A união da Alma ao corpo começa_na_concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço_fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.
- Pergunta feita no programa Flávio Cavalcante ao médium Francisco_Cândido_Xavier:
- Flávio Cavalcante: Paulo Roberto, por gentileza.
- Paulo Roberto: Eu quero fazer duas perguntas, embora resumidas numa só. Gostaria de saber se o feto, isto é, se a criança nascitura recebe espírito no momento em que é concebida ou no momento que nasce, e qual é a relação entre o pai, a mãe e o feto, ou seja a relação espiritual entre eles, porque eu quero chegar àquela pergunta:
- por que nascem crianças_defeituosas, crianças_retardadas?
- Há alguma relação com os pais?
- Chico Xavier: Sim, na maioria dos casos, por que os pais possuem vínculos cármicos com o espírito renascente.
Com freqüência, criaturas que foram compelidas à morte violenta por nossa causa, ou à morte lenta por determinadas atitudes nossas, em especial as que recorrem ao suicídio, para se libertarem da nossa crueldade mental na Terra, não se afastam mentalmente de nós. Mesmo quando ausentes em Outros Planos da Vida, continuam vinculados a nós outros, particularmente quando não sabem exercer a faculdade do perdão.
Essas criaturas habitualmente, reencarnam na condição de nossos próprios filhos. E a posição do espírito, diante da vida fetal, varia muito, segundo a evolução de cada reencarnante ou segundo a tarefa com que venham ao nosso mundo.
Há, também, vinculações de puro amor, possibilitando o renascimento da criatura necessitada de apoio em lares pertencentes a corações amigos que os recebem com extremada abnegação.
Fora disso, no campo normal da reencarnação, temos a considerar os casos em que o espírito, por mérito conquistados, tem o direito de escolher o corpo em que atuará sobre a Terra junto dos pais à cuja bondade e nobreza já se imanizam, quase sempre, desde muito tempo. (Ver:Processus de reencarnação)
Certos musicistas, por exemplo, ao reencarnarem, poderão merecer um sistema auditivo magnificante organizado com o qual se lhe facilite o discernimento dos sons.
Noutros aspectos isso ocorre com todos aqueles obreiros da cultura e do progresso, habilitados a influenciar milhares de pessoas.
Esses já conquistaram o poder de selecionar os recursos de que farão o uso preciso na existência Terrestre.
Quanto ao mais, a pergunta 344 e a respectiva resposta, contidas em “O Livros dos Espíritos” esclarece a questão da união da alma e do corpo, afirmando que essa união se dá na concepção e se completa no nascimento.
[118 - questão 118] - Emmanuel - Transcrição do “Serviço Espírita de Informações” – SEI – Rio de Janeiro (RJ) 27 de julho de 1974, sob o título “Chico Xavier no Programa Flávio Cavalcanti”
Não estando completa a união do Espírito ao corpo, não estando definitivamente consumada, senão depois do nascimento, poder-se-á considerar que o Espírito que o vai animar existe, de certo modo, fora dele. O feto não tem pois, propriamente falando, uma alma, visto que a encarnação está apenas em via de operar-se. Acha-se, entretanto, ligado à alma que virá a possuir.
A vida intra-uterina é a da planta que vegeta. A criança vive vida animal. O homem tem a vida vegetal e a vida animal que, pelo seu nascimento, se completam com a vida espiritual.
(Ver: Natureza )
A união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção é definitiva, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo.
Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu.
Em tal caso, porém, a criança não vinga.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático (corpo_físico e perispírito), atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.
Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo.
Se ocorresse de nenhum Espírito desejar encarnar numa criança que houvesse de nascer. Deus a isso proveria. Quando uma criança tem que nascer vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada se cria sem que à criação presida um desígnio.
Se acontecesse que muitos Espíritos se apresentassem para tomar determinado corpo destinado a nascer, Deus é quem julga qual o mais capaz de desempenhar a missão a que a criança se destina. Porém, como já eu disse, o Espírito é designado antes que soe o instante em que haja de unir-se ao corpo.
A união do Espírito a determinado corpo pode ser imposta por Deus, do mesmo modo que as diferentes provas, mormente ainda quando o próprio Espírito não está apto a proceder a uma escolha com conhecimento de causa. Por expiação, pode o Espírito ser constrangido a se unir ao corpo de determinada criança que, pelo seu nascimento e pela posição que venha a ocupar no mundo, se lhe torne instrumento de castigo.
Depois de encarnado, não pode o Espírito lastimar uma escolha de que não tem consciência, pois não sabe ter sido sua escolha. Pode, entretanto, achar pesada demais a carga e considerá-la superior às suas forças. É quando isso acontece que recorre ao suicídio.
No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, o Espírito goza de suas faculdades conforme o ponto em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo até ao nascimento, nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança_do_passado, do qual deixa de ter consciência na condição, de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito.
Não muito comum, porém pode ocorrer, uma comunicação_mediúnica de um espírito que já se ligou à mãe para seu reencarne. Mesmo porque, o espírito perde a consciência geralmente lá pelo 4º mês de gestação quando a glândula_pineal está formada e ochakra_coronário do corpo_etérico se fixa a esta glândula. Neste momento o espírito passa a se expressar pelo cérebro do bebê, e, é mais difícil se comunicar como um espírito lúcido (adulto ) tornando a comunicação mais própria de um bebê, É verdade que tudo é relativo e depende do grau de desenvolvimento do espírito que lhe confere maior ou menor liberdade em relação ao corpo que está reencarnando.
Ricardo Di Bernardi
Reencarnando, a Alma perde a memória de quanto viu e executou no estado de liberdade. Porem, conservará sempre a intuição, o sentimento vago das resoluções tomadas antes de renascer. Voltando à vida espiritual, recobra a plenitude das suas faculdades. Para ela começa, então, um período de exame, de repouso, de recolhimento, durante o qual se julga a si mesma e avalia o caminho percorrido.
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