Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A PSICOTERAPIA DE JESUS

A PSICOTERAPIA DE JESUS

Sabia Jesus que todos os males que afligem o espírito humano procedem do seu interior, das suas matrizes geradoras da personalidade, nas quais estão cristalizados os hábitos doentios, esses filhos diletos do egoísmo e da violência.
Mantendo a herança da luta pela sobrevivência, essa personalidade retrógrada somente pensa em acumular valores para a continuidade dos seus interesses, fruir dos prazeres entorpecentes que impedem a claridade da consciência, fazer-se ver e receber aplauso, num comportamento gravemente infantil, do qual já se deveria haver libertado, na razão direta em que houve o desenvolvimento para a faixa adulta.
Mas não é o que acontece, fixando-se cada vez mais nos significados agradáveis do seu viver, não se importando com aqueles que lhe constituem a constelação familiar, o grupo social, os cooperadores do trabalho, o grupo de natureza espiritual.
Enquanto são jovens, as suas carnes e as disposições de ânimo encontram ressonância no corpo, a ilusão permanece dominando o comportamento.
Subitamente, porém, dá-se o fenômeno do despertar, mediante o qual o indivíduo se identifica solitário, insatisfeito com tudo quanto acumulou, desmotivado para a existência, porque se defronta com a consciência que constata a quase inutilidade de toda a vida experienciada sem a produção dos valores transcendentes, que são aqueles que, realmente, podem ser transferidos para além do túmulo.
Isto porque, nesse período, os desgastes orgânicos e emocionais dão sinais do cansaço do corpo e da sua constituição, sem o conjunto de ideais e de sentimentos enobrecidos que estimulam a alegria e proporcionam reações de prazer transcendental.
Quando assim acontece, a falta de estrutura psicológica atira o indivíduo no abismo da depressão, porque se encontra árido no que diz respeito ao amor, e sem o amor a vida não tem qualquer razão de existir, e mesmo quando permanece, as bênçãos da harmonia cederam lugar à ganância e ao isolacionismo doentio.
O Mestre sabia que o único sentido da existência humana é o de adquirir a flama do Amor e desenvolvê-la, deixando-se abrasar pela sua labareda e ampliar os horizontes da solidariedade, expandindo os sentimentos em favor do próximo e de todas as manifestações da Natureza, que são obras do Pai Celeste, colocadas à disposição de todos para o seu enriquecimento emocional.
Quando se ama, todo o ser vibra de emoção e de esperança, produzindo substâncias que se convertem em vibrações psíquicas de bem-estar e de felicidade.
Vivendo com Jesus
O Amor é, portanto, de origem divina, mas também humana, pelos benefícios que opera nos relacionamentos, nas realizações de toda natureza, nas atitudes perante as ocorrências venturosas ou perturbadoras.
Por essa razão, Ele se converteu em um poema de Amor portador de paz.
A paz de flui do amor, assim como esse conduza paz.
Vivia-se, no Seu tempo, a prerrogativa de devolver-se ao outro conforme dele se recebia, proliferando as manifestações da prática do Mal em razão do Mal, que predominava em toda parte.
Jesus estabeleceu que é mediante a retribuição do Bem que se diluem as forças mentais que sustentam o Mal na Terra e que todo amor que se dirige a outrem, mesmo que não aceito de início, transforma-se em recurso poderoso de contraposição ao ódio.
Por isso, ninguém é invulnerável ao amor, pois que o amor procede de Deus, que é a sua Fonte de nascimento.
A pessoa saudável é aquela que sustenta os sentimentos nobres em quaisquer conjunturas, e não somente quando tudo lhe transcorre bem e agradavelmente. É muito fácil manter-se nas situações favoráveis, sem enfrentamentos, mas também sem novas experiências evolutivas que o progresso impõe.
O amor é esse maravilhoso buril que retira as imperfeições do caráter, modelando anjos e santos, artistas e sábios...
Sempre chamou a atenção dos amigos e dos adversários de Jesus o hábito que Ele manteve de conviver com os infelizes, os excluídos da Sua sociedade, aqueles que constituíam a ralé, deixados à margem como inúteis, pecadores ou condenados...
Ao buscá-los, lecionou a mais excelente forma de expressar o amor, porquanto os dignificava, erguendo-os do abismo em que se encontravam por vontade própria, ou porque haviam sido ali atirados, demonstrando que a luz vence a treva, e a saúde supera a doença. Ele era o médico dos desvalidos e não somente dos bem-sucedidos, que também não desprezava, porque todos são carentes de afetividade.
Com a mesma naturalidade com que socorreu Simão, o leproso, desdenhado e infeliz, recebeu Nicodemos, príncipe e doutor do Sinédrio, destacado na sociedade, embora sedento de luz...
Arriscou a própria vida, propondo novo comportamento aos apedrejadores da mulher adúltera, que era vítima de si mesma e do contexto social injusto no qual vivia, ajudando-a na renovação interior e tornando-a útil à sociedade, o que repetiu com a mulher equivocada de Magdala que Lhe buscou orientação e recuperou-se...
Perseguido insensatamente pelos adversários gratuitos compadecia-se da sua ignorância e estupidez, tendo paciência amorosa com eles, e, mesmo quando foi constrangido à severidade, não se exasperou nem lhes guardou qualquer tipo de ressentimento.
O amor em Jesus é a presença de Deus no Seu coração, que Ele transferia para os Seus discípulos, auxiliando-os na libertação das matrizes da personalidade enferma, de modo que pudessem operar com segurança a construção de novos comportamentos.
Ninguém pode apagar certas recordações e condutas ancestrais, arquivadas nos recessos da memória, mas as pode substituir por outras saudáveis que se irão incorporar nos conteúdos do ser, passando a proporcionar conduta desejável.
O amor não tem limites, e sempre sai vitorioso em qualquer situação em que seja colocado.
Em razão do Seu amor inefável, tornou-se escultor de almas, começando o mister com os discípulos arraigados às tradições, habituados ao revide e ao ressentimento, sensíveis às agressões e à vingança.
Ensinando pelo exemplo, demonstrava sem palavras que feliz é aquele que ama e que serve, que se dedica e que olvida o Mal, que se faz o menor diante dos pequeninos, de tal forma que revela toda a grandeza de que é portador.
Foi dessa maneira que, na última ceia, tomando de uma toalha e de uma bacia com água, ajoelhou-se e pôs-se a lavar os pés dos discípulos aturdidos, que tentaram recusar-se a essa máxima doação. E quando Pedro Lhe disse:
Nunca me lavarás os pés — respondeu-lhe Jesus: se eu te não lavar, não tens parte comigo.(01)
Mais tarde, quando Judas O beijou, consumando a traição, Ele, que o conhecia muito bem, que sabia das suas carências afetivas e das suas frustrações, retribuiu o crime, chamando-o de Amigo. (02)
Quem, na história da humanidade que se Lhe possa equiparar?!
— Somente pelo amor o homem será salvo - Ele o asseverara aos companheiros surpresos.
O amor é o pano de fundo que se pode encontrar nas bem aventuranças, alterando para sempre o comportamento moral e social da vida humana.

