O primeiro capítulo do evangelho se preocupa em esclarecer o caminho que os desígnios de Deus escolheram para se revelar para nós, encarnados. Pontuou a uniformidade das suas revelações e que os seus profetas, emanados de Deus e fiéis ao propósito, não contradizem. Não se destroem.
É conhecido como a Primeira Revelação da Lei de Deus o episódio visto ao Monte Sinai, sendo Moisés a figura do primeiro contato da divindade conosco.
Figurado nos 10 mandamentos, Moisés divulga, não só pra o povo hebreu, como os povos pagãos, existência de um Deus único, poderoso, que deverá ser adorado e respeitada suas leis par atingir a ordem social.
Assim com os 10 mandamentos, Moisés trouxe as leis civis que serviam para disciplinar o povo quase selvagem que era de sua época. As leis se faziam valer sob a legitimidade divina para ser acatada e tinha cunho de castigo e terror. Como povos primitivos, seus sentidos eram quase instintos e eram mais ouvidos do que a razão que desenvolviam a percepção.
Segundo o capítulo, eles dizem que a religião desenvolvida através da figura era dita como semi-material, uma vez que era necessário utilizar figuras de holocaustos, vinganças e punições para os homens, ainda na linha de largada do progresso evolutivo, conseguissem os primeiros passos para uma sociedade mais adiantada.
Todos esses caracteres não tiram os créditos que as tábuas escritas ao topo do monte Sinai têm, pois essas contém o gérmen da moral cristã. Deus, através de Moisés, preparava o terreno em nossos corações e mentes para o que estaria por vir.
E no porvir, estava Jesus – a segunda revelação. Jesus veio como atualizador das Leis Divinas, as desenvolverem até o grau de adiantamento dos homens que povoavam a Terra. E não destruir o que Moisés havia deixado. A lei de Deus é imutável por ser perfeita, o que muda e é a percepção que nós, seres ainda em desenvolvimentos, teremos dela. A lei se revela mais claramente à medida que temos capacidade de enxergar a Luz.
Jesus, como bom pastor, arrebanhou as ovelhas, aparou os entendimentos mais ou menos equivocados que foram se formando através dos tempos. No tocante da Lei de Deus, reforçou a ideia de elas serem universais, necessária a todos os seres, ninguém estava isento do que vem dos Céus. No que fala das leis disciplinares, reformou bastante seu conteúdo e forma, fazendo valer nas duas máximas já conhecidas: Amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Duas questões que temos bastante o que refletir.
Não se bastando no papel de mero legislador moralista, Jesus foi arrebatador pelo exemplo que sempre se propôs. A legitimidade que outrora se dava pela mera atribuição divina ao corpo da lei. A lei de amor se legitimava na própria figura de Jesus.
Em toda sua história, em todas suas conversões, vimos os personagens que dão corpo a Boa Nova se render a luminosidade que o Cristo emanava. Luz essa, que até hoje, transforma.
O cristianismo todo é uma ideia excelente demais para ser descartada. É impossível que alguém encare a proposta que Jesus nos mostrou e diga que ela é ruim ou que é imperfeita. Pode-se dizer que é difícil, pois realmente é. Mas , buscando com sinceridade é que damos os primeiros passos.
Jesus não veio destruir a lei, mas cumpri-la – a lei divina . Mas toda lei civil obsoleta, marcada para conduzir o povo que fora da época de Moisés, sim. Essa deveria ser modificada completamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário