Élzio Souza
Comecemos com uma análise sobre o pensamento de Allan Kardec. Ele estabeleceu uma concepção tríplice acerca do homem, que seria formado pelo espírito, pelo perispírito e pelo corpo físico. Erroneamente, muitos proclamaram esta concepção como genuinamente espírita, enquanto que o codificador, reconhecendo sua anterioridade, fazia questão de lembrar a existência de antecedentes históricos que a confirmavam como um elemento presente nas mais variadas culturas. Ao seu ver, este fato constituía uma prova da universalidade do espiritismo. Kardec não se limitou aos antecedentes oriundos das culturas orientais, mas trouxe a doutrina de Paulo de Tarso, que registrava a concepção tríplice e foi explorada por Watchman Nee, pensador protestante.
Para Paulo, o conceito de alma não é de espírito encarnado, como consta em O Livro dos Espíritos, ou de princípio inteligente, como propôs Kardec, mas corresponde ao de perispírito, intermediário entre o espírito e o corpo físico. É interessante destacar que o codificador não reinvindicava prioridades para o Espiritismo. Ao estudar comparativamente as filosofias religiosas, procurava demonstrar que a verdade nele contida estava no fundo dos tempos. Durante a revelação espírita, foram recebidas várias mensagens e realizados experimentos que indicavam uma pluralidade de corpos espirituais, correspondendo aos vários “sharitras” ou “koshas” (corpos) das doutrinas hinduístas. O dr. Antônio J. Freire registra uma comunicação mediúnica obtida pelo coronel Albert de Rochas e ditada pelo espírito Vincent. Apresentando-se como um espírito extraterrestre, dizia que “o perispírito é constituído por uma série de invólucros mais ou menos eterizados, dos quais os habitantes do mundo astral vão se desfazendo sucessivamente, à medida que se elevam na escala de evolução, não sendo embutidos uns sobre os outros, como os tubos de um telescópio, mas se interpenetrando em todas as suas partes”. As investigações dos grandes magnetizadores levaram à admissão dessa pluralidade de corpos espirituais.
Os corpos sutis na obra de Kardec
Ao definir o perispírito em O Livro dos Espíritos, Kardec o descreveu como sendo um laço que liga o espírito ao corpo físico. Afirmou ser este constituído de eletricidade, de fluido magnético animalizado, de fluido nervoso, de matéria inerte, semimaterial, “matéria elétrica ou de outra tão sutil quanto esta”. É evidente que tais palavras não são sinônimas e que Kardec procurava abarcar mais amplamente a natureza do perispírito, dando a entender a existência de uma constituição plúrima, como se pode deduzir da assertiva de se tratar de um fluido nervoso. Se o perispírito também se constitui de fluido nervoso, o espírito o conduziria, quando desencarnado, para o mundo espiritual? É evidente que não, pois o espírito terá que se desvencilhar dele ao abandonar o corpo. Se o perispírito é formado também por matéria inerte, é justo pensar que esta não acompanharia o corpo físico. Segundo o espírito Erasto, o fluido vital é um apanágio exclusivo do encarnado. O espírito impele e dirige o fluido vital fornecido pelo médium no fenômeno mediúnico. Se Kardec considerou essa terminologia, então, deve se entender que, de alguma forma, ele reconhecia um compósito na natureza do perispírito enquanto encarnado ao afirmar, no item 77 de O Livro dos Médiuns, que ele é formado por fluido vital, o elemento que é apanágio do homem. Sendo este elemento que animaliza a matéria, desfazendo-se após a morte do corpo, constituinte do perispírito e transmissível em parte entre os indivíduos, devemos identificá-lo como a substância que, exteriorizada, chamamos de ectoplasma.
O Fluido Vital
Portanto, Erasto não estava se referindo ao fluido vital no sentido empregado algumas vezes por André Luiz, ou seja, como fluido de espíritos desencarnados, pertencente ao corpo astral, de acordo com a terminologia que adota para se referir aos colaboradores mediúnicos do mundo invisível. Atentando-se para esse elemento que nasce com o homem e desaparece logo após a morte, podemos deduzir que ele constitui o duplo etérico, ao qual os grandes magnetizadores, os teosofistas e as doutrinas orientais também se referem. Na época, não se empregava o termo duplo etérico, mas quando Kardec escreveu que o perispírito é constituído de matéria sutil, nervosa e inerte, é evidente que ele estava se referindo ao perispírito como um corpo complexo, não de natureza única.
Outro indício dessa complexidade surge quando Kardec se refere à evolução do perispírito. No capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o espírito São Luiz afirma que “o próprio perispírito sofre transformações sucessivas, eterizando-se cada vez mais até a depuração completa, que constitui os espíritos puros”. Segundo o codificador, “sabemos que, quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea, de onde se segue que a influência material diminui à medida que o espírito progride, isto é, conforme o perispírito mesmo se torna menos grosseiro”. Em O Livro dos Médiuns, disse ainda que “sua natureza se eteriza à medida que ele se depura e eleva na hierarquia”. É claro que, para a compreensão dos textos, existem duas hipóteses: o perispírito tornar-se-ia mais leve, os fluidos ficariam menos grosseiros, porém, a natureza seria idêntica, não sendo necessária a referência a um corpo complexo; a eterização do perispírito é de tal ordem que ele abandona determinadas camadas, próprias de certas zonas invisíveis, quando é elevado na hierarquia espiritual, passando a viver em esferas mais altas. Neste caso, teríamos indicações de uma natureza complexa para o perispírito nas referências. As duas hipóteses de compreensão não se excluem, pois as mensagens espirituais que têm sido recolhidas e a própria vidência deixam claro que o perispírito se mostra mais diáfano e luminoso à medida que o espírito se eleva. O que se coloca como questão é se o espírito conserva um corpo espiritual da mesma natureza ao se elevar para zonas mais próximas da Terra ou se realmente há uma mudança em sua estrutura, necessária para a nova ambientação, levando à admissão de uma complexidade em sua organização. Em outras palavras, a evolução do perispírito não seria mais do que a própria modificação dos corpos espirituais. Kardec apenas ensaiava o estudo do perispírito e, portanto, não poderia conhecer tudo o que lhe dizia respeito. Os próprios espíritos não foram muito expressivos, seja porque preferiam dosar o ensino (como, aliás, sempre advertiram), porque a linguagem humana lhes assinalava óbvias restrições ou porque faltava conhecimento mais preciso do assunto para muitos dos comunicadores, decorrente da relatividade dos próprios espíritos, conforme Kardec assinalou tantas vezes. No entanto, devemos recordar que, no Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos, presente no item 257 de O Livro dos Espíritos, o codificador deu mostras de sua larga visão. Partindo da eterização do perispírito (“quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea”), ele concluiu que as sensações do ambiente terreno seriam inacessíveis para espíritos muito elevados, o que só poderia ocorrer se sua natureza fosse completamente diferente.
A visão de André Luiz
Podemos agora tecer algumas considerações a respeito do problema dos corpos espirituais na obra de André Luiz, psicografada pelo médium Chico Xavier, procurando esclarecer alguns detalhes que parecem bastante importantes. A partir de seu primeiro livro, Nosso Lar, no qual relata suas primeiras experiências no plano espiritual, André Luiz faz referência a vários corpos espirituais: duplo etérico, corpo astral, corpo mental e corpo causal. Inicialmente, devemos lembrar que ele utiliza o termo perispírito em sentido estrito, para significar apenas o segundo corpo após o organismo físico, que sobreviverá a este com algumas diferenças. Ele usa os termos corpo astral, corpo espiritual e psicossoma como sinônimos. Para os outros corpos, utiliza vocábulos consagrados entre os magnetizadores e espiritualistas (duplo etérico, corpo mental e corpo causal). Ele não se refere à existência de outros corpos que correspondessem aos denominados corpos moral, intuitivo e consciencial, isto é, os Aerossomas V, VI e VII da classificação de Charles Lancelin. A divergência pode se tornar uma simples questão de palavras se encararmos o perispírito como sendo um corpo complexo, formado, por assim dizer, de “camadas”, sintetizando todos os corpos espirituais. Para o dr. Antônio J. Freire, a concepção clássica do ternário humano não implica necessariamente a homogeneidade do perispírito. As palavras pouco importam aos espíritos, competindo ao homem formular uma linguagem que elimine controvérsias.
Duplo Etérico
No primeiro volume de Doutrina e Prática do Espiritismo, Leopoldo Cirne (1870-1941) já deduzia, das experiências de materialização, a existência de um corpo invisível no ser encarnado, distinto do perispírito, que poderia subsistir por algum tempo depois da morte física, mas que não permaneceria ligado ao espírito desencarnado. Ele o denominou como corpo etéreo, duplo astral, corpo astral, que seria responsável pela possibilidade de materialização dos espíritos. Depois, em O Homem Colaborador de Deus, publicado após sua morte, Cirne manteve seu ponto de vista sobre a existência de um corpo não-físico durante a vida.
Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz diferencia o perispírito (tratado por ele também como corpo astral, corpo espiritual e psicossoma) do duplo etérico, cuja natureza ele esclarece ser “um conjunto de eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, (...) formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal por ocasião da morte renovadora”.
O duplo etérico não é mais do que o corpo vital, também denominado de corpo ódico e corpo ectoplásmico, exatamente o que cede o ectoplasma para a produção de efeitos físicos. Nas ocorrências de materialização, por exemplo, ele pode se desdobrar a partir do corpo físico, permitindo ao espírito comunicante uma sobreposição, quando a manifestação acontece com apropriação por parte daquele, ou apenas ceder o ectoplasma disforme, que possibilita ao espírito construir um corpo. No primeiro caso, o espírito materializado guarda uma certa semelhança com o médium, proporcionando aos críticos apressados a alegação de fraude. No entanto, sua função em relação à mediunidade não se limita a esses fenômenos, dizendo respeito a toda espécie de fenômeno mediúnico.
Tendo perdido o duplo etérico ou corpo vital, constituído dos fluidos vitais aos quais Kardec se referia, ao se desligar do corpo físico pelo desencarne, o espírito dele necessita para sua ligação com o médium, modo pelo qual se recupera parcialmente o elemento perdido, possibilitando-lhe agir sobre a matéria. Quando o médium se desdobra sem muita prática, faz com que o duplo etérico seja levado para fora do corpo físico, aparecendo ao vidente como se fosse um duplo do indivíduo, porém, com deformações. Por isso, ele não poderá ficar mais do que cinco ou dez metros longe do corpo físico, pois a ultrapassagem desse campo causaria sua morte. Por outro lado, pode surgir ao vidente como um fantasma, com cores diferentes do lado direito e esquerdo, às vezes, também com a cor azul.
