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Alteridade é uma palavra que vem ganhando uso por indagações e constatações, e particularmente os oradores espíritas, já a usam corriqueiramente.
Esse é um termo relativamente novo, tanto que a pouco os dicionários passaram a registrá-lo, mas seu significado reflete uma nova mentalidade, aquela que deverá vigorar na civilização que, certamente, irá transformar a Terra num mundo de regeneração porque se refere à aceitação das diferenças; também significa a não-indiferença, o aprender com os diferentes, o amar ou ser responsável pelo outro, aceitando e respeitando as suas diferenças.
Alteridade, palavra que representa, em sua profundidade, as leis cósmicas de convívio entre os seres.
A pessoa que a vivencia passa a ser mais fraterna em todos os sentidos, deixando de criticar, julgar, agredir...
A não-crítica, a não-agressão, o não-julgamento deixam o ser em paz consigo mesmo, com a humanidade, com a vida.
Você poderá contestar dizendo que atitudes assim tornam a criatura alienada. Mas há uma grande diferença entre analisar, estando consciente dos erros e desacertos, e julgar, criticar, enviar uma vibração negativa para o errado, seja ele uma pessoa, uma instituição ou uma nação, já que as instituições e as nações são formadas por pessoas.
Você vê uma pessoa caminhando sobre a grama de um parque para encurtar caminho, e pensa: que sujeito mais sem educação!
Nesse ato de criticar intimamente a atitude daquela pessoa você está gerando uma vibração negativa. Parte dessa vibração, desse magnetismo ou energia pesada fica em você, seu gerador, e outra parte alcança a pessoa que pisou a grama.
Por outro lado, se você apenas registrar o ato errado, mas, respeitando a diferença do outro, não criticá-lo, estará fazendo um bem a si mesmo e deixando de fazer mal ao outro.
Digamos que, agindo com alteridade, você entende que deve falar com aquela pessoa alertado-a para o erro que está cometendo, fá-lo-á afetuosamente, de forma a não humilhá-la, encontrando a melhor maneira de ser, junto a ela, uma presença benéfica.
Quando nos habituamos a tudo criticar, nosso foco de vida fica dirigido aos outros, na forma como eles se conduzem nos menores detalhes e, é claro, colocamos a nós mesmos como parâmetro nessa medição de erros, nesse julgamento contínuo que exercemos com relação a tudo e a todos. Esse fato nos leva a desenvolver de forma contínua uma vibração pesada e antagônica em relação aos outros porque sempre iremos encontrar neles o que qualificamos como errado. Além disso, estaremos também desenvolvendo nossa vaidade, ao compararmos os que consideramos errados, conosco.
Mas, se desenvolvemos a alteridade, respeitando a maneira de ser dos outros, lembrando que todos somos seres em diferentes faixas evolutivas, tornamo-nos mais leves, mais de bem com a vida, mais alegres e, é claro, mais saudáveis.
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É vero amado irmão Marco,
Cito o Espiritismo como marco regulatório para disseminação do conceito alteritário, pelos motivos que venho expor:
a)- Tem suas raizes fincadas nos conceitos ensinados por Sócrates, escritos por Platão, que se exorcizaram das mazelas miticas de seus países e beberam nas fontes do Egito antigo, que por sua vez se inspiraram como outras culturas nos Atlantes...
b) Reconheçe em Bhuda um mistico diferente dos de Atenas que sacrificaram Sócrates para aceitarem a acomodação Aristotélica, e permitir que conhecimentos proporcionassem ganhos justificados legal e ética, mas que Sócrates recusou, depois Cristo e Paulo também...
c) Reconhece em Cristo figura de exemplo impar para nortear nosso viver enquanto evoluimos, e como Cristo o Espiritismo não nos pede perfeição, mas integração, solidariedade, amor ao próximo., que nada deixou escrito não sendo seu viver ortodoxia de Doutrina, diferente nos impele ao livre pensamento, e não dogmatiza, e só superficialmente pode-se lhe definir conceito de religião, unicamente pelo religare... sem intermediários.
d) Reconhece nos Ensinos dos Espíritos não a Pureza mas a desvinculação do individualismo em favor do coletivismo, norteando o pleno sentido de igualdade, veiculação livre de seus postulados sem cooptação de seguidores, formadores de prosélitos e manifestando que a razão séria como a ferramenta que o indivíduo teria para compreender e empreender sua jornada evolutiva. Se somente dessemos créditos aos puros Espíritos para compreender nossa jornada na corrupção, a ICAR estaria em melhores condições que nós Espíritas, posto que possuem os santos, mas a ICAR caminhou pela acomodação dos interesses dos poderosos como Ariostóteles, repetiram com Constantino, e são ferrenhos defensores do individualismo e formam corpo dogmático na forma e no pensa-mento ensinando filhos de Deus a pensar e a agir mas os exemplos que mostram provam que estão em engano, posto que adulteraram as leis naturais que regem os indivíduos, tanto no que diz respeito ao celibato quanto a liberdade das mulheres.
Eu teria o abecedário completo para dedilhar no meu teclado, mas fiquemos por aqui, penso que já é o suficiente por hoje.
Saúde e Paz!
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Concordo com o postulado pelo nobre irmão...
Todavida, a alteridade já se encontra inserida sistemáticamente desde a raiz no Espiritismo, é que os próprios Espíritas ainda não se deram conta disso, e ainda não praticam, mas está exarado no Livro dos Espíritos assim:
878. Podendo o homem enganar-se quanto à extensão do seu direito, que é o que
lhe fará conhecer o limite desse direito?
“O limite do direito que, com relação a si mesmo, reconhecer ao seu semelhante, em
idênticas circunstâncias e reciprocamente.”
a) - Mas, se cada um atribuir a si mesmo direitos iguais aos de seu
semelhante, que virá a ser da subordinação aos superiores?
Não será isso a anarquia de todos os poderes?
“Os direitos naturais são os mesmos para todos os homens, desde os de condição
mais humilde até os de posição mais elevada. Deus não fez uns de limo mais puro do que o
de que se serviu para fazer os outros, e todos, aos Seus olhos, são iguais. Esses direitos são
eternos. Os que o homem estabeleceu perecem com as suas instituições. Demais, cada um
sente bem a sua força ou a sua fraqueza e saberá sempre ter uma certa deferência para com
os que o mereçam por suas virtudes e sabedoria. É importante acentuar isto, para que os que
se julgam superiores conheçam seus deveres, a fim de merecer essas deferências.
A subordinação não se achará comprometida, quando a autoridade for deferida à sabedoria.”
879. Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?
“O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto praticaria também o amor do
próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.”
O Ser humano desde sempre, viveu sob a bandeira do Poder... da força, dos clãs, dos partidos, enfim nenhum outro modo de exercício do poder deixou de encontrar resistência, com certa força residente na razão...
E a Doutrina Espírita em tudo tem explicado que todo poder emana da Autoridade, como acima:
A subordinação não se achará comprometida, quando a autoridade for deferida à sabedoria.
Então alteridade, pressupõe a compreensão da autoridade e da subordinação... na justa medida da evolução alcançada, individualmente.
Esse pensamento é raiz no Espiritismo desde sua criação...
Saúde e Paz!
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