Estudando o Espiritismo

Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Reencarnação


REENCARNAÇÃO
            Princípios Doutrinários
                       
“A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea, como acaba de depurar-se?”
            -“ Submetendo-se à prova de uma nova existência”. L.E. Questão 166
            “A alma tem muitas existências corpóreas?”
            - “Sim, todos nós temos muitas existências (...)”. L.E. Questão 166 b
            “Qual é a finalidade da reencarnação?”
            -“Expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?” L.E. Questão 167
“O número de existências corpóreas é limitado ou o Espírito se reencarna perpetuamente?”
“A cada nova existência o espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despojou de todas suas impurezas, não precisa mais da vida corpórea”.
L.E. Questão 168
“Sobre o que se funda o dogma da reencarnação?”
-“Sobre a justiça de Deus e a revelação (...)” L.E. Questão 171
“A obrigação que tem o espírito encarnado de prover ao alimento do corpo, à sua segurança, ao seu bem-estar, o força a empregar suas faculdades em investigações, a exercitá-las e desenvolvê-las. Útil, portanto, ao seu adiantamento é a sua união com a matéria. Daí constituir uma necessidade a encarnação. Além disso, pelo trabalho inteligente que ele executa em seu proveito, sobre a matéria, auxilia a transformação e o progresso material do globo que lhe serve de habitação. É assim que progredindo, colabora na obra do Criador”. A Gênese. Item 24
“As qualidades inatas que as pessoas (...) trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso”. E.S.E. Cap. III item 13
FUNDAMENTOS DA REENCARNAÇÃO
Idéia de reencarnação não é nova nem foi inventada pelo Espiritismo.
Já a encontramos na  antiga Índia, Pérsia, Egito.
Nos filósofos Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles.
No Judaísmo (Bíblia) e no Cristianismo (N.T).
No Espiritismo
Na Doutrina da reencarnação encontramos que:
É a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferir, que pode explicar o futuro e firmar esperanças pois oferece meios para se resgatar erros por novas provações.
É revelada- são Espíritos que a ensinam.
Deus em sua justiça não pode ter criado almas desigualmente perfeitas.
Existe uma desigualdade de aptidões e desenvolvimento intelectual e moral.
É uma conseqüência necessária da lei de progresso.
É uma lei revelada pelo Espiritismo, que explica as aparentes anomalias da vida humana.
Os laços do passado, presente e futuro são solidários.
As relações se perpetuam tanto no mundo espiritual como no mundo corporal.
Finalidades da Reencarnação
O objetivo da reencarnação  de acordo com o ensinamento dos Espíritos serve para:
Expiação- aprendizado para o melhoramento progressivo da Humanidade e o individual de cada Espírito.
Missão- Espírito tem que estar em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
Provas- sofrimento das vicissitudes da existência corporal.
Resgate
“Uma só existência corporal é insuficiente para o Espírito adquirir todo bem que lhe falta e eliminar o mal que lhe sobra (...) Para cada nova existência de permeio à matéria, entra o Espírito com o cabedal adquirido nas anteriores, em aptidões, conhecimentos intuitivos, inteligência e moralidade. Cada existência é assim um passo avante no caminho do progresso”.O Céu e o Inferno- item 9.
“(...) o estado corporal é transitório e passageiro. É no estado espiritual que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo trabalho da encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que há de pôr em prática na sua volta à Humanidade”. (reencarnação). O Céu e o Inferno- item 10.
Provas da Reencarnação
As provas ou evidências da reencarnação baseiam-se essencialmente:
Nas idéias inatas:
“O (...) homem traz, ao renascer, o gérmen das suas imperfeições, dos defeitos de que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vício”. A Gênese. Cap.1 item 38.
“Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes: são mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem (...)”
 L.E. Questão 222
Idéias inatas podem ser ocasionalmente observadas na infância , porém, são mais identificáveis a partir da adolescência, período que o “(...) Espírito reencarnado retoma a natureza que lhe é própria  e se mostra qual era”. L.E. Questão 385.
Nas lembranças de vidas pretéritas:
podem ser espontâneas ou provocadas. Em geral surgem sob forma de imagens fragmentárias, mas podem ocorrer flashs de memória que permitem recordações mais completas.
As espontâneas aparecem naturalmente em vigília ou durante o sono, não se identificando a causa desencadeadora. Não são cercadas de detalhes, sobretudo as desagradáveis.
