Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Espiritismo também é filosofia

Espiritismo também é filosofia

Por Reilly Algodoal

Repetindo, a Doutrina Espírita deve ser estudada em seu tríplice aspecto: científico, filosófico e religioso.

Mas, será uma Filosofia? Vejamos:

Filosofia, etimologicamente, quer dizer amigo da sabedoria. Existe uma definição marota: “Filosofia é a ciência que, com a qual ou sem a qual, o mundo resta tal e qual”.

E tem lá sua razão de ser, pois, ao homem comum “pouco se lhe dá que a azêmola claudique, o que aspira é acicatar-lhe as ilhargas”.

Efetivamente, grande parte da Humanidade está naquele estágio evolutivo de consciência adormecida, na busca exclusiva da satisfação “insaciável” das necessidades de ordem material, que se traduzem no comer,dormir, vestir e fazer sexo. Comer não apenas um prato de comida, mas armazenar para os séculos vindouros; não apenas uma cama para dormir, mas um ou mais palacetes, alguns com maçanetas de ouro, etc.; vestir não apenas a nudez, mas abarrotar os closets com os últimos e caríssimos lançamentos da moda. Se oram, é para a satisfação destas necessidades.

Poucas pessoas começam a despertar a consciência da busca do conhecimento, visando ao enriquecimento de seu patrimônio cultural e moral. Sob o ponto de vista da Ciência, o Espiritismo investiga as leis de relação entre o mundo material e o mundo espiritual, sempre no plano existencial. No aspecto filosófico, o Espiritismo trata das questões de ordem transcendental, que estão além da percepção sensorial, v.g., a existência e atributos de

Deus; o significado da vida; os limites do livre-arbítrio e do determinismo; os problemas do ser, do destino e da dor; as origens e destinos do homem e das humanidades. Em última análise, permite-nos compreender a Justiça indefectível de Deus nas aparentes injustiças da vida.

O certo é que as diversas correntes filosóficas, notadamente as materialistas, analisam o homem pela metade, naquele percurso rápido que vai do berço ao túmulo, sem penetrar nas “causas” das diferenças individuais e sem vislumbrar a vida além da vida material.

Mas, o que é o homem? Será um corpo formado de cabeça, tronco e membros, constituído por carne, músculos, ossos, órgãos e entranhas? Será a inteligência o resultado de uma deformação acidental do córtex cerebral?

A Ciência, notadamente a Física Quântica (que trata do infinitamente pequeno), abriu novos rumos à especulação científica e filosófica, já considerado que a matéria é energia condensada e que nosso corpo é formado por centenas de trilhões de células vivas. E a Psicologia Transpessoal já constatou que o Espírito preexiste ao nascimento e sobrevive ao decesso carnal.

A Doutrina Espírita vai além. Ela diz que nosso corpo, enquanto nos serve como instrumento de manifestação no mundo material, é também o habitat onde centenas de trilhões de células nascem e morrem para renascer ainda e continuar a longa caminhada da evolução anímica; que nosso perispírito é o resultado de 1,8 bilhões de anos de evolução; que nosso espírito é o princípio inteligente do Universo, herdeiro da Eternidade, cujo nascimento se perde na noite do tempo e que fatalmente alcançará a angelitude (Vide resposta à pergunta 540 de O Livro dos Espíritos).

Assim, conforme elucida J. Herculano Pires, in: O Espírito e o Tempo, são três entidades distintas (corpo, perispírito e espírito) numa só manifestação.

Todavia, esclarece ele, “o homem trino é essencialmente uno, porque é espírito, e só este o define como ser. O perispírito e o corpo físico não são mais do que os instrumentos de sua manifestação”.

Finalmente, na introdução de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec esclarece:

“Como especialidade, O Livro dos Espíritos contém a Doutrina Espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, uma de cujas fases apresenta. Essa a razão por que traz no cabeçalho do seu título as palavras: Filosofia espiritualista.” (sic)

No Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 4, in fine, aprendemos:

“Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” (sic)

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