Estudo sobre a Natureza do Cristo – Superioridade da Natureza de Jesus – Obras Póstumas
1ª-parte A Gênese, cap. 15, itens 1 e 2
A superioridade de Jesus sobre os homens não estava no corpo físico, mas no seu Espírito, que dominava a matéria de maneira absoluta.
Sua alma devia estar ligada ao corpo apenas pelos laços indispensáveis.
Constantemente desprendida ela devia dota-lo de dupla-vista superior aos dos homens comuns. Era Jesus médium? Um poderoso médium de curas? Não, porque o médium é um intermediário dos Espíritos desencarnados. O Cristo possuía fluidos perispirituais de imenso poder magnético e não necessitava de assistência espiritual. (A Gênese – cap. 15).
Fontes das Provas sobre a Natureza do Cristo (Obras Póstumas 1ª parte).\Só poderemos encontrar provas sobre a natureza do Cristo, dos seus atos e palavras, e analisar o que deixaram os seus discípulos.
Essa questão foi debatida durante séculos, foi ponto de divergência dentro da própria Igreja, divergência de opiniões que deu origem a divisão da Igreja sobre a divindade do Cristo.
Para eles Jesus Cristo era Deus, pois como entender os milagres se era um filho de Deus como todos nós? O teólogo Orígenes que divergia dessa opinião foi condenado à fogueira e morte no Concílio de Constantinopla em 553.
Toda a argumentação da Igreja não anula o que Jesus colocou com suas próprias palavras, podemos interpretar de maneira diferente uma parábola, uma alegoria, nunca porém afirmações positivas, isentas de qualquer dúvida.
O dogma da divindade de Jesus funda-se na absoluta igualdade da sua pessoa com Deus, sendo ele mesmo Deus; Jesus repetia sempre estas palavras “Aquele que me enviou...”, mas vejamos através do Evangelho e dos Evangelistas “Eu não falo senão do que vi em meu Pai e vós fazeis o que vistes em nosso Pai.” (João, VIII, 38), “E por isso eu preparo o reino para vós outros, como meu Pai o tem preparado para mim, para que comais e bebeis à minha mesa e vos senteis sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel.” (Lucas, XII, 28 a 30) e por fim “já tendes ouvido que eu vos disse: Eu vou e venho a vós. Se vós me amais, certamente, haveis de folgar que eu vá para o Pai, porque o Pai é maior do que eu.” (João, XVI, 28).
Por essas palavras e tantas mais que se encontram no Novo Testamento podemos entender que Jesus é um Espírito altamente evoluído, nosso irmão criado pelo Pai há milhares de anos antes de nós e que pelas sucessivas reencarnações ocupa o lugar de destaque como outros que colaboram ativamente na criação e equilíbrio do Universo seguindo as missões que lhe competem realizar.
Obras Póstumas – 1ª-parte – A Divindade do Cristo fica provada pelos milagres?
Segundo a Igreja, a divindade do Cristo está firmada pelos milagres, testemunho do seu poder sobrenatural. Semelhante consideração era usual na época em que o maravilhoso era aceito sem exame, hoje, porém, que a ciência levou as suas investigações até as leis da Natureza, os milagres já não têm grande aceitação.
O caráter essencial do milagre, no sentindo teológico, é ser uma exceção às Leis da Natureza e, por conseguinte, inexplicável por estas leis.
Desde que um fato possa ser explicado e decorra de uma causa conhecida, deixa de ser milagre. É assim que os descobrimentos da ciência têm feito entrar no domínio do natural certos efeitos considerados milagres, porque eram ignoradas as suas causas.
Mais tarde, o conhecimento do princípio espiritual, da ação dos fluidos sobre a organização do mundo invisível no meio do qual vivemos, das faculdades da alma, da existência e das propriedades do perispírito, trouxe a chave dos fenômenos de ordem psíquica e provou que eles não são derrogações das leis da natureza, mas o seu resultado direto.
Todos os efeitos do magnetismo, do sonambulismo, do hipnotismo, dupla-vista, etc que constituem a quase totalidade dos milagres do Evangelho, pertencem a esta categoria de fenômenos.
A possibilidade da maior parte dos fatos que o Evangelho cita como praticados por Jesus está completamente demonstrada pelo magnetismo e pelo Espiritismo, que são puros fenômenos naturais, que são realizados até hoje e comprovados pela pesquisa parapsicológica.
Para maior entendimento leia na A Gênese, de Allan Kardec, cap. 16 a 17 – Os Milagres e as Predições.
Ana Gaspar
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