Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pode-se trabalhar autoconhecimento e reforma íntima na criança e no jovem?

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
www.cvdee.org.br  - Sala Virtual de Estudos Educar
Temas destinados à Família e à Educação no Lar


  Tema : Pode-se trabalhar autoconhecimento e reforma íntima na criança e no jovem?

    OOis, Gente Linda do coração, tudo joiinha com vcs? :-)
    A maioria ficou caladinha caladinha semana passada hein(inclusive euzinha - tsitsitsi) :-)) Estou adiantando o tema um cadinho, por causa do texto abaixo ser grandinho, tá bom? ;-)
    Boom, o tema dessa semana começou a se configurar como tema para a gente colocar na nossa grade aqui da educar, através de um questionamento feito em pvt em um outro grupo em pvt tb. E a partir daí colocamos para alguns da equipe CVDEE e um amigo de fora do trabalho. Ao final a equipe educar achou legal inserir o tema aqui para a questão família e educação no lar, para uma conversa maior. :-)
    Então, ao invés de colocar questões específicas, vou colar abaixo o papo que mantivemos(super grande foi o papo) e a partir dele vcs entram colocando suas opiniões, entendimentos, exemplificações práticas, questões, dúvidas, enfim, naquele nosso esqueminha básico: dentro do tema, vc participa da forma que achar melhor, tá legal? ;-)
    O papo (é grande enoooorrrmee tá gente? :-)), começou com a seguinte colocação:

----- Original Message -----
From: :

(...)
Num dado momento,
ao falarmos sobre auto conhecimento, soltei uma questão: a criança tem condições de promover o auto conhecimento, já que está no periodo egocentrico??  E o adolescente? O adolescente que depende tanto da opinião de um grupo, se vê pelos olhos dos outros, consegue fazer um mergulho em si mesmo, para o auto- descobrimento??  As respostas foram diversas.  Os adolescentes (alguns), se revelaram, outros, se rebelaram...rsrsrs

No fim, fiquei sem saber, e transfiro minha dúvida para vocês: uma criança e/ou um adolescente tem condições de promover o auto-descobrimento, o auto-conhecimento e, de quebra, a reforma íntima??

Eu creio que não...

(...)

bjocas

    A partir daí desenrolou-se da seguinte forma(é grande, na realidade, enooooooooooooorme o texto, tá? Mas vale a leitura :-)):

Na minha opinião o adolescente tem sim a capacidade de se conhecer.
Mas isso vai de espírito para espírito. Da mesma forma que um idoso pode ainda não ter a capacidade de se auto-conhecer e realizar a reforma íntima (algo muito difícil), um adolescente pode também não conseguir. Entretanto, como ex-adolescente (18 anos ainda é adolescente?), que começou no espiritismo aos 15 anos e mudou bastante de lá pra cá, creio que NÃO há muita coisa que diferencie as dificuldades enconstradas entre as faixas etárias no que tange à reforma íntima: preguiça, comodismo, a famosa frase: "sou assim e não
vou mudar, quem quiser que me aguente assim"... Falta de entendimento concreto dos ensinos de Jesus.

E a criança?
(agora respondo como evangelizador, visto que não lembro muita coisa a respeito)
Há um garoto de 9 anos que está em minha sala de evangelização. Quando ele chegou na Casa Espírita, era violento e tinha comentários racistas. Hoje em dia é um dos alunos mais carinhosos e caridosos de toda a Casa. Um exemplo. A reforma aí, foi, certamente, ajudada pelas aulas, pela evangelização. Entretanto, vale lembrar que há, sim, mérito da criança. Deus é tão sábio que deu aos pequeninos uma família. Isso não foi a toa. A criança necessita de um guia. Assim diz a doutrina, assim ratifica a natureza.

Acredito muito nos adolescentes, mas infelizmente tem-se muita desesperança nestes hoje em dia. O trabalho espírita com o adolescente, cresce de sobremaneira. Saber aproveitar e valorizar cada fase da vida com suas características específicas, algumas boas, outras nem tanto, é essencial para o futuro dos espíritos que encarnaram tem pouco tempo, e também para o futuro da causa espírita.

Enfim, trabalhemos todos, como melhor meio para a reforma íntima...
---
Eis, Gente Linda, tudo na paz? :-)
Ei Lindinha  :-)
Penso que ela pode sim se auto-conhecer, se auto-descobrir, talvez não no sentido de que nós adultos temos, mas no  se "descobrir"(ou re-descobrir, uma vez que são espíritos antigos, só o corpo físico infantil),  de saber o que ela gosta, o que ela não gosta, o que ela sente ,  quais as atitudes que ela tem em comparação com as atitudes de educação moral; de que forma ela pode se colocar perante ela mesma e perante o grupinho dela e onde ela convive. Saber quem ela é e quem pode vir a ser. De que forma ela percebe o mundo; de que forma ela pode agir para mudar algumas coisas que acha que não estão legais pra ela.
Na minha turminha do Centro, costumo fazer este trabalho com eles, fazendo eles pararem e refletirem sobre eles mesmos: sonhos, vontades, desejos e de que forma eles poderão alcançar isso. Isso é uma forma de auto-conhecimento, é um momento cheio de risinhos mas enriquecedor , porque sai um monte de coisas que se refere a autoconhecimento, numa noção "menor" ou "menos complexa" porque está misturado com a educação.
e o resto Lindinh V falou e concordo com ele :-)
tarde feliz procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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Verdade, Lu,

