Qual o dever moral dos espíritas? – Evangelho Segundo o Espiritismo
dever moral - Todo nós, cidadãos, possuímos direitos e deveres perante a sociedade. Ou seja, independente de nossa religião, de nossa crença, temos o dever de zelar tanto pelo funcionamento das coisas como pelo bem coletivo.
O que a doutrina espírita tem a nos ensinar sobre o Dever?
Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 7 – Sedes Perfeitos, nos apresenta a seguinte passagem do Espírito Lázaro:
“O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados”. (Lázaro – Paris 1863)
O que é o dever moral?
O dever moral diz respeito às relações humanas, ou seja, em evitar o mal, fazer o bem, não prejudicar ninguém, etc. Ainda em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Lázaro, nos lembra que Deus nos criou iguais.
Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.
Ou seja, a partir do momento em que o dever moral passa a imperar, as dores tanto da evolução como as educativas irão desaparecer.
Espíritos Imperfeitos
Entretanto, somos espíritos imperfeitos, vivemos em um mundo de provas e expiações. Com isso, ainda existe o orgulho, o egoísmo, a vaidade, etc. E por conta desses sentimentos, nós possuímos uma certa dificuldade em cumprir nossos deveres.
“Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo)
Entretanto, é através dessas batalhas que os Espíritos vão exercendo a sua transformação. Os resultados podem demorar a aparecer. Porém, por mais que sofra influências externas, terrenas e espirituais, nós (espíritos encarnados), devemos manter a luta que ocorre entre o dever moral e as tentações que existem dentro de si. Por isso, é preciso conhecermos a nós mesmo, para que assim, cumpramos todos os nossos deveres.
Para finalizar, onde começa e termina o nosso dever?
“O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos” (Espírito Lázaro, Evangelho Segundo o Espiritismo)
“O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.”
Fonte: Centro Espírita Batuíra
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