25/09/2010 - 08h00
HELOÍSA NORONHA
Colaboração para o UOL
Crianças índigo também são chamadas de geração Y, termo validado por estudiosos
PRECONCEITOSSOCIEDADE DE PEDIATRIA NÃO RECONHECE
Tudo começou em 1982, quando a parapsicóloga norte-americana Nancy Ann Tappe lançou o livro “Understanding Your Life Through Color” (Entendendo sua Vida Através da Cor). Foi a primeira publicação a mencionar o padrão de comportamento dessas novas crianças nascidas a partir dos anos 1970 e tidas, segundo a psicóloga Valdeniza Sire Savino, de São Paulo, como “pioneiras, desbravadoras, agentes de transformação que provocarão, por meio de suas atitudes, mudanças em todos os setores da sociedade”. O índigo se refere à luz azul emanada pela aura. Segundo o dicionário “Houaiss”, a aura, no sentido da parapsicologia, significa “suposta manifestação de substância etérea que irradia de todos os seres vivos, somente perceptível por pessoas de sensibilidade especial”.
Essas crianças adoram desafios, não aceitam proibições sem argumentos, fazem várias coisas simultaneamente, têm ótima autoestima, não sentem medo e adoram tecnologia, entre outras características. Segundo Tappe, os índigos vivenciam uma grande mudança por volta dos 26 ou 27 anos, quando passam a ter noção de sua missão na Terra. Começam a ter uma visão cada vez mais clara do que vieram fazer aqui, de seus objetivos, e seguem seu ideal até se tornarem mais velhos e poderem concluí-lo. Os adultos com esse perfil, em geral, cresceram com um sentimento de inadequação, sentindo-se diferentes, e com forte predisposição a se casar tarde e a demorar a se firmar na carreira.
O OUTRO LADO DA GERAÇÃO Y
1
Superficialidade e egoísmo
2
Suscetibilidade
3
Revolta e tendência a mentir
4
Fragilidade
5
Desrespeito à autoridade e à hierarquia
Roselake Leiros, coach de carreira e de relacionamentos
A coach de carreira e relacionamentos Roselake Leiros, de São Paulo, especialista também em terapia de constelações familiares, prefere se referir aos índigos como geração Y – o nome é validado por vários estudiosos. Para ela, seja qual for o nome utilizado, essas crianças têm moldado os métodos de educação, pois requerem tratamento diferenciado. “Em primeiro lugar, os pais precisam ser verdadeiros, autênticos. Quando não souberem responder algo, por exemplo, devem admitir e mostrar interesse em descobrir. Como a sensibilidade é um ponto forte da geração Y, essas crianças conseguem flagrar uma mentira”, ressalta. Como os índigos - ou Y - são bastante focados nas coisas de seu interesse, mas muito distraídos quando não interessados, é necessário sempre propor coisas interessantes, estimulantes e desafiantes.
Para Ingrid Cañete, autora do livro “Adultos Índigo” (Editora Novo Século), os pais e os professores nunca devem agir com base no controle e no autoritarismo, do tipo “eu mando, você obedece e ponto final”. “Essa atitude é a maior causa de conflitos e problemas”, acredita Ingrid, que é psicóloga em Porto Alegre (RS). “Por outro lado, os pais dos índigos não devem enaltecê-los a ponto de fazer que se sintam superiores às demais pessoas à volta, porque, apesar de serem seres mais evoluídos espiritualmente, não são perfeitos e necessitam de boa supervisão e direcionamento. Também não devem pender a balança para o lado oposto, ou seja, achar que porque o filho é índigo ele se basta”, ressalta Valdeniza.
No Brasil, é comum associar o conceito índigo ao espiritismo. Segundo ela (que é espírita), foram os espíritas que mais se interessaram pelo assunto. “Mas isso não quer dizer que esse seja um assunto religioso, pois, como a doutrina espírita tem tríplice aspecto - ciência, filosofia e religião -, resolvemos estudar, pesquisar e observar de acordo com os parâmetros que possibilitem uma análise psicológica, assim como filosófica, do que ocorre.”
Índigo não é um doente hiperativo
Segundo os defensores do conceito, é muito comum confundir o perfil de uma criança índigo com o de uma portadora de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Em seu livro “Mentes Inquietas” (Editora Gente), a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva dá as características de quem tem TDAH. Selecionamos dez:
Falta de atenção a detalhes; por descuido comente erros na escola.
Facilidade para perder coisas.
Dificuldade para se organizar.
Agita as mãos ou os pés sem parar.
Corre e esbarra nos objetos.
Dificuldade para brincar em silêncio.
Dificuldade para esperar sua vez.
Baixa tolerância à frustração.
Quer fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Frequentemente fala sem parar.
