Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

DEVER – COMPILAÇÃO

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DEVER – COMPILAÇÃO


6- DEPOIS DA MORTE - LÉON DENIS, PÁG. 254 - CAP. XXLII


O DEVER é o conjunto das prescrições da Lei Moral, a regra pela qual o homem deve conduzir-se nas relações com seus semelhantes e com o Universo inteiro. Figura nobre e santa, o dever paira acima da Humanidade, inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos. Risonho para uns, temível para outros, inflexível sempre, ergue-se perante nós, apontando a escadaria do progresso, cujos degraus se perdem em alturas incomensuráveis.


O DEVER não é idêntico para todos; varia segundo nossa condição e saber. Quanto mais nos elevamos tanto mais a nossos olhos ele adquire grandeza, majestade, extensão. Seu culto é sempre agradável ao virtuoso, e a submissão às suas leis é fértil em alegrias íntimas, inigualáveis. Por mais obscuras que seja a condição do homem, por mais humilde que pareça a sua sorte, o dever domina-lhe e enobrece a vida, esclarece a razão, fortifica a alma.


Ele nos traz essa calma interior, essa serenidade de espírito, mais preciosa que todos os bens da Terra e que podemos experimentar no próprio seio das provações e dos reveses. Não depende de nós desviar os acontecimentos, porque o nosso destino deve seguir os seus trâmites rigorosos; mas sempre podemos, mesmo através de tempestades, firmar essa paz de consciência, esse contentamento íntimo que o cumprimento do dever acarreta.


Todos os Espíritos superiores têm profundamente enraizado em si o sentimento do dever; é sem esforços que seguem a própria rota. É por uma tendência natural, resultante dos progressos adquiridos, que se afastam das coisas vis e orientam os impulsos do ser para o bem. O dever torna-se, então, uma obrigação da existência, um poder ao qual nos sentimos indissoluvelmente ligados para a vida e para a morte. O dever oferece múltiplas formas: há o dever para conosco, que consiste em nos respeitarmos, em nos governarmos com sabedoria, em não querermos, em não realizarmos senão o que for útil, digno e belo; há o dever profissional, que exige o cumprimento consciencioso das obrigações de nossos encargos; há o dever social, que nos convida a amar os homens, a trabalhar por eles, a servir fielmente ao nossos pais e à Humanidade; há o dever para com Deus...


O dever não tem limites. Sempre podemos melhorar. É, aliás, na imolação de si própria que a criatura encontra o mais seguro meio de se engrandecer e de se depurar. A honestidade é a essência do homem moral; é desgraçado aquele que daí se afastar. O homem honesto faz o bem pelo bem, sem procurar aprovação nem recompensa. Desconhecendo o ódio, a vingança, esquece as ofensas e perdoa aos seus inimigos. É benévolo para com todos, protetor para com os humildes.


É benévolo para com todos, protetor para com os humildes. Em cada ser humano vê um irmão, seja qual for seus pais, seja qual for sua fé. Tolerante, ele sabe respeitar as crenças sinceras, desculpa as faltas dos outros, sabe realçar-lhes as qualidades; jamais é maladicente. Usa com moderação dos bens que a vida lhe concede, consagra-os ao melhoramento social e, quando na pobreza, de ninguém tem inveja ou ciúme. A honestidade perante o mundo nem sempre é honestidade de acordo com as leis divinas. A opinião pública, é certo, tem seu valor; torna mais suave a prática do bem, mas não devemos considerá-la infalível.


Sem dúvida que o sábio não a desdenha; mas, quando é injusta ou insuficiente, ele também sabe caminhar avante e calcula o seu dever por uma medida mais exata. O mérito e a virtude são algumas vezes desconhecidos na Terra; as apreciações da sociedade quase sempre são influenciadas por paixões e interesses materiais. Antes de tudo, o homem honesto busca o julgamento e o aplauso da sua própria consciência. Aquele que soube compreender todo o alcance moral do ensino dos Espíritos tem do dever uma concepção ainda mais elevada. Está ciente de que a responsabilidade é correlativa ao saber, que a posse dos segredos de além-túmulo impõe-lhe a obrigação de trabalhar com energia para o seu próprio melhoramento e para o de seus irmãos.


