24ªMEDIUNIDADE COM JESUS
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1 - Parte A - MEDIUNIDADE COM JESUS
Em diversas profissões, cultiva-se o anseio de
melhoria, de aperfeiçoamento. O advogado, o médico, o engenheiro, o artífice
etc., exercendo tecnicamente suas funções, cooperam, eficientemente, com o
Senhor da Vida. A mediunidade, seja ela qual for, quando praticada
corretamente, possibilita ao homem sua marcha redentora até atingir os cimos da
espiritualidade.
Em função do estágio evolutivo em que se encontra a
Terra, os problemas materiais ainda falam mais alto aos interesses humanos: ao
personalismo, à vaidade, à prepotência e ao amor-próprio. A condição, ainda
inferior da individualidade espiritual do homem, concorre para que o Mais Alto
encontre no homem forte obstáculo à livre, plena e espontânea manifestação.
Esclarecem os Instrutores Espirituais que a mente é
a base de todos os fenômenos mediúnicos. Assim sendo, a natureza dos
pensamentos, o tipo das aspirações e o sistema de vida, a se expressarem
através de atos e palavras, pensamentos e atitudes, determinarão, sem dúvida,
as qualidades dos Espíritos que, pela Lei da Afinidade, se sintonizarão com os
homens em suas tarefas cotidianas e, especificamente, com os médiuns, nas
práticas mediúnicas.
Cada médium, cada homem terá de reconstruir a
própria edificação interior. Este processo renovatório se verificará,
indubitavelmente, seguindo o ensinamento espírita-cristão, com a modificação
dos hábitos, aprimoramento dos sentimentos, melhoria do vocabulário, exercício
da fraternidade, amando e servindo, estudando e aprendendo, incessantemente.
No serviço da mediunidade, como traço de união
entre o Céu e a Terra, o homem, sob a inspiração de Jesus, poderá apresentar as
mais sublimes expressões de fraternidade, na prática de amar ao próximo como a
si mesmo. Em síntese, diz Martins Peralva, em "Estudando a
Mediunidade" , cap. XXIX, que os principais objetivos do exercício
mediúnico com Jesus são:
"a) Para os encarnados:
1. Cooperação com encarnados e desencarnados no
serviço de reconforto e esclarecimento;
2. Auto-educação, pela renovação dos sentimentos,
com aproveitamento das mensagens de elevado teor;
3. Construção de afeições preciosas no Plano
Espiritual, consolidando, assim, as bases da cooperação e da amizade superior.
b) Para os desencarnados:
1. Preparação de facilidades para os que tiverem de
reiniciar o aprendizado, pela reencarnação, mediante o auxílio aos atuais
desencarnados;
2. Auxílio aos reencarnados e desencarnados no
esforço de libertação das teias da ignorância e do sofrimento;
3. Transmissão, aos reencarnados, dos
esclarecimentos edificantes dos grandes Instrutores que operam com Jesus na
redenção da Humanidade".
Estes objetivos sedimentarão, desta forma, a base
para a multiplicação dos talentos recebidos e conquistados ao longo de
multimilenar experiência.
Não se pode esquecer, ainda, em termos de
mediunidade que ela assume todas as características de exaltação divina, em
Jesus. O Cristo cedo começou seu apostolado excelso, porquanto já aos doze anos
estava entre os doutores da lei, esclarecendo aos homens os valores da vida
espiritual. Ao final da vida terrena deixou na Boa Nova a lição imortal do amor
divino; entretanto, até hoje, os homens, em sua maioria, apenas se preocupam
com os fenômenos e somente falam de seus "milagres", sem se
preocuparem em seguir os ensinamentos que Jesus deixou.
Quando seus apóstolos não conseguiam realizar os
"milagres", socorriam-se dele, e ele os incentivava a terem mais
confiança em Deus, mais fé. Assim foi no fenômeno da tempestade acalmada (Mt
8:26), quando disse: "Por que estais com medo, homens de pouca fé?"
Também na cura de um lunático (Mt 17 :14 a 20) ensina aos discípulos, que não
realizaram a cura "por causa da vossa pouca fé", complementando que
"se tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, a eles nada seria
impossível".
No dia de Pentecostes, vários fenômenos mediúnicos
marcam a tarefa dos apóstolos, mesclando efeitos físicos e intelectuais na
praça pública, e constituindo a mediunidade, desde então, como viga mestra de
todas as construções do Cristianismo, nos séculos subseqüentes.
Assim, amparados por Jesus, em seus continuadores
encontra-se a mediunidade pura e espontânea, como deve ser, distante de
particularismos inferiores. Neles, estão os valores mediúnicos a serviço do
Amor e da Sabedoria, exercidos com a mais elevada responsabilidade moral,
segundo as propostas do Divino Mestre.
O Evangelho não é o livro de um povo, mas um CÓDIGO
DE PRINCÍPIOS MORAIS, adaptável a todas as pátrias, a todas as raças e a todas
as criaturas, e representa a carta de conduta para a ascensão da consciência à
imortalidade. Jesus empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna,
exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a
fim de que as leis humanas se purificassem, se engrandecessem, se santificassem
e se elevassem para a integração com as Leis de Deus.
Bibliografia:
MECANlSMOS DA MEDIUNlDADE, cap. XXVI - André Luiz.