Nas experiências realizadas pelo coronel Albert de Rochas com Eusápia Paladino em estado de hipnose, a médium descreveu o surgimento de um fantasma de cor azul, de cuja substância o espírito de John se servia durante as reuniões. O fato confere com as explicações fornecidas pelo espírito Katie King e constantes no relatório de Florence Marryat, que abordavam a existência de um corpo do qual se servia, mas que lhe apresentava tamanha resistência passiva que não era possível evitar os traços de semelhança com o médium durante as materializações. A vidente Prevorst denominou esse corpo de “espírito de nervos” ou “princípio de vitalidade nervosa”, cuja função seria permitir a ligação do espírito com o corpo. Uma sonâmbula do reverendo Werner também se referiu a um “fluido nervoso” que seria indispensável para que a alma entrasse em relação com o corpo. Durante suas experiências de magnetização dos sensitivos, Albert de Rochas, Hector Durville, H. Baraduc e outros verificaram que estes descreviam o desdobramento de um “fantasma ódico” que tinha uma cor alaranjada à direita e azulada à esquerda, estando ligado ao corpo físico por um cordão fluídico fixado na região esplênica.
Deformidades na exteriorização
Descrevendo o desdobramento de um médium, André Luiz nos oferece alguns dados que permitem uma comparação. “O médium, assim desligado do veículo carnal, afastou-se dois passos, deixando ver o cordão vaporoso que o prendia ao campo somático. Enquanto o equipamento fisiológico descansava imóvel, Castro, tateante e assombrado, surgia junto a nós em uma cópia estranha de si mesmo, porquanto, além de maior em sua configuração exterior, apresentava-se azulada à direita e alaranjada à esquerda”. O espírito esclarece ainda que, quando foi submetido a um médium para renovar as operações magnéticas, Castro teria recuado o duplo etérico até o corpo físico, que engoliu instintivamente certas faixas de força, e se apresentado normalmente fora da matéria densa a partir desse instante.
Essa deformidade existente na exteriorização do duplo etérico foi observada por Mircea Eliade. “Eu vi o corpo do médium, não o físico, mas o fluídico. Estava sentado, porém, tinha uma grande diminuição dos membros inferiores, as pernas se apresentavam curtas e disformes, projetando-se para um lado. Era uma parte distorcida, como se visse uma sombra na parede que, ao movimentar o corpo, tomasse a forma com distorção. A cor era esbranquiçada, como um duplo do médium”, contou. A clarividente verificou que aplicaram uma espécie de “máscara”, parecida com a utilizada em combates de esgrima, antes da tela final de proteção, algo branco que dava a impressão de ser acolchoado, tomando parte da testa até mais ou menos a boca. Ajustada essa máscara, o duplo etérico começou a tomar proporções corretas, reajustando-se todo o corpo fluídico. Porém, éde se notar que, ao invés de uma figura maior, o médium teve os membros diminuídos. Só que em outro registro, ela anotou que viu “todo o rosto do médium ondulando como uma imagem desfocada, com coloração inicialmente esbranquiçada”.
Essa deformidade existente na exteriorização do duplo etérico foi observada por Mircea Eliade. “Eu vi o corpo do médium, não o físico, mas o fluídico. Estava sentado, porém, tinha uma grande diminuição dos membros inferiores, as pernas se apresentavam curtas e disformes, projetando-se para um lado. Era uma parte distorcida, como se visse uma sombra na parede que, ao movimentar o corpo, tomasse a forma com distorção. A cor era esbranquiçada, como um duplo do médium”, contou. A clarividente verificou que aplicaram uma espécie de “máscara”, parecida com a utilizada em combates de esgrima, antes da tela final de proteção, algo branco que dava a impressão de ser acolchoado, tomando parte da testa até mais ou menos a boca. Ajustada essa máscara, o duplo etérico começou a tomar proporções corretas, reajustando-se todo o corpo fluídico. Porém, éde se notar que, ao invés de uma figura maior, o médium teve os membros diminuídos. Só que em outro registro, ela anotou que viu “todo o rosto do médium ondulando como uma imagem desfocada, com coloração inicialmente esbranquiçada”.
Comparando-se a descrição de André Luiz com as referidas acima, no que tange à coloração com que se apresenta o duplo etérico, notamos a divergência com relação à localização das cores azul e laranja (ou avermelhada). Em nosso grupo de trabalho, também tinha sido observada a luminosidade avermelhada à direita e azulada à esquerda, o que não só coincidia com aquelas observações, mas também com as de Shaffica Karagulla, registradas durante as pesquisas feitas sobre os pólos do ímã com a clarividente Diana. Segundo seu registro, o campo de energia da mão direita (avermelhada) e o pólo sul do ímã (com uma névoa de cor avermelhada) se repeliam, enquanto que, ao segurar o mesmo pólo com a mão esquerda (azulada), ocorria uma atração entre os dois campos. Com o pólo norte, que apresentava uma névoa azulada, aconteceu exatamente o contrário, criando um campo de atração com a mão direita e de repulsão com a esquerda. As cores dos pólos do ímã correspondem à descrição feita pelo barão Reinchenbach acerca de uma experiência realizada com a senhorita Nowstuy, em abril de 1774, na cidade de Viena, Áustria: pólo sul, amarelo-avermelhado; pólo norte, azul. Correspondem também às experiências do dr. Luys. Então haveria uma contradição com a descrição de André Luiz? É bem verdade que o próprio dr. Luys apurou também que alguns dos sensitivos percebiam o lado direito com uma coloração azul (violeta nos histéricos) e o esquerdo emitindo eflúvios vermelhos, o que coincide com o registro de André Luiz. A solução dessa aparente contradição é dada pelo próprio dr. Luys. Ele esclarece que, muitas vezes, os sensitivos invertem as colorações que atribuem aos fluídos, isto é, existem aqueles que vêem o vermelho no lado direito e o azul no esquerdo. Quando isso acontece, fazem sempre do mesmo modo, apresentando-se as cores dos pólos do íma igualmente alteradas, ou seja, invertidas.
O duplo etérico também aparece à evidência de modo distinto, como se a “pele” que o reveste fosse retirada e se pudesse enxergá-lo interiormente. Há muito tempo, tivemos a ocasião de observar, ao lado de um médium que expressava a comunicação de um espírito sofredor, um duplo formado por finos fios, com uma luminosidade semelhante a tubos de neon. Parecia uma múmia, com a particularidade de que os fios eram finíssimos. Outros médiuns também realizaram observações desse tipo. “Comecei a ver o lado direito do médium, era como se estivesse todo cheio de fios, que pareciam nervos, feitos de uma substância alva, prateada. Eu não via o médium, somente os fios”, relatou Mircea Eliade. A descrição coincide com a fornecida por Karagulla, ou seja, “para o clarividente, o corpo etérico parece uma teia luminosa de linhas finas e brilhantes”.
O perispírito
Já destacamos o fato de que André Luiz utiliza o termo perispírito em um sentido estrito, como sinônimo de corpo astral. No livro Entre a Terra e o Céu, ele o descreve como sendo formado de matéria rarefeita, “intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos
plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para o nosso uso, um veículo de células elétricas que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Em regiões destinadas à renovação espiritual, como a colônia Nosso Lar, o perispírito é o veículo de manifestação para as atividades do espírito.
Segundo André Luiz, o corpo espiritual é o “santuário vivo no qual a consciência imortal prossegue em manifestação incessante além do sepulcro, formação sutil urdida em recursos dinâmicos e extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, em outra faixa vibratória, face ao sistema de permuta visceralmente renovado, são distribuídas mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”. Ele possui uma estrutura eletromagnética e se encontra algo modificado em relação ao corpo físico, no que se refere a fenômenos genésicos e nutritivos, sob a direção da mente que o rodeia. Quando o espírito reencarna, desfaz dos elementos próprios do plano astral. André Luiz refere-se mesmo ao fenômeno da “segunda morte” ou morte do perispírito, que ocorreria em três situações distintas: quando os ignorantes e maus se pervertem adensando a mente e gravitando em torno de paixões infelizes (formas “ovóides, verdadeiros fetos ou amebas mentais”); quando se verificam as operações redutoras para renascimento na carne; quando os espíritos enobrecidos conquistam os planos mais altos. Para maiores informações sobre o assunto, consulte o livro Evolução em Dois Mundos.
Segundo André Luiz, o corpo espiritual é o “santuário vivo no qual a consciência imortal prossegue em manifestação incessante além do sepulcro, formação sutil urdida em recursos dinâmicos e extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, em outra faixa vibratória, face ao sistema de permuta visceralmente renovado, são distribuídas mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”. Ele possui uma estrutura eletromagnética e se encontra algo modificado em relação ao corpo físico, no que se refere a fenômenos genésicos e nutritivos, sob a direção da mente que o rodeia. Quando o espírito reencarna, desfaz dos elementos próprios do plano astral. André Luiz refere-se mesmo ao fenômeno da “segunda morte” ou morte do perispírito, que ocorreria em três situações distintas: quando os ignorantes e maus se pervertem adensando a mente e gravitando em torno de paixões infelizes (formas “ovóides, verdadeiros fetos ou amebas mentais”); quando se verificam as operações redutoras para renascimento na carne; quando os espíritos enobrecidos conquistam os planos mais altos. Para maiores informações sobre o assunto, consulte o livro Evolução em Dois Mundos.
Na segunda hipótese, quando o Espírito reencarna obrigatoriamente, o processo de restrição verifica-se em pavilhões de restringimento, sendo ele transformado em sêmen espiritual, “Reduzido a um dimunto corpo ovalado, onde estão preservados os seus centros de força”, “lembrando uma pastilha”. Segundo informação de Francisco Cândido Xavier, os despojos são enterrados num cemitério (ibidem). Na terceira hipótese, o Espírito, passando a viver em região superior, não pode levar instrumento útil na inferior – “o tipo de veículo utilizável se modifica. Utiliza-se então de outro corpo – o mental.
Corpo Mental
Ao descrever suas primeiras experiências no mundo espiritual, André Luiz permite que se deduza a existência de um outro corpo ligado ao corpo astral. Quando sua mãe o visitou, estando ele em tratamento no Ministério do Auxílio, necessário foi lhe passar pelos Gabinetes Transformatórios do Ministério da Comunicação. Por outro lado, como vivesse ela em zona superior, só pode visitá-la durante o sono, e, para tanto, teve que aproveitar o ensejo do repouso após o serviço nas Câmaras de Retificação, quando se desprendeu em outro corpo (mental), amparados por espíritos amigos: “O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia perfeitamente que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, na colônia espíritual Nosso Lar, e tinha a absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso”. André Luiz faz uma referência expressa ao corpo mental em Evolução em dois Mundos, afirmando que o perispírito ou corpo espiritual “retrata a si o corpo mental que lhe preside a formação”, isto é, “o envoltório sutil da mente”. Esclareceu André Luiz que, na falta de terminologia adequada, ficava impossibilitado de defini-lo com maior amplitude de conceituação, além da que tem sido utilizada pelos pesquisadores.
Corpo Causal
André Luiz reporta-se ainda ao corpo causal, como sendo a “roupa imunda”, “tecida por nossas mãos, nas experiências anteriores “. Assim sendo, verificamos que o corpo causal é o ponto de registro, o banco divino, onde se encontram os nossos “débitos” e os nossos “créditos”, e que se, presentemente, é ainda roupa imunda, isto ocorre por desídia nossa, pois a tarefa reencarnatória se destina a “nos purificarmos pelo esforço da lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não empreendemos. As explicações são do espírito Lísias, visitador dos serviços de saúde: “Imagine, explica Lísias, que cada um de nós, renascemos no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa é o corpo causal, tecido por nossas mãos nas experiências anteriores”.