O Espírito se lembra do que aprendeu por lhe ser isso útil. Se lhe é dado ter uma intuição dos acontecimentos passados, essa intuição é como a lembrança de um sonho fugitivo.
As provocadas ocorrem por indução de Espíritos desencarnados ou encarnados. No primeiro caso - podem estar relacionadas a um fim útil e bom, entretanto, podem também estar vinculadas a processos obsessivos. As provocadas por médicos ou psicólogos- são ferramentas de auxílio terapêutico aos distúrbios psíquicos.
Kardec nos diz que não é somente depois da morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Durante o sono do corpo o Espírito tem consciência de seus atos anteriores. A lembrança se apaga só na vida exterior de relação.
Emmanuel esclarece que o conhecimento do passado através de revelações ou lembranças, chega sempre que a criatura se faz credora de um benefício como esse, que sempre é acompanhado de responsabilidades muito grandes, chegando a ser um privilégio doloroso
Nas comunicações mediúnicas:
As comunicações mediúnicas oferecem duas grandes contribuições em apoio à tese reencarnacionista:
A informação da identidade de Espíritos que viveram experiências reencarnatórias- questão controvertida entre os adeptos do Espiritismo.
A revelação de vidas passadas de pessoas que ainda estão vivas. Aquí destacamos a questão número 15 do item 290 de O Livro dos Médiuns:
“Podem os Espíritos dar-nos conhecer as nossas existências passadas?”
“Deus algumas vezes permite que elas vos sejam reveladas, conforme o objetivo. Se for para vossa edificação e instrução, as revelações serão verdadeiras e, nesse caso, feitas quase sempre espontaneamente e de modo inteiramente imprevisto. Ele, porém, não permite nunca para satisfação de vã curiosidade”.
Nos fenômenos de transcomunicação instrumental:
Essa é uma forma de os Espíritos se comunicarem por meio de aparelhos ou equipamentos eletrônicos- representa mais uma evidência da reencarnação. Os Espíritos dão informações sobre encarnações anteriores de si mesmos ou de outros.
Nos fenômenos das experiências de quase morte
É o estado de morte clínica experimentado durante alguns momentos, após os quais  as pessoas retornam à vida do corpo físico.
RETORNO À VIDA CORPORAL-  PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO
Para a Doutrina Espírita- o planejamento reencarnatório pode ser concebido pelo próprio Espírito ou por Espíritos esclarecidos especialmente designados para essa tarefa.
            “Todos Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova” L.E.Questão 171.
Indagações mais freqüentes quanto a reencarnação:
Quando é definido o momento da reencarnação?
Quais as condições que determinam que é chegada a hora do retorno à vida corporal?
Podemos selecionar as provas ou experiências que vivenciaremos no plano físico?
Que critérios são utilizados., por exemplo, para a escolha  dos nossos pais e demais familiares, ou a cidade  e país que renasceremos?
Como são definidas as questões relativas ao casamento, filhos e profissão?
Doutrina Espírita oferece as respostas:
Reencarnação não dispensa planejamento, mesmo as mais simples.
“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus que estabeleceu todas as leis que regem o Universo. (...) Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das conseqüências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como do mal. Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito”.
 L. E Questão 258 a
Como se dá o planejamento?
O planejamento encarnatório prevê as linhas gerais dos acontecimentos que poderão ocorrer no mundo físico.
“Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades correm por conta da posição que vos achais; são, muitas vezes, conseqüências de vossas próprias ações. (...) Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino (...)”.
L.E. Questão 259.
Independentemente de o Espírito ter elaborado ou participado do próprio planejamento reencarnatório não há garantias de que ele seja cumprido total ou parcialmente.
“(...) sabemos haver Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de muitas provas. Aquele porém que se deixa arrastar para o mau caminho, corre todos os perigos que o inçam (...)”. L.E. Questão 261.
O planejamento reencarnatório está ligado às conseqüências do uso do nosso livre arbítrio. Se for usado  de forma incorreta repetidas vezes, restringe a nossa capacidade de opinar.
“Efetivamente, logo após a morte do corpo físico, sofre a alma minucioso processo de purgação, tanto mais produtivo quanto mais se lhe exteriorize a dor do arrependimento, e, apenas depois disso, consegue elevar-se a esferas de reconforto e reeducação. (...) Passado esse período de perturbação espiritual, tão logo revele os primeiros sinais de positiva renovação para o bem, registra o auxílio das Esferas Superiores. (...) todavia, as lembranças dos erros voluntários, ainda mesmo quando suas vítimas tenham já superado todas as seqüelas dos golpes sofridos, entranham-se-lhes no espírito por “sementes de destino”, de vez que eles mesmos, em se reconhecendo necessitados de promoção a níveis mais nobres, pedem novas reencarnações com as provas que carecem para se quitarem consciencialmente consigo próprios (...)”. Evolução em Dois Mundos. André Luiz. Sementes de Destino.