Espírito: Amélia Rodrigues (Divaldo Franco)
Livro: Vivendo com Jesus

01-Joio, 13:8.
02- Mateus, 26:50 (notas da Autora espiritual).

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Os Chacras e a glândula Pineal

A Editora Vivência, responsável pela Revista Cristã de Espiritismo, publicou, em 2000, um livro de sua autoria, esgotado, entitulado Materializações de Espíritos. Por termos um perfil editorial universalista, respeitando e divulgando os ensinamentos espirituais de outras doutrinas espiritualistas além do espiritismo, como as doutrinas orientais, por exemplo, sempre oferecemos aos nossos leitores temas pouco estudados no meio espírita e umbandista, como a questão dos chakras (ou centros de força).
Desta vez é Edvaldo Kulcheski quem fala, em um entrevista realizada pelo Centro Virtual de  Divugação do Espiritismo (www.cvdeee.org.br), sobre o que são e como funcionam os chakras e sua relação com a glândula pineal, conhecida como epífise.
Existe alguma relação entre os centros de força e os chakras (ou chacras)?
Centros de força e chakras são a mesma coisa, é uma questão de nomeclatura. O termo chakras (escreve-se com k, mas no Brasil usa-se mais com c) é de origem sânscrita e o termo centros de força é uma definição que passamos a encontrar principalmente nas obras do espírito André Luiz.
A estrutura da epífise se modifica de acordo com o uso maior da mediunidade?
Entendemos que sim. Pois pra começar, todos os médiuns ostensivos já possuem seus organismos melhor “desenhados” para o desempenho desta interação com o plano espiritual. A revelação espiritual informa, que quanto mais ostensiva for a mediunidade, a glândula pineal é mais desenvolvida. Em Missionários da Luz, André Luiz observa que no médium, em serviço mediúnico, essa glândula transforma-se em “núcleo radiante”, e, em derredor, seus raios formam um “lótus de pétalas sublimes”.
O que vem a ser estes centros de força e como eles agem na matéria e espírito.
Os chakras, ou, centros de força, localizam-se no perispírito e no duplo etérico. São acumuladores e distribuidores de “força espiritual”. São as entradas e saídas de energias e também são pontos de conexão ou enlace pelos quais fluem as energias de um corpo a outro. A interligação entre os centros de força do perispírito, do duplo etérico e os plexos nervosos do corpo físico acontece através de laços fluídicos. As energias entram pelos centros de força do perispírito e do duplo etérico. No duplo etérico, essas energias, sofrem um abaixamento ou adensamento vibratório e seguem para os plexos nervosos do corpo físico. O sistema nervoso se entrosa e se entrelaça com a atuação do comando endócrino, na distribuição de toda a energia que desce do perispírito para o corpo físico. As glândulas endócrinas, com seus hormônios saturados de energias espirituais, inundam todo o organismo através da corrente sangüinea. Assim, toda a energia que entrou via perispírito é distribuida em todo o organismo físico. No livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como usinas de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por terminações nervosas denominadas plexos.
E a relação da epífise com a espiritualidade?
A revelação espiritual informa ser a epífise a glândula da vida mental e elo com a espiritualidade. Portanto, a epífise seria a porta de entrada das ações conscienciais do nosso espírito sobre o organismo físico. É a região onde transita toda a energia mental absorvida de outros espíritos e também produzida pelo nosso espírito.
Segundo muitos espiritualistas, médiuns de clarividência, yoguis etc, cada um dos sete chakras principais está associado a uma das glândulas endócrinas. Por exemplo, existe uma ligação entre a epífise e o chakra coronário,  correto? Qual a influência dessa ligação sobre os demais centros de força e as glândulas que comandam a química do organismo humano e suas correlações com o equilíbrio psíquico?
Sim, correto. Todas as glândulas endócrinas guardam relação com um centro de força. A epífise guarda ligação com o chacra coronário. Conserva ascendência em todo o sistema endocrínico, age como uma espécie de supervisora em relação a outras glândulas. Influi sobre o corpo variando o grau de reação aos raios de luz, isto é, controla a sensibilidade da cor à luz. Regula a cor da pele, fazendo variar o grau de reação aos raios luminosos, isto é, controla a ação da luz sobre o pigmento da pele. Evita, na criança, o desenvolvimento sexual prematuro, promovendo uma puberdade normal. A pineal também contribui para o desenvolvimento normal físico e mental das células cerebrais e das células dos órgãos de reprodução. Apesar de um grande número de substâncias neurotransmissoras, como dopamina, octopamina, serotonina e outras poderem ser extraídas da pineal, a única substância abundante e biologicamente ativa secretada por ela é a melatonina. Achamos muito importante dizer, que o hormônio melatonina é fundamental no processo mediúnico. A produção de melatonina pela epífise aumenta no escuro. E é por essa razão que recomenda-se nas reuniões mediúnicas a diminuição da claridade. Portanto, diminuir a claridade nas reuniões mediúnicas tem base científica, não é nenhuma invenção ou condicionamento. A revelação espiritual informa ser a epífise a glândula da vida mental e elo com a espiritualidade. Toda a energia mental absorvida e produzida pelo espírito transita nesta região, e por essa razão, a epífise funciona como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre.
Portanto, quando a pessoa tem bons pensamentos, transitam energias mentais positivas e quando a pessoa tem pensamentos negativos, transitam energias mentais negativas. Assim, de acordo com o tipo de energia originada pelos pensamentos, os hormônios produzidos pela epífise irão afetar positivamente ou maléficamente todo o organismo.
Como os centros de força interagem entre si e com os corpos sutis que compõem o perispírito?
A interligação entre os centros de força do perispírito, do duplo etérico e os plexos nervosos do corpo físico acontece através de laços fluídicos. Internamente, em cada corpo, os centros de força se interligam por canais fluídicos, similar as veias do corpo físico que transportam sangue,  e nos corpos sutis, estes canais transportam energias. Estes canais são conhecidos nas doutrinas esotéricas pelo termo sânscrito “nadhis”.
Há estudos científicos sobre os chacras?
Em O Livro dos Espíritos, questão 147, os espíritos esclarecem Kardec a este respeito, dizendo o seguinte: “O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que julgam saber tudo e não admitem haja coisa alguma que lhes esteja acima do entendimento. A própria Ciência que cultivam os enche de presunção. Pensam que a Natureza nada lhes pode conservar oculto.”
A Ciência ainda está muito restrita às coisas do mundo material. Tudo aquilo que não pode ser mensurado dentro na ótica científica atual, por enquanto é deixado de lado. Mas, aos poucos estão surgindo algumas pesquisas... já se ouve falar de algo denominado pesquisas sobre os “centros bioenrgéticos” situados no organismo humano.
É verdade que as definições, as revelações de André Luiz, no livro Missionários da Luz, sobre a epífise, antecipou as descobertas cientificas terrenas?
Sim. A American Medical Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas, de São Paulo, sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso. Inclusive, temos até o depoimento de um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, da UniEspírito, afirmando que buscou o livro Missionários da Luz para obter conhecimento sobre a epífise. Diz ele que desde o colégio, estudando Filosofia, ficou impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal. E quando entrou na faculdade, correu atrás das questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo. E por volta de 1979/80, estudou a obra Missionários da Luz, do Espírito André Luiz, psicografada por Chico Xavier.
A epífise e os chakras possuem alguma relação com a mediunidade?
A revelação espiritual informa que a epífise desempenha papel muito importante em qualquer modalidade de exercício mediúnico, principalmente as de efeitos psíquicos. Da mesma forma, os centros de força desempenham papel fundamental em relação a mediunidade.
Quando nossa reencarnação é planejada no plano espiritual, nossos centros de força são preparados com a velocidade compatível com a mediunidade que vamos ter. O aceleramento vibratório também pode se dar durante a encarnação, com a entrada de mais energia espiritual através do centro de força coronário e ou de energia mais densa através do centro de força básico. O aceleramento dos centros de força deve se dar de forma natural e progressiva à medida que o homem promover o seu próprio crescimento espiritual. Ao despertar o centro de força coronário através da nossa espiritualização, de forma natural, irrigaremos com mais intensidade os demais centros de força com energia espiritual, ativando nossas percepções espirituais de cima para baixo, dessa forma não correremos risco algum. Ao despertar o centro de força básico (em sânscrito, chakra muladhara), de forma equivocada, ativaremos nossas percepções espirituais de baixo para cima, irrigando com mais intensidade os demais centros de força com energia física, e passaremos a correr muitos riscos que poderão nos levar a sérios desequilíbrios.
Nas obras de Kardec não têm informações claras sobre os centros de força.  Por quê?
Allan Kardec não pôde, no pouco espaço de tempo em que se desdobrou, entrar em todos os detalhes de todos os assuntos.
O primeiro contato com os fenômenos foi em 1854; passou a estudá-los a partir de 1855 e desencarnou trabalhando em 31/03/1869. Teve aproximadamente 14 anos para realizar toda a Codificação Espírita, mesmo assim a soma de informações que nos legou é imensa. Outros espíritos posteriormente aprofundaram a análise de diversos assuntos, dando-nos mais pormenores. Portanto, o processo evolutivo do conhecimento espírita não parou em Kardec. Se os espíritos tivessem dito tudo a Kardec, não teríamos motivo para ter outros livros que viessem complementar a doutrina, tais como os psicografados por Chico Xavier, Divaldo P. Franco, entre outros. Naturalmente em compreensão de cada época, as obras complementares trouxeram mais iluminação acerca do conhecimento sobre os centros de força.
Mais ilustrações de chakras na seção Projeção Astral.