Os hindus denominam-no Kâranakosha (corpo causal) ou Anandamaykosha (corpo de bem-aventurança) , o corpo de luz, naturalmente porque se reportam a ele devidamente depurado.
Essa pluralidade de corpos invisíveis corresponde ao que sabemos a respeito através de outra religiões e filosofias. A seqüencia de rarefação dos corpos torna-se compreensível, se atentarmos para a adversidade de planos espirituais , bem como para o fato de que as zonas espirituais devem ser formadas de distintas matérias e os corpos devem ser compatíveis com elas. A questão que se coloca é a de saber o motivo pelo qual André Luiz teria preferido utilizar o termo perispírito para designar só um desses corpos, sem dar um sentido amplo para o mesmo. Provavelmente, porque o que se designa por perispírito é exatamente o corpo astral que se revela nos lances da clarividência, e por ser
essa matéria sutil com a qual o espírito se individualiza após a perda do corpo físico nas zonas mais próximas à Terra. Qualquer que seja a preferência na utilização da terminologia, é preciso estar atento para essa particularidade na leitura de André Luiz, bem como deixar claro o significado do termo em qualquer exposição.
Correspondências
Sabemos que os fenômenos psicológicos exigem uma base física no organismo humano, isto é, eles se produzem em nosso nível de ação ancorados pelo sistema nervoso central e periférico. Do mesmo modo, existem nos vários corpos espirituais sistemas próprios equivalentes que sustentam esses fenômenos. Registrando as palavras do assistente espiritual Calderaro, André Luiz descreve: “Todo campo nervoso da criatura constitui a representação das potências perispiríticas, vagarosamente conquistadas pelo ser, através de milênios e milênios “. O sistema nervoso é o ponto de contato entre o perispírito e o corpo físico. Ele “mais não é do que a representação de importante setor do organismo perispirítico”.
É no sistema nervoso e no sistema hemático que possuimos as duas grandes âncoras do organismo perispiritual com relação ao físico. Não há de causar admiração o fato de haver, no perispírito, sistemas correspondentes aos do organismo físico, desde que, afinal, aquele é que modela este. “(...) o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem para nosso uso, um veículo de “células elétricas”, que podemos definir como sendo um campo eletromegnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”.
André Luiz descreve o perispírito como sendo formado de matéria rarefeita, intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos e que vibram em sintonia A concepção tríplice do Homem (Espiritismo): Espírito – Perispírito – Corpo. Nesta visão, o perispírito representa toda a gama de corpos sutis (corpo astral e mental e causal) ensinados nas demais doutrinas espiritualistas . Para os hindus, o chacra esplênico não é considerado um dos sete principais. É um chacra secundário.
Os chacras
A palavra chakra, de origem sânscrita, quer dizer “roda” ou “pires” que, em seus movimentos vorticosos, forma uma depressão no centro; portanto, seu significado etimológico é “disco giratório”. Os chacras (como é escrito em português) do duplo etérico estão situados à sua superfície, distando de 5 a 6 milímetros da periferia do corpo físico e se apresentam como espécie de vórtices, turbilhões ou redemoinhos, verdadeiros discos giratórios etéricos em alta velocidade, com movimento contínuo e acelerado.
Chacras são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia de um corpo a outro. Os chacras são entradas e saídas de energias onde estes fluxos se chocam formando vórtices energéticos.
As energias entram tanto pelo perispírito quanto pelo duplo etérico e passam para o organismo físico.
Os chacras do duplo etérico são responsáveis pela vitalização do corpo físico. Os chacras do duplo etérico são órgãos semimateriais, responsáveis não só pela comunicação, mas, sobretudo, pela reciclagem das energias perispirituais para o corpo físico e vice-versa.
A coluna cervical (medula) é o grande canal condutor de energia. O duplo etérico é o canal por onde o Espírito, alojado no Perispírito, exerce seu controle sobre o Corpo Físico, tomando conhecimento de suas sensações.
Os desencarnados e os videntes podem julgar o grau da capacidade espiritual do indivíduo pela simples visão da transparência, do colorido e da extensão do diâmetro de cada chacra de seu corpo etérico.
Os desencarnados e os videntes podem julgar o grau da capacidade espiritual do indivíduo pela simples visão da transparência, do colorido e da extensão do diâmetro de cada chacra de seu corpo etérico.
Os chacras comunicam-se uns com os outros, através de condutos conhecidos como meridianos (ou nadhis), por onde flui a energia vital por eles modificada. (Nadhis – canais, espécie de veias que conduzem energias ao invés de sangue).
O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que emitimos. A quantidade de giro é proporcional, quanto mais elevada maior é a absorção de energias. Nas pessoas espiritualmente desenvolvidas, eles são amplos, brilhantes e translúcidos podendo atingir até 25 cm de raio. Nas pessoas mais materializadas, de vibrações mais baixas ou primitivas, apresentam-se opacos e com diâmetro reduzido. No primeiro caso, canalizam maior quantidade de energia vital, facilitando o desenvolvimento das faculdades psíquicas do homem. No segundo caso, absorvem menos energia espiritual, recebem praticamente somente energias vitais.
Leadbeater considera o chacra esplênico, ao invés do sexual, como um dos sete principais. Para que o médium assimile ou perceba mais o plano espiritual é necessário acelerar a velocidade do chacra correspondente a sua mediunidade. Alguns médiuns têm normalmente o chacra acelerado e mesmo em estado normal vêem e ouvem espiritos. Quanto mais baixo o chacra mais lento ele gira e tem menos “subdivisões”.
Chacras do duplo etérico e do perispírito
Existem dois tipos de chacras: os do perispírito e os do duplo etérico. Praticamente em toda a literatura que trata do assunto, nos deparamos com as seguintes terminologias: Chacras para os vórtices que se encontram no duplo etérico e Centros de Força para os vórtices que se encontram no perispírito. Os centros de força do perispírito captam as vibrações do espírito e as transferem aos chacras do duplo etérico, que as filtram e as remetem para as regiões dos plexos correspondentes na matéria física.
Os chacras do duplo etérico e os centros de força do perispírito, estão intimamente ligados uns aos outros em contato energético, atuando diretamente sobre os plexos nervosos do corpo físico. Os chacras do duplo etérico são temporários, existindo enquanto este existir. Os centros de força do perispírito são permanentes, mas, sutilizam-se conforme o perispírito.
O centro coronário do perispírito, por exemplo, é um fabuloso órgão sem analogia entre nós, sede das mais avançadas decisões do Espírito Imortal, ao passo que o mesmo chacra coronário do duplo etérico é tão-somente um elo de conexão, uma ponte viva sensibilíssima, mas sem autonomia, unindo
o mundo divino perispiritual com o mundo humano da criatura em desenvolvimento.
O funcionamento dos chacras
O movimento giratório vorticoso dos chacras resulta do choque ou contato turbilhonante das energias etéricas sutilíssimas descidas do Alto, com forças etéricas primárias, agressivas e vigorosas que sobem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo (éter físico). Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terráquea, resultando nos conhecidos fenômenos atmosféricos dos ciclones, tufões ou redemoinhos de vento.
Os chacras, quando observados de perfil em seu veloz funcionamento giratório, se assemelham a verdadeiros “pratos” ou “pires” de energias turbilhonantes com uma concavidade característica no centro; quando vistos de frente, lembram o movimento acelerado e vertiginoso das hélices dos aviões
em alta velocidade, porém emitindo cintilações de cores devidas à absorção de fluido vital ou vitalidade, que os irriga e neles se decompõe em cores, como a luz solar ao incidir num prisma de vidro.
Embora cada chacra do duplo etérico possa apresentar diversos matizes de cores ao mesmo tempo, e que diferem entre si pelos tons mais belos, mais límpidos ou mais feios e sujos, há sempre uma tonalidade de cor predominante sobre os demais, que revela o tipo vibratório ou energia útil que ativa este ou aquela sistema de órgão do corpo físico, em sua absorção fluídica. Existem três tipos de energias que ocorrem nos chacras e que os fazem “girar”. Os três tipos de energias não se misturam porque têm freqüência diferentes:
1ª Éter Cósmico ou Energia Espiritual (Energias sutis)
Sua principal entrada é o chacra coronário, depois o Frontal/Cerebral e após o laríngeo, demais chacras podem absorver quando estes estiverem bloqueados. As energias são absorvidas pelos chacras e distribuídas para os demais. Teremos mais energias se a absorção for feita pelo chacra principal correspondente a estes tipos de energias (coronário).
2ª Prâna ou Energia Vital
1ª Éter Cósmico ou Energia Espiritual (Energias sutis)
Sua principal entrada é o chacra coronário, depois o Frontal/Cerebral e após o laríngeo, demais chacras podem absorver quando estes estiverem bloqueados. As energias são absorvidas pelos chacras e distribuídas para os demais. Teremos mais energias se a absorção for feita pelo chacra principal correspondente a estes tipos de energias (coronário).
2ª Prâna ou Energia Vital
A principal entrada é o chacra esplênico, depois o gástrico, mas os demais chacras podem absorver o prana quando estes estiverem bloqueados. As energias são absorvidas pelos chacras e distribuídas para os demais, teremos mais energias se a absorção for feita pelo chacra principal correspondente a estes tipos de energias (esplênico).
3ª Éter Físico, Energia Física ou Kundaline (Energia primária)
Sua principal entrada é o chacra Básico/Genésico; os demais chacras podem absorver quando estes estiverem bloqueados. As energias são absorvidas pelos chacras e distribuídas para os demais. Teremos mais energias se a absorção for feita pelo chacra principal correspondente a estes tipos de energias (básico/genésico).
Filtro dos chacras
Existe uma relação muito estreita entre os chacras do corpo espiritual e os correspondentes chacras do duplo etérico, e interpenetrando-os existe uma tela ou filtro. O filtro é uma proteção proporcionada pela natureza, a fim de impedir a abertura prematura da comunicação entre os planos espiritual e físico. Sem esse filtro, poderiam chegar à consciência física todas as experiências espirituais, acumuladas pelo cérebro perispiritual, de existências físicas anteriores, o que ocasionaria certamente os mais diferentes danos.
A qualquer momento uma entidade espiritual poderia introduzir forças que o indivíduo comum não estaria preparado para enfrentar, ou que excedessem à sua capacidade de controle. Tal indivíduo estaria sujeito à obsessão por qualquer entidade espiritual que deseja se apossar de seu veículo. O filtro atômico é uma defesa eficaz contra estas possibilidades indesejáveis. Serve também para impedir que chegue a consciência do cérebro físico a lembrança de nossas atividades durante o sono. Esta tela pode ser lesionada. A lesão pode produzir-se de diferentes maneiras:
– Toda emoção violenta, ou de caráter maléfico, que provoque no corpo espiritual uma espécie de explosão, pode produzir uma lesão que rompa esta delicada membrana, e então, enlouquecer o indivíduo afetado.