As vozes dos Espíritos têm feito vibrar ecos em si, têm despertado forças que jazem entorpecidas na maior parte dos homens e que o impelem poderosamente na sua marcha ascensional. Torna-se o ludíbrio dos maus, porque um nobre ideal o anima e atormenta ao mesmo tempo; mas, ainda assim, ele não o trocaria por todos os tesouros de um império. A prática da caridade então lhe é fácil; ensina-o a desenvolver sua sensibilidade e suas qualidades afetivas.


Compassivo e bom, ele sente todos os males da Humanidade, quer derramar por seus companheiros de infortúnio as esperanças que o sustêm, desejaria enxugar todas as lágrimas, curar todas as feridas, extinguir todas as dores. A prática constante do dever leva-nos ao aperfeiçoamento. Para apressá-lo, convém que estudemos primeiramente a nós mesmos, com atenção, e submetamos os nossos atos a um exame escrupuloso, porque ninguém pode remediar o mal sem antes o conhecer.


Podemos estudar-nos em outros homens. Se algum vício, algum defeito terrível em outrem nos impressiona, procuraremos ver com cuidado se existe em nós germe idêntico; e, se o descobrirmos, empenhemo-nos pelo arrancar. Consideremos nossa alma pela sua realidade, isto é, como obra admirável, porém imperfeita e que, por isso mesmo, temos o dever de embelezar e ornar incessantemente esse sentimento da nossa imperfeição tornar-nos-á mais modestos, afastará de nós a presunção, a tola vaidade.


Submetamo-nos a uma disciplina rigorosa. Assim como ao arbusto se dá a forma e a direção convenientes, assim também devemos regular as tendências do nosso ser moral. O hábito do bem facilita a sua prática. Só os primeiros esforços são penosos; por isso, e antes de tudo, aprendamos a dominar-nos. As primeiras impressões são fugitivas e volúveis; a vontade é o fundo sólido da alma. Saibamos governar a nossa vontade, assenhorear-nos dessas impressões, e jamais nos deixemos dominar por elas.


O homem não deve isolar-se de seus semelhantes. Convém, entretanto, escolher suas relações, seus amigos, empenhar-se por viver num meio honesto e puro, onde só reinem boas influências. Evitemos as conversas frívolas, os assuntos ociosos, que conduzem à maledicência. Digamos sempre a verdade, quaisquer possam ser os resultados. Retemperemo-nos frequentemente no estudo e no recolhimento, porque assim a alma encontra novas forças e novas luzes. Possamos dizer, ao fim de cada dia: Fiz hoje obra útil, alcancei alguma vantagem sobre mim mesmo, assisti, consolei desgraçados, esclareci meus irmãos, trabalhei por torná-los melhores; tenho cumprido o meu dever!


08 - ESTUDE E VIVA - EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ - PÁG. 144


É muito difícil desinteressar-nos dos aspectos menos agradáveis do serviço necessário à preservação da verdade e do bem. Isso acontece, principalmente, quando as consequências não nos digam respeito. Se não temos a obrigação de inspecionar as deficiências da estrada, muito de raro em raro nos incomodamos com a brecha deixada pelo aguaceiro na base de um viaduto. Não sucede, porém, o mesmo com os responsáveis, que dobrarão esforços para remover o perigo. Assim também no cotidiano.


Queremos tranquilidades; no entanto, surgem riscos à frente. Somos pais.. e acordamos junto de filhos carentes de amparo em forma de advertência; orientamos empresas... e verificamos omissões, ante as quais o silêncio seria apoio ao desastre; exercemos funções educativas... e somos defrontados por ocorrências que comprometem a segurança da escola; administramos instituições de interesse geral... e encontramos falhas que não será lícito desdenhar com displicência, sob pena de aprovarmos a influência das trevas...


