Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 21 de junho de 2016

JESUS e DEUS

JESUS e DEUS
"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
R - Jesus"
("O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, questão 625)

O espiritismo é uma ciência filosófica de consequências morais. Como ciência investiga, como filosofia explica e como ética aponta-nos um roteiro seguro na nossa caminhada moral: os princípios cristãos. O espiritismo é pois uma doutrina cristã, na sua pureza original, despojando-se de todos os apêndices que entretanto o homem lhe foi pondo. Exemplo a seguir? Jesus, indubitavelmente. Só que, Jesus não é Deus e o espiritismo explica racionalmente porquê!
Muita gente quase se choca quando ouve num centro espírita que Jesus não é Deus. Também não admira, pois espíritas existem que ainda reagem assim. É como se fosse quase um sacrilégio dizer tal "barbaridade", uma ofensa, quase um desafio a Deus.
Tal ideia vem certamente do facto de a grande maioria ter sido educada dentro das ideias professadas pela Igreja Católica, onde se ministra o ensinamento da Santíssima Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - onde existem três entidades numa e uma em três. Algo difícil de explicar racionalmente, daí ser um dos dogmas teológicos da Igreja Católica. Embora não concordemos com tal posicionamento, convém frisar que a postura de qualquer espírita é de profundo respeito pelas ideias de quem quer que seja, na certeza de que todos nós somos espíritos em evolução e como tal passíveis de estarmos em níveis evolutivos diferenciados, quer no campo moral quer no intelectual. Assim sendo, o espiritismo apresenta-nos essa imagem bela da Vida como um todo e, como tal, é uma doutrina universalista que visa unir e não fraccionar. Daí, não poder ser uma religião, no sentido que se conheçe, pois se assim fosse seria "mais uma" em oposição a tantas já existentes. É pois, uma doutrina filosófica de consequências morais, com um campo de abrangência mundial, marcadamente cristã, cujo objectivo é contribuir para a elevação espiritual dos seres encarnados (no corpo de carne) neste planeta.

O Espiritismo faz a apologia da fé raciocinada

O Espiritismo ensina-nos e a razão sanciona (o espiritismo é apologista da fé raciocinada) que todos os seres criados por Deus foram colocados em pé de igualdade, isto é, simples e ignorantes, cheios de potencialidades superiores ("vós sois deuses"), seres esses que evoluiriam mais ou menos rapidamente conforme o seu esforço e livre-arbítrio, de existência em existência, de reencarnação em reencarnação, cuja meta é comum: atingir o estado de espíritos puros em que já não necessitam mais reencarnar para evoluir e passam então a colaborar com Deus na co-criação do Universo.
Assim sendo, muitos começaram primeiro que outros o seu processo evolutivo, no entanto sempre com as mesmas condições para todos, sem as quais a justiça divina e igualdade de oportunidades facilmente cairiam por terra. Outros começaram ao mesmo tempo, no entanto, enquanto uns se imobilizaram, por exemplo, nos trilhos lodosos do ódio, outros partiram para as estradas seguras do perdão, e puderam assim alcançar primeiro, níveis que os outros alcançarão apenas mais tarde, em virtude da sua rebeldia.
Dentro dos princípios básicos da doutrina espírita - Deus, Imortalidade da alma, Comunicabilidade dos espíritos, Vidas sucessivas (Reencarnação), Lei de Causa e Efeito, Pluralidade dos Mundos Habitados - fácil é deduzir que Jesus (o governador espiritual do Planeta Terra) começou sua vivência evolutiva simples e ignorante, como os demais, tendo no entanto alcançado os píncaros da espiritualidade. A sua evolução espiritual processou-se certamente noutros orbes, sabe-se lá em que parte do Universo. Terminada essa fase evolutiva, eis que toma novas tarefas, agora como responsável pela vida no Planeta Terra e pela evolução dos seres que ai aportam. É um irmão mais velho, que carinhosamente nos indica o rumo a seguir até que atinjamos aquilo a que vulgarmente se apelida de céu. É pois, o intermediário entre Deus e os homens. Numa analogia um pouca terra-a-terra, e comparando Portugal com o Universo, poderiamos dizer que Deus é o "Presidente da República" e que Jesus é o "Governador Civil" de uma das cidades. Fácil é inferir que as outras cidades (outros planetas) terão por sua vez cada qual o seu "Governador Civil", que terão outros nomes, mas que estarão ao nível de Jesus (por hipótese).
Algo talvez simultâneamente simples e complexo, para ser abordado numa página de jornal. Daí não dispensarmos um estudo atento pelo "Evangelho Segundo o Espiritismo" e "Livro dos Espíritos", bem como "O Livro dos Médiuns", "O Céu eo Inferno" e "A Génese", todos eles de Allan Kardec.

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