Entrevista realizada pelo Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Leia a segunda parte da entrevista na edição 43 da Revista  Cristã de Espiritismo.

Cristais da Glândula Pineal: Semicondutores Cerebrais?

Cristais da Glândula Pineal: Semicondutores Cerebrais?

Sergio Felipe de Oliveira

Neste texto, abordamos alguns tópicos do que atualmente a Ciência pesquisa sobre glândula pineal em importantes universidades no mundo, procurando correlacionar com os mitos erguidos pelo pensamento místico em torno do assunto.

Devemos lembrar que a pineal é uma glândula endócrina, e como toda glândula endócrina, a comunicação com o organismo é feita pelo sistema circulatório, através dos hormônios. também os estudos imagiológicos mais modernos que fazem mapeamento cerebral e correlações de anatomia e função, como a ressonância magnética de supercondutividade quântica ou demais métodos que se utilizam de injeção de contraste na Circulação no estudo das funções cerebrais, esses avanços tornam obrigatório o conhecimento da anatomia da circulação sanguínea local.

É sabido que no cérebro as áreas mais irrigadas, vascularizadas, estão ligadas as áreas de maior funcionamento neuronal. Ao observarmos a riquíssima rede circulatória da glândula pineal humana podemos inferir alto grau de função. Dentre outros motivos, esse fato nos faz pensar que a glândula pineal em humanos não é meramente um órgão vestigial, mas importante estrutura da anatomia e fisiologia do cérebro. Tal observação é reforçada por importantes descobertas da cronobiologia, ou seja, o núcleo supraquiasmático e a glândula pineal respondem pela função de "relógio biológico do corpo humano". Essa descoberta da fisiologia humana moderna nos fez pensar que a pineal esteja envolvida diretamente com o processo do desenvolvimento das fases da vida humana, daí em nosso projeto estarmos estudando desde o embrião até a pessoa idosa.

