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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Rejeição social pode aumentar a criatividade em humanos, diz estudo


Rejeição social pode aumentar a criatividade em humanos, diz estudo


“A rejeição confirma a pessoas independentes o que elas já sentem sobre elas mesmas: que não são iguais aos outros", afirma a pesquisadora

REDAÇÃO ÉPOCA

Estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, concluiu que a rejeição social pode inspirar o pensamento criativo em humanos. A afirmativa, porém, é válida aos indivíduos que já se sentem excluídos e diferentes do resto da sociedade. A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Experimental Psychology: General.

“Para as pessoas que já se sentem separadas da multidão, a rejeição social pode ser uma forma de validação”, diz a pesquisadora Sharon Kim, coordenadora do estudo. “A rejeição confirma a pessoas independentes o que elas já sentem sobre elas mesmas: que não são iguais aos outros. Isso leva a uma maior criatividade”, afirma.

Por outro lado, a rejeição social tem o efeito oposto nas pessoas que se sentem mal com a exclusão e gostariam de pertencer a um grupo: ela inibe sua capacidade cognitiva. De acordo com Sharon, muitos estudos psicológicos ao longo dos anos confirmaram esta afirmação. Em sua pesquisa, porém, a especialista considerou apenas o impacto da rejeição em pessoas que se orgulham em ser diferentes da maioria.

“Nós temos visto na sociedade uma crescente preocupação com as consequências negativas da rejeição social, em grande parte graças aos relatos da mídia sobre o bullying que ocorre nas escolas, no local de trabalho e na internet. O bullying, obviamente, é repreensivo e não produz nada de bom”, conta ela. “O que nós tentamos mostrar foi que a exclusão de um grupo pode ser positiva às vezes”, diz Sharon.

A pesquisadora afirma que tal conclusão pode trazer implicações práticas na hora de conseguir um emprego, por exemplo, já que os gestores têm preferência por funcionários criativos. A companhia pode agora dar mais atenção aos candidatos com personalidades que parecem fazê-los um alvo fácil de rejeição social, mas com criatividades que podem ser valiosas à organização.

EK


Matéria publicada na Revista Época, em 29 de outubro de 2012.


Ericka Koebcke* comenta

A pesquisadora toca em dois pontos importantes em nossa evolução como espíritos imortais que somos: o desenvolvimento da criatividade e a vida em sociedade.

Em O Livro dos Espíritos, obra básica do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, há todo um capítulo falando sobre a Lei de Sociedade (capítulo VII). Nesse capítulo, na questão 768, a resposta da espiritualidade superior quanto à necessidade dessa vida social é a seguinte: “O homem tem que progredir. Insulado, não lhe é isso possível (...) No insulamento, ele se embrutece e estiola.”

Somos seres que, por instinto, buscamos a sociedade e, assim, nos auxiliamos mutuamente para o progresso, afirmação feita no mesmo capítulo VII, do referido O Livro dos Espíritos.

Essas afirmações dos espíritos superiores são comprovadas pela pesquisadora quando ela, em uma de suas conclusões afirma: “a rejeição social tem o efeito oposto nas pessoas que se sentem mal com a exclusão (...): ela inibe a capacidade cognitiva”. O ser humano traz em seu inconsciente essa necessidade de se relacionar para adquirir novos conhecimentos e desenvolver outros que se acham adormecidos.

Além disso, é através da vida de relação que desenvolvemos nossa afetividade.

Uma outra conclusão interessante da pesquisa é o desenvolvimento da criatividade a partir dessa rejeição social para os indivíduos que já trazem em si a consciência de suas potencialidades.

Vale a pena citar aqui o que nos diz Joanna de Ângelis, benfeitora espiritual de Divaldo Pereira Franco, em seu livro Amor Imbatível Amor, no capítulo 6, quanto ela nos fala sobre a criatividade: “A criatividade inspira a busca do real, estimulando o ser a desenvolver suas potencialidades.”

Nada mais natural a esse ser que já tem consciência dos seus talentos, aproveitar essa rejeição social criativamente, desenvolvendo em si novas formas de lidar com essa dificuldade real que se apresenta em sua vida.

Que cada vez mais a sociedade possa ajudar esses nossos irmãos que passam por essa difícil prova da rejeição social, lhes dando possiblidades de trabalho, se tornando assim produtivos e capazes de contribuir para o seu melhoramento e de outros.

* Ericka Koebcke é terapeuta corporal, atuando em Rio das Ostras, RJ. Como trabalhadora espírita, participa das atividades da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis - SEJA, em Tamoios, 2º Distrito de Cabo Frio, RJ, na coordenação de estudos doutrinários e na participação em tarefas mediúnicas; é também colaboradora regular do Atendimento Fraterno do Espiritismo.net.

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