Ä Introdução:
Analisando-se o processo evolutivo de todos os seres, podemos entender a importância fundamental do conhecimento da vida espiritual e, em especial, dos ensinamentos da Lei e da vontade Divina, que nos foram trazidos pelo Mestre Jesus.
Evoluem os seres, desta forma, através das múltiplas experiências tanto no plano espiritual como no plano físico, onde a influência da matéria, o contato com as demais pessoas, as vicissitudes, as provações, proporcionam inúmeras condições e oportunidades para o aprendizado, para o desenvolvimento das virtudes, para o crescimento.
Sabemos que a nossa realidade mais importante é a espiritual, mas por representar o plano físico, imprescindível instituição de aprendizado e burilamento, não podemos olvidar que, quando encarnados, a organização física, bem como os bens e condições materiais, terão grande importância como meios de evolução do próprio Espírito.
Este, no entanto, deve ter o pleno conhecimento da sua posição de usufrutuário – tem a posse momentânea, podendo "usar e fruir", porém, com a condição inalienável de "conservar", ou "bem empregar" tudo aquilo que lhe foi emprestado.
Consequentemente, de forma natural, em havendo o abuso, haverá a responsabilização proporcional.
Dentro de sua obra e leis perfeitas, nos proporcionou o Pai Criador o "instinto de conservação".
Para que bem possamos compreender o que isto significa, mister se faz a distinção inicial entre inteligência e instinto.
Ä Instinto e Inteligência
Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, grafando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente. Essas ações reflexas incorporam-se, dessa maneira, ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem através de atos espontâneos e involuntários, que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para sua espécie. Podemos identificar esses atos no movimento da planta que se volta na direção dos raios solares, na arte com que a aranha tece sua teia para capturar os insetos de que se nutre, ou no ato de sucção através do qual o bebê se alimenta.
Esses atos inconscientes são o resultado, portanto, do mecanismo coordenado e cada vez mais complexo das ações reflexas, a que denominamos "instintos".
No vegetal, a estruturação desse mecanismo está em seus primórdios, no animal manifesta-se plenamente e no homem sofre a ação da inteligência, que lhe altera e aperfeiçoa as manifestações.
No cap. III do livro "A Gênese", encontramos as seguintes referências: "Podemos, assim, traçar uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência:" "...O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, se volta para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente; que a flor se abre e fecha alternativamente, conforme se lhe faz necessário."
"...É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou prejudica; que buscam, conforme a estação, os climas propícios..."
No homem, só no começo da vida o instinto domina com exclusividade; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, que toma o alimento, que grita para exprimir as suas necessidades, que imita o som da voz, que tenta falar e andar. No adulto, certos atos são instintivos, tais como os movimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo; tais ainda o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar, etc.
Ainda no mesmo cap. do livro "A Gênese", encontramos: "a inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias. É incontestável um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal é instinto; o ato que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente. Um é livre, o outro não o é...".
Ä Instinto de Conservação:
Na Parte Terceira – Das Leis Morais, capítulo V, de "O Livro dos Espíritos", encontramos o subtítulo "Instinto de Conservação", onde são formuladas duas questões à Espiritualidade Maior:
Questão 702: É lei da Natureza o instinto de conservação? Resposta: "Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de sua inteligência. Nuns, é puramente maquinal, raciocinado em outros".
Questão 703: Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação? Resposta: Porque todos têm que concorrer para cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles os sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.
O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em Sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o Bem. O instinto de conservação, portanto, se constitui em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.
Rodolfo Calligaris, no seu livro "As Leis Morais", em referindo-se ao ensinamento proporcionado pela espiritualidade, de que o instinto de conservação, por ser uma das manifestações da Lei Natural, é inerente a todos os seres vivos, complementa:
Maquinal entre os espécimes situados nos primeiros degraus da escala evolutiva, vai-se desenvolvendo à medida que os seres animam organismos mais complexos e melhor dotados, tornando-se, no reino hominal, inteligente e raciocinado.
Sendo a vida orgânica absolutamente necessária ao aperfeiçoamento dos seres, Deus sempre lhes facultou os meios de conservá-la, fazendo com que a terra produzisse quanto fosse suficiente á matança de todos os que a habitam.
Sabendo, entretanto, que, se as criaturas tivessem que usar os frutos da terra apenas em função de sua utilidade, a lei da conservação não seria cumprida, houve Deus por bem imprimir a esse ato o atrativo do prazer, dando a cada coisa um sabor especial que lhes estimulasse o apetite.
