Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Real e Ilusão - Gregório


1) O que é real?

Designa o que existe em oposição tanto ao que é apenas aparente quanto ao que é puramente possível. A realidade opõe-se ao imaginário e ao ilusório, mas sem estes não a concebemos. A própria alucinação é uma realidade para o alucinado (e outra realidade para aquele que o ouve e trata-o).

2) O que é ilusão?

Derivando do latim illudere (ludere, “jogar” + in, “sobre”): enganar, troçar, escarnecer. Usa-se geralmente o termo “ilusão” para significar um erro ou engano dos sentidos e do juízo.

3) Qual a natureza da ilusão?

Percepção errônea ou equivocada, devido à má interpretação dos dados dos sentidos ou dos elementos de uma experiência vital. O erro não está no dado sensível, mas no que se lhe junta.

4) Quais são as espécies de ilusão?

As ilusões podem ser normais e anormais. As normais se produzem sempre em condições normais de percepção: podem ser visuais, auditivas e táteis. As anormais são resultantes de deficiências acidentais, congênitas ou adquiridas. Podem ser fisiológicas e psicológicas.

5) Como começou o estudo do realismo?

Começou na Grécia com o discernimento entre as coisas: discernir entre aquilo que tem uma existência meramente aparente e aquilo que tem existência real, uma existência em si, uma existência primordial, irredutível a outra.

6) Como Platão relaciona realidade e ilusão?

Para Platão, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Devido a uma luz que entra na caverna, o prisioneiro contempla na parede do fundo as projeções dos seres que compõe a realidade. Acostumado a ver somente essas projeções, assume a ilusão do que vê, as sombras do real, como se fosse a verdadeira realidade.

7) Que relação há entre tolerância e recusa do real?

Aceitamos o real, mas quando o nível de tolerância é suspenso, já não o queremos mais ver. Daí partirmos para uma recusa do real, que pode ser radical ou flexível.

8) Como enfrentar a realidade, o problema?

Geralmente, partimos para fuga (ilusão): deixar a preocupação de lado, fazer vistas grossas. Se nos assoma uma tristeza pela morte de um familiar, vamos buscar a compensação nos entretenimentos, nas companhias, na bebida etc., esquecendo-nos de que cultivar a tristeza é o melhor antídoto contra a sua depressão.

9) Como captar a realidade que nos rodeia?

Se acostumarmo-nos a olhar tudo sem defesas, sem desculpas talvez pudéssemos melhor captar a realidade que está à nossa volta. Se nos contam um problema difícil, temos mil conselhos para dar. Mas quando o problema é nosso, não aplicamos o dito conselho a nós mesmos.

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