Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Atalhos em nossas vidas

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Dois jovens recém-casados, eram muito pobres e viviam de favor num sítio no interior.



Um dia o marido fez a seguinte proposta a esposa:



" Querida, eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego, e trabalhar até Ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável.



Não sei quanto tempo eu vou ficar longe, só peço uma coisa: Que você me espere, e enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.



Assim sendo, o jovem saiu, andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.



Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.



O pacto foi o seguinte: Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não quero receber meu salário. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.



Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou durante 20 anos, sem férias e sem descanso.



Depois de 20 anos ele chegou para o patrão e disse:



"Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para minha casa. O patrão então lhe respondeu.



Tudo bem, afinal fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem ?



Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou lhe dou 3 conselhos e não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me de a resposta."



Ele pensou durante 2 dias, procurou o patrão e disse-lhe:



" Quero os três conselhos."



O patrão novamente frisou:



" Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro."



E o empregado respondeu:



" Quero os conselhos."



O patrão então lhe Falou:



1º Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida;



2º Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade para mal pode ser fatal;



3º Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.



Após dar os conselhos o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:



"Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar em sua casa."



O homem então seguiu seu caminho de volta, depois de 20 anos longe de casa e da esposa que tanto amava. Após o 1º dia de viagem encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou:



Pra onde você vai ?



Ele respondeu:



Vou para um lugar muito longe que fica a mais de 20 dias de caminhada pôr esta estrada.



O andarilho disse-lhe então:



Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é ‘dez’ e você chega em poucos dias.



O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do 1º conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão a beira da estrada, onde pode hospedar-se.



Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se, de um salto só e dirigiu-se a porta para ir até o local do grito. Quando esta abrindo a porta lembrou-se do 2º conselho.



Voltou, deitou-se e dormiu, Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.



O hospedeiro disse:



E você não ficou curioso ? Ele disse que não.



O hospedeiro respondeu:



Você é o primeiro hospede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal.



O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso pôr chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada.....Já no entardecer, viu entre as arvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre os braços um homem, que a estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e matá-lo sem piedade.



Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do 3º conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.



Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:



" Não vou matar minha esposa e nem seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela."



Dirigiu-se a porta da casa e bateu. Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos, lhe diz:



" Eu fui fiel a você e você me traiu." Ela espantada responde:



" Como ? Eu nunca te traí, te espero durante esses 20 anos."



Ele então lhe perguntou:



" E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer ? " Ela lhe disse:



" Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora descobri que estava grávida. Hoje ele está com 20 anos de idade.



Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão. Após a doação de agradecimento, com lágrimas de emoção , ele parte o pão e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pacto pôr seus 20 anos de dedicação.



Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade....



Muitas vezes somos curiosos, queremos saber da coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará....



Outras vezes agimos pôr impulso, na hora da raiva e fatalmente nos arrependemos depois....



Espero que você, assim como eu, não esqueça desses 3 conselhos, e não esqueça também de confiar, mesmo que a vida muitas vezes já tenha lhe dado motivos para a desconfiança.

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