Instado a opinar também sobre os vícios, o médium ensejou-nos novos e importantes esclarecimentos:
Chico Xavier:
- Não entendemos o vício como sendo um problema de criminalidade, mas como um problema de desequilíbrio nosso, diante das leis da vida. E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado.
Por exemplo: se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir. Quando falamos a palavra vício, habitualmente logo nos recordamos do sexo.
Mas do sexo herdamos nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo-nos do fogo do sexo e o tóxico... Mas tóxico é outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que procuram uma fuga. Não são criminosos. São criaturas carentes de mais proteção, de mais amor. Porque se os nossos companheiros enveredaram pelo caminho do tóxico, eles procuraram esquecer algo. E esse algo são eles mesmos.
Então, precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre o vício.
Há pouco tempo, perguntamos ao espírito de Emmanuel como é que ele definia um criminoso.
Ele nos disse: "O criminoso é sempre um doente, mas se ele for culpado, só deve receber esse nome depois de examinado por três médicos e três juízes".
Publicado no livro CHICO XAVIER - MANDATO DE AMOR,
Editado abril/1993 pela União Espírita Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais
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