São esses os momentos mais dolorosos para os que receberam o encargo de velar por alguém ou por alguma comunidade. Nesses trechos periclitantes do trabalho a fazer, somos frequentemente impelidos à deserção; entretanto, comandante algum é trazido a conduzir um navio a fim de abandoná-lo ao sabor das ondas, em momentos difíceis. Que fazer, todavia, nas crises inevitáveis, quando é preciso apontar e retificar, esclarecer e definir? Nesses duros problemas, uma solução aparece, luminosa e reconfortante: nós podemos orar.


Quando te encontres em obstáculos desse matiz, não censures os companheiros que passam despreocupados, ante as lutas com que arrostas e nem te acomodes com o mal, sob pretexto de lealdade à harmonia. Ora, sempre, fiel ao bem da verdade e à verdade do bem ainda mesmo que todas as circunstâncias te contrariem. Através da prece, dar-te-á o Senhor a força justa com a medida adequada e a palavra precisa no rumo certo. Assim será sempre, porque, se a criatura dirige, Deus guia. Manejamos a vida, mas a vida é de Deus.


SENTENÇAS DA VIDA:


1 - Cumpra os deveres desagradáveis. Buscar apenas o nosso deleite é comodismo crônico.


2 - Vitalize os negócios com a fraternidade pura. O comércio não foge à ação da Providência Divina.


3 - Coloque o bem de todos acima do interesse partidário. A senda cristã nas atividades da vida será sempre "caridade".


4 - Esqueça as narrativas que exaltem indiretamente o erro. A moral da história mal contada é sempre a invigilância.


5 - Liberte-se das frases de efeito. A palavra postiça sufoca o pensamento.


6 - Evite o divertimento nocivo ou claramente desnecessário. Os pés incautos encontram a queda imprevista.


7 - Resista à desonestidade. O critério do amor não se modifica.


8 - Valorize os empréstimos de Deus. Dar não significa abandonar.


9 - Prestigie a sabedoria da Lei, obedecendo-lhe. O auxílio espiritual não surge sem preço.


11 - FONTE VIVA - EMMANUEL - PÁG. 229 - AUSENTES


"Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio" - (João, 20:24).


Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações. Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do DEVER que lhe cabe.


A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo. O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento.


Se o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase. Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito. Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar -se às glórias eternas?


Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente. Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.


Matricula-se o companheiro, na escola da vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas. Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.


A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto. Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer. O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.


12 - JESUS NO LAR - NÉIO LÚCIO - PÁG. 155 - CAP. 36 O PROBLEMA DIFÍCIL


Entre os comentários da noite, um dos companheiros mostrou-se interessado em conhecer a questão mais difícil de resolver, nos serviços referentes à procura da Luz Divina. Em que setor da luta espiritual se colocaria o mais complicado problema? Depois de assinalar variadas considerações, ao redor do assunto, o Mestre fixou no semblante uma atitude profundamente compreensiva e contou:


- Um grande sábio possuía três filhos jovens inteligente e consagrados à sabedoria. Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil de vencer no grande caminho da vida. No auge da discussão, prevendo talvez consequências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.


Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza. O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa. O segundo levaria uma corça rara. O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.


O trio fraterno recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viagem de três milhas; no entanto, a meio do caminho, principiaram a discutir. O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar; este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.


O pequeno séquito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajor permanecia atento a obrigações que diziam respeito aos outros, através de observações acaloradas e incessantes. Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho poeirento.


Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado, abrigando-se em floresta próxima. O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, internando-se pelo mato a dentro, e o conteúdo de prateada bandeja se perde totalmente no chão.


Desapontados e irritadiços, os três rapazes tornam à presença paterna, apresentando cada qual a sua queixa e a sua derrota. O sábio porém, sorriu e explicou-lhes:


-Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos da responsabilidade que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.


Jesus calou-se, pensativo, e uma prece de amor e reconhecimento completou a lição.


