Estudando o Espiritismo

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domingo, 12 de novembro de 2017

PARÁBOLA DOS TALENTOS


“O Senhor age como um homem que, ao se ausentar para longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens. E deu a um cinco talentos e a outro dois e a outro deu um, a cada um segundo a sua capacidade, e partiu logo.
O que recebera, pois, cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte também o que recebera dois, ganhou outros dois.Mas o que havia recebido um, indo-se com ele, cavou na terra um buraco e ali escondeu o dinheiro do seu senhor.E passando muito tempo, veio o senhor daqueles servos e chamou-os às contas. E chegando-se a ele, o que havia recebido os cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me entregaste cinco talentos; eis aqui outros mais, que lucrei.Seu senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu senhor.Da mesma sorte apresentou-se também o que havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos, e eis aqui outros dois que ganhei com eles.
Seu senhor lhe disse: Bem estás, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu senhor.
E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és um homem de rija condição; segas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste; e temendo me fui, escondi o teu talento na terra: eis aqui tens o que é teu.
E respondendo o seu senhor, lhe disse: Servo mau e preguiçoso, sabias que sego onde não semeei e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo dar o meu dinheiro aos banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com juro o que era meu. Tirai-lhe pois, o talento e dai-o ao que tem dez talentos. Porque a todo o que tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes. “Mateus, XXV: 14 a 30 .)

No primeiro parágrafo da parábola, vemos que o Senhor dá a cada homem, em cada existência, as experiências que lhe são necessárias, segundo a sua capacidade de vivenciá-las com proveito, desenvolvida em vidas anteriores.

O êxito ou o fracasso dependem da vontade no uso do livre-arbítrio de cada um. Deus dá sim, através das Suas leis, o frio conforme a coberta, como diz o ditado popular.

Aquele que sofre experiências mais difíceis é porque tem condições evolutivas de vencê-las, no progresso do bem próprio e dos que lhe partilham as experiências.

Na concepção espírita, todos têm os talentos necessários às suas experiências vivenciais, ninguém tem todos de uma vez.

Todos os Espíritos, tendo a mesma origem, as mesmas potencialidades espirituais, devendo realizar seu processo evolutivo através das reencarnações em mundos materiais, para tornar-se perfeito e feliz, têm também a liberdade de isso fazer segundo o seu livre-arbítrio, e no tempo que quiser.

Por isso, respondem por todos os seus atos bons e maus, durante esse desenvolvimento, tendo, a cada existência, as experiências necessárias e possíveis de serem vivenciadas com proveito.

Assim, uns têm mais talentos, outro têm menos, mas todos têm os que lhes são adequados às suas capacidades e necessidades, para as experiências atuais, atendendo à justiça que exige de cada um, apenas o que pode dar e fazer.

Todos já trazem dentro de si os talentos adequados a uma vivência de realizações e aproveitamento espiritual, conforme o seu estado evolutivo.

Esses talentos, que não são iguais para todos, porque têm por finalidade ser instrumentos de evolução para essa existência, são os bens materiais: corpo físico, dinheiro, família, amigos, doença, saúde, emprego, escola e os bens espirituais : inteligência, qualidades morais, habilidades, conhecimentos, vocações...

Usá-los em seu próprio favor e em benefício dos outros é evoluir com mais naturalidade, com mais segurança, equilíbrio e paz, recebendo sempre mais e novos talentos, no decorrer de sua evolução.

Usá-los somente para satisfazer seus desejos egoístas, causando sofrimentos a uns, prejudicando a outros, omitindo-se no bem, não usando seus talentos, é criar dores e sofrimentos, nas trevas exteriores, no choro e ranger de dentes, no plano espiritual ou em difíceis existências futuras, até que, cansado de sofrer, arrepende-se, e clama pelo Pai.

             Recebe nova oportunidade de reencarnação, muitas vezes sem o talento que foi mal utilizado ou não usado. Daí “Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; e ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece que tem.”

Quem usa seus talentos, poucos ou muitos, de forma a colaborar no progresso de si mesmo e dos demais, aumenta-os, desenvolve-os, tornando-se merecedor de maiores responsabilidades em novos empreendimentos, com novos talentos.

Assim, devemos todos conhecermo-nos o mais possível, confiando na proteção divina, a fim de usar os talentos que temos, em favor da nossa autoeducação e em favor de todos os que nos cercam.

Leda de Almeida Rezende Ebner
Outubro / 2013

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