– Um susto enorme;
– Um acesso de cólera/ira, pode produzir efeito semelhante;
– Quando o indivíduo procura “abrir” os chacras de forma desequilibrada e prematura, pode igualmente romper a membrana, abrindo as portas que a natureza pretendia manter fechadas;
– Certas drogas, bebidas, narcóticos, tabaco, contêm matéria que, ao desagregar-se, volatiza-se e, então, uma parte passa do plano físico para o espiritual queimando a tela, com isso abrem a porta à toda classe de energias bastardas e influências malignas. Esta destruição pode-se dar de duas maneiras diferentes:
– No primeiro tipo, o afluxo da matéria que se volatiza queima literalmente a tela e suprime, assim, a barreira natural. Quando esta volatização se produz, os elementos em questão se precipitam através dos chacras em direção contrária à que deveriam tomar. À força de seguir este caminho, rompem e, finalmente, destróem a delicada tela.
No segundo tipo, estes elementos voláteis endurecem o átomo, dificultando e paralizando suas pulsações, a ponto de ele não poder mais canalizar o tipo especial de fluido vital, que o cola à tela. Esta então se ossifica, por assim dizer. Em conseqüência, a transmissão de um plano a outro, que era abundante, torna-se absolutamente insuficiente. Facilmente se reconhecem estes dois tipos de lesão:
– No primeiro, produzem os casos de delirium-tremens, de obsessão, de certas formas de alienação mental;
– No segundo, muito mais freqüuente, verifica-se uma espécie de embotamento geral das qualidades e sentimentos superiores, que leva ao materialismo, à brutalidade, à animalidade e à perda de domínio de si mesmo.
É sabido que as pessoas que fazem uso excessivo de narcóticos, como o fumo, persistem muitas vezes nesse hábito, embora saibam muito bem que seus vizinhos estão sendo molestados, a tal ponto fica embotada a sensibilidade dos fumantes.
O desenvolvimento dos chacras
O desenvolvimento dos chacras se dá de forma natural e progressiva à medida que o homem promove o seu próprio crescimento espiritual. O melhor método consiste em atualizar gradativamente as potencialidades superiores do fogo serpentino e introduzi-los sucessivamente em todos os chacras.
Esta atualização das potencialidades superiores do fogo serpentino necessita de um deliberado e perseverante esforço de vontade Para pôr o chacra em plena atividade é preciso avivar as camadas internas do fogo serpentino, e uma vez vivificado, o chacra fundamental vivifica com sua formidável
energia todos os demais. Dando como resultado o transporte à consciência física das faculdades atualizadas pelo despertar de seu chacra espiritual correspondente.
Como vimos, os chacras mais importantes do duplo etérico podem ser acelerados, desenvolvidos ou “despertos” através de certos rituais e de certas disciplinas, mas é aconselhável que isso seja feito em concomitância com o aperfeiçoamento moral e o controle mental do ser.
De todos os chacras, o mais perigoso de ser “desperto” prematuramente é o chacra básico, sede da energia Kundalini (ou fogo serpentino). Pelo que tenho pesquisado, acredito que sem a garantia de uma boa graduação espiritual, o homem que o “abrir” perderá o seu domínio ante o primeiro descontrole emotivo ou mental em desfavor alheio, pois sua ira, desejo de vingança ou maus pensamentos serão quase que imediatamente concretizados sobre as vítimas em mentalização.
A kundalini
A energia Kundalini é uma energia poderosa extravasada do Sol, violenta e agressiva, embora criadora, que embebe e se mistura à força telúrica do planeta terráqueo, e flui do centro da Terra numa ondulação retilínea que lembra uma serpente de fogo; daí sua denominação de “fogo serpentino”. Os clarividentes observam que esse fluxo energético, se assemelha a uma torrente de fogo líquido que aflui pelo chacra básico do duplo etérico, situado na base da coluna vertebral do homem, sobe pela medula espinhal e depois lhe ativa as energias instintivas ou inferiores, próprias do mundo animal, acelerando a rotação dos demais chacras.
Desenvolver a Kundalini significa romper os filtros ou tela etérica que impede a subida do éter físico, com isto os chacras superiores ficam irrigados com energia física, tendo algumas percepções acentuadas (vidência, intuição, etc).
Yin Yang
A principal função da kundalini, quanto ao desenvolvimento oculto do homem, é que ao passar pelos chacras etéricos ela os aviva e converte em mais eficazes pontos de conexão entre os corpos físicos e espiritual. No homem comum, o kundalini está latente no chacra fundamental, sem que em toda a sua vida terrena ele note ou lhe suspeite a presença. E muito melhor é que permaneça assim latente até que o homem tenha feito definidos progressos morais, com vontade bastante forte para dominá-lo e pensamentos insuficientes puros para arrastar sem dano sua atualização.
O “fogo serpentino” ou Kundalini é força adormecida, primária e hostil, aviva o poder primário do homem e proporciona a libertação do ser, quando habilmente controlado pelo chacra básico. Quando esse despertar é efetuado por espírito equilibrado, sem vícios e paixões perigosas, despreocupado dos tesouros e poderes das vaidades do mundo carnal, o médium torna-se o senhor da energia. Entretanto, quando os tolos, os fracos de vontade, os ambiciosos e os imorais, de posse de tal energia incomum, tornam-se vítimas de sua própria imprudência, se tornam escravos e joguetes de uma força que os massacra sem poder controlá-la por lhes faltar a força moral superior. Devido à condição moral que nos encontramos, normalmente o despertar da Kundalini causa um desequilíbrio psíquico.
Quando, em vez da fronte, atinge o coração sem o devido controle espiritual emotivo, termina por avivar-lhe os maus sentimentos, dando-lhe força e estímulo para a dureza de sentimentos.
Os chacras/centros de força
São sete os chacras mais importantes, embora existam outros centros de forças menores em desenvolvimento nas criaturas, porém de menos importância nas relações entre o mundo oculto e o plano físico.
Chacra Básico ou Genésico
Situa-se na base na espinha dorsal, sobre a região sacra. Possui 4 raios, materialmente tem relação com os plexos hipogástricos e sacral. Responsável pelos órgãos de reprodução e das emoções sexuais. Atua sobre a coluna vertebral, sistema central e periférico, todo aparelho urinário e aparelho reprodutor. Este chacra é o responsável pelo fluxo das energias poderosas que emanam do Sol e da intimidade da Terra. Os clarividentes observam que esse fluxo energético, provindo do âmago da Terra em simbiose com as forças que descem do Sol, assemelha-se a uma torrente de fogo líquido a subir pela coluna vertebral do homem, por isso esta energia é denominada de “Fogo Serpentino ou Kundalini”.
O movimento giratório vorticoso dos chacras resulta do choque ou contato turbilhonante das energias etéricas sutilíssimas descidas do Alto, com a energia Kundaline, que é força etérica primária, agressiva e vigorosa que sobe da Terra. Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terráquea, resultando nos conhecidos fenômenos atmosféricos dos ciclones, tufões ou redemoinhos de vento. Este chacra é o mais primitivo e singelo de todos em sua manifestação, um dos principais modeladores das formas e dos estímulos da vida orgânica.
O movimento giratório vorticoso dos chacras resulta do choque ou contato turbilhonante das energias etéricas sutilíssimas descidas do Alto, com a energia Kundaline, que é força etérica primária, agressiva e vigorosa que sobe da Terra. Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta terráquea, resultando nos conhecidos fenômenos atmosféricos dos ciclones, tufões ou redemoinhos de vento. Este chacra é o mais primitivo e singelo de todos em sua manifestação, um dos principais modeladores das formas e dos estímulos da vida orgânica.
O indivíduo que abrir o chacra básico prematuramente, dará entrada a uma torrente de energia tão poderosa que irá lhe alimentar todas as paixões e todos os desmandos, o orgulho poderá explodir e o recalque sensual domina-lo-á de modo a realizar os piores caprichos e ações sobre o próximo. O chacra em desequilíbrio pode levar o homem à loucura, pois sua ação muito forte acirra o desejo sexual, semeando a satisfação aberrativa.
Quando essa energia descontrolada sobe pela medula e irriga o centro frontal de um homem inferior, alimenta-lhe o orgulho da personalidade terrena. Quando, em vez da fronte, atinge o coração sem o devido controle espiritual emotivo, termina por avivar-lhe os maus sentimentos, dando-lhe força e estímulo para a dureza de sentimentos.
No entanto, a Kundalini disciplinada sob a direção moral superior em criatura evangelizada, termina por ativar-lhe os centros de força do perispírito e faculta o desenvolvimento mais breve da mediunidade. Quando a energia Kundalini é controlada e desviada de sua ação agressiva e ativadora da sexualidade inferior pelo homem que tem discernimento espiritual, então o fluxo vitalizante sobe, em proporção benfeitora, pela coluna vertebral até o cérebro, irrigando-o energeticamente acelerando
o desenvolvimento do intelecto e até faz redobrar as atividades mentais do mundo superior. Torna o homem lúcido e dinâmico.
A energia vitalizante que não for utilizada nas emoções sexuais superiores e no desenvolvimento do intelecto, para não causar distúrbios sexuais inferiores e não ativar maus sentimentos, deve ser aproveitada na pratica de esportes. São vários os estudos sobre os chakras, alguns autores dividem os chacras inferiores em dois, chamando-os de chacra genésico e de chácra básico, assim distribuindo suas funções:
Chacra básico ou fundamental - Possui força vitalizadora conhecida como kundaline; essa força revigora o sexo e também pode ser transformada em vigor mental, alimentando outros centros.
Chacra genésico - localiza-se na região dos órgãos genitais; recebe influência direta do básico; regula as atividades ligadas ao sexo.
Chacra Umbilical ou Gástrico - Situa-se à altura do umbigo, pelo lado direito. Possui 6 raios. Materialmente tem relação com o plexo solar. Esse chacra, de natureza rudimentar, é responsável pela assimilação e metabolização dos alimentos ingeridos pelo homem. Responsável pelo funcionamento do aparelho digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e reposição de fluidos em nossa organização física. Principal função é ativar o processo metabólico, vitaliza o esôfago, estômago, pâncreas, fígado, vesícula, intestinos (todos os órgãos do aparelho digestivo), com exceção do baço. Quando este chacra é muito desenvolvido, o homem aumenta sua percepção das sensações alheias, pois adquire um tato instintivo ou sensibilidade espiritual incomum, que o faz aperceber-se das emanações hostis existentes no ambiente onde atua, e também as vibrações afetivas que pairam no ar.
Portanto este chacra ativa as percepções e sensibilidades de identificar energias.
Chacra Esplênico
É um chacra secundário, mas Leadbeater, ao contrário do hinduísmo e dos sistemas de yoga, o considerou no lugar do chacra sexual. Situado à altura do baço. Possui 10 raios. Materialmente tem relação com o plexo mesentérico e o baço. Principal entrada da energia vital (prânica). Regula a distribuição e a circulação dos recursos vitais, e a formação e reposição das defesas orgânicas através do sangue. É o principal centro energético de vitalização de todo o corpo físico. Abastece o baço, órgão purificador do sangue. Quando nos desvitalizamos, sentido-nos fracos, é porque este chacra esta com mal funcionamento. Recebe diretamente as energias do chacra básico/genésico. É um dos três chacras principais (básico/genésico, esplênico e coronário). A conhecida “aura da saúde”, é constituída pela exsudação de Fluido Vital residual, anteriormente penetrado através do chacra esplênico.