Obs.: Para um diagnóstico preciso, é necessária avaliação médica.
Características principais das crianças índigo
Também chamadas de “rompedores de sistemas”, elas viriam ao mundo com a missão de promover a aceleração do processo de evolução humana e planetária.
Determinação a pôr em xeque o status quo, os valores estabelecidos e todo um sistema adoecido e caótico que se instalou na sociedade atual.
Alta sensibilidade.
Questionadoras, não aceitam um “não, porque não” sem argumentos verdadeiros como resposta.
Têm um olhar profundo e magnético.
Têm liderança carismática.
São guiadas por um grande senso de justiça.
Sua presença incomoda, pois é como se estivéssemos na presença de um espelho que reflete de forma potencializada todo o nosso interior, com aspectos de luz e sombra.
Não têm problemas de autoestima.
Não têm vergonha ou problema em expressar suas necessidades.
Acreditam plenamente em si mesmas.
Não são massa de manobra, não se deixam conduzir, não são manipuláveis.
Não são adeptas de práticas que agridam a natureza.
Detestam preconceito.
Na adolescência, não são adeptos das baladas nem gostam de “ficar”; preferem namorar.
Muitos deles não aceitam comer carne de qualquer animal, preferem escolher legumes, verduras etc.
Acreditam em Deus, e a continuação da vida após a morte não é novidade para eles.
Fontes: Ingrid Cañete e Valdeniza Sire Salvino
Como são os bebês índigo
Têm olhos grandes e olhar profundo;
Penetram em nossa alma e não sorriem de imediato, fitam-nos por um longo tempo, nos magnetizam;
Sua energia é de paz, de serenidade;
Transmitem conforto, paz e muito amor de um modo que nos sentimos bem perto deles e não queremos nos afastar;
Desde cedo, mostram-se muito sensíveis às emoções dos pais
Demonstram uma capacidade impressionante de recuperação em caso de doenças, inclusive estranhas e graves, o que chega a impressionar os médicos;
São extremamente carinhosos e meigos;
Muitos têm dentes bem cedo;
Alguns chegam a falar com três ou quatro meses algumas palavras, mesmo que depois não falem mais e só voltem a falar com 3 ou 4;
Chamam a atenção pela vivacidade que apresentam desde cedo.
Fontes: Ingrid Cañete e Valdeniza Sire Salvino
A evolução cristal
Segundo os estudiosos do tema, essas crianças são um subgrupo dentro do grande grupo evolutivo chamado índigos ou Y. “São aquelas que possuem espiritualidade ainda maior que os índigos. Sempre que se faz necessário mudar, estão à frente aqueles que vão abrir caminhos para que isso aconteça. É o caso dos índigos: abrir caminhos para os cristais”, destaca a psicóloga Valdeniza Sire Salvino.
As crianças cristais possuem muitas das características dos índigos e outras bem específicas, tais como: hipersensibilidade, telepatia acentuada, e uma energia ainda mais sutil. De acordo com os estudiosos, elas teriam o poder de transformar um ambiente apenas com sua presença e com sua aura amorosa e generosa. Atrairiam as pessoas e as crianças, inclusive, como se fossem um imã, pois todos querem estar perto delas. As cristais seriam realmente “transparentes e falariam a linguagem da alma”, por isso a dificuldade de dizer não a elas ou mesmo ficar bravo. Outra característica apontada é o olhar no fundo dos olhos e a seriedade iniciais, pois elas estariam lendo a energia, a alma da pessoa, o que poderia causar uma reação forte. Assim, pessoas muito estressadas, desequilibradas e/ou negativas seriam identificadas e logo rejeitadas, geralmente com choro compulsivo.
Fontes: Ingrid Cañete e Valdeniza Sire Salvino
Para saber mais
Confira uma série de livros sobre o assunto:
“Adultos Índigo”, de Ingrid Cañete (Editora Novo Século)
“Crianças Índigo – Crianças Muito Especiais Estão Chegando”, de Lee Carroll e Jan Tober (Butterfly Editora)
"Crianças Índigo – Uma Geração de Ponte com Outras Dimensões... No Planeta Índigo da Nova Era, de Tereza Guerra (Editora Madras)
“Crianças Índigo – Uma Nova Consciência Planetária”, de Sylvie Simone (Editora Madras)
"Crianças Índigo – Uma Visão Espiritualista”, de Rosana Beni (Editora Novo Século)
“Educando Crianças Índigo – Uma Nova Pedagogia para as Crianças da Nova Era!”, de Egidio Vecchio (Butterfly Editora)
“Poder Índigo e Evolução Cristal – Autoconsciência Índigo para Jovens e Adultos”, de Tereza Guerra (Editora Madras)
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