José Argemiro da Silveira
De Ribeirão Preto-SP
“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo” – Jesus.
Em várias passagens do Evangelho Jesus acentua a importância do Reino de Deus, ou Reino dos Céus. Podemos considerar este ensino como sendo o tema central, a coluna mestra de sua Doutrina. “O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procurava pérolas preciosas; descobriu uma pérola de grande valor, foi vender tudo que possuía e a comprou”. Em outro lugar: “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo,foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo”J. Herculano Pires, filósofo e escritor espírita, escreveu um livro sobre “O Reino”, onde ele fala da tese do Reino. Diz ele: “A tese do Reino de Deus tem permanecido oculta nos Evangelhos, porque os homens insistem na tentativa de servir a dois senhores. Mas o anseio do Reino os arrasta cada vez mais à descoberta da tese”. Conquistar esse Reino significa o desabrochar das potencialidades do Espírito para compreender e viver de acordo com as Leis Divinas, ou seja, realizar a evolução espiritual. O Reino de Deus está em nós, afirmou o Mestre. Logo, para conquistá-lo não temos que buscá-lo fora, e sim trabalhar por despertar as potencialidades existentes em nosso íntimo. A medida que o ser evolui, passa a trabalhar para melhorar o meio em que vive.
Diz Herculano: “Para obtermos um verdadeiro mundo de luz é necessário acendermos a luz nas almas. Esse é o primeiro tema da tese do Reino. Mas, se o mundo é o reflexo do homem, esse reflexo também condiciona o homem. Não basta melhorar apenas o homem; é necessário trabalhar para melhorar o meio onde esse homem vive. Assim, o segundo tema da tese do Reino é a modificação do meio. Ao mesmo tempo que acendemos a luz nas almas, temos de fazê-la brilhar no meio social. As almas iluminadas iluminam a sociedade, mas a sociedade iluminada deve iluminar as almas. Não podemos nos esquecer dessa reciprocidade”. E cita José Ingenieros: “Num meio em que todos rastejam, é difícil alguém andar em pé”.
É preciso lutar para criar condições sociais adequadas ao aprimoramento do homem. Segundo Herculano, o terceiro tema da tese do Reino é o da escolaridade. “O Reino exige a preparação dos candidatos, exige escola. Os candidatos do Reino estão todos na escola da vida, mas é evidente que a maioria pertence às classes primárias”. A escola da vida são as tarefas confiadas a cada um, os deveres da profissão, da família, da vida social. Há sempre oportunidades para aprender e nos exercitarmos na vivência dos valores que nos levarão ao despertamento, a desenvolver as qualidades que estão em nós, ainda latentes. As religiões e escolas espiritualistas são processos pedagógicos, com seus diferentes métodos didáticos em desenvolvimento no Mundo. Muitas delas estão deturpadas, comprometidas com o homem velho de que falava Jesus, mas todas as criaturas humanas dispõem de recursos didáticos para auxiliarem os sistemas pedagógicos deficientes. Não só ensinar, mas acima de tudo dar o exemplo. Quem ensina aprende, e vice-versa. A escolaridade é então o processo da experiência. O quarto tema da tese do Reino é a obrigatoriedade, afirma J. Herculano. “Esse tema nos mostra que as almas obedecem a leis morais, como os corpos obedecem a leis físicas. Umas e outras são leis de Deus que nos conduzem obrigatoriamente para o Reino”. A palavra “obrigatoriedade” pode causar alguma estranheza, considerando a afirmativa de Paulo que “onde há o Espírito do Cristo aí há liberdade”. Mas o mesmo Paulo afirmou: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”. Deus nos dá o livre-arbítrio, podemos fazer opções, escolher caminhos. Tudo nos é permitido, mas somos responsáveis pelas nossas escolhas. Daí o alerta de que “nem tudo nos convém”. O livre-arbítrio não colide com as leis divinas, pois ele mesmo é parte da Lei. Enquanto não nos enquadrarmos na Lei, não agirmos de acordo com ela, não vamos adiante, não progredimos. Portanto, para o Espírito evoluir, construir o Reino de Deus no seu íntimo, terá obrigatoriamente que observar os princípios éticos, as leis morais, assim como os corpos obedecem as leis físicas. Podemos agir em desacordo com a Lei, mas receberemos sempre resultados equivalentes às ações praticadas; somos responsáveis por tudo que fazemos.
Nesses quatro temas temos um roteiro para trabalhar a nossa evolução espiritual, ou seja, edificar, paulatinamente, o Reino dos Céus em nosso íntimo. Esta é a meta de nossas vidas, o caminho da felicidade que todos buscamos.