ESTUDANDO A MEDIUNIDADE , cap. XXIX- Martins
Peralva.
SEARA DOS MÉDIUNS, lição 62 - Emmanuel
2 - Parte B - A REALEZA DE JESUS
"O título de rei nem sempre exige o exercício
do poder temporal. Ele é dado, por consenso unânime, aos que por seu gênio se
colocam em primeiro lugar em alguma atividade, dominando o seu século e
influindo sobre o progresso da Humanidade. É nesse sentido que se diz: o rei ou
o príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores etc. Essa
realeza, que nasce do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não tem
muitas vezes maior preponderância que a dos reis coroados?" (ESE, cap. ll,
item 4).
Complementa Kardec, no mesmo item, que "a
realeza terrena acaba com a vida, mas a realeza moral continua a imperar,
sobretudo, depois da morte. Sob esse aspecto, Jesus não é um rei mais poderoso
que muitos potentados? Foi com razão, portanto, que Ele disse a Pilatos: Eu sou
rei, mas o meu reino não é deste mundo".
Foi o rei dos trabalhadores, pois abraçou o serviço
espontâneo, a favor da Humanidade, como sendo a tradução da própria fé.
Foi o rei dos servidores, pois se transfigurou em
servidor da comunidade, estendendo mais imediata assistência aos que se
colocavam no último plano da escala social.
Foi o rei da justiça, pois envergou a toga de juiz
e patrocinou a causa dos deserdados.
Foi o rei dos políticos, pois ensinou o acatamento
maior às autoridades constituídas.
Foi o rei dos médicos, pois, sem nenhum juramento
que o obrigasse a tratar os enfermos, amparou os doentes com extremada
solicitude.
Foi o rei da humildade, pois, podendo nascer em
"berço de ouro", optou pela manjedoura, socorrendo-se da
hospitalidade dos animais.
Foi o rei da liberdade, pois transmitiu a sua
mensagem libertadora, aconselhando aos homens libertar-se dos erros, porquanto
todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado, acrescentando que se
permanecessem os homens em sua Doutrina, seriam, verdadeiramente, seus
discípulos reconheceriam a verdade, que os libertaria.
Foi o rei da tolerância, quando aferroado pelos
soldados e vilipendiado pelo próprio povo que ajudara, disse: "Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc, 23:34).
Foi o rei do amor, quando deu o novo mandamento,
dizendo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13:34).
Foi, em síntese, o rei dos homens, pois passou no
mundo abençoando e consolando, esclarecendo e servindo, mas preferiu morrer a
tisnar o mandato de amor e verdade que o jungia aos desígnios do Pai Eterno.
O Espírita, no exercício de sua mediunidade e na
vivência de todos os seus passos com Jesus, deve viver como todos os homens,
mas sempre lembrando em todas as manifestações de sua existência que é chamado
a servir aos outros, como o fizera o Mestre. Deve ter sempre o ensinamento de
Kardec na lembrança: "Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua
transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más
inclinações" (ESE, cap. XVII, item 4).
Além da lição de Jesus, das recomendações de Kardec
e dos Espíritos na Codificação, deve o médium lembrar-se das palavras de André
Luiz (Opinião Espírita, lição 15), quando ensina: "Compenetra-te dos teus
deveres sagrados, sabendo que o medianeiro honesto para consigo mesmo, chega à
desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto o medianeiro negligente
atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria
responsabilidade. A mediunidade não se afasta de ninguém; é a criatura que se
distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere".
Bibliografia:
ESE, caps. II e XVII, item 4.
OPINIÃO ESPÍRITA, lições 15,16 e 58 - André Luiz.
QUESTIONÁRIO
A) MEDIUNIDADE COM JESUS
1- Como a mediunidade praticada corretamente ajuda
o médium? Comentar sucintamente.
2 - "Por que cada homem e cada médium terão de
reconstruir a própria edificação interior?
3 - Quais são os principais objetivos do exercício
mediúnico com Jesus, para os encarnados?
4 - Quais são os principais objetivos do exercício
mediúnico com Jesus, para os desencarnados?
5 - Como é o exercício da mediunidade pelos
continuadores de Jesus, amparados por ele?
B) A REALEZA DE JESUS
1- O que significa realeza moral?
2 - Por que se diz que Jesus foi o rei da
humildade?
3 - Por que se diz que Jesus foi o rei da
liberdade?
4 - Por que se diz que Jesus foi o rei da
tolerância?
5 - Como se reconhece o verdadeiro Espírita?
3 - Parte C - D.P.M. - DESENVOLVIMENTO
PRÁTICO MEDIÚNICO
TREINO INTENSIVO
Tal como nos duas aulas anteriores.
Observação: Ao final do Curso de Educação
Mediúnica, até a penúltima aula, os monitores da prática mediúnica
classificarão os alunos segundo as mediunidades apuradas no decorrer do curso.
Esta classificação constará do prontuário do aluno na Secretaria de Ensino e no
verso da carteira de conclusão do curso, que serve como identificação para
ingressar em qualquer trabalho da Casa.
Para os alunos que necessitarem, a FEESP mantém um
Curso de Aperfeiçoamento mediúnico para colaboradores.
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