Estudando o Espiritismo

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domingo, 14 de outubro de 2018

Paciência de Jó

Quando passamos por uma sequência de fatos turbulentos ou quando acontecem muitas coisas que testam nossa capacidade de resignação, dizemos que é preciso ter paciência de Jó para tudo suportar.

A expressão remonta a uma das mais antigas histórias narradas na Bíblia.

Jó era o homem mais rico da região em que vivia. Possuía milhares de ovelhas e camelos, centenas de juntas de bois e jumentos, uma imensa propriedade, sete filhos, três filhas e grande quantidade de criados.

Era considerado um homem bom, justo e temente a Deus.

A fé de Jó foi severamente testada quando o mal o atingiu de diferentes formas.

Num mesmo dia, sua propriedade foi invadida e saqueada, seus rebanhos foram roubados, seus empregados assassinados e seus filhos e filhas morreram quando a casa desabou sobre eles, em meio a um vento muito forte vindo do deserto.

Jó se entristeceu profundamente, prostrou-se no chão e orou. Não se revoltou. Reconheceu que tudo o que tinha havia sido dado por Deus e que o Senhor achara por bem tirar tudo dele. Dessa forma, afirmou sua fé e mostrou resignação à vontade do Pai.

Entretanto, as problemáticas continuaram. Ele teve o corpo coberto de chagas. Era a temida lepra. Sua esposa, atormentada pela dor, disse que ele deveria amaldiçoar Deus e morrer.

Contudo, Jó permaneceu firme em sua fé. A esposa, revoltada, o abandonou.

Sozinho, isolado, Jó foi visitado por três amigos que, em vez de consolá-lo, tentaram convencê-lo de que Deus o estava castigando por seus muitos pecados.

Jó discordou deles, reafirmou sua fé na bondade e justiça divinas e ainda orou ao Senhor para que não punisse seus amigos.

Por sua fé inabalável, por sua paciência em tudo suportar, após algum tempo, o Pai Celeste lhe permitiu a restituição da saúde, curando-o da lepra. Depois, Jó conseguiu reaver, e duplicados, todos os seus bens.

Tornou a se casar e teve dez filhos, concluindo sua vida, anos mais tarde, em felicidade.

*  *  *

Costumamos estar de bem com Deus quando a vida nos sorri e tudo corre de acordo com nossas expectativas. Basta um revés para nos desestruturarmos, erguermos os olhos e perguntarmos: Por quê comigo, Senhor?

A Doutrina Espírita nos traz luz sobre as causas dos males que nos afligem. Muitas vezes são reações a ações nossas, do passado, que se refletem nesta vida. Outras vezes são consequências de más escolhas que fizemos nesta vida mesmo, acreditando que passariam em branco.

O Espiritismo também nos elucida que escolhemos, antes de reencarnar, as provações pelas quais iremos passar. Porém, esquecemos disso e, diante das dificuldades, questionamos a bondade e a justiça do Pai.

As provas que enfrentamos são, na verdade, um bem, pois nos ajudam a cultivar a humildade, a paciência, a resignação, preparando-nos para a vida futura.

Se tivermos fé em Deus e confiança nas leis divinas, encararemos o sofrimento como um resgate, um pagamento de dívidas contraídas anteriormente.

Isso nos permitirá enfrentar os reveses com calma e confiança, superando as provas da vida.

Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5, item 19, do livro
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec e perg. 354,
do livro O Consolador, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 23.6.2015.

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