Em várias passagens do Evangelho Jesus acentua a importância do Reino de Deus, ou Reino dos Céus. Podemos considerar este ensino como sendo o tema central, a coluna mestra de sua Doutrina. “O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procurava pérolas preciosas; descobriu uma pérola de grande valor, foi vender tudo que possuía e a comprou”. Em outro lugar: “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo,foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo”J. Herculano Pires, filósofo e escritor espírita, escreveu um livro sobre “O Reino”, onde ele fala da tese do Reino. Diz ele: “A tese do Reino de Deus tem permanecido oculta nos Evangelhos, porque os homens insistem na tentativa de servir a dois senhores. Mas o anseio do Reino os arrasta cada vez mais à descoberta da tese”. Conquistar esse Reino significa o desabrochar das potencialidades do Espírito para compreender e viver de acordo com as Leis Divinas, ou seja, realizar a evolução espiritual. O Reino de Deus está em nós, afirmou o Mestre. Logo, para conquistá-lo não temos que buscá-lo fora, e sim trabalhar por despertar as potencialidades existentes em nosso íntimo. A medida que o ser evolui, passa a trabalhar para melhorar o meio em que vive.
Diz Herculano: “Para obtermos um verdadeiro mundo de luz é necessário acendermos a luz nas almas. Esse é o primeiro tema da tese do Reino. Mas, se o mundo é o reflexo do homem, esse reflexo também condiciona o homem. Não basta melhorar apenas o homem; é necessário trabalhar para melhorar o meio onde esse homem vive. Assim, o segundo tema da tese do Reino é a modificação do meio. Ao mesmo tempo que acendemos a luz nas almas, temos de fazê-la brilhar no meio social. As almas iluminadas iluminam a sociedade, mas a sociedade iluminada deve iluminar as almas. Não podemos nos esquecer dessa reciprocidade”. E cita José Ingenieros: “Num meio em que todos rastejam, é difícil alguém andar em pé”.
É preciso lutar para criar condições sociais adequadas ao aprimoramento do homem. Segundo Herculano, o terceiro tema da tese do Reino é o da escolaridade. “O Reino exige a preparação dos candidatos, exige escola. Os candidatos do Reino estão todos na escola da vida, mas é evidente que a maioria pertence às classes primárias”. A escola da vida são as tarefas confiadas a cada um, os deveres da profissão, da família, da vida social. Há sempre oportunidades para aprender e nos exercitarmos na vivência dos valores que nos levarão ao despertamento, a desenvolver as qualidades que estão em nós, ainda latentes. As religiões e escolas espiritualistas são processos pedagógicos, com seus diferentes métodos didáticos em desenvolvimento no Mundo. Muitas delas estão deturpadas, comprometidas com o homem velho de que falava Jesus, mas todas as criaturas humanas dispõem de recursos didáticos para auxiliarem os sistemas pedagógicos deficientes. Não só ensinar, mas acima de tudo dar o exemplo. Quem ensina aprende, e vice-versa. A escolaridade é então o processo da experiência. O quarto tema da tese do Reino é a obrigatoriedade, afirma J. Herculano. “Esse tema nos mostra que as almas obedecem a leis morais, como os corpos obedecem a leis físicas. Umas e outras são leis de Deus que nos conduzem obrigatoriamente para o Reino”. A palavra “obrigatoriedade” pode causar alguma estranheza, considerando a afirmativa de Paulo que “onde há o Espírito do Cristo aí há liberdade”. Mas o mesmo Paulo afirmou: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”. Deus nos dá o livre-arbítrio, podemos fazer opções, escolher caminhos. Tudo nos é permitido, mas somos responsáveis pelas nossas escolhas. Daí o alerta de que “nem tudo nos convém”. O livre-arbítrio não colide com as leis divinas, pois ele mesmo é parte da Lei. Enquanto não nos enquadrarmos na Lei, não agirmos de acordo com ela, não vamos adiante, não progredimos. Portanto, para o Espírito evoluir, construir o Reino de Deus no seu íntimo, terá obrigatoriamente que observar os princípios éticos, as leis morais, assim como os corpos obedecem as leis físicas. Podemos agir em desacordo com a Lei, mas receberemos sempre resultados equivalentes às ações praticadas; somos responsáveis por tudo que fazemos.
Nesses quatro temas temos um roteiro para trabalhar a nossa evolução espiritual, ou seja, edificar, paulatinamente, o Reino dos Céus em nosso íntimo. Esta é a meta de nossas vidas, o caminho da felicidade que todos buscamos.
Bibliografia:
Pires, j. Herculano – O Reino – Editora: EDICEL.
Fonte: Verdade e Luz, edição nº 245 - Junho de 2006
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