O nosso interesse sobre o assunto chega até o consultório psiquiátrico, pois a neurofisiologia faz hoje importantes correlações experimentais entre a cronobiologia e as moléstias depressivas e esquizofreniformes. Por exemplo, a depressão se correlaciona com um avanço de fase do sono REM associado ao despertar precoce, relacionando o "relógio biológico"- núcleo supraquiasmático -, a glândula pineal com a fisiologia psíquica. Nos casos esquizofreniforme são conhecidos os ciclos sazonais em que ocorre a reincidência do surto psicótico. Temos assim plenamente justificada a importância do estudo desta glândula. Ainda, abordamos os seguintes tópicos referentes ao assunto.

INCURSÕES NO REINO ANIMAL

A filogênese da glândula pineal tem um interessante trajeto dos peixes, até os mamíferos e os seres humanos. Inicialmente nos peixes a pineal funciona como um fato receptor. A cabeça do peixe é translúcida e a pineal é facilmente exposta à luz. Histológicamente vamos encontrar células retinianas caracterizando a função fotorreceptora. Na evolução a anfíbios e répteis, a pineal passa a somar à função fotorreceptora as possibilidades de trandução neuroendócrina. Já nos mamíferos, o papel da fotorrecepção é deixado exclusivamente aos olhos, que faz a sua ligação com a pineal na comunicação da mensagem luminosa através de vias neuronais adrenérgicas. No homem julgamos que, além da função neuroendrócrina, a pineal esteja relacionada aos mecanismos de percepção extra-sensorial estando ligada a desconhecidos processos da Neurofisiologia da Mediunidade.

ANATOMOFISIOLOGIA

A pineal vai se relacionar com as estruturas encefálias através de vias neuronais adrenérgicas, assim como através de sua função endrócrina - a produção do hormônio Melatonina. Sua função cronobiológica a liga, via núcleo supraquiasmático, aos sistemas reticulares ativadores ou inibidores das funções corticoscerebrais. Também, por ser uma estrutura epitalâmica - é chamada pelo sinônimo epífise - está ligada aos tálamos, estrutura pela qual passam as vias neuronais sensoriais, exceto o olfato. Em seu papel endócrino vai ter ligação com o eixo hipotálamo hipofisário, no comando de todas as funções glandulares do corpo.

São conhecidos experimentos que correlacionam a pineal com as funções da fisiologia sexual, com a função pancreática e com o sistema imunológico. A ligação funcional entre a pineal e glândulas sexuais é também importante campo para a neuropsicologia e a psiquiatria, pois inumeráveis patologias psíquicas se ligam a transtornos que envolvem a sexualidade. Este componente da sexualidade nos faz inferir uma atividade funcional da pineal com o sistema límbico.

HISTOFISIOLOGIA

A pineal possui células especializadas na produção hormonal, que são os pinealócitos. Também vamos encontrar neurônios, células da glia e o endotélio. As funções metabólicas dessas células estão ligadas à produção de microesferas de fosfato e carbonato de cálcio (entre outros elementos em menor concentração). Essas esferas são constituídas por camadas concêntricas (como uma cebola), e haverá tantas camadas quanto mais idade tiver a pessoa. A produção desses cristais não prejudica a função da pineal, mas é a representação de sua intensa atividade. Julgamos que esses cristais estão ligados a funções desconhecidas da estrutura biomagnética cerebral. Atualmente estamos investigando mais aprofundadamente esse assunto, através de estudos tomográficos e de microcospia eletrônica.

MELATONINA

A melatonina, hormônio produzido pelos pinealócitos, é altamente lopossolúvel. Com isso, consegue penetrar em todos os tecidos do corpo, já que a membrana plasmática de todas as nossas células é fosfolipídica. Essa alta penetrabilidade da melatonina lhe confere poderes de ação em múltiplas e inumeráveis funções de nossa fisiologia. Mas, cuidado, a propaganda e o comércio desse hormônio tem feito com que as pessoas se iludam com efeitos de cura não comprovados, podendo causar doenças como a conhecida atrofia dos testículos.

A melatonina é produzida a partir da serotonina, que é um neurotransmissor envolvido com infinitas funções neuropsicofisiológicas. À luz do dia temos um acúmulo de serotonina, e à noite vamos ter sua conversão em melatonina.

Assim, esse hormônio está em maior quantidade à noite ou a baixas incidências de luz ambiental. Será que há alguma correlação disso com as atividades mediúnicas que preferencialmente se realizam na penumbra?

RITMOS BIOLÓGICOS

Existe uma regência temporal de todas as funções do corpo humano. Sem essa coordenação no tempo não existe nem forma nem função. Dentro desse sistema temporal vamos ter diversos ritmos nos sistemas biológicos, quais sejam:

• ritmos circadianos - por exemplo, ciclo da vigília e sono, são os ciclos de um dia e estão relacionados à incidência luminosa dada pelo sol;

• ritmos ultradianos e infradianos - respectivamente ritmos de mais que um dia e menos que um dia, é o caso da produção de hormônios corticosteróides, hormônio de crescimento e muitos outros;

• ritmos mensais - obedecem ao mês lunar - por exemplo, o ciclo mentrual da mulher, também o desenvolvimento de anexos epidérmicos como cabelos e pêlos;

• ritmos anuais - seguem o ano lunar - a gravidez humana é exemplo clássico.

Assim temos, também, outros padrões rítmicos aqui não relatados. O comando dos ritmos biológicos do ser humano pode vir de fontes externas - chamados Zeitbergers exógenos, por exemplo o sol, a lua, o pólo magnético da Terra, a alimentação, as influências ambientais. Existem, também, comandos internos - Zeitbergers endógenos, por exemplo, estruturas genéticas. Ainda endógenamente, a mente humana pode alterar os ritmos biológicos. Assim, uma pessoa emocionalmente abalada por preocupações do trabalho ou desajustes familiares, pode alterar o ciclo de vigília e sono, não conseguindo dormir à noite, pode alterar seus ritmos hormonais promovendo um atraso menstrual e assim por diante.

Em nossa hipótese espiritista, consideramos que o espírito é Zeitberger endógeno predominante, tendo no sistema genético corporal elementos de predisposição biológica que responde às suas necessidades espirituais. Vale ressaltar que o complexo pineal numa visão descartiana representa o ponto de união do espírito ao corpo. Sendo o complexo pineal elemento anatômico que responde pela função tempo e sendo o tempo uma região dimensional no espaço - quarta dimensão há que se pensar na hipótese de que a ligação do espírito ao corpo em se dando através da quarta dimensão - dimensão espaço-tempo - tenha seu foco de ligação no "relógio biológico", o complexo pineal.

