Estudando o Espiritismo

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sábado, 21 de agosto de 2021

Fé nas Vitórias

 Fé nas Vitórias

Reforma Íntima Sem Martírio - Capítulo 18



"Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-­te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível." (S. Mateus, 17:20)


O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19 - Item 1


A pensadora californiana Louise L. Hay define que as crenças são ideias, pensamentos e experiências que se tornam verdade para nós (1).


As crenças que cultivamos são muito importantes no processo de crescimento espiritual.


Ter a certeza de que vamos alcançar nossas metas íntimas é tão importante quanto alcançá-­las.


A reforma íntima, assim como qualquer outro projeto na vida, exige otimismo e fé para alcançar seus objetivos. Só será concretizada mediante uma reação de confiança conosco mesmos. É a crença de que somos capazes de nos livrar dos males que nos acompanham nas milenares experiências.


Muitos idealistas orientados pelos roteiros de melhoria espiritual, mas tomados de escassa autoestima, sucumbem sob o peso dos monstros da culpa e da vergonha, estabelecendo ideias de inutilidade e desistência pela ampliação dos obstáculos interiores. Supervalorizam suas imperfeições pelo excessivo rigor consigo mesmos, instalando um circuito mental de inaceitação e desgosto, a um passo do desespero e do desânimo com os nobres ideais de transformação e melhoramento, gerando um clima de derrotismo e menos-valia de si mesmos.


De fato, a sensação de frustração acompanhará, por muito tempo, nossos esforços de progresso, em razão das opções que fizemos nos sombrios vales da ilusão e da queda. Fortes condicionamentos se exprimem como traços marcantes da personalidade, contrariando as mais sinceras intenções de aperfeiçoamento. Esse, porém, é o preço justo que temos de pagar pelo plantio do bem em nós mesmos.


Valorizemos aquilo que gostaríamos de ser, contudo, valorizemos também o que já conseguimos deixar de ser, aquilo que não nos convinha. Valorizemos a luz que há em nós, é com ela que resgataremos a condição de criaturas em comunhão com as Sábias Leis do Pai.


Costuma-se observar, na atualidade, uma neurotização da proposta de renovação interior. Muita impaciência e severidade têm acompanhado esse desafio, levando ao perfeccionismo por falta de entendimento do que seja realmente a reforma íntima. Quando digo a mim mesmo: "não posso mais falhar" será mais difícil o domínio interior. Precisamos aprender a ser gente, a ser humano, a exercer o autoperdão, a admitir falhas, ciente de que podemos recomeçar sempre e sempre, quantas vezes forem necessárias, sem que isso signifique, necessariamente, hipocrisia, fraqueza ou conivência com o mal. A proposta espírita é de aperfeiçoamento, e não de perfeição imediata... O objetivo é sermos melhores e não os melhores.


Essa neurotização da virtude gera um sistema de vida cheio de hábitos e condutas radicais e superficiais que são fronteiriços com o fanatismo. Isso nos desaproxima ainda mais da autêntica mudança, e passamos a nos preocupar mais com o que não devemos fazer, esquecendo de investir esforços e descobrir os caminhos para aquilo que devíamos estar fazendo, aquilo que queremos alcançar e ser.


Por isso a memorização e valorização das pequenas vitórias de cada dia haverão de nos trazer incentivo e discernimento na dilatação da crença na perfeição, à qual todos nos destinamos. Semelhante tarefa exigirá que utilizemos, ilimitadamente, o autoperdão na construção mental da autoaprovação, porque, se não nos aprovamos nas faltas cometidas, caminhamos para o desamor a nós mesmos atraindo o fracasso.


Não devemos fazer de nossos erros a nossa queda. Recomeço sempre.


"Quando realmente amamos, aceitamos e aprovamos a nós mesmos exatamente como somos, tudo na vida funciona", assevera Louise L. Hay (2).


Fé pequenina, asseverou o Sábio Nazareno, do tamanho de um grãozinho de mostarda; isso bastará para solidificar nossa confiança no projeto de transformação que, inexoravelmente, vamos conquistar sob a égide dos pequenos êxitos de cada etapa.


Em uma guerra perde-­se muitas batalhas, como é natural ocorrer. O que não se pode é desistir de vencê-­la; esquivemos, portanto, da vaidade de querer vencer todas as batalhas e assumamos a posição íntima do bom combatente, aquele que sabe respeitar seus limites e jamais desistir de lutar.


Vitória sobre si mesmo, esse é o nosso bom combate, conforme destaca o inolvidável Apóstolo de Tarso (3).


Nunca esqueça que mais importante que a severidade da disciplina com nossas imperfeições é a alegria que devemos cultivar com nossos pequenos triunfos e nossas tenras qualidades. Alegria é fonte de motivação e bem­-estar para todos os dias.


Nos momentos de decepção consigo mesmo busque o trabalho, a oração e prossiga confiante na sua luta pessoal, acreditando nas suas pequenas vitórias. Logo mais perceberá, espontaneamente, o valor que elas possuem para sua felicidade e quanto significam para os que o rodeiam.


1 e 2. Você Pode Curar Sua Vida - Louise L. Hay, 44ª edição, Editora Best Seller.

3. II Timóteo, 4:7.

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