UM ENSAIO EMOCIONAL SOBRE A COMUNIDADE ESPÍRITA.
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Pessoas que não constroem uma relação de afeto sadia consigo próprias projetam sua insatisfação interna em líderes, médiuns, oradores e pessoas influentes da comunidade espírita.
Essa projeção leva à idolatria, isto é, uma veneração, um olhar exagerado sobre as qualidades desses trabalhadores da seara.
Há uma linha divisória muito fina entre o carinho e o respeito que merecem esses tarefeiros e a doença emocional da baixa autoestima.
Quando alguém joga muita purpurina em alguém, destacando supostas qualidades espirituais e grandeza de alma, convém pensar na possibilidade de que algo não vai bem em quem joga a purpurina da vaidade, e também em quem a aceita. Existem também muitos ícones influentes na nossa comunidade viciados em aplausos e reverência, bancando a pesada prova de comunicar uma santidade que ainda não possuem.
É lamentável, mas é verdade. Por conta dessa expressiva projeção sombria em supostos "grandes santos", a comunidade espírita, com raras e meritórias exceções, se mostra uma comunidade triste e com profunda escassez de autoestima, com profundo temor ao autoamor e à formação de uma massa critica com pensamento próprio e autonomia de ação.
O equilíbrio e o bom senso no assunto poderiam tornar a nossa comunidade espírita uma das mais poderosas fontes sociais de alegria genuína e estima pessoal.
Wanderley Oliveira - Facebook
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