A LUZ

A partir do momento que, na evolução filogenética, a pineal perde a sua capacidade fotorreceptora transformando-se num órgão neuroendócrino, os olhos passam a responder pela função fotorreceptora. Vale dizer que a visão não vai somente estar ligada à percepção e cognição mas também se liga a funções neuroendócrinas cujo órgão efetor é a glândula pineal. A luz atinge a retina dos olhos havendo estimulação de vias nervosas que seguem o seguinte trajeto: núcleo supraquiasmático -área tuberal ventral hipotalâmica - área hipotalâmica lateral -asta intermédio lateral - gânglio simpático cervical superior -glândula pineal.

Esta é uma via adrenérgica, isso significa que a estimulação indireta da Pineal pela luz se dá através das vias citadas, pela adrenalina.

Maior incidência de luz - menor funcionamento da Pineal.

Menor incidência de luz - maior funcionamento da Pineal.

Se a Pineal é órgão da mediunidade, em hipótese, responda você: a manifestação mediúnica ocorre com mais facilidade de dia ou de noite? No claro ou no escuro? E a inspiração dos poetas, dos músicos, dos escritores, dos cientistas, ocorre com mais facilidade à luz do dia ou da noite? E as manifestações sensuais do namoro e do amor?

Julgamos que essas manifestações ocorrem com mais facilidade à noite porque a Pineal está funcionando mais. À noite há, portanto, uma tendência das pessoas meditarem, refletirem. Ao refletir numa vida atribulada de angústias, culpas, orgulho, egoísmo, o que seria um momento de reflexão acaba se configurando nos estados de depressão. Essa depressão pode se expressar em estados comportamentais ou manifestar-se subclinicamente como alterações cardiocirculatórias que levam ao infarto do miocárdio, às crises hipertensivas, aos acidentes vasculares cerebrais, que conhecidamente ocorrem na madrugada após uma noite de intensa agitação emocional manifesta nos órgãos.

A influência de padrões diversos de frequências luminosas - as cores - merece ser estudada observando-se os seguintes critérios:

1) A luz é uma entidade física que impressiona a neurofisiologia cerebral - tema tratado no texto acima.

2) Uma vez sendo percebida, a frequência luminosa passa a ser interpretada pela mente em um fenômeno que não é mais físico, mas sim psicológico, mental, simbólico. O simbolismo das cores promove também alterações psíquicas, emocionais, promove indução da memória, associação de fatos, os quais podem ser traduzidos em alterações psicossomáticas retornando à esfera física.

3) A não incidência de luz física mas o imaginar luz e cores como em inúmeros tratamentos alternativos cromoterápicos não pode ser confundido com os mecanismos neurofisiológicos acima colocados. É um outro campo de estudos que deve ser realizado com metodologia apropriada.

O MAGNETISMO

O cérebro é uma circuitaria elétrica complexa, passível de mensuração em milivoltagem. Também expressa intenso magnetismo, já que perpendicularmente ao afluxo elétrico temos o fluxo magnético. São conhecidos os aparelhos de imageologia médica, como a ressonância nuclear magnética, ou mesmo a tomografia, que captam os campos magnéticos do cérebro, reproduzindo a imagem. Mais particularmente iremos aqui tratar dos campos magnéticos que atingem o cérebro vindo do meio externo. Vale ressaltar que o magnetismo é uma força física como ímã. O que os espiritualistas e psiquistas chamam de magnetismo não é o mesmo ao qual estamos nos referindo.

O cérebro recebe influências dos campos magnéticos da Terra, do Sol, da Lua e dos diversos astros do universo que alcançam a superfície da Terra. Esses campos magnéticos têm ação norteadora da migração dos animais, mas no homem essa função está latente. A influência do magnetismo em nossa fisiologia é algo que merece estudos da ciência contemporânea. O cérebro capta o magnetismo externo conhecidamente através da glândula pineal. O mecanismo celular desse processo ainda é desconhecido.

O magnetismo mesmeriano corresponde às forças psíquicas e espirituais como nos passes espíritas, a água fluidificada, a água benta das igrejas, o processo de indução hipnótica, o mediunismo, enfim, envolve toda uma gama de energias não mensuráveis (ao menos no momento). Julgamos que essas energias não mensuráveis façam parte de um extremo desconhecido do espectro eletromagnético e que possivelmente tenha mecanismos de captação cerebrais ainda desconhecidos. Julgamos que a pineal seja o órgão captador dessas energias sutis, pois além de trabalhar com captação de campos magnéticos, se liga à função tempo dentro de seus mecanismos cronobiológicos. Esses elementos já são bastante sutis, e a seguir na mesma linha é possível que consiga captar também o magnetismo mesmeriano.

PSICOPATOLOGIA E GLÂNDULA PINEAL

Trabalharemos este tema segundo uma ótica kardeciana sem perder a lógica científica. A memória é um conjunto de informações que são estocadas no cérebro espacial e temporalmente. Assim, algumas regiões corticais e hipocampais estocam memória, mas a temporalidade da memória, se é passado, presente ou futuro, estaria no relógio biológico representado pelo complexo pineal. Aí o complexo pineal funcionaria como um túnel do tempo, fazendo com que os fatos presentes e passados tenham uma coerência com a vida biológica da atual encarnação da pessoa.

Elementos de memória de outras existências são bloqueados pelo túnel do complexo pineal. A menos que haja um processo patológico em que revivecências anímicas de outras existências consigam transpassar o túnel temporal do complexo pineal, perfazendo muitas vezes as manifestações psicóticas em complexos casos psiquiátricos. Também através de hipnose ou algumas técnicas de regressão de memória poderíamos alargar o túnel temporal do complexo pineal permitindo a afluência de memórias de vidas passadas.

Também as possibilidades de captação de energias sutis pela glândula pineal permitiriam que as energias envolvidas no processo mediúnico de boas ou más influências espirituais atingem a estrutura cerebral da pessoa transduzindo essas energias em patologias cerebrais orgânicas. A pineal serviu aí como um transdutor neuroendócrino e psico-espiritual.