As criaturas, cuja aura da saúde é pródiga de energismo, com sua simples presença, fortalecem, reanimam, vitalizam e beneficiam terapeuticamente os outros, pois nelas as partículas do Fluido Vital utilizado em seu corpo físico alimentam-se de um magnetismo muito intenso. A pessoa que tem este chacra embotado é muito nervosa, se incomoda com tudo, irritada, é um vampiro de energia, porque não consegue se energizar sozinho. Ele é muito importante para os médiuns que dão passe magnético, porque, durante o passe, parte dos fluidos vem da nossa vitalidade e outra parte vem do plano espiritual. O médium desvitalizado rouba energia de quem possui, a parte espiritual vitaliza os dois, mas a energia vital não é espiritual, é neste momento que o médium suga do paciente. A pessoa que tem este chacra muito desenvolvido pode trabalhar com cura, ou seja, é um médium curador.
Certas árvores como o pinheiro, o eucalipto e o cedro absorvem do ambiente o Fluido Vital adequado ao próprio homem. Portanto, andar no mato, banho de cachoeira, de mar, areia, sol revitalizam este chacra.
Chacra Cardíaco
Situa-se à altura do coração, à esquerda e acima. Possui 12 raios. Materialmente tem relação com o plexo cardíaco. É o centro responsável pelo equilíbrio, pelo intercâmbio e controle da emotividade. Sua função é permitir o fluxo das informações do sentimento e emoções; sofre a influência do chacra Umbilical, que responde pelas emoções fazendo o meio de campo entre as energias etéreas e físicas. Com o chacra equilibrado a pessoa consegue ser muito lúcida em seus sentimentos e emoções. Quando ele é bem desenvolvido favorece à consciência ou à percepção instantânea das emoções e intenções alheias.
O chacra cardíaco recebe eficiente contribuição
vital do chacra esplênico, cujo
Fluido Vital, ao atingi-lo, penetra no sangue
pela via cordial e vitaliza-o, especialmente
para que atenda à função cerebral.
Para isso, esse fluido, partindo do cardíaco
se eleva até atingir o chacra coronário, no
alto do crânio, do que então resulta a consciência
dos sentimentos ou das emoções,
confirmando a velha tradição de que o sen74
timento e a emoção são geradas no coração
do homem.
Chacra Laríngeo
Situa-se à altura da garganta. Possui
16 raios. Materialmente relaciona-se com
o plexo cervical.
É o responsável pela saúde da área de
fonação e audição (garganta, cordas vocais e
sistema auditivo), vias respiratórias (boca,
nariz, traquéia e pulmões) e de certas glândulas
endócrinas (timo-tireóide e paratireóides).
Esta situado na perpendicular do fluxo
energético do fluido vital para o chacra frontal
(do qual também recebe certa cooperação).
Sua mais importante função é sustentar e controlar
as atividades vitais, o funcionamento
das glândulas timo-tireóide e paratireóides,
estabilizando definitivamente a voz da criatura
depois da época da puberdade.
É um órgão muito importante, pois
carreia a vitalidade que deve suprir o mecanismo
vocal e o dispêndio energético no
75
falar e, por isso, é um órgão muito ativo e
brilhante nos grandes cantores, poetas célebres,
oradores e homens que revelam o
dom incomum da palavra.
Um dos chacras responsáveis pela percepção
de sons provindos do mundo físico
e da auscultação dos sons do mundo espiritual.
Este chacra também é um dos que permitem
pelos seus canais que os espíritos
possam transmitir mensagens psicofônicas.
É um chacra que influi muitíssimo nos
demais centros de forças e nos plexos nervosos
do organismo humano, porque o ato
da materialização das idéias através da
fonação é um fenômeno que concentra todas
as forças etéreo-magnéticas do perispírito,
atuando em vigorosa sintonia com os
demais centros energéticos reguladores das
funções orgânicas.
Chacra Frontal
Situado na fronte entre os olhos.
Possui 96 raios. Materialmente tem relação
76
com os lobos frontais do cérebro e a
hipófise pituitária.
É o chacra dos sentidos, atuando diretamente
sobre a hipófise e também na área
do raciocínio e da visão.
Por isso é dito que este é o chacra responsável
direto pelo funcionamento dos
centros superiores intelectivo, bem como do
sistema nervoso central (visão, audição,
tato, etc). Este também é um dos chacras
responsáveis pela vidência e intuição no
campo da mediunidade. Através dele emitimos
nossa energia mental, portanto, é
neste chacra que possuímos o comando dos
poderes psíquicos.
O chacra frontal se encontra intimamente
ligado com o correspondente centro de
forças do perispírito.
Quando abundante de Fluido Vital e
em boa atividade com os outros chacras,
confere ao homem encarnado, e também
ao desencarnado, a faculdade de aumentar
ou diminuir o seu poder visual.
Chacra Coronário
Situado no alto da cabeça. O
nome Coronário vem de coroa.
Conhecido entre os hindus por “lótus de
mil pétalas”, possui 960 raios principais e
um centro menor em turbilhão colorido,
apresentando 12 ondulações ou raios. Materialmente
relaciona-se com a Epífise.
É o chacra mais importante, porque nos
liga ao plano espiritual, através dele captamos
as energias Espirituais; esse chacra recebe
primeiramente os estímulos do Espírito.
É o elo, a ponte entre a mente do perispírito
e o cérebro físico, sendo o responsável
pela sede da consciência do Espírito encarnado.
Quando desenvolvido mantém todos
os demais em pleno equilíbrio. Só deve ser
desenvolvido com o controle moral, intelectual
e espiritual.
Este chacra comanda os demais, embora
vibrem interdependentes. Este chacra
é o centro de forças mais importante do
78
ser humano, de maior potencial e radiações,
responsável pela sede da consciência
do espírito.
Chacras em desequilíbrio
Quando os chacras estão em equilíbrio,
desfrutamos de ótima saúde física e psíquica.
Caso contrário, nos tornamos vulneráveis
aos distúrbios, e se o desequilíbrio
persistir, o corpo pode adoecer.
Para nos mantermos sadios, captamos
a energia vital do sol, da água da terra do ar
e dos alimentos.
Quando estamos saudáveis, nossos
chacras giram com ritmo e sincronia.
No organismo doente, o ritmo se acelera
ou se torna lento demais, as rodas com dificuldade,
provocando perda de energia vital.
A saúde está no equilíbrio, que pode ser
conseguido através de dieta saudável, rica em
verduras, legumes e frutos; exercícios físicos
moderados, com acompanhamento médico;
respeito às horas de descanso, práticas religi79
osas, meditação e relaxamento. Enfim tudo o
que propicie a harmonia interior.
O passe, a irradiação, a água fluida ajudam
a ativar os chacras. Chacra bloqueado
não é causa, é conseqüuência.
Chacra bloqueado
Chacra desfigurado
Chacra com vórtice desviado
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Efeitos de bloqueios
nos chacras
Básico ou genésico: Falta de equilíbrio
emocional, de ânimo, de força, desgaste físico,
a pessoa fica “no mundo da lua”.
Gástrico ou umbilical: A pessoa fica
sem estrutura para se identificar, fecha-se no
mundo, vive no passado, sem alegria, sem
satisfação.
Chacra esplênico: Perda de apetite, rancor,
raiva, ódio e medo. A pessoa perde o
amor-próprio, não acredita em mais nada.
Chacra cardíaco: Palpitação, angústia,
desespero, medo, pânico. A pessoa fica totalmente
sem controle e não consegue mais
separar a razão da emoção.
Chacra laríngeo: Falta de criatividade,
dificuldade de expressão. A pessoa se fecha,
não consegue se livrar da angústia.
Chacra frontal: Causa perda de perspectiva
e direcionamento. A pessoa fica sem
objetivos e não vê nada a sua frente.
81
Chacra coronário: A pessoa se anula
para a vida, perde o contato com a realidade
e não consegue idealizar mais nada.
Rearmonizando os chacras
O passe, a prece, a irradiação, a água
fluidificada ajudam, servem de apoio para
a recuperação, mas não são a base real para
o equilíbrio, alinhamento ou rearmonização
dos chacras/centros de força.
Lembre-se, chacra bloqueado não é
causa, é conseqüência.
A causa do desequilíbrio dos chacras/
centros de força são nossos pensamentos,
sentimentos, emoções, palavras, desejos e
ações de baixos teores vibratórios, tais como
pessimismo, mágoa, rancor, inveja, egoísmo,
orgulho, vingança, ódio, etc. e ainda
nossos vícios.
A condição essencial para que a pessoa
se rearmornize energeticamente é que
se moralize e abandone seus vícios.
82
Portanto, para reamornizar nossos
chacras/centros de força, necessitamos nos
reformar moralmente, agindo de maneira
cristã em todos os momentos da vida.
Mas, como isso não é comum às nossas
ampliadas comodidades, a nós, falíveis
espíritos devedores, nos cabe exercitar por
possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e
pela compreensão, ajudando, socorrendo
e, sobretudo, orando por nosso próximo.
Dessa forma vibraremos em ondas de
mais elevado teor moral, fazendo valer nosso
centro coronário como captador das boas
energias espirituais para distribuir o equilíbrio
devido aos demais centros, assim
espiritualizando nossa matéria.
83
Sistema nervoso
É o mais complexo no que se refere às
funções e às atividades. Coordena todas
as atividades orgânicas, conduzindo sensações
e idéias para o espírito e do espírito,
serve como elemento adaptador do organismo
às condições do momento.
Glândulas endócrinas
Glândulas são órgãos que apresentam
como características a produção de secreções
fluidas chamadas de hormônios.
As glândulas que lançam o seu produto
diretamente na corrente sanguínea são
chamadas de glândulas endócrinas.
Quando lançam seu produto através de
camadas excretoras na superfície do corpo
ou no interior dos órgãos, são chamadas
O sistema nervoso
e as glândulas endócrinas
84
de glândulas exócrinas (suor, lágrimas, salivas,
suco gástrico etc).
São classificadas como glândulas
endócrinas: A Hipófise, Epífise, Tireóide,
Paratireóides e Adrenais (Supra-renais).
As glândulas endócrinas com seus
hormônios inundam praticamente todo o
organismo e, através de mecanismos extremamente
complexos, comandam o funcionamento
dos órgãos.
Esse comando endócrino, se entrosa, se
entrelaça com a atuação do sistema nervoso.
Nos diz André Luiz: “Enquanto o nosso
companheiro se aproveitava da organização
mediúnica, vali-me das forças magnéticas
que o instrutor me fornecera, para
fixar a máxima atenção no médium. Quanto
mais lhe notava as singularidades do cérebro,
mais admirava a luz crescente que a
A Glândula Pineal
85
86
epífise deixava perceber. A glândula minúscula
transformara-se em núcleo radiante e,
em derredor, seus raios formavam um lótus
de pétalas sublimes”.
A Epífise ou Glândula Pineal é pouco
conhecida pela ciência acadêmica, embora
já tenha sido descrita desde a antigüidade
grega.
Segundo o conhecimento científico,
não passaria de glândula inibidora do sexo,
princialmente no período infantil.
