Quando falamos de lei de destruição, devemos sempre nos lembrar da sabedoria do criador.
O mundo, o universo é regido por leis perfeitas e eternas, para que não fosse necessárias intervenções da providencia divina, corrigindo rotas e rumo.
Apenas Deus é imutável. Se ele não o fosse , suas leis não seriam eternas.
A lei de destruição dentre todas as leis, em conjunto com a de reprodução é uma das que mais abrem possibilidades e oportunidades de aprendizado para os seres em evolução.
Poderia ser chamada como a lei da renovação ou lei da mudança, do aprendizado, das tentativas, da persistência e da dedicação.
Mas o que tudo isso tem a ver com a destruição?
Destruição entre nós encarnados tem uma conotação muito ruim, ligado a perda, ao desfazimento das coisas sem chances ou proposta de recuperação.
Do ponto de vista puramente materialista, esta lei não foge muito a esta pequena e grosseira definição.
Mas para espíritos encarnados como nós, ou seja, almas, esta lei se mostra como uma ferramenta única de evolução, esperança e oportunidade.
Desde que nos reconheçamos como almas imortais, nossa essência, nossa individualidade passa a ser por definição, imortal.
Se somos eternos, o que na verdade esta sujeita a destruição?
Nada. Nem mesmo a matéria, já que no universo são dois os elementos: Espírito e matéria.
A matéria pode transformar-se em energia, e a energia não pode ser destruída.
O que existe em relação à matéria é a sua transformação, uma reorganização de moléculas, átomos e partículas, um constante refazer de todas as coisas. E para que algo seja refeito, é necessário um temporário desarranjo, uma aparente desorganização, ou seja, uma mudança.
Chamamos a esta desorganização momentânea dos elementos que nos cercam de destruição. Algo que se findou. Encerrou o seu ciclo e desapareceu.
Desapareceu de onde ou para onde? Apenas desapareceu da percepção de nossos sentidos para se rearranjar ali na frente em uma nova proposta de organização molecular ou celular.
Sim, celular. Refiro-me também a nosso corpo, que é composto da mesma matéria encontrada em todo o universo.
E qual seria a finalidade disso tudo, não pareceria mais lógico algo não se desfazer para que fizéssemos uso constante das coisas das quais já estamos acostumados ou adaptados?
Sim parece, mas muito vezes e quase sempre estamos adaptados e acostumados a muitas coisas longe do ideal e da harmonia proposta pelas leis divinas, que são a expressão de bondade e sabedoria do próprio Criador.
Apenas DEUS é imutável, todas as outras coisas estão em constante evolução.
E neste nosso momento evolutivo, em que estamos descobrindo valores e adquirindo qualidades e virtudes, a multiplicação de experiências, e a diversidade de oportunidades e circunstancias são fundamentais, ou melhor, imprescindíveis.
E estas oportunidades só poderiam acontecer, ou surgir, se outra que no momento não nos tem mais utilidade deixa-se de existir.
Como crianças, só que espirituais, estamos aprendendo a lidar com tudo o que nos cerca.
Tocando , mudando, sentindo. E como a criança que aprende a entender o mundo através de brinquedos que imitam a realidade, até que ela possa lidar de forma responsável com a verdadeira, estamos dentro desta realidade provisória, aprendendo a lidar com a matéria que nos cerca e da qual também fazemos uso para manter nosso corpo físico, para que, ao entrarmos em nossa verdadeira moradia, tenhamos a capacidade, a habilidade de lidar e nos harmonizar com a verdadeira realidade, aquela que vamos vivenciar quando não mais precisarmos passar pelas experiências das reencarnações.
Então, quando tudo se extingue, devemos agradecer ao alto, pela oportunidade de termos usufruído daquilo que nos cercava, de poder ter compartilhado com pessoas e coisas, experiências que foram de uma importância ímpar em nosso desenvolvimento, acrescentando valores e habilidades em nosso ser.
E, tamanha é a sabedoria Divina ao permitir que tudo o que é de mais valioso em cada experiência permaneça eternamente conosco.
Tudo aquilo que adquirimos em todas as nossas experiências, todos aqueles que amamos em cada vivência terrena, permanecem como um registro, em nossos corações.
Levamos para todas as encarnações, presentes e futuras, aquilo que somos, nossas virtudes e imperfeições e também reencontramos aqueles que amamos, muitas vezes em momentos diferentes de nossas vivências, mas sempre é um reencontro.
Sendo assim, e enxergando com os olhos da Alma (Espírito), tudo que nos cerca não passa de instrumentos, ferramentas, para que possamos nos relacionar com os outros e com as coisas, para que aprendamos em cada experiência, a lidar de forma mais harmoniosa e equilibrada com a nossa realidade provisória, nosso laboratório, nosso rascunho de uma vida que será escrita em um papel único e definitivo, quando por experiência termos adquirido todas as virtudes, qualidades e habilidades para criarmos a nossa realidade definitiva, de paz, equilíbrio, amor e harmonia com tudo e com todos, partindo de dentro para fora, por compreensão e ação, que nos levam da teoria (conhecimento) a prática (hábitos), exteriorizando as conquistas que nossa alma carrega, compartilhando-as e vivenciando as conquistas do outro.
Todas estas experiências só são possíveis pela constante renovação, pela troca das experiências e circunstancias que são proporcionadas pela destruição (mudança) da realidade que estamos inseridos, para que haja o surgimento (reorganização) de uma nova oportunidade, através de um novo corpo, uma nova vivência, agora mais ampla, com mais recursos e uma maior visão, com a amplianção de nossa consciência.
Destruir, para uma Alma imortal, nada mais é do que concluir um ciclo, terminar um dia, na eternidade das experiências, para que outro possa se levantar a seguir.
A lei da evolução se faz presente em cada tentativa e erro, que nos levará inevitavelmente ao acerto. E quando acertamos, passamos a lição seguinte.
Uma nova lição exige novas experiências, novo material e um novo laboratório para continuarmos nosso aprendizado.
Tudo que deixa de existir, se nos foi útil, cumpriu seu papel. Se não foi útil, também não faz mais sentido existir.
A destruição abre caminho para renovação.
E só a renovação pode nos levar a novas oportunidades.
E, enquanto Alma em evolução, nada é mais importante do que a chance de vivenciar novas oportunidades, que DEUS nos concede, a cada hora, a cada dia, e a cada vida.
Saibamos compreender suas leis eternas para que delas possamos tirar o máximo de proveito.
E quanto mais as compreendermos, mais passamos a agir de acordo com elas.
E, ao nos harmonizamos com SUAS leis, passamos a vivenciar o equilíbrio que lhe são próprias.
Assim, passamos a estar em DEUS, NELE existindo e caminhando.
Existindo por compreensão e sintonia, e caminhando por ação e harmonia.
A Lei de Destruição é na verdade a da Renovação?
Escreveria DEUS, certo por linhas tortas?
NÃO, DEUS nos concede o papel, a tinta, e o tema para que, ao começarmos escrevendo em linhas tortas, aprendamos a escrever de forma correta as páginas de nossa vida, que contarão a história de nossa Alma, única , mas harmonizada com o todo, fazendo da diversidade de cada um, o apoio necessário para manter a unidade do universo.
Única, mas harmonizada com o todo.
Fazendo da diversidade de cada um, o apoio necessário para manter a unidade do universo.
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