Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Como entender o chamado de Jesus


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Uma tentativa de compreender as palavras de Jesus, como estão nas escrituras cristãs, e de outros sábios, de conformidade com o entendimento que podemos tirar dos evangelhos, dos místicos e da filosofia da ciência moderna. Não esquecer que Jesus falou do ponto de vista de um iluminado; por isso, muitas coisas parecem, àqueles que, como nós, ainda estão tateando na escuridão da ignorância, exageros ou absurdos.
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      ‘Aquele que olhar para trás não pode seguir-me... ’ (desprender-se do passado, que é o próprio ‘eu’, dos planos e desejos que deixou para o futuro (e, portanto, estão na memória, no ego), e partir para o novo trabalho, o trabalho para a busca do reino (‘Buscai, em primeiro lugar o reino de Deus...) sem ter saudades, sem ficar preso às coisas antigas; deixar as lembranças e viver com atenção no presente, no Agora; só assim se segue Jesus. O passado é memória, e esta é que forma o ego, com todos os seus conflitos, medos, dúvidas, ilusões, crenças, suposições; temos, pois, de fazer cessar o passado, a memória, o ego. São finitos, e o finito nunca poderá perceber o infinito).
     ‘Aquele que não abandonar pai e mãe para seguir-me, não é digno de mim... ’ (a busca é tão enfatizada por Jesus que ele diz que pai e mãe não são tão importantes quanto ela; ‘seguir-me’ não é imitá-lo ou acompanhá-lo, mas seguir seus ensinamentos sendo o mais importante o ‘buscai em primeiro lugar... ’; ‘não é digno de mim’ é  não poder chegar à consciência crística, à verdade, se não segui-lo).
     ‘Ou Deus ou Mamon. ’ (idem; felicidade ou sofrimento? Escuridão ou luz? Seguir os ensinamentos de Jesus ou continuar com os condicionamentos que nos dão interpretação enganosa, ilusória, das coisas do mundo, de seus atrativos, e o conseqüente sofrimento?).
     ‘O caminho estreito e pedregoso... ’ (abandonar o velho caminho que já estamos acostumados a percorrer pelo condicionamento em que o ego está mergulhado; nós o supomos mais seguro e suave e de porta mais larga e nele depositamos toda nossa confiança, por ser nosso velho conhecido; e partir para o desconhecido, que nos traz insegurança e medo, mas aí é onde está o novo, a novidade. Tudo aquilo que é conhecido (e o ‘eu’ é tão somente produto do conhecimento) tem de cessar para que encontremos o novo, o desconhecido, o sagrado).
     ‘Renúncia...’ (ao pensar, ao modo de conhecer dualista, ao passado e ao futuro, que não passam de lembranças e expectativas, imaginações e crendices, ilusões e opiniões, dissipadoras de nossas energias, que devem ser acumuladas para o despontar do ‘satori’, a percepção do sagrado).
     ‘O Reino de Deus deve ser tomado pela espada’ (quem não se violentar e destruir o hábito e o condicionamento de pensar, interpretar, conceituar, julgar tudo o que os sentidos apreendem ou que a memória e as associações trazem, não poderá ‘entrar’ no reino; essa entrada exige reserva de energia psíquica que é constantemente dissipada pelas operações mentais: pensamento, imaginação, lembrança, preocupação, expectativas, emoções, raciocínio etc., coisas que não permitem que o cérebro fique em silêncio, coisas que constituem o ego e, como essas coisas devem cessar, temos de fazer cessar o ego, fato que a meditação pode proporcionar).