A par disso, pela própria constituição somática com que modelou os seres, restringiu-lhes o gozo da alimentação ao limite do necessário, limite esse que, se observado, lhes asseguraria uma saúde perfeitamente equilibrada.
O homem, porém, no exercício de seu livre arbítrio, freqüentemente se desmanda, cometendo toda a sorte de excessos e extravagância, resultando daí muitas doenças que o excruciam (v. tr. dir. Afligem, martirizam, atormentam. (Do lat. excruciare.) e o conduzem à morte, prematuramente. Mas, como nada se perde na economia da evolução, os sofrimentos decorrentes dos desregramentos que comete dão-lhe experiência, fortalecem-lhe a razão, habilitando-o, finalmente, a distinguir o uso do abuso.
Poder-se-á dizer que, em certas regiões do globo, o solo, imenso fértil, não produz o bastante para a nutrição de seus habitantes e que o grande número de pessoas que nelas sucumbem vitimadas pela fome parece desmentir haja uma Providência Divina a provê-los dos recursos com que cumprirem a lei da conservação da vida.
Tais calamidades ocorrem de fato, mas não por culpa de Deus, a quem não se pode imputar as falhas de nossa sociedade, na qual uns se regalam com o supérfluo, enquanto outros carecem do mínimo necessário.
Fossem os homens menos egoístas, não tivessem apenas a máscara de religiosos, e, nessas contingências, prestar-se-iam mútuo apoio, já que a terra e eles mesmos pertencem a uma só família: a Humanidade.
Cumpre aos homens aplicarem-se no estudo dos problemas que os afligem, seja aperfeiçoando cada vez mais as técnicas de cultivo da gleba, de modo a conseguirem aumento da produção, seja entregando-se a pesquisas, no sentido de descobrirem outras fontes de alimentos, esforços esses que lhes engrandecerão a inteligência, assinalando novas etapas no progresso da civilização.
Mesmo nos casos de circunstâncias críticas, para a conservação da vida, não é lícito, para matar a fome, sacrificar um semelhante. Isto seria homicídio e crime de lesa-natureza. Em casos assim, é preferível morrer, já que grande será o merecimento se formos capazes de tão sublime renúncia por amor ao próximo.
Por outro lado, as privações voluntárias observadas em algumas religiões, de nada contribuem para a elevação da alma. Todos os usos que prejudiquem a saúde, longe de apressarem o desenvolvimento espiritual, retardam-no, pois solapam ((fig.) arruinam; encobrem; dissimulam) as forças vitais de seus praticantes, diminuindo-lhes a disposição para o trabalho, que sempre foi e continuará sendo o único caminho do progresso.
Ä Meios de Conservação:
A Questão 704 de "O Livro dos Espíritos" e a devida resposta proporcionada pelos benfeitores espirituais, são bastante esclarecedoras com relação a este aspecto.
Questão 704: Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir? Resposta: "Certo, e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhes dar os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.
Na seqüência às questões sobre o assunto, complementa Kardec: "Se é certo que a Civilização multiplica as necessidades, também o é que multiplica as fontes de trabalho e os meios de viver. Forçoso, porém, é convir em que, a tal respeito, muito ainda lhe resta fazer. Quando ela houver concluído a sua obra, ninguém deverá haver que possa queixar-se de lhe faltar o necessário, a não ser por própria culpa. A desgraça, para muitos, provém de enveredarem por uma senda diversa da que a Natureza lhes traça. É então que lhes falece a inteligência para o bom êxito. Para todos há lugar ao Sol, mas com a condição de que cada um ocupe o seu e não o dos outros. A Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social, nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.
Fora preciso, entretanto, ser-se cego, para se não reconhecer o progresso que, por esse lado, têm feito os povos mais adiantados. Graças aos louváveis esforços que, juntas, a Filantropia e a Ciência não cessam de despender para melhorar a condição material dos homens e mau grado ao crescimento incessante das populações, a insuficiência da produção se acha atenuada, pelo menos em grande parte, e os anos mais calamitosos do presente não se podem de modo algum comparar aos de outrora. A higiene pública, elemento tão essencial da força e da saúde, a higiene pública, que nossos pais não conheceram, é objeto de esclarecida solicitude. O infortúnio e o sofrimento encontram onde se refugiem. Por toda parte a Ciência contribui para acrescer o bem-estar. Poder-se-á dizer que já se haja chegado à perfeição? Oh! Não, certamente; mas, o que já se fez deixa prever o que, com perseverança, se logrará conseguir, se o homem se mostrar bastante avisado para procurar a sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não em utopias que o levam a recuar em vez de fazê-lo avançar."
