Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 21 de julho de 2016

A César e a Deus

 A máxima de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, encerra um ensino moral um tanto complexo para ser entendida sem uma reflexão mais profunda do verdadeiro objetivo da vida. Sem uma certeza de eternidade dificilmente o homem conseguirá observar esta como as demais máximas de Jesus, pois Seus ensinos são todos de fundo moral, ressaltando sempre o ser eterno que pré-existe e sobrevive ao corpo. Sem uma educação estruturada nas realidades do espírito imortal, o indivíduo fica desorientado, e não sabe os limites entre César e Deus, dando muito a um em detrimento do outro, o que não condiz com a realidade. Num mundo onde a competição, em geral, se torna cada vez mais acirrada, a pessoa encontra dificuldade em servir a um sem ficar em débito com o outro, e como ainda não tem um ponto de equilíbrio, sempre pendendo para os extremos, ou se enclausura na religião, ou vive apenas as coisas da matéria, relegando tudo que lhe venha ferir os mais imediatos interesses. Não se pode desprezar valores. O sentido espiritual é o objetivo da existência; os materiais servem para a manutenção do espírito encarnado cuidar do seu corpo e de seu bem estar, servindo-se do necessário para que assim consiga trabalhar o seu íntimo, os seus sentimentos, para com isso, alcançar o seu progresso espiritual, sem se descuidar, se possível, do seu progresso também material. O homem não é penas corpo, que se consome no túmulo, nem tão pouco só espírito, o qual se reveste de corpo para progredir, é um conjunto harmônico, obra perfeita da Natureza, que o projetou, minuciosamente, para o crescimento espiritual. A educação baseada no sentimento religioso, científico e filosófico seria a ideal para se formar homens quites com “César” e com Deus, pois lhes ensinaria os respectivos tributos devidos a cada um. Quando Jesus disse que através do conhecimento da verdade o homem se libertaria, referiu-se à verdade universal e não àquelas que se restringem, isoladamente, nos templos religiosos, nos laboratórios e na cabeça dos pensadores. A junção dessas três bases do conhecimento o libertaria dos atavismos que carrega há milênios, próprios das crenças centralizadoras que aceitara e que teimam em permanecer na atualidade. Não é se isolando do mundo que o indivíduo se purificará, como também a volúpia do prazer desenfreado lhe causaria grandes tormentos de ordem espiritual. Uma vida de insulamento a pretexto de pureza seria expressão de egoísmo; assim como a degradação moral na excessiva vida de prazeres seria um insulto às virtudes. Da mesma forma que o corpo requer cuidados específicos, o Espírito imortal precisa de cuidados espirituais para se manter em harmonia intima, sem os desequilíbrios decorrentes dos vícios. Dai a César significa dar às coisas do mundo seu devido valor. Como está em “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens, sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa sacrificar.” E àqueles que teimam em pagar tributo apenas a Deus, diríamos que para conseguir tal intento, deverão, por um bom tempo ainda, pagar também a César. Viver quite com ambos é a melhor alternativa para se encontrar a paz e a harmonia neste mundo. Gilberto Pardim Milla Centro Espírita Orlando P. Gomes, Jardim Del Rey

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