E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: o Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou ei-lo ali, porque eis que o Reino de Deus está entre vós. (Lucas, 17:20-21) E dizia: a que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? E semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou em sua horta, e cresceu, e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu. (Lucas, 13:18-19)
E disse outra vez: a que compararei o Reino de Deus? E semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou. (Lucas, 13.20-21) O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu, e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. (Mateus, 13:44) O Reino dos Céus é também semelhante a um homem negociante, que busca boas pérolas.
E disse outra vez: a que compararei o Reino de Deus? E semelhante ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou. (Lucas, 13.20-21) O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu, e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. (Mateus, 13:44) O Reino dos Céus é também semelhante a um homem negociante, que busca boas pérolas.
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a . (Mateus, 13:45-46,) O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede lançada ao mar, que apanha toda a qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia, e, assentando-se, apanham para os cestos os bons, os ruins, porém, lançam fora. (Mateus, 13:47-48,)
Nos trechos evangélicos citados, o Mestre deixou bem evidenciado que o Reino dos Céus não existe como lugar confinado, como mansão de repouso eterno nem plano de estagnação, de inércia, ou de contemplação beatífica. Asseverando que o Reino dos Céus virá sem nenhuma demonstração exterior, e, ainda mais, que o tão almejado Reino está perenemente entre nós, Jesus definiu, de modo inequívoco, como deveremos concebê-lo.
E evidente que, se um indivíduo vive em paz com sua consciência e é perseverante na observação dos ensinamentos evangélicos, estará obviamente, vivendo num estado de paz, de serenidade. Por outro lado, se o indivíduo apenas pratica iniqüidades e reluta em seguir as veredas do Bem, estará implicitamente, vivendo num verdadeiro inferno.
O Espiritismo proclama a existência de Planos Superiores da Espiritualidade, onde os Espíritos que bem desempenharam o aprendizado nas "muitas moradas da Casa do Pai" desfrutam das bem-aventuranças peculiares àqueles que souberam assimilar os preceitos da Lei do Amor. Porém essas regiões elevadas não são destinadas à inação, ao descanso eterno ou à contemplação beatífica, tampouco para servirem de reduto aos violentos e aos conspurcadores das Leis de Deus.
No nobre intuito de revelar aos seus pósteros a premente necessidade da preparação das almas para a dignificante tarefa de alcançar o Reino dos Céus, o qual, no dizer de Jesus, só se conquista com as boas obras e não com a violência, o Mestre fez várias comparações concludentes em torno do verdadeiro sentido daquele tão decantado Reino. Nessas maravilhosas demonstrações, o Reino dos Céus foi apresentado sob vários prismas, girando em torno do mesmo significado.
E evidente que, se um indivíduo vive em paz com sua consciência e é perseverante na observação dos ensinamentos evangélicos, estará obviamente, vivendo num estado de paz, de serenidade. Por outro lado, se o indivíduo apenas pratica iniqüidades e reluta em seguir as veredas do Bem, estará implicitamente, vivendo num verdadeiro inferno.
O Espiritismo proclama a existência de Planos Superiores da Espiritualidade, onde os Espíritos que bem desempenharam o aprendizado nas "muitas moradas da Casa do Pai" desfrutam das bem-aventuranças peculiares àqueles que souberam assimilar os preceitos da Lei do Amor. Porém essas regiões elevadas não são destinadas à inação, ao descanso eterno ou à contemplação beatífica, tampouco para servirem de reduto aos violentos e aos conspurcadores das Leis de Deus.
No nobre intuito de revelar aos seus pósteros a premente necessidade da preparação das almas para a dignificante tarefa de alcançar o Reino dos Céus, o qual, no dizer de Jesus, só se conquista com as boas obras e não com a violência, o Mestre fez várias comparações concludentes em torno do verdadeiro sentido daquele tão decantado Reino. Nessas maravilhosas demonstrações, o Reino dos Céus foi apresentado sob vários prismas, girando em torno do mesmo significado.
Comparou-o, Jesus, ao grão de mostarda, que, apesar de ser uma das menores sementes, produz enorme vegetação; ao fermento que, mesmo em pequena quantidade, é capaz de levedar grande quantidade de massa; ao tesouro escondido que, quando é achado por um indivíduo, este vende tudo o que tem para poder adquiri-lo; a uma pérola de grande valor, que, quando achada, serve de incentivo para quem a descobriu vender tudo quanto tem, a fim de adquiri-la, e, finalmente, a uma rede lançada ao mar, que, apanhando grande quantidade de peixes, uns são lançados fora, como ruins, e outros guardados como bons.
A máxima "Buscai antes o Reino de Deus e sua justiça e tudo vos será acrescentado", por si só é suficiente para demonstrar que, abrindo o coração para que nele se aninhe o sentimento do Bem, a criatura humana, de uma forma simbólica, estará recebendo a pequena semente que se transformará em sentimentos empolgantes e de grande amplitude, a ponto de essa criatura sentir-se em íntimo contato com as entidades generosas e puras da Espiritualidade Superior, ou seja, do Mundo Maior, as quais, em perfeita similitude com as aves dos céus, dela aproximar-se-ao, atraídas pelos vários ramos da virtude que se irradia da sua alma.