Ä Necessário e Supérfluo
Kardec questiona os Espíritos, na pergunta 719, se o homem merece censura por procurar o bem estar. Os Espíritos respondem: "É natural o desejo do bem estar. Deus só proíbe o abuso, por ser contrário à conservação. Ele não considera crime a procura do bem-estar, desde que não seja conseguido às custas de outrem e não venha diminuir-vos nem as forças físicas, nem as forças morais". Temos aí um ensinamento que contesta fundamentalmente a concepção absurda e até certo ponto blasfema, corrente em certos meios religiosos, de que "o homem nasce nesse mundo para sofrer, a fim de fazer-se merecedor de suaves recompensas do céu".
Sendo a Humanidade terrena uma das mais imperfeitas no concerto universal, compreende-se porque mais sofre do que goza.
Cada um de nós pode e deve promover-se socialmente, conquistando para si mesmo e para os seus, tudo quanto seja agradável, útil e concorra para aumentar a alegria de viver.
Não é verdade, que o homem deva aceitar, passivamente, tudo que o excrucia; conformar-se, submisso, com a má organização da sociedade, responsável pela miséria de tantos; ou mesmo impor-se penitências voluntárias, por serem estas coisas conformes aos planos divinos a nosso respeito.
A Doutrina Espírita nos ensina que Ele quer a felicidade de todos, não apenas "post-mortem", num suposto paraíso de delícias, onde ninguém tenha o que fazer, contanto que Lhe compreendamos os amorosos e sábios desígnios e saibamos pautar nossos atos por uma fiel observância de Suas leis.
Não, não é crime a busca do bem estar.
Criminosa é a ignorância em que os homens vêm sendo mantidos acerca de seus direitos naturais, inerentes à sua condição de filhos de Deus, sem acepção de raça, cor ou nacionalidade.
Criminosas são as manobras do egoísmo empregadas por uma minoria dominante, no sentido de impedir o advento da justiça social e a conseqüente melhoria de vida dos povos.
Criminosos são os gastos enormes que se fazem em programas armamentistas em detrimento da produção dos bens de consumo.
Criminoso é o desvio de vultuosas parcelas da Humanidade (exatamente os elementos mais válidos) dos trabalhos fecundos que ativam a civilização, para a improdutividade das casernas, para as operações bélicas que destroem, em minutos, o que levou séculos para edificar.
O dinheiro constitui pesada responsabilidade para seu possuidor. A aplicação do dinheiro torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis desgraças.
Para consegui-lo, empenham-se os valores da inteligência, em esforços exaustivos, por meio dos quais são fomentados o comércio, a indústria, as realizações de alto porte, as ciências, as artes, os conhecimentos. Porém, no sub-mundo das paixões, simultaneamente, dele se utilizando a astúcia e a indignidade favorece os disparates da emoção, aliciando (v. tr. dir. e ind. incitando; provocando. (Do lat. allicerce.) as ambições desregradas para o consórcio da anarquia com o prazer. Sua presença ou ausência é relevante para a quase totalidade dos homens terrenos. Graças a ele estabelecem-se acordos de paz e por sua posse explodem guerras calamitosas.
O dinheiro é meio e não meta. Sendo previdente, o homem pode multiplica-lo a benefício de todos, sem a avareza que alucina ou ambição que tresvaria.
Joanna de Ângelis diz: "De como te servires do dinheiro construirás o céu da alegria ou o inferno de mil tormentos para ti mesmo".
Há muito desperdício no mundo, fomentando larga faixa de miséria entre os homens. O desperdício é fator expressivo de ruína na comunidade. A vida é simples nas suas exigências quase ascetas (s. 2 gên. Pessoa que se entrega inteiramente aos exercícios espirituais e a penitências; (fig.) pessoa de vida irrepreensível. (Do gr. asketes.). No entanto, muitos cristãos distraídos, ataviam-se (v. tr. dir. enfeitam-se; adornam-se; aformoseam-se.), complicando os deveres, sobrecarregando-se do dispensável, desperdiçando valores, tempo e oportunidade edificante para o próprio burilamento.
Kardec preceitua em sua observação à questão 717 de "O Livro dos Espíritos" que: "...Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo. A civilização criou necessidades que o selvagem desconhece... Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas. A civilização desenvolve o senso moral e, ao mesmo tempo, o sentimento de caridade, que leva os homens a se prestarem mútuo apoio...".