A revelação espiritual informa ser a
Epífise a glândula da vida mental e elo com
a espiritualidade. Ela acorda as forças criadoras
no organismo do homem, na puberdade,
aos quatorze anos, aproximadamente
e, em seguida continua a funcionar, como
o mais avançado laboratório de elementos
psíquicos da criatura terrestre.
A glândula pineal reajusta-se ao concerto
orgânico e reabre seus mundos maravilhosos
de sensações e impressões na esfera
emocional.
87
Ela preside aos fenômenos nervosos da
emotividade, como órgão de elevada expressão
no corpo etéreo.
A glândula pineal segrega “hormônios
psíquicos” ou “unidades forças” que vão
atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras.
A glândula pineal conserva ascendência
em todo o sistema endocrínico.
Ligada à mente, através de princípios
eletromagnéticos do campo vital, que a ciência
comum ainda não pôde identificar,
comanda as forças subconscientes sob a
determinação direta da vontade.
As redes nervosas constituem-lhe os
fios telegráficos para ordens imediatas a todos
os departamentos celulares, e, sob sua
direção, efetuam-se os suprimentos de energias
psíquicas a todos os armazéns autônomos
dos órgãos.
A epífise desempenha papel mais importante
em qualquer modalidade de exercício
mediúnico. Através de suas forças
88
equilibradas, a mente humana intensifica
o poder de emissão e recepção de raios
peculiares à esfera espiritual.
André Luiz, Missionários da Luz, cap. II; Entre a Terra e o
Céu, cap. XX.
89
Bioenergia
Por Wagner Borges
90
91
Bioenergia é o princípio vital que
interpenetra e nutre a todas as coisas do Universo
Interdimensional. É aparentemente onipresente
e impessoal, permeando praticamente
todos os planos de manifestação. Podemos,
então, dizer que existe uma energia densa
(etérica), astral (etérea) e mental. Einstein,
na verdade, parece que partiu desse princípio
quando demonstrou a substancial identidade
entre a energia e a matéria, e a possibilidade
de transformar uma em outra: a matéria
é energia em estado de condensação; a
energia é matéria em estado radiante.
A nomenclatura sobre a energia é bastante
diversificada, variando de filosofia para
filosofia. Ex.: Luz Astral (Cabala), Prana
(Yoga), Mana (Kahunas), Força Ódica (Barão
Von Reichenbach), Energia Orgônica
(Wilhelm Reich), Telesma (Hermes Trismegisto).
A palavra Energia é derivada do grego
“Energes” (ativo) que, por sua vez, deriva de
“Ergon” (obra). Logo, etimologicamente significa
“Atividade”; “Movimento”. A palavra
92
Prana, como a energia é mais conhecida na
Índia, pátria original do Yoga, é derivada do
sânscrito “Pra” e de “An” (respirar, viver).
Logo, etimologicamente significa “Sopro Vital”.
No Japão, a energia é conhecida como
“Ki”. Na China, é conhecida como “Chi”.
As energias que os seres vivos absorvem
e metabolizam são oriundas de fontes variadas:
o sol, o espaço infinito, o próprio planeta...
Os ocultistas orientais dividiram essas
energias em três grupos distintos: 1. Fohat (eletricidade):
energia conversível em calor, luz,
som, movimento, etc; 2. Prana (vitalidade):
energia integrante que coordena as moléculas
e células físicas e as reúne num organismo
definido; 3. Kundalini (fogo serpentino):
energia primária, violenta, estruturadora das
formas. É oriunda do centro do planeta.
Energia consciencial ou pessoal
É a energia cósmica que a consciência
absorve e emprega nas suas manifestações
gerais. Essa energia consciencial é chama93
da em geral de energia anímica ou magnetismo
pessoal. Ao ser metabolizada pela
consciência, a energia cósmica deixa de ser
impessoal e assume as características pessoais
da criatura.
Fontes básicas de energia vital
1. Ar atmosférico, através do aparelho
respiratório e da pele; 2. Alimentação de
sólidos e líquidos, através do aparelho
digestório; 3. Absorção de energia pelos
chacras; 4. Sono, através da descoincidência
dos veículos de manifestação da consciência;
5. Projeção da consciência, através da
absorção energética no plano astral.
Ativação energética
A consciência pode ativar as suas energias
conscienciais de três maneiras:
1. Circulação Energética (circulação fechada;
estado vibracional); 2. Absorção Energética
(recepção energética); 3. Exteriorização
Energética (Irradiação energética).
94
Propriedades da energia cósmica
1. É acumulável por um sujeito devidamente
treinado; 2. É transmissível (podese
energizar qualquer coisa); 3. Tem polaridade
positiva e negativa (YIN e YANG); 4.
Pode ser dinamizada pelo campo energético
humano através da vontade; 5. Pode
acumular qualidades específicas, mesmo
quando é inespecífica em si mesma; 6. Pode
formar parte da atmosfera de um planeta
(energia telúrica, aérea, aquática e ígnea);
7. É uma degradação de energia mental cósmica;
8. Pode adotar uma diversidade de
manifestações, dependendo do ambiente
onde interpenetra; 9. Tem três atividades
básicas no campo energético humano: recepção,
exteriorização e circulação fechada
(estado vibracional); 10. A matéria é
energia condensada (luz capturada gravitacionalmente);
a energia é matéria em estado
radiante. Logo, tudo é manifestação, em
graus variados, de uma mesma energia.
95
O Fluido Vital
e o Duplo Etérico
Perguntas e respostas
Entrevista com dr. Ricardo D Bernardi
Por Paulo P. L
96
O fluido vital forma uma estrutura especial
em nós?
Ele forma um “corpo”, de certa forma, sim.
Constitui o chamado corpo vital, também
conhecido como corpo etérico.
São sinônimos ? Há outros sinônimos equivalentes
?
Sim. Ei-los: Duplo Etérico, Corpo Vital (Kardec),
Corpo Prânico, Veículo do Prana, Corpo
Bioplásmico, Corpo Biocósmico, Corpo
Energético, Primeiro corpo de Energia,
Corpo Diáfano, Corpo Efêmero, Veiculo da
Vitalidade, Corpo da Vitalidade, Casca Luminosa,
Reflexo do Corpo Físico,
Aerossomai, Armadura Energética, Contracorpo,
Cópia Vital Humana, Corpo Aiterico,
Corpo Bardo (tibetanos), Corpo Lepto-
Hilico, Corpo Leptomerico, Corpo Ódico,
Corpo Unificador, D Jan, Kosha, Reboque
Energético, Umbra, Veiculo Semi-Físico, Véu
do Corpo Humano, Véu Etérico, Ponte Corpo
Humano-Psicossoma, Pranamaya-Kosha.
97
Corpo etérico... é o mesmo que perispírito,
corpo astral ou psicossoma ?
O corpo etérico ou corpo vital é que liga o
corpo físico ao perispírito. É uma estrutura
ou “corpo” intermediário entre o corpo material
e o perispírito .
Fluido vital é o mesmo que bioenergia?
Sim.
Então o corpo etérico ou corpo vital tem
importância nas terapias energéticas?
Sim. É o fluido vital ou bioenergia que é
mobilizado nestas terapias energéticas.
Poderia nos dar uma definição melhor de
corpo etérico ou duplo etérico?
O duplo etérico é um invólucro energético,
vibratório, luminoso, vaporoso e provisório,
que coexiste estruturalmente com
o corpo físico e o envolve. Está ligado à
doação ou exteriorização de energias, pois,
no duplo etérico é que se situam os
chacras.
98
Qual a situação anatômica?
É o agente intermediário entre o corpo físico
e o perispírito (corpo astral).
Este corpo etérico é então composto de
energia ou fluido vital, certo?
É constituído por fluido vital (Energia Vital
ou Prana), daí a denominação corpo vital.
Este fluido é originado do Fluido Cósmico
Universal. Absorvido pelas moléculas orgânicas
confere o atributo da vida.
O corpo etérico faz a ligação entre perispírito
e corpo físico. No entanto, ele sai dos
limites do corpo material ?
Os limites do corpo humano são ultrapassados
em cerca de 1 cm pelo corpo etérico.
Qual é a consistência deste corpo etérico?
Textura típica dos elementos fluídicos, mais
densa nos indivíduos primitivos e mais sutil
e delicada nos seres humanos espiritualmente
evoluídos.
99
Qual a forma deste corpo etérico?
Humanóide, com grande elasticidade. Lembra
o “Gasparzinho” ou um fantasminha.
Uma massa de fluido vital que toma a forma
do corpo, mas enquanto ocupa este espaço.
Quando desencarnamos, esta massa
de fluidos volta (quase toda) para o fluido
cósmico universal.
Teria cor?
Branca (nos espíritos encarnados mais sutis)
ou acinzentado, nos menos evoluídos.
Diz-se corpo etérico, mas teria órgãos como
há no perispírito ?
Não possui órgãos como o corpo astral. Possui
regiões denominadas chacras, que captam
energia cósmica distribuindo-as para o
corpo físico (rebaixamento vibratório) e para
o perispírito (ou corpo astral).
Os chacras são interligados por nádis
ou meridianos que permitem circular as
energias.
100
Há alguma importância prática em sabermos
que existem estes canais ou nádis?
O passe energético sobre o chacra coronário,
pelos nádis (canais), chega ao local
necessitado, não havendo, portanto,
necessidade do passe ser sobre o local enfermo
ou em desequilíbrio. Ou seja, basta
impor as mãos sobre a cabeça (coronário)
que a energia chega lá, onde requer
o paciente, pelos canais. Eis aí uma importância
prática.
Afinal, os chacras estão no perispírito ou
no corpo etérico ?
Ficam no perispírito também (centros
de força), e cada um deles se apresenta
igualmente no corpo etérico. São cópias.
No mundo extrafísico ou colônias espirituais,
também há mediunidade e inclusive
realizam sessões mediúnicas. Daí a necessidade
(há outros motivos) da existência
destes centros de força no corpo dos
espíritos.
101
Explique: qual é a função principal ou a
função básica do duplo etérico ?
Função básica: o corpo etérico é o veículo e
a reserva da nossa energia vital, absorve o fluido
vital e o distribui pelo corpo humano além
de o transformar em fluidos sutis, enviandoos
ao corpo astral (perispírito).
Função 2 – produção de ectoplasma: o
corpo etérico é o principal responsável pela
elaboração do ectoplasma, portanto, participa
diretamente na mediunidade de efeitos
físicos e materialização dos espíritos.
Função 3 – exteriorização de energias
nos processos de irradiação, passes magnéticos
e similares. Há projeção de energia vital
do corpo etérico em direção ao paciente,
magos, médiuns, paranormais, feiticeiros etc.
Usam (conscientemente ou não), a projeção
do seu corpo etérico com finalidade terapêutica
ou criminosa.
Função 4 – programação do tempo de
vida: o duplo etérico traz, em si, a programação
do tempo de vida física do indiví102
duo; o duplo etérico possui um “quantum”
de energia vital.
Função 5 – fixação do corpo astral ao
corpo físico.
Função 6 – vitalização das formas pensamento:
a mente cria formas de pensamento
que se mantém pelo fluido vital que doamos
e alimenta as formas-pensamento. Dá
vida temporária a estados formas. Veja o
nome: fluido vital... Formas-pensamentos são
emanações mentais nossas ou de desencarnados
que são vivificadas por massas de fluido
vital. Também conhecidas como “Cascões
Astrais” na Teosofia.