13 - LAMPADÁRIO ESPÍRITA - JOANNA DE ÂNGELIS - PAG. 165 ANTE O DEVER


Não te suponhas inútil na lavoura do bem porque escasseiam em tuas mãos os recursos da Terra. Nem sempre a moeda, aparentemente valiosa, consegue articular a serenidade do coração. Considera que os valores insignificantes, segundo a experiência de muitos, realizam obras reais na construção da vida.


O edifício suntuoso não dispensa a contribuição da pá de cal. O adubo considerado sem valia é a causa da vitalidade do solo. A pedra grosseira, a golpes de buril, transforma-se em estátua valiosa. Assim, podes contribuir com os recursos modestos de que dispões para materializar a obra do Senhor entre as criaturas da jornada humana.


Aprende a discernir e estuda para compreender, a fim de libertar-te da dificuldade no rumo da verdadeira luz. Porque te faltem os atraentes dons da inteligência não te entregues ao desânimo, e porque as tuas mãos não possam realizar imediatamente não descoroçoes no entusiasmo.


Nem sempre a boca falante expressa o "de que está cheio o coração". Recorda que a sinfonia vibrante equilibra-se nas sete notas musicais que lhe servem de base, tanto quanto o discurso brilhante é filho do alfabeto humilde... Ergue-te em busca do Senhor e avança, renovado, pela trilha do bem. Planta a tua árvore; renova o jardim da tua casa; varre o solo que espera limpeza; faze algo. Pensar no trabalho é trabalho em começo.


Movimentar pequenas tarefas é articular tarefas nobres. Não adies os teus DEVERES a pretexto de carência de recursos. Se não podes fazer quanto gostarias de fazer, faze alguma coisa. E, se realmente desejas respeitar o dever de produzir, recorda-te de mil trabalhos esquecidos, essas tarefas que somente poucos gostam de realizar.


Une-te, desse modo, à caravana dos que se batem na terra sáfara do coração e começa desde agora o abençoado labor da tua transformação operosa. Jesus Cristo, necessitando legar-nos o tesouro da sua mensagem de luz, considerou modesto "grão de mostarda", humilde "dracma perdida", toscos ramos de figueira, desvalioso "feixe de varas", como a ensinar-nos que o Reino dos Céus, que deve ser "tomado de assalto", só paulatinamente, após nosso aprimoramento, nos permite ingresso na legião dos selecionados para as glórias da Imortalidade.


19 - OFERENDA - JOANNA DE ÂNGELIS - PÁG. 109


AUTORIDADE E DEVER


"E Jesus repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal." Lucas: 4-35


A indiscutível autoridade de Jesus! Todos os problemas solucionavam-se em face da sua interferência. Identificado pelos Espíritos imundos e perturbadores, como sendo o Messias, admoesta-os e os expulsa com bondade e energia, destrinçando as complexas amarras da obsessão. Ao Seu toque, os tecidos enfermos em putrefação renovam-se, atividados pela energia dinâmica que d'Ele se irradia.


Conhecendo a problemática espiritual e cármica de cada um dos que O buscam, sem defraudar a Lei, nem cometer arbitrariedades, apressa o saldamento da dívida, facultando ao liberado completar o pagamento através do amor. Homens, mulheres e crianças sentem-Lhe o poder. Os Espíritos respeitam-nO.


Hidropista, lepra, hemorragia, febres, paralisia, catalepsia, cegueira, surdez, obsessão e subjugação recebem imediata recomposição, e a saúde substitui a doença, inclusive nos mutilados. Todavia, não apenas nos domínios das aflições físicas Seu poder e autoridade se manifestam.


Luxúria, adultério, sensualidade, egoísmo, ódio, revolta, disputas familiares, ciúme, soberba modificam-se nos seus portadores, ante a Sua presença. Junto a Ele dealbam claridades novas, e os que dormem nas paixões despertam para o sacrifício, mediante o qual se redimem. Não deblatera, nem se irrita. Pulcro, contagia de paz e limpa as mazelas dos que O buscam.


