Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 24 de março de 2015

O suicídio não resolve...

O suicídio não resolve... - José de Paiva Netto

Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.


Ensinava Alziro Zarur (1914-1979):

— O suicídio não resolve as angústias de ninguém.

Estava com a razão o autor de Poemas da Era Atômica.

Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.

Quando a dor apertar, por favor, lembre-se desta página de André Luiz, na psicografia do venerando Francisco Cândido Xavier (1910-2002):

Mais um pouco*1

“Quando estiveres beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio te poupará enormes desgostos.

“Quando fores tentado a colaborar na maledicência, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência te livrará de muitas complicações.

“Quando o desânimo impuser a paralisação de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-te-á gloriosa bênção de luz.

“Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o bom entendimento mais um pouco e não sofrerás o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.

“Quando a lição oferecer dificuldade  tua mente, compelindo-te desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será divina resposta tua expectativa.

“Quando a ideia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-te-á coroa santificante.

“Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao teu campo de ação.

“Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue ajudando a todos, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.

“Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco de paciência, amor, renunciação e Boa Vontade, a favor de teu próprio bem-estar.

“O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte de aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco”.

O Salmo 31:24 da Bíblia Sagrada adverte fraternalmente:

– Tende coragem, e Ele fortalecerá o coração de todos vós que esperais no Senhor.

O Rabino Henry Sobel pondera:

– Não somos donos da Vida, mas apenas os guardiões dela.

Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos.

Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós.

A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.

Do livro Billy Graham responde, emerge esta elucidação do respeitado pastor norte-americano:

— A vida nos foi concedida por Deus e só Ele tem o direito de tirá-la. Além disso, até mesmo no meio das circunstâncias mais difíceis, Deus está conosco. (...) Devo enfatizar o fato de o suicídio ser um erro, não fazendo parte do plano de Deus.

Na Quarta Surata do Alcorão Sagrado, encontramos este conforto numa admoestação do Profeta Muhammad:

29. Ó crentes, não defraudeis reciprocamente os vossos bens por vaidade, realizai comércio de mútuo consentimento e não pratiqueis suicídio, porque Deus é misericordioso para convosco.

Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), a grande mística da Espanha, incentiva-nos perseverança:

— Que nada te perturbe, nada te amedronte.

Tudo passa. Só Deus nunca muda.

A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta.

Só Deus basta.

A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos.

Acertadamente escreveu Napoleão Bonaparte (1769-1821), quando lamentou essa inditosa escolha, que infelicita o Espírito de quem se deixa seduzir por ela, porque a chegada ao Outro Mundo daquele que destrói o seu próprio corpo é um grande tormento, porquanto não há morte após a morte:

— Tão corajoso é aquele que sofre valentemente as dores da Alma como o que se mantém firme diante da metralha de uma bateria. Entregar-se dor sem resistir, matar-se e eximir-se mesma dor é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido.

(Apesar de Napoleão I ter pensado em suicídio durante sua atribulada carreira militar e política, não o praticou. Daí a importância do seu pensamento).

Finalmente, confiantes, sigamos o caminho apontado pelo Senhor no livro Deuteronômio, 30:19:

— Como podes ver, coloquei hoje diante de ti a Vida e o Bem, a morte e o mal... portanto, escolhe a Vida, para que vivas tu e a tua semente.

Meus Amigos e Irmãos em Humanidade, a grande fortuna é sabermos que Viver é melhor!

*¹ “Mais um pouco” – Antologia da Boa Vontade, 1955.

Autor: Assessoria
Fonte: O Nortão









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