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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Brasileiros ficam em 76º lugar em ranking inédito de ‘generosidade’

Brasileiros ficam em 76º lugar em ranking inédito de ‘generosidade’


Os brasileiros ficaram em 76º lugar em um novo ranking internacional de generosidade que avaliou o grau de envolvimento da população em ações de caridade.

O ranking foi feito com base em questionários realizados pelo instituto de pesquisas Gallup em 153 países pela ONG internacional Charities Aid Foundation, que criou o índice World Giving Index (Índice da Generosidade Mundial, em tradução livre).

Os entrevistados responderam a perguntas sobre doações para entidades beneficentes, tempo gasto em trabalho voluntário e ajuda a estranhos.

Na América Latina, o Brasil aparece atrás de outros 15 países no ranking da generosidade, empatado com Argentina e Nicarágua.

Entre os países dos BRICs, os brasileiros são os mais generosos, à frente dos indianos (134º lugar), russos (138º), e chineses (147º).

O estudo indicou que os países com as pessoas mais "generosas" são Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Irlanda e Suíça.

Os cincos últimos do ranking são Grécia, Sérvia, Ucrânia, Burundi e Madagascar (último).


Idade

Em cada país, foram entrevistadas mil pessoas que vivem em centros urbanos. Em países mais populosos, como China e Rússia, a amostragem foi feita com 2 mil entrevistados.

O índice leva em consideração três aspectos: doação de dinheiro para organizações, trabalho voluntário e ajuda a pessoas estranhas.

No Brasil, quase metade das pessoas (49%) disse ter ajudado pessoas que elas não conheciam no último mês.

O índice no qual os brasileiros demonstram menos solidariedade é o de trabalho voluntário – 15% disse ter se voluntariado em alguma organização no último mês. Em países que lideram o ranking, como Austrália, Suíça e Estados Unidos, o índice é mais do que o dobro do brasileiro.

No Haiti, país que atravessou crises políticas e um terremoto de grandes proporções no último ano, 38% dos entrevistados disseram que fazem trabalho voluntário.

Um em cada quatro entrevistados no Brasil afirmou que contribui com dinheiro para alguma organização, que inclui instituições de caridade, partidos políticos ou igrejas. Na Austrália, país que lidera o ranking ao lado da Nova Zelândia, 70% das pessoas entrevistadas afirmaram que doam dinheiro para entidades sociais.

Segundo a Charities Aid Foundation, as ações caridosas variam muito entre os países devido a diferenças culturais. Cada país tem conceitos diferentes sobre o que é ser generoso.

No entanto, a pesquisa identificou um padrão global: quanto mais velhas as pessoas, mais generosas elas costumam ser. Segundo a entidade, isso tem relação com o melhor nível econômico das pessoas mais velhas em cada país.


Ranking da generosidade

1 - Austrália
1 - Nova Zelândia
3 - Canadá
3 - Irlanda
5 - Suíça
5 - EUA
7 - Holanda
8 - Grã-Bretanha
8 - Sri Lanka
10 - Áustria

76 - Brasil

134 - Índia
138 - Rússia
147 - China

Fonte: Charities Aid Foundantion

Notícia publicada na BBC Brasil, em 8 de setembro de 2010.


Sonia Maria Ferreira da Rocha* comenta

“FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO” - esse é o grande lema da nossa doutrina.

E saber que no “Brasil - Terra do Evangelho” nos encontramos, na pesquisa, no 76º lugar em dedicação ao bem social, considerado o maior país cristão do mundo, é muito triste. Esta notícia serve de alerta, de reflexão do que estamos fazendo da nossa reencarnação, desta oportunidade que Deus nos oferece para a nossa melhoria.

Sendo a caridade o amor em movimento, em ação, podemos, então, nos considerar no mesmo lugar da pesquisa em relação ao amor?

Nosso país é um enorme campo de possibilidades para se desenvolver a assistência social devido à grande diferença das camadas sociais existentes.

Não requer de nós riqueza financeira para se desenvolver uma pequena ajuda em prol daquele irmão que está precisando de um pedaço de pão para matar sua fome ou um pedaço de pano para cobrir seu corpo.

Jesus encarnou para deixar entre nós o exemplo do caminho que devemos percorrer para a nossa salvação e nos disse: ”Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Diante desta notícia, podemos afirmar que estamos longe de estar seguindo as palavras do Mestre.

É triste concluir que ainda estamos vivendo num país onde o egoísmo lidera entre nós, como nos mundos primitivos, envolvidos tão somente nos interesses pessoais, onde o coletivo não faz parte das nossas vidas, infelizmente. Na realidade, a caridade é uma questão de educação, de evolução espiritual de cada povo, da vontade de todos.

Depois de Jesus, Kardec veio nos lembrar do nosso compromisso com a nossa escala evolutiva e detalhar a importância dos exemplos do nosso Mestre.

Vejamos o que encontramos em O Livro dos Espíritos, sobre o assunto:

“886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?”

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Para nossa reflexão: se é difícil dar um pedaço de pão para aplacar a fome de um irmão corroído pela fome, será que conseguiremos praticar a caridade como nos mostra o ensinamento acima?

* Sonia Maria Ferreira da Rocha reside em Angra dos Reis, RJ, estuda o Espiritismo há mais de 30 anos e é colaboradora regular do Espiritismo.net.

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