Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Provas da existência e da sobrevivência do Espírito e evangelho

Blogdosespiritos


107) Afinal de contas, quem provou a reencarnação? Jesus ou o Espiritismo?
Muito antes do Espiritismo, Jesus mostrou de forma indiscutível a existência e sobrevivência do espírito e também a reencarnação, num único ensinamento: a transfiguração. Veja:
“Seis dias depois, Jesus levou consigo a Pedro, e a Thiago, e a João, seu irmão e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol e, suas vestes se tornaram brancas como a luz, e eis que lhe apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, faremos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias. E estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E eis que uma voz da nuvem disse: “Este é meu amado filho, em quem me comprazo, escutai-o”. E os discípulos, ouvindo isso, caíram sobre seus rostos e, tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. E erguendo eles os olhos, ninguém viram, senão unicamente a Jesus. E descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou dizendo que a ninguém contassem a visão, até que o filho do homem fosse ressuscitado dos mortos. E os seus discípulos o interrogaram dizendo: Porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus respondendo-lhes disse: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas, mas digo-vos que Elias já veio e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim padecerá também deles o Filho do Homem. Então entenderam os discípulos, que lhes falara de João Batista”  (Mateus, 17:1-13)

108) Quer dizer que Jesus diz, no Evangelho, que João Batista foi a reencarnação de Elias?!
Pense comigo:
a)  A única maneira que os apóstolos tinham de saber que Jesus estava conversando com Moisés e Elias era o próprio Mestre ter dito, pois não havia como os apóstolos os reconhecerem;
b)  Quando, no final da passagem da transfiguração, os apóstolos entendem que Jesus estava falando de João Batista, fica provado que o Mestre em pessoa confirma que a volta de Elias já tinha acontecido;
c)  Porém, se o próprio Evangelho descreve o nascimento de João Batista, fica claro que ele não voltou ressuscitado, mas reencarnado. Eis outra confirmação clara e indiscutível da reencarnação na própria Bíblia —como dizia Jesus, quem tem ouvidos, ouça;
d) Esta passagem confirma que quando Jesus disse a Nicodemos que “era preciso nascer de novo”, ele não estava falando de batismo, mas de reencarnação. Note-se que, na época de Jesus, não existia a palavra reencarnação. Note-se ainda que se Jesus nunca batizou ninguém, não era sobre isso que ele estava falando.

109) Então Jesus, que nunca mentiria para nós, fala na própria Bíblia que a reencarnação existe. Mas e a existência e a sobrevivência do espírito?
Pense bem em quantas provas temos:
a)  A primeira prova, na transfiguração, é a aparição de Moisés, cuja morte é descrita na própria Bíblia mais ou menos dois mil anos antes da vinda de Jesus;
b)  Outra prova é a aparição de Elias, que tinha voltado como João Batista, como confirmado pelo próprio Jesus;
c) Mas se tanto o nascimento de João Batista como a morte de Elias estão no Evangelho, então quem voltou no corpo de João Batista foi o espírito do Elias. Não há outra explicação;
d) Isto fica confirmado pelo fato de João Batista retomar a aparência de Elias ao se encontrar com Jesus. Só o corpo espiritual tem essa capacidade.

110) Jesus então comprovou a reencarnação e a sobrevivência do espírito aos apóstolos?
Na transfiguração, Jesus mostra aos apóstolos três fatos da maior importância:
a)  Que o espírito sobrevive a morte do corpo físico, uma vez que Elias sobreviveu à sua morte para renascer como João Batista;
b)  Que o espírito de João Batista sobreviveu à própria morte ao se mostrar novamente como Elias;
c)  Que a reencarnação é um fato incontestável, provando em consequência a evolução espiritual;
d) Poderíamos instigar o leitor para uma quarta revelação, quando Jesus diz: “Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas” —ora, mas quando sobe ao monte com os apóstolos, João Batista já tinha desencarnado. Ao mesmo tempo, sabemos que Jesus reputa ao Consolador a tarefa de restaurar todas as coisas. Seria então João Batista o Espírito da Verdade, que comanda a falange de espíritos que há mais de 160 anos nos traz o Espiritismo?