Por serem vitalizadas mantêm-se com
vida vegetativa temporária.
As formas-pensamento ou criações
ideoplásticas são formas criadas pelo pensamento
(corpo mental) que existem transitoriamente
e que são vitalizadas (alimentadas
com fluido vital) provindas do corpo etérico.
Em nosso grupo mediúnico, os médiuns desdobrados
(projetados) vêem muito isto.
103
O corpo etérico tem lucidez? Expressa-se
com pensamentos ou algo assim?
Não. O corpo etérico não é veículo da consciência.
Não possui “órgãos” como o perispírito
(corpo astral) que tem um cérebro
(paracérebro). O corpo etérico não atua como
veículo separado, individual, para manifestação
da consciência, nem está apto para
captar informações por não ter paracérebro,
ao contrário do corpo astral (perispírito).
O corpo etérico, sendo composto de fluido
vital, se desgasta? Repõem-se este fluido
vital? Como?
Sim, há um desgaste natural durante a vida,
no entanto, há reposição deste fluido, chamado
também de energia vital, prana ou
bioenergia.
Formas de reposição:
a) Respiração, em especial pela respiração
com mentalização ou respiração
prânica, que é um técnica de absorção desta
energia vital do cosmos.
104
b) Reposição pela alimentação. Ao se
ingerir alimento orgânico, sempre se absorve
energia vital. Se você come uma maçã,
está ingerindo energia vital além da composição
química que compõe a maçã.
c) Pode-se repor este fluido vital quando
se recebe passe ou irradiação.
d) Absorção pelo chacra esplênico, neste
caso se absolve diretamente da massa de
fluidos do universo.
Há desgastes precoces deste fluido vital?
Sim! Os vícios podem levar a desgastes mais
rápidos da bioenergia. A obsessão espiritual
ou vampirização energética por espíritos
desequilibrados, as doenças e o suicídio,
que seria o exemplo maior deste desgaste
súbito.
O suicida sofre, moralmente, por transgredir
a Lei de Deus?
Sim, mas analisemos também sob o ponto
de vista científico: não havendo o esgota105
mento dos órgãos, há retenção de fluido vital
nestes órgãos e o perispírito pode permanecer
ligado ao cadáver pelo duplo etérico.
Como se forma o corpo etérico em nós, ou
seja, seria desde o início da encarnação?
De onde vem "a matéria-prima"?
Desde o início da encarnação, o fluido vital
do óvulo já fixa as energias perispirituais
do reencarnante.
Na fecundação, milhões de espermatozóides
excedentes (não fecundantes) fornecem
a energia vital excedente para a constituição
inicial do corpo etérico, o qual fixará
o corpo astral ao embrião.
Como entender a questão morte e fluido
vital?
Com as enfermidades e o falecimento dos
órgãos, não há mais fixação do fluido vital.
O desprendimento progressivo do mesmo
determina a morte, ou seja, o desligamento
do corpo astral do corpo físico.
106
Quantos seriam os chacras no corpo astral
ou corpo etérico ?
São vários. Sete ou oito principais (depende
do sistema de análise), dezenas de outros
menores e milhares muito pequenos,
formando os pontos de acupuntura.
Centros de força, de André Luiz, são os
mesmos chacras?
Sim, e vale acrescentar que se relacionam
entre si e se correspondem em seus diferentes
corpos (corpo astral, etérico e físico, através
dos plexos nervosos).
Você pesquisou algum tempo com fotos
Kirlian e parece-me que em um congresso
demonstrou que as fotos antes e depois da
sessão mediúnica têm alterações importantes.
É fato ?
Sim. As fotos, após a sessão mediúnica demonstram
ganho de energia significativo.
Após duas horas de doação energética, as
fotos crescem seu campo energético.
107
Mas se houve doação, como aumentaram?
É dando que se recebe... Lembra?
Ao se receber um passe, se recebe fluido
vital, correto? Se é assim, como esta energia
entra e como vai para o perispírito e
corpo físico?
Considero que a energia vital doada (passe)
é captada pelo corpo etérico, sofre uma
aceleração vibratória e "sobe" ao corpo astral
(perispírito), bem como sofre um rebaixamento
ou desaceleração vibratória e "desce"
para o corpo físico. Em resumo, entra
pelo corpo etérico (vital) e vai para o perispírito
e corpo físico.
Quando vai em direção ao perispírito, vai
pelos chacras?
Sim.
Ao invés de doação, existe o roubo de energia
vital por espíritos vampiros. Poderia explicar
como isto ocorre?
108
São espíritos ditos endoparasitas, isto é, que
se fixam “dentro” (endo) do obsedado no
seu chacra esplênico, sugando o fluido vital.
São os "vampiros ".
Quando alguém doa energia vital, no passe,
por exemplo, após o trabalho sente-se
fraco, inclusive por amor chega a chorar
de emoção no passe, de compaixão do
paciente. Como se explica que saiu fraco ?
Ao se envolver emocionalmente, pela compaixão,
chegando a chorar, mobiliza o
chacra gástrico ao invés do cardíaco. No
cardíaco nos relacionamos com o amor, no
gástrico com a paixão, o sentimentalismo.
Isto é ruim, não é evolução. Já pensou se
os grandes cirurgiões chorassem na cirurgia?
Uma amiga do meu filho, ao voltar da praia,
onde fez topless, voltou com dor de cabeça.
Disseram-me que seria por captação de
energias vitais, concorda com isto ?
Explicando: a garota, sem a parte superior
109
do biquíni, ficou durante horas recebendo
a carga energética dos rapazes sobre seu
chacra genésico. As energias ascendiam pelos
nádis (canais de energia entre os chacras),
isto porque ela não sintonizava com as energias
agressivas dos rapazes. Esta energia doada
por eles ascendia ou subia até o chacra
coronário (no topo da cabeça) para ser transformada
ou sublimada. O acúmulo desta
energia (horas) gerou dor de cabeça. Não
esqueça que pode ser só um resfriado ... ou
outra causa mais natural.
A obsessão de espíritos sobre a parte sexual
pode sugar fluido vital? O que causaria?
Sim, pode sugar fluido vital pelo chacra
genésico. Pode causar frigidez ou exacerbação
sexual, ou ainda desvio dos padrões
de forma muito acentuada, pelas características
dos obsessores.
A desarmonia da energia vital ou fluido vital
provoca em nós doenças, certo? Como
110
isto ocorre?
Se o espírito pensa mal, reflete na freqüência
da energia vital, pelo perispírito. O corpo
físico reage se fragilizando e tornandose
suscetível às doenças.
111
Lei de Causa e Efeito
(Karma)
112
Os centros de força, que são fulcros
energéticos, são influenciados pelas energias
originárias das vidas pretéritas da alma
que, na nova encarnação, imprime às células
a especialização extrema na formação
do corpo denso do homem, especialização
que todos detemos no corpo espiritual em
recursos equivalentes. Essas células obedecem
às ordens do espírito, diferenciandose
e adaptando-se às condições por ele criada,
procedendo do elemento primitivo,
comum, de que todos provimos em laboriosa
marcha no decurso dos milênios. É assim
que “A enfermidade, como desarmonia
espiritual, sobrevive no perispírito”. Pois tal
seja a viciação do pensamento, tal será a
desarmonia no centro de força, que reage
nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos
mentais, uma vez que toda a mente
é dínamo gerador de força criativa. Quando
a nossa mente, por atos contrários à lei
divina, prejudica a harmonia de qualquer
um desses fuIcros de forças, a nossa alma
113
naturalmente se escraviza aos efeitos da
ação desequilibrante obrigando-se ao trabalho
de reajuste. E é assim que, muitas
vezes, numa nova encarnação, encontramos
pessoas com problemas mentais ou de paralisias
físicas, “apresentando estado
morfológico conforme o campo mental a
que se ajusta”.
A zona de remorso
A recordação dessa ou daquela falta
grave, principalmente daquelas que repousam
recalcadas no espírito, sem que o desabafo
e a corrigenda funcionem por válvulas
de alivio às chagas ocultas do
arrependimento, cria na mente um estado
anormal que podemos classificar de “zona
de remorso”, em torno da qual a onda viva
e contínua do pensamento passa a enrolarse
em circuito fechado sobre si mesmo, com
reflexo permanente na parte do veículo
fisiopsicossomático ligada à lembrança das
pessoas e circunstâncias associadas ao erro
114
de nossa autoria. Isso é bem exemplificado
por André Luiz no livro Entre a Terra e o
Céu, onde ele relata a questão de Júlio, que,
em uma existência, teria aniquilado o veículo
físico tomando uma grande quantidade
de corrosivo e, mesmo sobrevivendo à
intoxicação, fez uma nova tentativa de aniquilar
o corpo físico lançando-se à funda
corrente de um rio, nela encontrando o afogamento.
Na oportunidade seguinte que lhe
foi dada, reencarnou junto das almas com
as quais se mantinha associado para a regeneração
do pretérito, mas infelizmente encontrou
dificuldades naturais para recuperar-
se, desencarnando ainda menino, vítima
de um novo afogamento. E quando chegou
o momento de um novo renascimento,
para que pudesse se reajustar dentro das leis
divinas e recuperar-se mentalmente, equilibrando
o “centro laríngeo”, reencarnou, dessa
vez, com o corpo fisiológico deficiente,
sofrendo do órgão vocal que se caracterizou
por fraca resistência aos assaltos
115
microbianos e que, de algum modo, lhe
retratou a região lesada. Nesse exemplo, observamos
que estabelecida a idéia fixa sobre
“o nódulo de força mental desequilibrado”,
foi indispensável que houvesse
acontecimentos reparadores para que Júlio
se sentisse redimido perante a lei, mudando,
portanto, seu campo mental.
Somos todos responsáveis
Não podemos esquecer que a imprudência
e a ociosidade se responsabilizam
por múltiplas enfermidades, como sejam os
desastres circulatórios provenientes da gula,
os quadros infecciosos pela ausência da
higiene comum, os desequilíbrios nervosos
da toxicomania e o depauperamento decorrente
de vários excessos. De modo geral,
porém, as doenças perduráveis, que
destróem o corpo físico, têm suas causas
no corpo espiritual, pois as energias na
nossa alma expressam as chamadas dívidas
cármicas, por serem conseqüências das cau116
sas infelizes que nós mesmos plasmamos, e
são transferíveis de uma existência para
outra, uma vez que é a nossa mente, através
da energia do nosso pensamento, que,
de forma inconsciente, muitas vezes, nos
cobra ou nos absolve das faltas cometidas,
lançando-nos ou tirando-nos da “zona de
remorso”. Existem casos em que, mesmo em
estado de recuperação perispirítica, a presença
de pessoas desafetas responsáveis por
essas zonas pode levar a violentos choques
psíquicos, com o que as emoções se lhe
desvairam afastando-se da necessária harmonia.