O gosto pelo supérfluo é, assim, prejudicial ao homem. Os desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha preponderância sobre a natureza espiritual. Nessas condições, o atrativo dos bens materiais também funciona como prova para o espírito que vivencia as oportunidades do mundo físico. Para bem se conduzir na esfera carnal, o homem deve conhecer o limite entre o necessário e o supérfluo. Algumas pessoas ainda requerem seguidas experiências e grande esforço para adquirir esse conhecimento. Outras a têm por intuição das conquistas efetivadas em vidas pregressas.
De qualquer modo, segundo Joanna de Ângelis, é necessário renovar os valores: "Renovar é processo fecundo de produzir. Não apenas renovar para variar, antes reativar os valores que jazem vencidos pela rotina pertinaz, ou redescobrir os ideais que, pouco a pouco, vão consumidos pelo marasmo ((fig.) melancolia; apatia moral.), vencidos pela modorra (s. f. grande vontade de dormir; sonolência; letargo; (fig.) apatia; indolência. (Do cast. modorra.), desarticulados pelas contingências da mecânica realizadora".
Deve ser esclarecido a esse respeito, que o limite do necessário não é exato e absoluto, pois em realidade, é relativo às condições de vida proporcionadas pelos avanços da civilização, que criam novas necessidades. Pode-se dizer, contudo, que são essenciais aos homens todos os bens de relevância para a sua sobrevivência, para que desfrutem de relativo conforto e possam participar da vivência social. São supérfluos todos os bens que servem a outras finalidades, tais como o luxo e a satisfação do orgulho, assim como os que acumulados, improdutivos, nas mãos de poucos, fazem falta a muitos. O que desperdiçares hoje, faltar-te-á amanhã, não o duvides ...
Cabe, portanto, ao indivíduo, às instituições e aos Governos, desenvolverem esforços no sentido de estender a todos, sem exceção, os benefícios decorrentes da melhoria do padrão de vida humana, originados dos progressos da civilização, de modo a atenuar as desigualdades sociais.
Joanna de Ângelis, no seu livro " Leis Morais da Vida, cap. 20, comenta: "Reparte a tua fartura com a escassez do teu próximo. Divide os teus recursos, tuas conquistas e vê-los-ás multiplicados em mil mãos que se erguerão louvando e abençoando as tuas generosas mãos...".
Para garantir o cumprimento dessa tarefa, assegurando o bem-estar a todos os homens, são necessários investimentos nos setores da saúde, alimentação, acesso aos meios de comunicação e, em especial, da educação – compreendida em seu sentido mais amplo de formação intelectual, social, moral e espiritual do ser.
As conquistas da ciência e do conhecimento humano, como um todo, possibilitarão à Humanidade ampliar o bem-estar social.
A Doutrina Espírita explica que pela Lei da Evolução, os mundos também progridem e se destinam a oferecer aos seus habitantes condições de morada cada vez mais aprazíveis (adj. 2 gên. Que apraz; agradável; ameno, delicioso; (De aprazer.). O aperfeiçoamento da estrutura sócio-econômica das nações terrenas é, assim, um imperativo categórico, e bom seria que, ao invés de resistir às medidas que o favoreçam, as classes privilegiadas em cujas mãos estão as rédeas do poder, renunciassem espontaneamente a algo que lhes sobeja (v. intr. e tr. ind. - que sobra; que é demasiado, que se tem em excesso.), em favor do bem estar coletivo. Isso evitaria os processos violentos e dolorosos que hão assinalado, até o presente, a marcha do progresso neste minúsculo planeta, inaugurando uma nova era, de compreensão e boa vontade, que os reacionários (contrários à liberdade) batizarão com outros nomes, mas que representará o triunfo do Cristianismo em sua expressão mais autêntica, mais nobre e mais bela.
Bibliografia:
Kardec, Allan - A Gênese cap. III - O bem e o mal – pergunta 74.
Kardec, Allan - O livro dos Espíritos. Parte Terceira, cap. V, perguntas 702, 703, 704, 705, 707, 717, 720 e 727.
Calligaris, Rodolfo - As Leis Morais - A Lei da Conservação – páginas 83 à 85; A Procura do Bem-estar páginas 87 à 89.
Franco, Divaldo Pereira. Leis Morais da vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis - Cap. V . Desperdícios.
Apostila da Federação Espírita do Paraná – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – Programa I – Unidade III – subunidade 5 – Da Lei de conservação: conservação da vida; necessário e supérfluo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário