O parasitismo espiritual ou vampirismo
Este tipo de obsessão se caracteriza pela sucção de energias vitais da vítima pelos seus obsessores. É sim, uma modalidade grave que pode reduzir o obsediado à inutilidade, afetando-lhe o cérebro e o sistema nervoso, tirando-lhe a disposição para atividades sérias, mas o processo pode ser revertido com muita disposição íntima para lutar pelos objetivos propostos, persistência, bastante esforço e muita paciência. O processo é lento, mas pode sim ser revertido.
Inúmeros infelizes, obstinados na idéia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desencarnados, envolvem sutilmente aqueles que se lhe fazem objeto de calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens (clichês) de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideísta, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de ondas mentais incessantes.
Nessas condições, o obsessor ou parasita espiritual pode ser comparado, de certo modo, à Sacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre, enraiza-se, depois, nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as caracterísitcas morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária.
No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.
Existem fatores predisponentes que facilitam a aproximação dos obsessores, para descobrir o momento propício para a efetivação da sintonia completa que almejam?
Sim, os momentos de invigilância de toda a ordem.
Mas há uma diferença entre obsessão e vampirismo.
São processos diferentes, mas atendem ao mesmo princípio de simbiose que é prejudicial. Encontramos os circuitos de obsessão e vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras mais remotas, em que o Espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina (Lei Natural) a renunciar o egoísmo e a crueldade, a ignorância e o crime.
São processos diferentes, mas atendem ao mesmo princípio de simbiose que é prejudicial. Encontramos os circuitos de obsessão e vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras mais remotas, em que o Espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina (Lei Natural) a renunciar o egoísmo e a crueldade, a ignorância e o crime.
No entanto, rebelando-se em grande maioria, contra as benditas convocações, e , com total liberdade para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em grande número, oprimiam os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou ainda tentavam empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.
Pode um Espírito permanecer por tempo indeterminado neste estado de parasitismo?
Não, vai depender unicamente deste Espírito a delimitação deste tempo; mesmo que seja um processo difícil, extremo, haverá um dia que irá mudar de patamar vibratório.
Não, vai depender unicamente deste Espírito a delimitação deste tempo; mesmo que seja um processo difícil, extremo, haverá um dia que irá mudar de patamar vibratório.
O vampirismo cessa ou inicia um processo moroso (porque é assim que nós - os encarnados o percebemos) de regressão, no instante exato em que o obsediado passa a se reintegrar em si mesmo, na posse de sua personalidade, não aceitando sugestões ou infiltrações de vontade estranha à sua vontade pessoal e soberana.
A obsessão vampiresca é difícil de se combater, pois o obsessor e o obsedado formam uma unidade dinâmica apegada às sensações grosseiras do corpo material, mas ambos continuam tendo livre arbítrio; a liberdade de escolha está presente a todo momento.
O cadáver do obsessor se desfaz na terra, mas o corpo do obsedado socorre as exigências sensuais do desencarnado. É isso que o povo chama de encosto em uma pessoa.
Forma-se o automatismo da indução, o Espírito deseja as sensações e esse desejo se transmite ao se encarnado, que procura satisfazê-lo. Estabelecido esse ritmo de trocas, um pertence ao outro e dele depende.
Podemos observar que o vampirismo é como se fosse uma parceira sinistra, daí a necessidade de propor a Evangelização do Espírito, primeiro ao obsedado, despertando-lhe a consciência das suas responsabilidades, para que ele feche a porta de sua vontade às insinuações dos obsessores.
André Luiz / Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira
Evolução em Dois Mundos, cap. XV
J. Herculano Pires 2ª. Edição Edicel
Mediunidade - Cap. VIII
Elizabeth Maciel
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