Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

O estudo espírita na Mocidade


O estudo espírita na Mocidade

Orson Peter Carrara
Ninguém discorda que a Doutrina Espírita solicita seja estudada para ser conhecida. Seus fundamentos, sua prática e vivência constituem incomparável tesouro ainda não totalmente percebido pelos próprios espíritas.
Os grupos espíritas, espalhados pelo país, desenvolvem uma série de atividades inspiradas pelo conhecimento espírita, mas tais atividades refletem o conhecimento de seus dirigentes e integrantes, pois na Doutrina Espírita não há qualquer tipo de hierarquia ou imposição de idéias. A liberdade de ação é sua característica inerente.
Como se sabe, o estudo doutrinário do Espiritismo é prioridade absoluta das Casas Espíritas, sem prejuízo de outras atividades que possam se programar, entre elas as atividades de assistência espiritual e de amparo aos necessitados de todas as ordens. Isto justamente porque é o estudo que prepara a pessoa para se conhecer, conhecer a vida e suas leis espirituais, bem como para defender-se das perturbações oriundas do permanente intercâmbio entre homens e espíritos, fato determinante no equilíbrio das criaturas.
Especificamente no caso do estudo oferecido pelas Mocidades Espíritas aos jovens (de famílias espíritas ou os que estão se aproximando agora), podemos analisar a questão sobre vários aspectos.
É preciso que se diga que a Doutrina Espírita tem conteúdo para a vida toda, para qualquer idade. Numa idade em que os chamamentos do mundo são muito fortes, se as reuniões da Mocidade forem sonolentas ou sem motivação, há um sério risco de se promover o afastamento dos jovens.
Uma reunião para jovens deverá caracterizar-se pelo dinamismo próprio da idade. Há que se despertar o interesse pelo estudo, com seriedade e planejamento. Esta responsabilidade cabe aos dirigentes.
Reuniões planejadas, agradáveis, de conteúdo, marcarão a vida do jovem, futuro adulto, de forma indelével. São sementes que ficarão, o ajudam agora e frutificam de forma espetacular na idade adulta.
Como atrair, conquistar, manter o jovem na Mocidade?
Eis o desafio!
Deveremos analisar os temas da atualidade, trazendo para estes o conteúdo da Doutrina, em seus princípios fundamentais e sob a ótica de sua abrangência fílosófica, religiosa e científica. Para isso nada impede que se utilize a música (instrumental, de coral), o teatro, as artes em geral e os recursos da tecnologia, bem como os passeios. De forma ponderada, equilibrada, envolvendo os jovens com as demais atividades do Centro, tornando-os participativos e responsáveis de atividades compatíveis com a idade, será possível formarmos jovens conscientes.
Sabem os espíritas que a Doutrina Espírita significa orientação segura e valiosa para a vida toda, com reflexos diretos para após a desencarnação e existências futuras. Este fato, por si só, deve motivar dirigentes a se prepararem didática e psicologicamente para as reuniões com os jovens. Estes, por sua vez, devem ser despertos para a importância do estudo que lhes garantirá equilíbrio na vida que caminha para a madureza.
No nosso caso particular, somos de família espírita. Freqüentamos a evangelização infantil, passamos pela mocidade (inclusive presidindo-a) e agora participando ativamente do Movimento Espírita, podemos afirmar com segurança sobre a importância que as duas fases anteriores (infância e mocidade espírita) exerceram sobre a atualidade de nossa ação. Foram épocas marcantes, com lembranças determinantes para nossa ação presente.
Convidamos, pois, os jovens a estudarem seriamente a Doutrina Espírita. Ela é luz em nossas vidas. Com o tempo, com o amadurecimento que vem com a idade, vamos percebendo isto de forma muito abrangente.
Aos dirigentes podemos dizer: não improvisem. Planejem atividades que despertem o interesse, a atenção. Envolvam os jovens de forma agradável, próxima, sem qualquer tipo de doutrinação tipo "sermão". Isto afasta...
Estejamos com os jovens através da bondade, da simpatia, com atenção. Aliás, característica de nossa abençoada Doutrina Espírita.

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