GLÁNDULA PINEAL E O DUALISMO ESPÍRITO-MATÉRIA

0 fato de a pineal funcionar como um transdutor psiconeuroendócrino, a faz uma glândula muito especial. Assim como os olhos detêm a capacidade de captar imagem, os "ouvidos, o som, o tato, a geometria dos objetos, a pineal é um sensor capaz de "ver" o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula portanto que "vive" o dualismo espirito-materia.

O eminente cientista Renée Descartes, como na introdução deste texto foi mencionado, foi o primeiro pensador a associar a glândula pineal com a visão dualista. O estudo dos mecanismos físicos envolvidos no funcionamento dessa glândula são excelentes modelos experimentais para o estudo da relação do mundo espiritual com o mundo material. Sem no entanto abordar essa questão glandular, o físico e professor da Universidade de Oxford, Roger Penrose publicou uma tese em que se utiliza do teorema de Godel para representar o ser humano como sendo uma tríade biológica, psicológica e espiritual. Vale dizer que esse eminente cientista é a representação de toda uma geração que tem feito renascer uma nova e criteriosa ciência, a ciência do espírito. Há mais de um século, Allan Kardec deu o start para esse fenômeno social e científico, retrato deste terceiro milénio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CIPOLLA Neto, J. Controle Neural do Metabolismo da Glândula Pineal. (Tese de Livre-Docência - USP, 1996)
KANDELL, E.R. et al. Essential of Neural Science and Behavior. International Edition, 1995
KARDEC, A. A Codificação da Doutrina Espírita. Obras Comple¬tas, IDE, 1997
XAVIER, F.C. - (André Luiz). Missionários da Luz, São Paulo: FEB.

Os chacras e a glândula pineal

Os chacras e a glândula pineal

Entrevista realizada pelo Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.