111) É só a transfiguração que comprova, na Bíblia, a existência da reencarnação, ou há mais passagens?
Existem diversas passagens na Bíblia que comprovam a existência da reencarnação[1]. Não achamos necessário colocá-las aqui, pois a transfiguração é clara e textual. Porém, se você quiser verificar, confira Mateus (18:11-14); Marcus (8:27-28); João (9:1-3) e João (3:1-13) —se possível em uma Bíblia em que a palavra “Caridade” não foi substituída pela palavra “amor”. Para ter certeza, basta checar em Paulo, Coríntios 1, capítulo 13.

112) A transfiguração prova também que Jesus não ressuscitou?
Com a mais absoluta certeza, desde que entendamos a ressurreição como a do corpo físico. Vejamos outro fato:
a)  Nesta passagem, Jesus diz aos discípulos que não contem o fato a ninguém até o seu retorno, após a sua morte;
b)  Não fica claro que Jesus estava preparando os discípulos para a realidade do espírito, para que não ficasse nenhuma dúvida de que sua ressurreição seria espiritual?
c)  Jesus não deixa claro também que a verdadeira vida é a espiritual? Que a vida física é apenas passageira?

113) Além da própria demonstração de Jesus, existe alguma outra colocação na Bíblia que mostre isso?
No capítulo 15 da 1ª epístola de Paulo aos Coríntios lemos:
a)  No versículo 40: “Há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra dos terrestres”;
b)  No versículo 44: “Semeia—se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Há corpo animal e, há corpo espiritual”;
c)  No versículo 46: “Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual”;
d) No versículo 50: “Porém vos digo irmão: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção”.
Não vamos nem comentar. As colocações de Paulo são conclusivas quanto a diferença entre corpo animal e corpo espiritual.
E veja: nas Bíblias antigas, nos versículos 44 e 46 está escrito “corpo animal” e “corpo espiritual”. Já nas bíblias atuais, o termo “animal” foi substituído por “natural”, o que dá margem a diferentes interpretações. “Corpo animal e corpo espiritual” diferencia, de forma exata, o que é físico e o que é espiritual. Já “semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual”, fica confuso.
Fica claro que as revisões da Bíblia nada mais são que adaptações dos textos aos dogmas das Igrejas Cristãs. Ou a Bíblia é a palavra dos homens, ou a cada “revisão e correção” Deus muda de ideia.
E ainda há quem questione as razões da descrença generalizada.

114) O que colocar, então, no lugar da Bíblia?
a)  As obras de Allan Kardec e as psicografadas por Chico Xavier, principalmente as de Emmanuel, André Luiz e do Irmão X;
b)  Vale lembrar que não é preciso ser espírita para ser bem orientado e saber como as coisas realmente são;
c)  O mais importante, aliás, é lembrar de Jesus: faça ao próximo todo o bem que puder. Pratique a Caridade.

115) O que Paulo quis dizer por “ser incorruptível”?
a)  Corpo incorruptível é todo aquele que não morre e também não se desagrega. É por isso que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus;
b)  Ao dizer que a corrupção não pode herdar a incorrupção, Paulo deixa claro que o corpo físico morre, o espiritual não;
c)  Que o corpo físico desaparecerá, para a imortal vida espiritual;
d) Como estamos vendo, quem “inventou” a Doutrina Espírita não foi Kardec, mas Jesus;
e)  Todos os postulados espíritas foram ensinados pelo Divino Mestre e estão no Evangelho;
f)  Por mais que se tenha tentado mudar essa verdade, como ele afirma em sua profecia, aí está ela intacta. E toda árvore que o Pai não tenha plantado será arrancada pela raiz.
[1] O capítulo 4 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” reúne diversas passagens do Novo Testamento em que a reencarnação fica provada, além de discorrer sobre a necessidade e os limites da reencarnação. Na introdução da obra, Allan Kardec também resume a doutrina de Sócrates e Platão, apontando que a crença no mundo espiritual antecede o próprio advento de Jesus, e que o Cristianismo e o Espiritismo ensinam, no fundo, a mesma coisa.

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