Um verdadeiro sábio, por Élzio Ferreira de Souza
Quando conheci o Chico, o que mais me impressionou foi a sua sabedoria. A mediunidade estuante parecia a medida certa para abalar incréus. O lápis adquiria asas em suas mãos. Havia, entretanto, algo mais essencial que o fenômeno: era a vida. Em diversos momentos, fiquei a refletir: “onde começava o Emmanuel, onde parava o Chico?” A alegria que lhe escorria dos olhos e dos lábios, o jeito mineiro de falar, a simplicidade de cada gesto, acompanhando as palavras, não conseguiam ocultar a sabedoria com que se expressava. Ninguém lutou tanto para seguir à risca as palavras do Batista: “é preciso que ele cresça e que eu diminua”, pois à medida que se encolhia, tornava-se maior. Queria ser apenas um cisco para apagar-se mais, esquecendo-se de que assim conseguia penetrar mais facilmente as janelas fechadas de nossas almas. Costumava “calar-se” para que Emmanuel pudesse expor o pensamento sem sua interferência. Permito-me seguir o seu exemplo, reproduzindo as palavras de um amigo espiritual para sintetizar a sua permanência entre nós: “Sua vida é um cartão-postal do Infinito”.
https://www.folhaespirita.com.br/jornal/2022/06/03/ha-20-anos-ele-partiu-sereno-como-viveu/
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