Estudando o Espiritismo

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domingo, 12 de novembro de 2017

A MISSÃO DE JUDAS

A MISSÃO DE JUDAS

17. A missão de Judas

O Irmão Darúbio, tendo tido a oportunidade de conhecer Judas Iscariotes, poderia passar alguma informação sobre esse apóstolo? Era um rico comerciante? Encarou a traição como uma espinhosa missão designada por Jesus?

Judas Iscariotes agiu de forma bem contrária ao que as pessoas pensam, colocando aos ombros dele um peso imerecido.

Demanda-se ainda um estudo mais aprofundado para que se entenda que na morte de Jesus tudo haveria de acontecer da melhor forma possível.

Judas Iscariotes, ao que se sabe, passou por várias reencarnações que seriam um preparo a que realizasse o que tinha de exercitar diante de Jesus.

Foi chamado e escolhido pela Espiritualidade para que aquela parte das profecias acontecesse com o seu concurso.

Era-lhe alertado que exerceria uma determinada força e que não sucumbisse, de forma alguma, sob o assédio das falanges das trevas.

Judas Iscariotes era um homem de notável aparência. Tinha um certo conhecimento, pois vinha de uma família com consideráveis posses, apesar não ser ele uma pessoa rica.

Se Judas houvesse abandonado a sua carreira e se filiado aos espíritos malfeitores, teria fraquejado, mas estava bem preparado.

Era um homem de bem, criatura que levava consigo a sinceridade das palavras.

Esteve bem estreitamente ligado a Jesus. E o Mestre, todas as vezes em que o fitava, energizava-o, transmitindo-lhe as forças marcando o sentido daquilo que ele haveria de fazer.

No plano espiritual, antes de Jesus descer à Terra, foram escolhidos os seus doze apóstolos, cada qual com uma determinada missão a cumprir. E cada missão haveria de ser levada a termo para que as profecias se cumprissem à risca.

Não, não houve, de forma alguma, o que se qualificou como sendo a traição perpetrada por Judas Iscariotes. Aconteceu aquilo que haveria de acontecer. Jesus orientou-o da melhor forma para que cumprisse tudo acertadamente. E Judas, sem dúvida, fez tudo da forma que lhe foi determinada, até mesmo pegar as trinta moedas de prata oferecidas pelos sacerdotes. Tudo efetivado para dar cumprimento às profecias em torno do fim do Filho do Homem.

Ora, se não Judas, outro dos apóstolos haveria de cumprir aquela missão — talvez Simão Pedro, ou Mateus, ou João, qualquer que Jesus incumbisse de o trair. Era isto mesmo o que rezava a escritura: que um deles entregaria o Filho do Homem.

E assim aconteceu tudo da melhor forma possível.

Dessa forma, Judas é uma figura muito contrária àquilo com que a humanidade o estigmatizou. Assumiu com isso um tão grande potencial de espiritualidade que retornou à Terra quando então agia o Espírito da Verdade.

A mando de Jesus, Judas assumiu o corpo feminino, o que, em tempos idos, era um fator abominado e tão evitado pelo orgulho da masculinidade. Todavia, obediente, Judas se fez presente na Terra com o corpo de Joana D'Arc, abrindo no solo francês um excepcional campo ao fator mediúnico. O plano espiritual superior aplaudia Joana e o seu trabalho, para que o desenvolver daquelas energias preparasse o caminho à chegada da Doutrina dos Espíritos.

Nesse projeto foram incluídos vários espíritos igualados aos apóstolos de Jesus, espíritos de notável capacidade, aptos a auxiliarem na Codificação da Doutrina dos Espíritos.

Judas cumpriu maravilhosamente a sua missão no solo francês, ali depositando a sua grande energia. Aos poucos se fez emergir a Revolução Francesa, visando quebrar um pouco o férreo potencial do catolicismo, que predominava naquela região.

São Vicente de Paulo, Santo Agostinho e o Bispo de Argel se juntaram no propósito da Codificação e, sob a liderança de Judas, puderam acionar os campos mediúnicos, permitindo que o Espiritismo nascesse e florescesse nos corações.

Vemos, pois, o potencial maravilhoso desse espírito que foi Judas e está bem próximo de Jesus, na Espiritosfera superior.

Apagada ficou, pois, a errônea figuração da traição, Judas tendo sido, antes de mais nada, o grande colaborador da missão planetária de Jesus.

Ora, até mesmo Pedro, tomado da força obsessiva, tentou impedir que Jesus fosse a Jerusalém, obrigando o Mestre a chamá-lo à ordem, dizendo: — Afasta-te de mim, Satanás! Isto porque Pedro estava sendo influenciado por um espírito malfeitor que desejava impedir Jesus de passar pelo que deveria passar. Todavia, Jesus cumpriu e coroou firmemente o seu trabalho, assim cumprindo as profecias para que os homens passassem a ver o mundo de uma nova forma, o mundo onde o amor vence o ódio — o amor-luz que se acende dentro de nós e faz resplender o nosso horizonte, o amor que pôde ser mostrado por Jesus a cada momento. A cada gotinha do sangue de Jesus pingando ao chão, ele rogava o perdão àqueles irmãos, pois haveria de provar a todos que chegando até ele chegariam rapidamente à Luz.

DARÚBIO

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