Não O percas de vista. Nem te atribuas valores que não possuis, como não te permitas temores que não procedem. A Seu serviço, ativa as possibilidades e multiplica as forças através do bom combate, na iluminação interior e na assistência fraternal aos sofredores. Nota que Ele jamais se recusava.


Abria as mentes à verdade, mas lenia, também as exulcerações do corpo. Incitava à glória divina, todavia, amenizava as provações terrenas. Conduzia ao Reino dos Céus, sem embargo auxiliava na elucidação das dificuldades humanas. Apontava o amor a Deus como a expressão mais alta da existência, e concitava o amor ao próximo como experiência autolibertadora.


Com a severidade que reprochava a hipocrisia dos fariseus, utilizava da meiguice e piedade para auxiliar os que sofriam. Mácula nenhuma em Sua vida, deslize algum na Sua conduta. Toma-O por guia e segue-O sem recalcitrar. O que não conseguires agora, realizarás depois.


O que ora te falta, amanhã será abundância nas tuas mãos, a serviço do bem. Não aguardes triunfos imerecidos, nem te fixes às idéias de que lograrás resultados vantajosos nos teus empreendimento com Ele. À semelhança d'Ele, provarás o ácido da malquerença e o vinagre da ingratidão, o torpor da indiferença e a pedrada do despeito. Sempre defrontarás acusadores e censores severos. Não te perturbes ante a crueldade deles. Prossegue, apesar de tudo.


Quando a tua alma estiver atônita no torvelinho das lutas, quando provares a soledade e a amargura, quando os teus melhores esforços parecerem inúteis e as tuas boas palavras forem confundidas, voltadas contra ti, conhecerás a perfeita independência, voando na direção d'Ele, com as asas da desencarnação, após o dever cumprido, com a autoridade n'Ele adquirida, de que fizeste o máximo ao teu alcance, portanto, tudo que pudeste fazer.


23 - JÓIA - EMMANUEL - PÁG. 57


DEVER E LIBERDADE: A disciplina é alicerce da vida. A ordem é fundamental da Lei. Quanto maior o primitivismo dos seres enfaixados no berço da evolução, com mais força registramos semelhante princípio. O minério, da gleba a que se acolhe, é transportado sem qualquer resistência para atender às lides do progresso.


O verme arrasta-se no solo, cadaverizando-se nele de modo a fecundá-lo para que a semente germine. A árvore sofre o insulto da tempestade, produzindo sem exigência, em favor dos outros, os frutos que não consome. A ovelha cede a lã que lhe é própria ao reconforto alheio, tremendo ante o assalto do frio.


Os elementos mais simples obedecem e auxiliam sem reclamar e todos eles, colados ainda à Terra, para ela se voltam, humildes e submissos, representando crisálidas de consciência em sua expressão fetal, no colo da natureza. Todavia, o dever é diferente no homem, cuja cabeça se ergue dominadora na direção do Infinito.


De braços livres, não obstante chumbado à senda que perlustra, pode sentir e raciocinar, mentalizar e escolher, calcular e decidir. E porque o Supremo Senhor não gerou os filhos de Sua Sabedoria e de Seu Amor para escravos de Sua Casa, concede-lhes a razão, com que se lhes agiganta o livre-arbítrio na formação do próprio merecimento.


É por isso que, quanto mais elevado o degrau da criatura, mais ampla se lhe torna a responsabilidade na plantação e na defesa do Bem. Estejamos alertas no mundo de nós mesmos, procurando aprender e servir, nas bases do amor puro e da humanidade, de vez que todos nós, à luz do discernimento, dispomos de liberdade para cumprir as obrigações que nos cabem perante a Lei, plasmando o direito ao Céu, a começar de nós, ou para cultivar a rebeldia sistemática, pela qual arrasamos os talentos divinos, gerando em nossas almas os agentes do desequilíbrio que equivale na vida ao martírio infernal.


