Idéias Principais:
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem, não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização, mais ou menos sensitiva.
Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos médiuns audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
É importante considerar que as percepções de influências espirituais são detectadas pelo fenômeno mental da sintonia. Nossa mente, sendo um núcleo de forças inteligentes, gera pensamentos plasmados que, ao se exteriorizarem, entram em comunhão com as faixas de idéias do mesmo teor vibratório, estabelecendo-se assim, a sintonia mediúnica.
Atraímos Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais.
A mediunidade, pois, não basta por si. Sendo uma faculdade própria da espécie humana, ela existe desde as épocas pregressas, encontrando, porém, na Doutrina, um sentido mais elevado e disciplinado.
Os discípulos de Sócrates referem-se, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente.
Reporta-se Plutarco ao encontro de Bruto, certa noite, com um dos seus perseguidores desencarnados, a visitá-lo, em pleno campo.
Em Roma, no templo de Minerva, Pausânias, ali condenado a morrer de fome, passou a viver, em espírito, aparecendo e desaparecendo aos olhos de circunstantes assombrados, durante largo tempo.
Sabe-se que Nero, nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, sua genitora e esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo.
Com o surgimento do Cristianismo, a mediunidade atinge a sublimação com as manifestações provocadas por Jesus e, mais tarde, pelos apóstolos.
Na Idade Média, a mediunidade prossegue vitoriosa nos feitos de Francisco de Assis, nas visões de Lutero ou nos desdobramentos de Tereza D’Ávila, para culminar, nos tempos modernos, nas prodigiosas manifestações de Swedenborg.
O dom mediúnico, por ser uma conquista evolutiva da forma hominal, não deverá se limitar a mera produção dos fenômenos. O médium deve buscar iluminações íntimas, a fim de se tornar um instrumento de progresso para felicidade própria e coletiva.
Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc. A mediunidade de efeitos físicos foi muito comum na nascente do Espiritismo, e surgiu com a finalidade maior de chamar a atenção dos encarnados sobre as manifestações do Além. Estão incluídos neste gênero de mediunidade os fenômenos ocorridos em Hydesville (USA) e as mesas girantes e falantes, notadamente na França, no século passado.
Os Espíritos que se prestam a estes tipos de manifestações, ou seja, ruídos, pancadas, deslocamento de objetos, vozes diretas, materializações, transportes, geralmente são de pouca evolução. Na realidade, são mais levianos do que maus, que se riem dos terrores que causam e das pesquisas inúteis que se empreendem para a descoberta da causa do tumulto. Agarram-se com freqüência a um indivíduo, comprazendo-se em o atormentarem e perseguirem de casa em casa. Doutras vezes, apegam-se a um lugar por mero capricho.
Em alguns casos, mais louvável é a intenção a que cedem: procuram chamar a atenção e pôr-se em comunicação com certas pessoas, quer para lhes dar um aviso proveitoso, quer com o fim de lhes pedirem qualquer coisa para si mesmos.
Médiuns sensitivos, ou impressionáveis: chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. A impressionabilidade é mais um caráter geral do que especial, já que todos os médiuns são mais ou menos sensitivos. É a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade, como o cego reconhece a aproximação de tal ou qual pessoa.
Os médiuns audientes ouvem a voz dos Espíritos. É, algumas vezes, uma voz interior que se faz ouvir no foro íntimo, doutras vezes, é uma voz exterior clara e distinta, qual a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, travar conversação com os Espíritos.
Esta faculdade é muito agradável quando o médium só ouve Espíritos bons. Assim, entretanto, já não é quando um Espírito mau se lhe agarra, fazendo-lhe ouvir a cada instante as coisas mais desagradáveis e não raro as mais inconvenientes.
Os médiuns falantes transmitem a mensagem espírita através da fala. Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes.
Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembranças precisas do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. Raro é que esta faculdade se mostre permanente; quase sempre é efeito de uma crise passageira. A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade, mas não constituem propriamente falando, o que se chama médium vidente.
Médium sonambúlico é aquele que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos.
Os médiuns curadores são aqueles que têm o dom de curar pelo simples toque, olhar ou imposição de mãos, sem o uso de medicação. É, sem dúvida, ação do magnetismo animal, que produz a cura, porém, deve ser classificada como mediunidade porque as pessoas que têm este dom, não agem sozinhas, mas pela intervenção dos Espíritos desencarnados.
Médiuns pneumatógrafos são os médiuns que produzem escrita direta sem tocarem no lápis ou papel. Já os médiuns escreventes ou psicógrafos, transmitem a mensagem espiritual utilizando lápis e papel.
De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos revelam melhor a sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou da sua inferioridade.
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