Por doutores da Lei, designamos todo estudioso que, pelo seu empenho assimilou mais que a maioria acerca dos ensinamentos, quaiquer sejam as religiões, doutrinas, seitas, credos etc... O Cristianismo houve por bem criar os Teólogos, que de conformidade com a lei civil pode receber o titulo de doutor, em tendo cumprido todas as etapas da disciplina curricular, mas preferem mesmo o titulo de teólogo. Todas as outras religiões elegem seus principais e lhes nomeiam conforme seus desideratos.
Somente o Espiritísmo, houve por bem não criar nenhum sistema hierárquico, contudo, nos mesmos inconscientemente elegemos em todo lugar onde reunimos alguns maiorais a quem ouvimos e atendemos mais em detrimento de outrem...
Kardec sempre asseverou e o Espírito da verdade consagrou que toda autoridade seria exercidada pela sabedoria e conhecimento...
Mas... ainda assim... vemos doutores a mancheias no Espiritismo...
Os Fariseus, eram como um partido político em um estado que se dizia tolerante só de boca pra fora, então se reuniram pelo saber que se entreensinavam e exerceram vasta dominação (hoje chamamos de panelinha), centenas de outras organizações semelhantes com os mesmos propósitos há espalhadas, inclusive a população em geral vê com desconfiança inclusive as ordens de profissionais, que se valem de suas afiliações para receberem julgamento somente dentro de suas ordens... mas a pergunta è Fariseu....
Na introdução do ESE há extensa lista de grupos com diferentes nomes entre os quais figuram os tais:
Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). - A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus.
Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas
ao sentido das Escrituras e tomadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade,
detestando-se umas às outras, como sói acontecer.
Entre essas seitas, a mais influente era a dos fariseus, que teve por chefe Hillel (2), doutor judeu nascido na Babilônia, fundador de uma escola célebre, onde se ensinava que só se devia depositar fé nas Escrituras. Sua origem remonta a 180 ou 200 anos antes de Jesus- Cristo.
Os fariseus, em diversas épocas, foram perseguidos, especialmente sob Hircano - soberano pontífice e rei dos judeus -, Aristóbulo e Alexandre, rei da Síria.
Este último, porém, lhes deferiu honras e restituiu os bens, de sorte que eles readquiriram o antigo poderio e o conservaram até à ruína de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, época em que se lhes apagou o nome, em conseqüência da dispersão dos judeus.
Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de
dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridade e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas.
Daí o serem muito poderosos em Jerusalém.
Acreditavam, ou, pelo menos, fingiam acreditar na Providência, na imortalidade da alma, na eternidade das penas e na ressurreição dos mortos. (Cap. IV, nº. 4.) Jesus, que prezava, sobretudo, a simplicidade e as qualidades da alma, que, na lei, preferia o espírito, que vivifica, a' letra, que mata, se aplicou, durante toda a sua missão, a lhes desmascarar a hipocrisia, pelo que tinha neles encarniçados inimigos. Essa a razão por que se ligaram aos príncipes dos sacerdotes para amotinar contra ele o povo e eliminá-lo.
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(2) Não confundir esse Hillel que fundou a seita dos fariseus com o seu homônimo que viveu duzentos
anos mais tarde e estabeleceu os princípios religiosos e sociais de um sistema todo de tolerância e amor,
sistema hoje conhecido por Hilelismo. - A Editora da FEB, 1947.
Reflitamos:
Toda essa reflexão, não desdoura o livre direito associativo dos humanos, mercê dos erros que cometem havemos pois de nunca criar empeços a um direito inalienável de um ser humano se unir a outros em defesa de seus ideais...
Saúde e Paz!
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