Estudando o Espiritismo

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domingo, 9 de abril de 2017

A DOENÇA NA VISÃO ESPÍRITA


A DOENÇA NA VISÃO ESPÍRITA
(matéria publicada na Folha Espírita em janeiro de 2006, no Espaço do Leitor)
Jorge Cecílio Daher Junior (AME-GO), Médico endocrinologista

Não sou médica, mas, como espírita e mãe de uma jovem de 19 anos com diabetes tipo 1 há dois anos, gostaria de conhecer o pensamento da Associação Médico-Espírita sobre o significado dessa deficiência.
(Rosaly Guimarães, Paulista - PE)

Prezada Rosaly. A Associação Médico-Espírita não se posiciona sobre doenças, mas tenta compreender os mecanismos da saúde e da doença sob a ótica do modelo médico-espírita. No caso do diabetes, que é uma doença de múltiplas facetas, utilizamos a compreensão que o modelo científico nos oferece para servir de base à compreensão médico-espírita do problema. Vamos lá então:

1) No diabetes, seja tipo 1, tipo 2 ou gestacional, existe uma “programação genética” para a redução das células que produzem insulina (essa redução é total no tipo 1 e quase total no tipo 2). Uma programação genética é efetivada quando existe uma combinação de fatores que propiciam a ativação dos genes envolvidos, e esses fatores envolvem o ambiente (fatores externos) e o tipo de reação que o organismo apresenta aos genes e ao ambiente (fatores internos). O fator “organismo” engloba os componentes psíquicos e espirituais.

2) A programação espiritual de uma doença envolve os centros de força do perispírito, que manifestarão, no “momento adequado”, alterações energéticas que sinalizarão para o corpo físico a reação da doença, ativando genes e componentes psíquicos; basta um “gatilho” do ambiente para o desenvolvimento de doenças. Quando adoecemos, manifestamos uma reação que se iniciou muito tempo antes da doença em si mesma. Estão em andamento várias pesquisas que buscam compreender o diabetes tipo 1 antes de sua manifestação, prevenindo a expressão da doença, usando marcadores genéticos, programação que existe antes da efetivação da doença, mas todas essas pesquisas encontram fatores limitantes. Analisando o papel dos centros de força no diabetes tipo 1, vamos com André Luiz, no livro No Mundo Maior, compreender que o centro Solar é responsável pela absorção das energias através dos alimentos, e também que o centro Esplênico atua como centro independente, mas profundamente interligado, servindo como uma espécie de filtro ao Solar. São os centros de força envolvidos no desenvolvimento do diabetes tipo 1, numa fase em que a doença ainda não se manifestou. O que é interessante e importante é você e sua filha saberem que novos tratamentos são acessíveis, que existem abordagens dietéticas que permitem cada vez mais uma alimentação próxima da normal (incluindo doces, no caso da Contagem de Carboidratos) e que não há castigo, mas oportunidade de crescimento espiritual. Compreendemos sua busca, como mãe, bem como o desconforto a que sua filha foi submetida pela manifestação do diabetes tipo 1.

Tenho 4l anos e, em setembro de 2001, fiz a primeira cirurgia de hérnia de hiato. Em janeiro de 2003 retirei as tireóides, pois havia um tumor em cada uma. Em agosto de 2004 fiz nova cirurgia de hérnia de hiato. Em março de 2005 surgiu uma diabetes mal explicada e fui internada com 639 de diabetes. Comecei meu tratamento para emagrecer e, em setembro de 2005, tive de ser internada com urgência, devido a um tumor maligno de retroperitônio, com 2.450 g. Após a sua retirada, fui informada de que as margens após a cirurgia estão livres de neoplasia maligna, porém terei de fazer uma provável quimioterapia adjuvante. Será que existe explicação? Sou uma pessoa estressada, tenho feito tratamentos espirituais e sei que preciso melhorar meu modo de vida, mas nunca falei com um médico espírita. O senhor acredita que nada acontece por acaso?
(Rosimeire Aparecida dos Santos Pardim, Santo André - SP)

Prezada Rose. Ao ler o texto que relata seu drama, logo relacionei com a história de duas pacientes que acompanho, muito parecida com a sua: uma sucessão de diagnósticos difíceis, de doenças sérias, tratamentos desgastantes e, curioso, com uma seqüência semelhante. Sim, nada acontece por acaso, mas por que as coisas acontecem? O Espiritismo, em sua vertente de Ciência compromissada com o Consolador, busca compreender o mecanismo de ação da Misericórdia Divina, e já nos faz perceber, com o auxílio das obras de Emmanuel e André Luiz, através de Chico Xavier, que as doenças chamadas cármicas (essa sucessão de doenças não se deu por acaso!) se manifestam como etapas finais de um processo de reequilíbrio do corpo espiritual. O perispírito, que é o veículo de expressão do espírito, permitindo o seu relacionamento com a dimensão material e astral, reflete a disposição da mente (espírito) que, em casos como o seu, pode refletir e traçar metas, com o auxílio de entidades generosas, e se percebeu em necessidade de reparação, de expressar no corpo físico possibilidades de crescimento espiritual através de doenças capazes de levar a um conhecimento maior de si mesmo (esse é o papel da dor, como diz Allan Kardec em A Gênese: “A dor é o aguilhão divino que impele o homem para frente na senda do progresso”). Seu sofrimento não é em vão, nem solitário, é ação da Misericórdia Divina, que, segundo Emmanuel, antecede a Justiça Divina e a atenua quando encontra o homem em trabalho de busca de si mesmo. Siga em frente, tenha o bom ânimo recomendado por Jesus. Você está vencendo etapas que muitos jamais ousaram iniciar! Mantenha-se em sintonia, continue com passes e água fluidificada e com a saudável prática da prece.

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