Aquele que sentir em seu interior o despertar para as coisas de Deus, deverá desvencilhar-se de todas as imperfeições, abandonando, de vez, todos os impulsos menos edificantes. Nesse caso, deverá agir como aquele indivíduo que, encontrando um tesouro escondido, uma pérola de grande valor, decidiu despojar-se de tudo quanto tinha, para adquirir aquilo que considerava de maior valor. O Ser que pressentir, em sua alma, que as primícias do Reino dos Céus o estão bafejando com seus influxos, dada a circunstância de desejar palmilhar o caminho do Bem, deverá relegar para plano secundário os vícios, os maus pendores e as preocupações menos puras, a fim de possuir aquele Bem maior.
Fazendo analogia entre o Reino dos Céus e uma rede cheia de peixes, da qual o pescador separará os bons, dos ruins, os bons, guardando na cesta, e atirando de volta ao mar aqueles que foram considerados ruins, Jesus nos legou um ensinamento velado, do qual devemos subtrair o Espírito que vivifica.
O Reino dos Céus é para todos os filhos de Deus. A rede generosa, da qual o Cristo fala em seu ensinamento, é lançada para toda a Humanidade, indistintamente, assim como Deus faz a chuva beneficiar bons e maus e o Sol brilhar sobre justos e injustos. Muitos, porém, não dão guarida ao excesso de misericórdia do Pai Celestial e, quando ultrapassarem o limiar do túmulo, ocorrerá a separação descrita no Evangelho, simbolizada no levantamento da rede e a consequente separação dos peixes; aqueles que se compenetraram dos seus deveres e apenas praticaram o Bem, sem mistura de mal, entrarão no gozo da essência dignificante do Espírito, e aqueles que perverteram suas obrigações, que apenas deram guarida ao mal, serão relegados aos planos umbralinos — os planos terra-a-terra — onde os Espíritos ociosos e maldosos curtirão as dores oriundas de um dever não-cumprido, de uma tarefa fracassada. No dizer do Cristo tais criaturas serão relegadas ao local onde "haverá choros e ranger de dentes".
Quando alguém nos disser que o Reino dos Céus está ali ou acolá, não devemos dar crédito. O tão aspirado Reino está dentro de nós, e sua penetração em nosso coração se fará sem nenhuma manifestação exterior, ou seja, será pela simples prática das boas obras, conforme nos ensinou Jesus.
Paulo A. Godoy
A máxima "Buscai antes o Reino de Deus e sua justiça e tudo vos será acrescentado", por si só é suficiente para demonstrar que, abrindo o coração para que nele se aninhe o sentimento do Bem, a criatura humana, de uma forma simbólica, estará recebendo a pequena semente que se transformará em sentimentos empolgantes e de grande amplitude, a ponto de essa criatura sentir-se em íntimo contato com as entidades generosas e puras da Espiritualidade Superior, ou seja, do Mundo Maior, as quais, em perfeita similitude com as aves dos céus, dela aproximar-se-ao, atraídas pelos vários ramos da virtude que se irradia da sua alma.
Aquele que sentir em seu interior o despertar para as coisas de Deus, deverá desvencilhar-se de todas as imperfeições, abandonando, de vez, todos os impulsos menos edificantes. Nesse caso, deverá agir como aquele indivíduo que, encontrando um tesouro escondido, uma pérola de grande valor, decidiu despojar-se de tudo quanto tinha, para adquirir aquilo que considerava de maior valor. O Ser que pressentir, em sua alma, que as primícias do Reino dos Céus o estão bafejando com seus influxos, dada a circunstância de desejar palmilhar o caminho do Bem, deverá relegar para plano secundário os vícios, os maus pendores e as preocupações menos puras, a fim de possuir aquele Bem maior.
Fazendo analogia entre o Reino dos Céus e uma rede cheia de peixes, da qual o pescador separará os bons, dos ruins, os bons, guardando na cesta, e atirando de volta ao mar aqueles que foram considerados ruins, Jesus nos legou um ensinamento velado, do qual devemos subtrair o Espírito que vivifica.
O Reino dos Céus é para todos os filhos de Deus. A rede generosa, da qual o Cristo fala em seu ensinamento, é lançada para toda a Humanidade, indistintamente, assim como Deus faz a chuva beneficiar bons e maus e o Sol brilhar sobre justos e injustos. Muitos, porém, não dão guarida ao excesso de misericórdia do Pai Celestial e, quando ultrapassarem o limiar do túmulo, ocorrerá a separação descrita no Evangelho, simbolizada no levantamento da rede e a consequente separação dos peixes; aqueles que se compenetraram dos seus deveres e apenas praticaram o Bem, sem mistura de mal, entrarão no gozo da essência dignificante do Espírito, e aqueles que perverteram suas obrigações, que apenas deram guarida ao mal, serão relegados aos planos umbralinos — os planos terra-a-terra — onde os Espíritos ociosos e maldosos curtirão as dores oriundas de um dever não-cumprido, de uma tarefa fracassada. No dizer do Cristo tais criaturas serão relegadas ao local onde "haverá choros e ranger de dentes".
Quando alguém nos disser que o Reino dos Céus está ali ou acolá, não devemos dar crédito. O tão aspirado Reino está dentro de nós, e sua penetração em nosso coração se fará sem nenhuma manifestação exterior, ou seja, será pela simples prática das boas obras, conforme nos ensinou Jesus.
Paulo A. Godoy
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