concordo com vc. Posso dar um relato melhor quanto aos jovens. Fizemos uma confraternização de juventude este ano cujo tema foi justamente o auto-conhecimento. Foi ótimo. Muito produtivo. O estudo, as atividades, oficinas, tudo levando o jovem a se auto descobrir para se melhorar. Inclusive fizemos um jogo de tabuleiro, com diversas situações do cotidiano do jovem, onde ele tinha q se auto-avaliar, com relação às suas reações. Muito bom.
Beijos p vcs!
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Primeiro, obrigada pelas respostas. Bom demais compartilhar....

Lulu...

Td bem?
Olha só, vejo o auto conhecimento como uma busca de si em si. Um momento absolutamente solitário, independente de influências externas, próprio e único.  Uma reflexão profunda, livre de preconceitos, de julgamentos, de medidas.  Vc se vê como é, e pronto.  Percebo na criança a incapacidade de tal mergulho. Tudo, ainda, fica muito no superficial, ou melhor, tudo gira em torno dela, o mundo é ela. Embora, ela pareça reunir as condições para auto-conhecer-se, pelo próprio egocentrismo, existe algo, que ainda não sei o que seja, que não permite que isso aconteça.  Penso que uma criança,na primeira infância, esteja pronta para receber a Educação Moral, o momento é esse mesmo, mas não tem condições de olhar de si para si. Engraçado isso, justamente, e talvez, porque ela não reconhece o outro.  Mas não tenho muita certeza...

R

Fiquei surpresa quando li tua participação,  obrigada...
Com relação ao jovem, acho que a situação fica mais complicada ainda, justamente por ele ser dependente, num determinado período, das opiniões alheias, da necessidade de um grupo, de ter que se adequar a um grupo para ser aceito e tudo o mais.  Quando digo jovem, digo adolescente, porque juventude independente da idade cronológica, penso.  Talvez, ele consiga caminhar para dentro de si, mas não muito, não sei ainda.  Mas penso: e os hormônios, mudança da estrutura do corpo, alterações de humor, pelos nascendo e tudo o mais, são impeditivos do adolescente se conhecer.  Mal conseguem se olhar no espelho, mal conseguem lidar com o próprio corpo, com sua emoções e paixões em tão alto nível.  Tudo é o fim, tudo é muito grave, os amores, arrasadores....  Não sei se o adolescente tem condições psíquicas para tal.  O auto-descobrimento é um caminho solitário, e o menino ou menina nessa faixa etária, quer mais é fazer parte.  Estar sozinho para eles, é o fim, causa muita dor, depressão e tudo mais.  Nem sei se é saudável o auto conhecimento nesse período, justamente por ser profundo. A não ser  que seja compartilhado, mas aí, sei lá, vai contra o que penso ser o caminho a seguir...

V

Como vai? Eu bem que queria te chamar: Oi bonitinho!!!, mas de repente vc fica bravo...
Eu estava dando aula uma vez, substituindo apenas, uma professora de uma classe de adolescentes, na verdade pré adolescentes.  A coordenadora chegou e falou para mim: Beth, cuidado com eles, são muito barulhentos, não respeitam o professor, não dá moleza prá essa classe.  Era aula de educação física.  Eu fiquei olhando para aquelas crianças, sentadas, me olhando, esperando eu dar as orientações para a aula, todas quietinhas, sorrindo prá mim, então eu pensei: Cadê os "capetinhas"?? São esses??  Eu falei para a coordenadora: eles são ótimos!!! Eles foram ótimos comigo....(diga-se de passagem que eu sou barulhenta...tb)

Parece que a criança, um pouco maiorzinha, traz consigo as crenças recebidas dos adultos: ela (a criança) é violenta, burra, cabeça dura, sem jeito, não adianta mais..., e começa a acreditar nisso, dar isso como verdade. As crianças estão... O auto conhecimento não deixaria isso acontecer.  Tanto é que a criança,  por sua própria energia, tem tudo para conseguir, tem um mundo para conquistar, muitas vezes chega achando que não pode nada, não consegue, não é capaz....Cara(rs), com quem ela aprendeu isso? Com os adultos, claro....

No teu centro, vcs devem ter dado muito amor para esse menino, pq ele mudou o comportamento.  Vcs acreditaram nele primeiro, e ele passou a acreditar em vocês...
Olha a responsabilidade...rs
Mas, mesmo assim, não entendo isso como auto descobrimento.  O que é reforma íntima, conhece-te a ti mesmo,  para uma criança??
(...)
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Pois é ...

Em algumas coisas eu concordo com vc, no q diz respeito ao jovem querer ser aceito no grupo, n gostar de ficar sozinho e tal.
Mas veja bem.. Por que devemos nos auto-conhecer?
Na minha concepção, nos auto-conhecemos para saber nossos limites, nossas falhas, nossos acertos... a partir de então, buscar corrigir os erros, adquirir novas virtudes, destacar ainda mais as virtudes q já te...

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