Os que não podem opinar:
Os que estão no início da evolução,
Os portadores de grande perturbação espiritual,
Os temporariamente impedidos de opinar o próprio planejamento.
Nesses casos, a experiência reencarnacionsta é tutelada por Espíritos esclarecidos e apresenta caráter de compulsoriedade.
“As reencarnações se processam, muita vez, sem qualquer consulta aos que necessitam de segregação em certas lutas no plano físico, providências essas comparáveis às que assumimos no mundo com enfermos e criminosos que, pela própria condição ou conduta, perderam a faculdade de resolver quanto à sorte que lhes convém no espaço de tempo em que lhes perdura a enfermidade ou em que se mantenham sob as determinações da justiça. São os problemas especiais, em que a individualidade renasce de cérebro parcialmente inibido ou padecendo mutilações congênitas, ao lado daqueles que lhe devem abnegação e carinho”.
Evolução em Dois Mundos. André Luiz. Reencarnações Especiais.
O momento de iniciar o planejamento reencarnatório:
É variável de Espírito para Espírito. Depende do grau de entendimento de cada um.
Espíritos que acreditam na eternidade das penas demoram mais para se decidirem. L.E. Questão 263.
O que motiva o Espírito a escolher determinadas provações ou deixar outro Espírito escolher:
“(...) a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e progredir mais depressa (...) uns impõem a si mesmos uma vida de miséria  e privações (...) outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, (...) outros preferem experimentar suas forças nas lutas que terão que sustentar em contato com o vício (...) se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo”.
Evolução em Dois Mundos. André Luiz. Reencarnação e Evolução.
Os planejamentos reencarnatórios são diversificados porque são diversas as necessidades humanas.
“Os Espíritos categoricamente superiores (...), podem plasmar por si mesmos os corpos em que continuarão as futuras experiências (...). Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões (...) entram em simbiose fluidica com as organizações femininas a que se agregam (...) sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino (...). Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão”.
Evolução em Dois Mundos. André Luiz. Particularidades da Reencarnação.
REENCARNAÇÃO- UNIÃO DA ALMA AO CORPO
União- começa na concepção e só se completa por ocasião de nascimento.
A perturbação que acompanha o Espírito: “(...) o adverte que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até o nascimento. Nesse intervalo o seu estado é quase idêntico ao de um espírito encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito”. L.E. Questão 351.
O Espírito “(...) jamais presencia o seu nascimento. Quando a criança respira, começa ao espírito a recobrar as faculdades, que se desenvolvem à proporção que se formam e consolidam os órgãos que vão lhe servir às manifestações. (...) Mas, ao mesmo tempo que o espírito recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança de seu passado, sem perder as faculdades, as qualidades e aptidões anteriormente adquiridas (...) seu renascimento lhe é um novo ponto de partida, um novo degrau a subir”. A Gênese. Cap. XI. item 20 e 21.
André Luiz nos esclarece que:
Os processos de reencarnação estão subordinados à evolução do Espírito reencarnante.
O processo de redução, miniaturização ou restringimento do perispírito ocorrido no Plano Espiritual significa uma estágio preparatório para nova reencarnação.
Um colaborador espiritual é designado para acompanhar a reencarnação do Espírito.
A herança genética provém do corpo dos pais.
Quanto  ao processo de concepção ou fecundação:
“Na reencarnação, basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo daquele que regressa ao campo das formas físicas. (...) de um modo geral, a maioria das almas que reencarnam satisfazem à fome inquietante de recomeço. Dessa forma, o útero funciona como (...) um vaso anímico de elevado poder magnético ou um molde vivo destinado a fundição e refundição das formas. Esse vaso atraia alma sequiosa de renascimento  e que lhe é afim, reproduzindo-lhe o corpo denso (...) como a terra engole a semente para doar-lhe nova germinação (...). maternidade é sagrado serviço espiritual em que a alma se demora séculos, na maioria das vezes, aperfeiçoando qualidades de sentimento”.
Entre a Terra e o Céu. André Luiz.