Orai e vigiai... ’ (oração ou meditação, e atenção; esteja sempre atento a tudo que faz, não para não errar, mas apenas para estar atento; quando há atenção completa não nascem pensamentos, fato que faz o ego se afastar, não interferindo com suas associações, interpretações, emoções, expectativas e memórias; e quando o ego se afasta, não há identificação com o conteúdo mental, pois este também se afasta. O conteúdo mental é o próprio ego. Não havendo a identificação com o conteúdo mental, cessam os sofrimentos e conflitos. E, quando o ‘eu não é, Deus é’, reza o Velho Testamento; e, ainda, como disse o profeta: ‘Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus!).
     ‘É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha, do que um rico entrar no reino dos céus...’ (não por ser rico, mas pelo inevitável apego aos bens, o que constitui medo, preocupação, distração, desatenção, obstáculos à meditação. Esta pode nos mostrar aquilo que realmente somos).
     ‘Bem-aventurados os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os que são perseguidos por causa da justiça, os que são caluniados e perseguidos por causa do meu nome. Alegrai-vos e exultai porque é grande vossa recompensa nos céus... ’ (esses são os que chegaram ou estão chegando ‘lá’; são considerados pelos demais como tolos, ultrapassados, ridículos, fracos, loucos; mas, na realidade, são bem-aventurados; sua recompensa é grande: descobriram a jóia oculta e estão cheios de felicidade; nada lhes abala o ânimo...; eles são a luz do mundo e o sal da terra) (Mt 5). (Os humildes de espírito, pobres de espíritos: aqueles que aniquilaram o ego, o eu, alma, mente localizada, espírito...)...
     ‘Vós sois o sal da terra, a luz do mundo...’ (Vós, isto é, os que chegaram lá, pois dão sentido às coisas. Os sábios afirmam: a vida só tem significado quando se chega lá, isto é, quando se tem a percepção daquilo que realmente somos. Enquanto não se chega lá, enquanto não se tem o percebimento do que realmente somos, somos apenas subumanos e a vida não tem sentido; é fútil e cheia de sofrimentos). 
     ‘Brilhe vossa luz diante dos homens...’ (ao que  teve que seja apenas um vislumbre da ‘coisa’ não lhe é possível calar-se; vejam os exemplos de Jesus, Meister Echkart, Giordano Bruno e outros, que enfrentaram a morte, mas não deixaram de fazer sua luz brilhar, cheios de compaixão pelos que não conheciam,  ainda, a verdade; para eles, o sofrimento e a ignorância cessaram; para estes, continuam. E Jesus aconselhou a não se colocar a luz sob o alqueire, mas sobre o velador para que ilumine a todos...) (Mt 5:15).
       ‘Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue de modo algum andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.’ (o caminho, para se seguir Jesus, é para dentro de nós, em direção ao ‘eu’; como disseram Jesus, Paulo e outros sábios, ‘o reino de Deus está dentro de nós’; para aquele que chegou onde está Deus não haverá mais trevas; somente luz e bem-aventurança; pela iluminação o mundo não mudará, mas nossa visão do mundo será totalmente mudada para melhor, para a realidade, e teremos, não mais a escuridão da ignorância, mas a ‘luz da vida’).
     ‘Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja..., mas aquele que os guardar e ensinar...’ (este é feliz, pois, se souber ensinar, é porque já chegou ‘lá’, como Jesus, Buda e outros; aquele que violar os mandamentos sofrerá, não pela violação, mas porque ainda não chegou lá (sofrimento natural para todos que não chegaram, pois a compreensão, fruto do percebimento do sagrado, ainda não lhes despontou).
     ‘Todo aquele que se irar contra seu irmão...’ (ainda não compreendeu; ira-se contra si mesmo, pois, conforme as tradições místicas e, hoje, a própria ciência mais avançada, ‘todos somos a mesma consciência’; por isso Jesus afirmou: ‘o que fizerdes a um destes pequeninos, a mim mesmo o fizestes’).
     ‘Reconcilia-te, primeiro, com teu irmão;... só então vem diante do altar fazer tua oferta... ’ (nada de ressentimentos; a escolha não é nossa, como ensinam os místicos e as escrituras e, hoje, a física quântica: ‘é o senhor que opera em nós o pensar e o fazer’; em conseqüência, nem o acerto, nem o erro são nossos; logo, nem o irmão, nem nós somos culpados; e, se há ressentimentos, não há clima para a compreensão da verdade.

       Como diz o Dim-dim, namasté.

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