24 - MÃOS UNIDAS - EMMANUEL - PÁG. 107


DEVER E COMPROMISSO: Cedeste ao equilíbrio do lar as melhores forças da vida e tudo indica que os teus deveres surgem plenamente cumpridos, diante da própria casa. Todavia, enquanto a consciência te dói ao pensar em te desfazeres dos laços domésticos, isso significa que as tuas dívidas para com a equipe familiar ainda não atingiram resgate justo.


Suportaste os piores agravos da parte de determinada pessoa e tudo indica que os teus compromissos para com ela se mostram perfeitamente sanados. Mas enquanto a consciência te dói ao pensar em te afastares dos aborrecimentos que essa criatura te impõe, isso significa que ainda lhe deves excepcional consideração e mais amplo carinho.


Toleraste humilhações e insultos, dificuldades e empeços, na sustentação do cargo que exerces, da profissão que abraças, da obra a que te afeiçoas ou do empreendimento que realizas, e tudo indica que as tuas obrigações para com eles se acham claramente executadas. Contudo, enquanto a consciência te dói ao pensar no desligamento das contrariedades e problemas em que te envolvem, isso significa que as tuas vinculações com semelhantes tarefas não alcançaram o fim.


A lei de causa e efeito funciona notadamente dentro de nós. Em qualquer dúvida, acerca de teu comportamento no bem perante o mal, ouve a mensagem da própria consciência.


Possivelmente, para muitos daqueles que te rodeiam, a tua humildade e abnegação, paciência e amor na desincumbência das responsabilidades que assumiste já te haverão outorgado passaporte na direção de empresas outras de liberdade e renovação, mas enquanto te dói a consciência ao pensar no afastamento de teus sacrifícios pessoais, nos setores de trabalho em que te encontras, isso significa que teu débito para com eles ainda não terminou.


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DEVER é a série de lições a que fomos chamados pela Eterna Sabedoria no livro da vida, de cujo aprendizado dependerá sempre o nosso avanço para a infinita luz.

Superficialmente, é sempre uma coleção de serviços desagradáveis e constringentes, induzindo-nos, muita vez, ao sofrimento e ao cansaço, contudo, esses serviços são vínculos espirituais que nos imantam à Paternidade de Deus que, através da Lei que nos rege, no-los traça como obrigações beneméritas e providenciais ao nosso próprio aperfeiçoamento.

Repara, medita e aceita-os com amor para que não te deplores mais tarde...



Aqui, é o lar convertido em ninho de aflição e desespero...

Ali, é a casa de trabalho, onde escuras imposições nos aguardam cada dia...

Além, é o esposo intratável, à maneira do diamante no cascalho agressivo, confiado pelo Céu à nossa abnegação...

Acolá, é a companheira rude e incompreensível, qual fonte poluída de trevas e ilusões, que a Bondade do Senhor nos concede para a tarefa difícil da purificação...


Mais além, é o filho que nos trai as melhores esperanças...

Mais adiante, é o amigo que nos prejudica o trabalho, valendo por dolorosa negação de nossos sonhos e ideais...

Hoje, é a humilhação que nos compete suportar com denodo e paciência, amanhã é o fel da incompreensão alheia que nos cabe sofrer...

E, com Jesus, o dever de ajudar e perdoar, de servir e aprender é sempre nosso...

O cristão é uma consciência na luminosa cruz dos deveres de cada dia, entretanto, é por esse madeiro disciplinar que desferirá o vôo de sublimação para a glória imperecível.


Amemos, assim, as obrigações santificantes que o mundo nos designa, por mais inquietantes e contundentes, porque, por trás delas, vive a mão amorosa do Senhor a guiar-nos das sombras do mundo para os deslumbramentos da Vida Celestial.

EMMANUEL


DEVERES ESPÍRITAS

O GRANDE MANDAMENTO


DEVERES ESPÍRITAS, 0 GRANDE MANDAMENTO


"Chegou um dos escribas, e tendo ouvido a discussão e vendo que Jesus lhes havia respondido bem, fez-lhe esta pergunta: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, ó Israel: O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só; e amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes. Disse-lhe o escriba: Na verdade, Mestre, disseste bem que Ele é um; e não há outro senão Ele; e que o amá-lo de todo o coração, de todo entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios. Vendo Jesus que ele havia falado sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. "E ninguém mais ousava interrogá-lo." (Marcos, XII, 28-34.)