A gravidez ou gestação
“Durante a vida intra-uterina tanto o embrião quanto o feto têm uma vida semelhante (...) à planta que vegeta. A criança vive a vida animal (...), com o nascimento, se completa com a vida espiritual”. L.E. Questão 354.
O organismo maternal fornecerá todo o alimento para a organização do aparelho físico, enquanto a forma reduzida (do Espírito reencarnante) atuará como imã entre limalhas de ferro, dando forma consistente à sua futura manifestação (...).
André Luiz. Missionários da Luz.
A mulher grávida além do recurso orgânico é constrangida a suportar o contato espiritual com o espírito reencarnante.
“(...) As mentes de um e de outro como que se justapõem, mantendo-se em plena comunhão. (...) A gestante é uma criatura hipnotizada a longo prazo. Tem o campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do Espírito que lhe ocupa as possibilidades para ao serviço de reincorporação no mundo. (...) à maneira de um médium estará transmitindo opiniões e sensações da entidade que a empolga”.
André Luiz. Entre a Terra e o Céu.
Referências à Reencarnação em livros da Doutrina Espírita:
Livro: E a Vida Continua- André Luiz. Psicografia de Francisco.C. Xavier- no cap. 26- relato sobre a existência de um Instituto de Serviço para a Reencarnação no plano espiritual.
Livro: Nosso Lar- Idem. Na Colônia Nosso Lar o planejamento reencarnatório é realizado pelo Ministério do Auxílio.
Livro: Missionários da Luz  capítulos 12 e 13 e A vida Continua capítulos 16 a 26- fazem relatos sobre o planejamento reencarnatório e as condições de execução das reencarnações.
Livro: Memórias de um Suicida- Yvone do Amaral Pereira. Na Colônia Correcional Maria de Nazaré, existe o Departamento de Reencarnação.
O Livro dos Espíritos- Capítulo IV- Pluralidade das Existências.
Allan Kardec      Capítulo V- Considerações Sobre a Pluralidade das Existências.
A Gênese- Capítulo XI- Reencarnações.
Allan Kardec
Livro: Reencarnação- Gabriel Delanne. Ed. FEB
Livro: Reencarnação no Brasil- Hernani Guimarães de Andrade. Ed. O Clarim
Livro: Casos Sugestivos de Reencarnação- Ian Stevenson. Ed. Difusora Cultural
Livro: Reencarnação Baseada nos Fatos- Karl E. Muller. Ed. Edicel
O Retorno à Vida Corporal-  A Infância  
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante este período, é mais acassível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo”
L.E. Questão 382
“A partir do nascimento, suas idéias tomam gradualmente impulso, à medida que os órgãos se desenvolvem, pelo que se pode dizer que, no curso dos primeiros anos, o Espírito é verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas as idéias que lhe formam o fundo do caráter”.
E.S.E. cap. VIII item 4.
O Esquecimento do Passado
“Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si”
L. E. Questão 392.
“Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre- arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais”.          
E.S.E Cap.V item 11.
“Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado”.
L.E. questão 393 comentário.
                                                                                                                     
Antes de encarnar: o Espírito pode escolher o meio onde vai renascer, mas essa escolha é limitada, circunscrita, determinada por causas múltiplas:
antecedentes do Ser,
dívidas morais,
afeições,
méritos e deméritos,
papel que está apto a desempenhar.
Daí a preferência por raça, país, família, classe  social, ambiente, educação, etc.
Almas que amamos nos atraem, laços do passado reatam em filiações, alianças, amizades.
 Lugares exercem sobre nós misteriosa sedução.
Ódios também são forças que nos aproximam de nossos inimigos de outrora para apagarmos, com melhores relações, inimizades antigas.
Assim, reencontramos em nosso caminho a maior parte daqueles que constituíram nossa alegria ou fizeram nossos tormentos.
Por tudo isso, a escolha é difícil e precisa ser inspirada por Inteligências diretoras ou até feita por essas Inteligências, se não possuirmos discernimento necessário para adotar com sabedoria e previdência os meios eficazes para ativarem nossa evolução e expurgarem nosso passado.
Antes de encarnar o Espírito percebe, atinge o sentido geral da vida que vai começar, que lhe aparece nas suas linhas gerais, modificáveis porém, pelo seu livre arbítrio.
 O interessado tem sempre a liberdade de aceitar ou adiar a hora das reparações.
É permitido ao Espírito procurar uma vida transitória que lhe aumente as forças morais e a vontade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário