Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

JESUS CURA MULHER COM HEMORRAGIA - Richard Simonetti






Então, uma mulher, que há doze anos sofria de uma hemorragia; que sofrera muito nas mãos dos médicos e que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, quando ouviu falar de Jesus, veio com a multidão atrás dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: "Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada". No mesmo instante o fluxo sangüíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade. Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: "Quem me tocou as vestes?" seus discípulos lhe disseram: "Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te tocou?" Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara. A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe os pés e lhe declarou toda a verdade. Disse-lhe Jesus: "Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade." (Marcos, cap. V, vv. 25 a 34)
Estas palavras: "conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra", são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da verdade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.
Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão?
É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluidica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos.
Razão, pois, tinha Jesus para dizer: "Tua fé te salvou". Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural.
A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã.
O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada (transmitida); mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.
Os efeitos fluidicos são variados. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado; doutras vezes é rápida, como corrente elétrica. (A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item 10 e 11)
Jesus não comparece às câmaras de passes, nos Centros Espíritas, onde buscamos cura para nossa enfermidade e lenitivo para nossas dores.
Faz-se representar por mentores espirituais que se utilizam de servidores de boa-vontade- os passistas.
À semelhança da mulher com hemorragia, não é preciso expor mágoas e desejos, nem enunciar problemas e enfermidades . . .
Basta ter fé, a certeza plena de que seremos agraciados.
Imaginemo-nos a estender as mãos para Jesus, como fez a mulher . . .
Haveremos de sentir o poder que flui dos passistas, emanado da espiritualidade, fazendo cessar o fluxo de nossas dores!

Outro texto de autor desconhecido:

Conquanto Jesus possuísse excepcional força magnética, não lhe seria possível fazer voltar à vida um corpo que já estivesse morto. Depois que os laços fluídicos que ligam o espírito ao corpo se desatam, nada mais os poderá atar de novo. A rudimentar medicina dos antigos não sabia distinguir entre a morte real e a aparente, isto é, entre a morte e uma síncope. O próprio Jesus declara: “A menina não está morta, mas dorme.” Em nossos dias, feitos os exames necessários, um médico diria: “A menina teve uma síncope.” E Jesus aplicando-lhe um vigoroso passe, reanimou-a. Quanto à mulher que tinha um fluxo de  sangue, constitui um caso bem interessante.

Notemos que para curar a menina foi a vontade de Jesus que agiu; ele fez com que os fluidos  penetrassem no corpo da menina. Ao passo que foi  a própria mulher que atraiu para si o fluido
magnético que emanava do corpo de Jesus.

A cura da mulher que tinha um fluxo de sangue se explica da seguinte maneira: Todos nós
irradiamos fluidos e de contínuo os recebemos. Pela nossa vontade podemos fazer com que uma
determinada pessoa receba nossos fluidos. E também pela nossa vontade, podemos atrair para nós
os fluidos que uma outra pessoa irradia. A mulher que tinha o fluxo de sangue, possuída do intenso
desejo de se curar, desenvolveu força de vontade tamanha que, apesar das pessoas que rodeavam
Jesus, conseguiu estabelecer entre ela e o Mestre a corrente fluídica magnética que a curou

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