A Editora Vivência, responsável pela Revista Cristã de Espiritismo, publicou, em 2000, um livro de sua autoria, esgotado, entitulado Materializações de Espíritos. Por termos um perfil editorial universalista, respeitando e divulgando os ensinamentos espirituais de outras doutrinas espiritualistas além do espiritismo, como as doutrinas orientais, por exemplo, sempre oferecemos aos nossos leitores temas pouco estudados no meio espírita e umbandista, como a questão dos chakras (ou centros de força).
Desta vez é Edvaldo Kulcheski quem fala, em um entrevista realizada pelo Centro Virtual de  Divugação do Espiritismo (www.cvdeee.org.br), sobre o que são e como funcionam os chakras e sua relação com a glândula pineal, conhecida como epífise.
Existe alguma relação entre os centros de força e os chakras (ou chacras)?
Centros de força e chakras são a mesma coisa, é uma questão de nomeclatura. O termo chakras (escreve-se com k, mas no Brasil usa-se mais com c) é de origem sânscrita e o termo centros de força é uma definição que passamos a encontrar principalmente nas obras do espírito André Luiz.
A estrutura da epífise se modifica de acordo com o uso maior da mediunidade?
Entendemos que sim. Pois pra começar, todos os médiuns ostensivos já possuem seus organismos melhor “desenhados” para o desempenho desta interação com o plano espiritual. A revelação espiritual informa, que quanto mais ostensiva for a mediunidade, a glândula pineal é mais desenvolvida. Em Missionários da Luz, André Luiz observa que no médium, em serviço mediúnico, essa glândula transforma-se em “núcleo radiante”, e, em derredor, seus raios formam um “lótus de pétalas sublimes”.
O que vem a ser estes centros de força e como eles agem na matéria e espírito.
Os chakras, ou, centros de força, localizam-se no perispírito e no duplo etérico. São acumuladores e distribuidores de “força espiritual”. São as entradas e saídas de energias e também são pontos de conexão ou enlace pelos quais fluem as energias de um corpo a outro. A interligação entre os centros de força do perispírito, do duplo etérico e os plexos nervosos do corpo físico acontece através de laços fluídicos. As energias entram pelos centros de força do perispírito e do duplo etérico. No duplo etérico, essas energias, sofrem um abaixamento ou adensamento vibratório e seguem para os plexos nervosos do corpo físico. O sistema nervoso se entrosa e se entrelaça com a atuação do comando endócrino, na distribuição de toda a energia que desce do perispírito para o corpo físico. As glândulas endócrinas, com seus hormônios saturados de energias espirituais, inundam todo o organismo através da corrente sangüinea. Assim, toda a energia que entrou via perispírito é distribuida em todo o organismo físico. No livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como usinas de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por terminações nervosas denominadas plexos.
E a relação da epífise com a espiritualidade?
A revelação espiritual informa ser a epífise a glândula da vida mental e elo com a espiritualidade. Portanto, a epífise seria a porta de entrada das ações conscienciais do nosso espírito sobre o organismo físico. É a região onde transita toda a energia mental absorvida de outros espíritos e também produzida pelo nosso espírito.
Segundo muitos espiritualistas, médiuns de clarividência, yoguis etc, cada um dos sete chakras principais está associado a uma das glândulas endócrinas. Por exemplo, existe uma ligação entre a epífise e o chakra coronário,  correto? Qual a influência dessa ligação sobre os demais centros de força e as glândulas que comandam a química do organismo humano e suas correlações com o equilíbrio psíquico?
Sim, correto. Todas as glândulas endócrinas guardam relação com um centro de força. A epífise guarda ligação com o chacra coronário. Conserva ascendência em todo o sistema endocrínico, age como uma espécie de supervisora em relação a outras glândulas. Influi sobre o corpo variando o grau de reação aos raios de luz, isto é, controla a sensibilidade da cor à luz. Regula a cor da pele, fazendo variar o grau de reação aos raios luminosos, isto é, controla a ação da luz sobre o pigmento da pele. Evita, na criança, o desenvolvimento sexual prematuro, promovendo uma puberdade normal. A pineal também contribui para o desenvolvimento normal físico e mental das células cerebrais e das células dos órgãos de reprodução. Apesar de um grande número de substâncias neurotransmissoras, como dopamina, octopamina, serotonina e outras poderem ser extraídas da pineal, a única substância abundante e biologicamente ativa secretada por ela é a melatonina. Achamos muito importante dizer, que o hormônio melatonina é fundamental no processo mediúnico. A produção de melatonina pela epífise aumenta no escuro. E é por essa razão que recomenda-se nas reuniões mediúnicas a diminuição da claridade. Portanto, diminuir a claridade nas reuniões mediúnicas tem base científica, não é nenhuma invenção ou condicionamento. A revelação espiritual informa ser a epífise a glândula da vida mental e elo com a espiritualidade. Toda a energia mental absorvida e produzida pelo espírito transita nesta região, e por essa razão, a epífise funciona como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre.
Portanto, quando a pessoa tem bons pensamentos, transitam energias mentais positivas e quando a pessoa tem pensamentos negativos, transitam energias mentais negativas. Assim, de acordo com o tipo de energia originada pelos pensamentos, os hormônios produzidos pela epífise irão afetar positivamente ou maléficamente todo o organismo.
Como os centros de força interagem entre si e com os corpos sutis que compõem o perispírito?
A interligação entre os centros de força do perispírito, do duplo etérico e os plexos nervosos do corpo físico acontece através de laços fluídicos. Internamente, em cada corpo, os centros de força se interligam por canais fluídicos, similar as veias do corpo físico que transportam sangue,  e nos corpos sutis, estes canais transportam energias. Estes canais são conhecidos nas doutrinas esotéricas pelo termo sânscrito “nadhis”.
Há estudos científicos sobre os chacras?
Em O Livro dos Espíritos, questão 147, os espíritos esclarecem Kardec a este respeito, dizendo o seguinte: “O fisiologista refere tudo ao que vê. Orgulho dos homens, que julgam saber tudo e não admitem haja coisa alguma que lhes esteja acima do entendimento. A própria Ciência que cultivam os enche de presunção. Pensam que a Natureza nada lhes pode conservar oculto.”
A Ciência ainda está muito restrita às coisas do mundo material. Tudo aquilo que não pode ser mensurado dentro na ótica científica atual, por enquanto é deixado de lado. Mas, aos poucos estão surgindo algumas pesquisas... já se ouve falar de algo denominado pesquisas sobre os “centros bioenrgéticos” situados no organismo humano.
É verdade que as definições, as revelações de André Luiz, no livro Missionários da Luz, sobre a epífise, antecipou as descobertas cientificas terrenas?
Sim. A American Medical Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas, de São Paulo, sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso. Inclusive, temos até o depoimento de um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, da UniEspírito, afirmando que buscou o livro Missionários da Luz para obter conhecimento sobre a epífise. Diz ele que desde o colégio, estudando Filosofia, ficou impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal. E quando entrou na faculdade, correu atrás das questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo. E por volta de 1979/80, estudou a obra Missionários da Luz, do Espírito André Luiz, psicografada por Chico Xavier.
A epífise e os chakras possuem alguma relação com a mediunidade?
A revelação espiritual informa que a epífise desempenha papel muito importante em qualquer modalidade de exercício mediúnico, principalmente as de efeitos psíquicos. Da mesma forma, os centros de força desempenham papel fundamental em relação a mediunidade.
Quando nossa reencarnação é planejada no plano espiritual, nossos centros de força são preparados com a velocidade compatível com a mediunidade que vamos ter. O aceleramento vibratório também pode se dar durante a encarnação, com a entrada de mais energia espiritual através do centro de força coronário e ou de energia mais densa através do centro de força básico. O aceleramento dos centros de força deve se dar de forma natural e progressiva à medida que o homem promover o seu próprio crescimento espiritual. Ao despertar o centro de força coronário através da nossa espiritualização, de forma natural, irrigaremos com mais intensidade os demais centros de força com energia espiritual, ativando nossas percepções espirituais de cima para baixo, dessa forma não correremos risco algum. Ao despertar o centro de força básico (em sânscrito, chakra muladhara), de forma equivocada, ativaremos nossas percepções espirituais de baixo para cima, irrigando com mais intensidade os demais centros de força com energia física, e passaremos a correr muitos riscos que poderão nos levar a sérios desequilíbrios.
Nas obras de Kardec não têm informações claras sobre os centros de força.  Por quê?
Allan Kardec não pôde, no pouco espaço de tempo em que se desdobrou, entrar em todos os detalhes de todos os assuntos.
O primeiro contato com os fenômenos foi em 1854; passou a estudá-los a partir de 1855 e desencarnou trabalhando em 31/03/1869. Teve aproximadamente 14 anos para realizar toda a Codificação Espírita, mesmo assim a soma de informações que nos legou é imensa. Outros espíritos posteriormente aprofundaram a análise de diversos assuntos, dando-nos mais pormenores. Portanto, o processo evolutivo do conhecimento espírita não parou em Kardec. Se os espíritos tivessem dito tudo a Kardec, não teríamos motivo para ter outros livros que viessem complementar a doutrina, tais como os psicografados por Chico Xavier, Divaldo P. Franco, entre outros. Naturalmente em compreensão de cada época, as obras complementares trouxeram mais iluminação acerca do conhecimento sobre os centros de força.
Mais ilustrações de chakras na seção Projeção Astral.

Glândula Pineal


Pineal
Glândula da Vida Espiritual do Homem


A epífise neural ou glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos,que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução. Em torno do 4º e 5º mês de vida intra-uterina a glândula Pineal já apresenta células e tecido de sustentação, alcançando 2mm de diâmetro. Durante este período, via de regra o espírito reencarnante começa a perder a consciência atingindo rapidamente a total inconsciência. Na pineal é que as expansões energéticas do perispírito prendem-se mais profundamente, sendo por isto chamada "a glândula da vida espiritual" Não existindo duas pessoas com uma Pineal igual a outra, como nas impressões digitais.

À medida que o desenvolvimento da Pineal se processa cada vez mais se acentua a união com as energias espirituais que impulsionam todo o desenvolvimento fetal modelado pelas matrizes perispirituais.

As modificações que ocorrem na glândula pineal são observáveis até os dois anos de idade. Daí até 6 ou 7 anos, as transformações são muito lentas. É exatamente neste período entre 6 ou 7 anos que a reencarnação poderia ser considerada como definitiva pois o espírito passa a ter fixação completa ao organismo biológico e principalmente à Pineal. A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do sol e da lua. A pineal obedece a estímulos externos e internos.
Por exemplo, o Sol é um estímulo externos que regem as noções de tempo e que influencia a pineal, regendo o ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Os estímulo internos são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa.

