Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Como é que vocês sabem?

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Na época da construção da extensa muralha da China, aquele que a mandou construir era um homem muito duro e cruel. Milhares de pessoas morreram nesse trabalho e seus corpos foram enterrados lá.



Havia um chinês que possuía somente duas coisas: um filho e um cavalo; amando muito a ambos. Um dia, entretanto, seu cavalo fugiu. Sabendo disso, os anciãos da aldeia vieram consolá-lo dizendo:



- Que infelicidade que seu único cavalo tenha fugido.



O velho olhou-os e retrucou:



- Como vocês sabem que isso foi uma infelicidade?



Dias mais tarde o cavalo voltou trazendo consigo outros seis cavalos. Aí a riqueza desse homem aumentou e os velhos da aldeia vieram lhe dizer:



- Que felicidade que agora você tem sete cavalos!



O chinês pensou, olhou-os como antes e respondeu:



- Como é que vocês sabem que isso foi uma felicidade?



Na mesma tarde seu filho único resolveu domar os cavalos e caiu, machucando-se e ficando aleijado para sempre.



Novamente os velhos se reuniram em torno do homem:



- Que infelicidade que seu único filho não pode mais andar!



E o chinês respondeu-lhes da mesma maneira:



- Como vocês sabem que é uma infelicidade?



Os velhos ficaram muito intrigados e foram embora. No dia seguinte os soldados do imperador vieram à aldeia e levaram todos os jovens para trabalharem na construção da terrível muralha. O único que não foi levado foi o filho aleijado do camponês.



Então os velhos da aldeia entenderam a sabedoria do outro e voltaram a ele, dizendo:



- Que felicidade que seu único filho não foi levado para construir a muralha.



E novamente o homem olhou-os e respondeu:



- Como vocês sabem que isso é felicidade?



Aí os anciãos ficaram completamente confusos e reuniram-se em conselho. Voltaram à casa do camponês e disseram-lhe:



- Nós decidimos que você é o homem mais sério da China. E consideramos ser um felicidade se você se tornar o nosso prefeito.



O homem ergueu as mãos em desespero e retrucou:



- Como é que vocês acham que é uma felicidade? Eu não quero ser prefeito! - e foi-se embora.

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