Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Personalidade, comportamento e reforma íntima

http://www.leondeniz.com/2015/06/19/personalidade-comportamento-e-reforma-intima/

Jean-Jacques Rousseau afirma que os homens nascem bons, todavia em contato com a sociedade, que é má, tornam-se maus. Thomas Hobbes, por sua vez, defendeu que o homem nasce mau, com instintos de sobrevivência, e que devido a tais instintos é capaz de fazer qualquer coisa. A sociedade então o educa, lapidando seu comportamento, tornando-o sociável e bom.
Uma terceira idéia a esse respeito é a de que o homem não nasce nem bom nem mau. Nascemos em uma sociedade construída em um contexto histórico que define o que é bom ou ruim. Nessa perspectiva, a teoria de Jean-Paul Sartre, que afirma que a essência do homem é construída por ele mesmo na história, me parece adequada, principalmente em uma sociedade tão dinâmica como a que vivemos hoje.
Nenhum ser humano nasce essencialmente pronto. O homem é, então, produto do meio em que vive, construído a partir de suas relações sociais. Vale dizer, assim, que o ambiente pode transformar o homem e retransformá-lo ao longo de sua vida, por meio dos grupos por onde passa. Isso pode construir uma personalidade mais ou menos boa ou ruim, à partir de determinadas escolhas.
É impossível, noentanto, prever quanto e de que forma o meio pode influenciar as pessoas no mundo atual. Com tantas mídias e vias de comunicação e interação, essa relação homem sociedade está cada vez mais complexa e, consequentemente, a construção constante de uma personalidade tornou-se igualmente complexa.
A personalidade é a junção de uma diversidade de fatores que partem desde a fisiologia à psicologia. É a combinação da constituição temporal e fruto da construção do caráter e temperamento individual, tão latentes em cada um de nós. Em outras palavras, a personalidade é construída por meio de dois conjuntos de características: inatas e sociais. O primeiro conjunto envolve fatores físicos, químicos e genéticos; enquanto que o segundo compreende o caráter e a consistência de valores e princípios adquiridos ao longo do tempo e principalmente de acordo com o meio onde o indivíduo interage.
à partir dessa compreensão, as nossas escolhas passam a ter muito mais sentido e relevância, uma vez que sabemos que por menos influenciáveis que somos ou pensamos ser, o ambiente do qual decidimos participar terá um papel importantíssimo na construção da nossa personalidade e na lapidação do comportamento.
O problema é que até que venhamos a compreender isso, muitas escolhas já foram feitas sem a devida atenção e valoração. Nesse sentido, o autoconhecimento é o que pode nos auxiliar a determinar quem somos e o quão próximos estamos daquilo que queremos ser. Em alguns casos, uma reforma íntima pode ser muito bem vinda.
A reforma íntima é a busca da elevação moral do indivíduo promovida por ele mesmo. À partir do momento em que alguém decide promover uma reforma íntima, necessita, com muita determinação, proceder um estudo sobre si e sobre o próprio caráter, realizar uma renovação de valores, utilizar ferramentas de luz e amor em cada gesto, compreender de maneira aprofundada o que significa o próximo, além de outras ações no sentido de construir boas atitudes.
Muito mais difícil do que simplesmente abandonar ou modificar um hábito, é mexer nos próprios valores e gerar, nisso, consequência para todos os hábitos e comportamentos. Enquanto estamos vivos, todavia, nossa personalidade está sendo construída e sempre cabe melhorá-la.

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