A mente desorientada perde o controle
da organização perispirítica e dos elementos
fisiológicos, assumindo condições
excêntricas, dispersando as energias que lhe
são peculiares. Essas energias passam a
atritar-se e a emitir radiações de baixa freqüência,
aproximadamente igual à de que
lhe incide o pensamento das vítimas, trazendo,
conseqüentemente, as mais variadas
repercussões no corpo somático. Devemos
117
também lembrar que não apenas os pensamentos
voltados para nossas ações pretéritas
mantêm-nos presos a esse circuito fechado
do pensamento do qual falamos. O pensamento
é muito mais amplo do que a nossa
consciência pode alcançar. Subsistem
aqueles (o pensamento) em que se fazem
inconscientes em nossa mente, também trazidos
por lembranças das faltas por outros
cometidas, que nos atingiram, deixando
marcas no nosso corpo espiritual e que,
hoje, ao depararmo-nos em um novo reencontro,
sentimos no corpo carnal os efeitos
desses males, efeitos estes apresentados
muitas vezes na forma de simples sintomas
ou mesmo de uma enfermidade instalada.
O pensamento, como uma modalidade
de energia sutil atuando em uma forma
de onda, com velocidade muito superior
à da luz, quando de passagem pelos lugares
e criaturas, situações e coisas que nos
afetam a memória, agem e reagem sobre si
mesmos, em circuito fechado, trazendo118
nos, assim, de volta as sensações desagradáveis
hauridas ao contato de qualquer
ação desequilibrante. Isso tudo acontece
porque, quando nos rendemos ao desequilíbrio
ou estabelecemos perturbações
em prejuízo dos outros, plasmamos nos
tecidos fisiopsicossomâticos determinados
campos de ruptura na harmonia celular, criando
predisposições mórbidas para essa ou
aquela enfermidade e, conseqüentemente,
toda a zona atingida torna-se passível
de invasão microbiana.
Reforma íntima
Quando é desarticulado o trabalho
sinergético das células nesse ou naquele
tecido, intervêm as unidades mórbidas,
quais o câncer, que nessa doença imprime
acelerado ritmo de crescimento a certos
agrupamentos celulares, entre as células sãs
do órgão em que se instalam, causando
tumorações invasoras e metastáticas, compreendendo-
se, porém, que a mutação no
119
início obedeceu à determinada distonia,
originária da mente, cujas vibrações sobre
as células desorganizadas tiveram o efeito
das projeções de raios x ou de irradiações
ultravioletas, em aplicações impróprias.
Quando o doente adquire um comportamento
favorável a si mesmo, num crescente
de humildade, paciência, devotamento ao
bem, num profundo processo de renovação
moral, as forças físicas encontram sólido
apoio nas radiações de solidariedade e
reconhecimento que absorve de quantos
lhe recolhem o auxílio direto ou indireto,
conseguindo conter a disfunção nos
neoplasmas benignos que ainda respondem
à influência organizadora dos tecidos adjacentes.
Devemos, portanto, reconhecer o
quanto é importante o equilíbrio de nossa
mente, pois com as aquisições e observações
da psicopatologia, podemos observar
a intervenção dos fatores internos ou
psicogênitos em todas as atividades do organismo
físico.
120
O aparelho cerebral
André Luiz, no livro No Mundo Maior,
falando sobre o sistema nervoso, observa
em preciosa síntese que: “No sistema nervoso,
temos o cérebro inicial, repositório
dos movimentos instintivos e sede das atividades
subconscientes. Na região do córtex
motor, zona intermediária entre os lobos
frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido,
consubstanciando as energias
motoras de que se serve a nossa mente para
as manifestações imprescindíveis no atual
momento evolutivo do ser. Nos planos dos
lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação
científica do mundo, jazem materiais
de ordem sublime, que conquistaremos
gradualmente, no esforço de ascensão,
representando a parte mais nobre do nosso
organismo divino em evolução. Não podemos
dizer que possuímos três cérebros simultaneamente.
Temos apenas um que se
divide em três regiões distintas, onde, no
primeiro, situamos a “residência de nossos
121
impulsos automáticos”, simbolizando o
sumário vivo dos serviços realizados; no
segundo, localizamos o “domicílio das conquistas
atuais”, onde se erguem e se consolidam
as qualidades nobres que estamos edificando;
no terceiro, temos a “casa das noções
superiores”, indicando as eminências
que nos cumpre atingir. Num deles, moram
o hábito e o automatismo. No outro, residem
o esforço e a vontade; e, no último,
moram o ideal e a meta superior a ser
alcançada. E assim distribuímos o subconsciente,
o consciente e o superconsciente.
Como vemos, possuímos em nós mesmos o
passado, o presente e o futuro”.
O corpo é um reflexo da mente
Podemos então concluir que, diante de
tudo quanto já abordamos, é compreensível
dizer que a quebra da harmonia cerebral, em
conseqüência de compulsoriamente se arredarem
das aglutinações celulares do campo
fisiológico os princípios do corpo espiritu122
al, essas aglutinações ficam, então, desordenadas
em sua estrutura e atividades normais,
podendo surgir tumores e hemorragias conseqüentes
de fenômenos mórbidos assediando
a mente, porque o cérebro é o instrumento
que traduz essa mente, manancial de
nossos pensamentos, e é por isso que a dor
do remorso não permite fácil acesso à esfera
superior do organismo perispírito, onde se
erguem as manifestações da consciência divina.
O cérebro real é aparelho dos mais complexos,
em que nosso “eu” reflete a vida.
Examinando o organismo que modela as
manifestações do campo físico, reconheceremos
que a célula nervosa é entidade de
natureza elétrica que, diariamente, se nutre
de combustível adequado. Há neurônios
sensitivos, motores, intermediários e reflexos.
Existem os que recebem as sensações exteriores
e os que recolhem as impressões da
consciência. Em todo o cosmo celular agitam-
se interruptores e condutores, elementos
de emissão e de recepção. A mente é a
123
orientadora desse universo microscópico, em
que bilhões de corpúsculos e energias
multiformes se consagram a seu serviço. Dela
emanam as correntes da vontade, determinando
vasta rede de estímulos, reagindo ante
as exigências da paisagem externa, ou atendendo
às sugestões das zonas interiores.
Colocada entre objetivo e subjetivo, é obrigada,
pela lei divina, a aprender, verificar,
escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecer-
se, iluminar-se, progredir sempre.
Ainda que permaneça aparentemente estacionária,
a mente prossegue seu caminho,
sem recuos, sob atuação das forças visíveis
ou invisíveis.
Lembremos que toda a energia gerada
tem que se manter de forma bem equilibrada,
porque tanto o bloqueio do fluxo de
energia quanto o excesso desse fluxo podem
produzir desequilíbrios e, conseqüentemente,
uma doença física.
Hoje, ainda não encontramos na medicina
tradicional os recursos necessários
124
para esse entendimento, mas felizmente, surgem
na atualidade novas opções terapêuticas,
tanto no campo da psicologia como
na chamada medicina alternativa, com estudos
que comprovam a cura de determinadas
patologias através dessas novas abordagens,
como é o caso das técnicas de regressão
de memória.
Assim sendo, observemos a necessidade
de nos reunir cada vez mais para estudar
sob esta nova visão, pois somente quando
os homens da ciência se permitirem, com
mais flexibilidade, atravessar a porta do
entendimento do amor, como homens comuns
e de fé, é que conseguiremos chegar
mais rapidamente à solução de enfermidades
que até os dias atuais a ciência não
consegue equacionar.
125
Antes de mais nada, eleve o pensamento
ao Alto e abra o coração na sintonia da
fraternidade. Pense no bem de todos os seres.
Imagine que o seu corpo é todo feito
de água. No alto da sua cabeça, no chacra
coronário, pingam gotas luminosas vindas
do Alto.
Quando essas gotas tocam o seu “corpo
d’água”, elas reverberam nele como
quando jogamos pedrinhas em um lago de
águas calmas. E essas everberações luminosas
vão se expandindo suavemente para
além da extensão de seu corpo e alcançando
seus familiares, as pessoas de suas relações
e expandindo-se para toda a humanidade.
Essas reverberações seguem carrega-
Trabalhando as energias
de forma positiva
Por Wagner Borges
Leia mais no site www.ippb.org.br
126
das de puro sentimento e vão melhorando
as pessoas que são tocadas por elas.
Visualização criativa
Posição física: deitado em decúbito
dorsal, com as mãos relaxadas e voltadas
para cima.
Perspectiva psíquica: consciência aberta,
coração generoso e vontade de ser pacífico
e feliz.
Objetivo: simplesmente soltar-se no fluxo
natural das energias e afrouxar a tensão
psicofísica.
Resultado: inspiração, alegria interna,
relaxamento, aumento da criatividade e
descanso mental.
1. Leve a atenção pacificamente para a
planta do pé esquerdo e visualize ali o
surgimento de uma rosa amarela em botão.
Suavemente, vá desabrochando até abri-la
completamente.
2. Faça a mesma coisa na planta do pé
direito.
127
3. Permaneça carinhosamente prestando
atenção nessas duas rosas abertas nas
plantas dos pés por cerca de 1 minuto.
4. Leve a atenção para as palmas das
mãos e também visualize nelas a abertura
de duas rosas amarelas. Fique assim por 1
minuto.
5. A seguir, visualize mais duas rosas
amarelas desabrochando, dessa feita, nos
dois ouvidos. Fique assim por 1 minuto.
6. Leve a atenção para o chacra coronário
(situado no meio do alto da cabeça)
e visualize surgindo de dentro dele apenas
uma imensa flor amarela. Ela desabrocha no
alto da cabeça, mas o seu talo está baseado
na glândula pineal (epífise), situada no
interior da cabeça, logo abaixo dos dois
hemisférios cerebrais. Fique assim por cerca
de 2 minutos.
7. Finalmente, leve a atenção para o
centro do peito (chacra cardíaco) e também
faça surgir ali uma imensa rosa amarela.
Enquanto ela desabrocha, pense ternamen128
te em amor, luz, alegria e paz para todos os
seres de todas as dimensões. Fique assim
por vários minutos.
8. Sinta-se bem e agradeça silenciosamente
aquele Amor Onipresente que
permeia a tudo e a todos.
9. Por favor, e por amor, faça isso com
simplicidade, lucidez e alegria. Não deixe
seu ego capturar seu bom humor no alçapão
da ansiedade. Trabalhe com serenidade
e exonere carinhosamente suas angústias
internas.
Viver aqui na Terra não é fácil. Mas, é
possível entrarmos na sintonia da harmonia
íntima usando as flores de nossos pensamentos
criativos a favor da paz, de nós e
de todos! Faça essa prática simples todos
os dias. Seja feliz, pois, apesar dos problemas
diários, viver (aqui, no astral ou no
mental) ainda é uma maravilha. Precisamos
seguir e sorrir...
Dentro ou fora do corpo, somos imortais!
Isso é motivo de uma grande alegria.
129
Alguém pode assassinar ou atropelar nosso
corpo, mas continuaremos vivos, em frente,
sempre... Que essa simples prática possa
ser em você a síntese de PAZ e LUZ em
todos os seus pensamentos, sentimentos e
energias.
Sem mais palavras:
AMOR, AMOR, AMOR...
Esta prática pode ser feita sentado, desde que
as plantas dos pés não estejam aderidas ao
chão e as mãos estejam com as palmas livres.
130
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