de João Nunes Maia
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