Três são os deveres indispensáveis à criatura humana:


1º para com Deus;


2º para consigo mesmo;


3º para com seu próximo.


Nisto resumiu Jesus a lei e os profetas.


Sendo Deus o autor de nossa existência, o nosso verdadeiro Pai, devemos dedicar, primeiramente a Deus, todos os nossos haveres, a nossa própria vida.


Os deveres do homem estão em relação com o seu grau de adiantamento, com as suas aptidões físicas, intelectuais e psíquicas.


Ninguém pode dar senão o que tem, mas é fora de dúvida que devemos dar a Deus tudo o que temos. E como os haveres que dedicamos a Deus são retribuídos com centuplicados juros, cumpre-nos aproveitar todas essas dádivas para proveito próprio e em proveito do próximo.


É do cumprimento desses deveres que começa a felicidade.


Satisfeitos os deveres que temos para com Deus, ocorre-nos tratar daqueles que se relacionam com a nossa própria individualidade. É claro que essas obrigações são de natureza material, intelectual e espiritual.


O homem veio à Terra para progredir e esse progresso depende do bom emprego que faça do tempo para zelar do seu corpo, proporcionando-lhe a natural manutenção, e cultivar o Espírito, oferecendo-lhe luzes; luzes de vida eterna; luzes de sabedoria verdadeira; luzes de moral perfeita.


O corpo é um intermediário para as recepções e manifestações exteriores; é preciso que o tratemos e nos utilizemos dele como quem trata e se utiliza de uma máquina para executar o trabalho de que está encarregado.


O Espiritismo abrange a parte material e a parte psíquica do indivíduo; exige tratamento do corpo e cultivo do Espírito, sem detrimento um do outro.


Pela mesma maneira nos cumpre fazer para com o nosso próximo.


Próximo é aquele que se aproxima de nós, seja em corpo, seja em Espírito:


Há próximos que estão longe de nós e próximos que estão perto.


Na esfera do Espírito prevalece a lei de similaridade. No terreno da matéria, a lei da atração.


Os principais próximos são os que nos estão ligados pela lei da afinidade psíquica.


Os próximos secundários são os que se valem de nós para suprir a sua necessidade; necessidade de ordem material ou de ordem espiritual, porque os nossos deveres para com o próximo, para conosco e para com Deus são de ordem material e espiritual.


O homem que cumpre o seu dever, a nada mais fica obrigado. Quando o homem faz o que pode, Deus faz por ele o que ele por si mesmo não pode fazer.


Feliz daquele que faz tudo o que pode e deve fazer, pois esse é o bom emprego do talento para a aquisição de outros lantos talentos.


Três são os deveres indispensáveis do homem: para com Deus, para consigo mesmo, para com o seu próximo.


O preceito é este: ama a Deus; ama a ti mesmo; ama ao teu próximo; instrui-te e procura instruir o teu próximo. Faze tudo isso de todo o teu entendimento, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças.


Não há outro mandamento.


CAIRBAR SCHUTEL


LEMBRETE:


1° - O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo á obrigação justa, tenha essa bênção indefinidamente adiada. André Luiz


2° - A noção do dever bem cumprido, ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado travesseiro para a noite. Emmanuel


3° - Cumpra o seu dever cada dia, por mais desagradável ou constrangedor lhe pareça, reconhecendo que a educação não surge sem disciplina. André Luiz


4° - É inútil transmitir a outrem o dever que nos compete, porque o tempo inflexível nos aguarda, exigindo-nos o tributo da experiência, sem o qual não nos será possível avançar no progresso justo. Batuíra


5° - A profissão, honestamente exercida, embora em regime de retribuição, inclina os semelhantes para o culto ao dever.


Edivaldo

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