Também produz naturalmente traços do químico dimetiltriptamina (ou DMT), que é alucinógeno (encontrado no chá Ayahuasca).

Para termos um sono reparador é necessário que a Melatonina seja secretada adequadamente pela pineal e supõe-se ainda que outras funções sejam exercidas por este hormônio, tais como a de regulação térmica do organismo e alterações do comportamento sexual.

A produção da Melatonina esta diretamente ligada à presença da luz. Quando a luz incide na retina o nervo óptico e as demais conexões neuronais levam até a glândula pineal essas informações inibindo a produção do hormônio. A maior produção da Melatonina ocorre à noite, entre 2:00 e 3:00 horas da manhã, num ritmo de vida normal, e esta produção aumentada produz sono. A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), facilmente visível em radiografias simples de crânio devido a um tipo de calcificação existente nela. Na verdade, alguns pesquisadores defendem a tese de que a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, independente da pessoa. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de seqüestrar campos eletromagnéticos, essas vibrações eletromagnéticas chegam num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. Observamos também que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.

Os cristais de apatita (um dos poucos minerais produzidos por sistemas biológicos), vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captam, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. No ser humano, torna-se capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que é capaz de decodificar essas informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida. Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade.
Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza com este tiopo de campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.
Quando a espiritualidade se comunica é através de emissões eletromagnéticas, essas emissões são captadas pela pineal que depois é convertido, em estímulos eletroneuroquímicos; e apesar dessa alegações de que a pineal seria uma "antena" por onde a alma transmitiria os pensamentos para o cérebro, a extração completa da glândula por cirurgia, realizada em casos de tumores benignos ou malignos, não leva a morte ou qualquer alteração na capacidade de pensamento.
O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em seu estudo sobre a pineal, chegou à seguinte conclusão: "A pineal é um sensor capaz de 'ver' o mundo espiritual” É uma glândula, portanto, que 'vive' o dualismo espírito-matéria. O cérebro capta o magnetismo externo através da glândula pineal". Outro cientista, Levdig, expressou-se de forma semelhante ao dizer que a glândula Pineal seria o órgão responsável pelo "sexto sentido" .

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

Animais: A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção. Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.

Mantras: A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Vibrando o liquido, vibra a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica!

Chakras: Algumas correntes defendem que o Ajna origina-se a partir da glândula pineal, muito embora outras, através do livro Os Chakras, de Leadbeater, fale que na maioria dos indivíduos o vórtice dos Chakras Coronário e Ajna convergem para a glândula pituitária, mas em alguns casos (médiuns? sensitivos?) o Coronário se inclina até a pineal. Confusão estabelecida, a maioria da bibliografia consultada encontramos o seguinte: “a relação dos chakras com glândulas é, segundo conhecimentos mais recentes, e médicos espiritualistas de alto discernimento, uma relação simbólica, por equivalência de funcionalidade. E ainda assim indireta, uma vez que os chakras se ligariam aos plexos, e estes sim às glândulas endócrinas". Então, ao meu ver, parece ser uma questão de discutir o sexo dos anjos, já que a coisa toda é metafísica, energética, e não física. Seja como for, pra explicar de uma forma didática e prática, o Ajna atua sobre a glândula HIPÓFISE (pituitária, embaixo), enquanto o Coronário atua sobre a glândula EPÍFISE (pineal, em cima).O Chakra coronário é a sede da perfeição maior no homem. Nele vivemos e nos sentimos em Deus. Quando o chakra coronário começa a se abrir, você experimenta cada vez mais aqueles momentos em que a separação entre o ser interior e a vdia exterior é anulada. Sua consciência fica totalmente quieta e plena.Com o crescente desdobramento do chakra coronário, esses momentos ocorrem com maior freqüência e se tornam cada vez mais claros, até se transformarem numa realidade permanente, não havendo emtão nenhum retrocesso em sua evolução. Ocorre a Felicidade pura.Quando você não se abre para as realidades espirituais, mantendo esse chakra menos desenvolvido, poderão aparecer sentimentos de insegurança e de desorientação, talvez você sinta uma certa incensatez em sua vida e provável até que surja o medo da morte, impelindo a você criar mecanismos de fuga através de novas atividades, ou se impondo mais responsabilidades.

Bibliografia:
http://www.guia.heu.nom.br/glandula_pineal.htm http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/doutrina/mat-0041.htm http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?sec=16&art=254 http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1900#Topo http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/02/pineal_a_morada.html
SHARAMON, Shalila. BAGINSKI, Bodo J. CHAKRAS, Mandalas de Vitalidade e Poder.Editora Pensamento, 1988

GLÂNDULA PINEAL

GLÂNDULA PINEAL

Jorge Andréa
Médico e Expositor do
Instituto de Cultura Espírita do Brasil

A Glândula pineal ou epífise foi bastante conhecida dos antigos, fato observado através das descrições existentes. A escola de Alexandria participou ativamente nos estudos pineais que se achavam ligados às questões de ordem religiosa. Os gregos conheciam-na por "conarium" e os latinos por "glândula pinealis". Estes povos em suas dissertações localizavam na
glândula pineal o centro da vida.

Muito mais tarde, os trabalhos sobre a glândula pineal se enriquecem com De Graf, Stenon e Descartas. Este último fez interessante e minuciosa descrição, atribuindo até nossos dias; para ele, a alma era o hóspede misterioso da glândula pineal.

No começo deste século, os estudos tomam maior incremento com observações mais aprimoradas. Nos nossos dias, apesar de experimentações mais meticulosas, ainda não temos definitiva interpretação sobre sua real função, daí as divergências nas hipóteses apresentadas.

As pesquisas embriológicas em certos animais vertebrados (lacertídeos), notificaram a presença de um elemento que denominaram ''olho pineal", considerado por muitos como órgão sensorial destinado à visão de certos animais fósseis. Seria órgão vestigiário, órgão em repressão, cuja presença nos animais mais avançados na escala zoológica representaria o resquício de olho ímpar de certos invertebrados? Inúmeras experiências foram feitas nas
diversas espécies animais a respeito do olho pineal; as conclusões são contraditórias e pouco razoáveis.

Poderíamos pensar que o olho pineal, em vez de ser elemento regressivo, com tendências ao desaparecimento, fosse, ao contrário, elemento em desenvolvimento. Do olho externo e ímpar de certos animais haveria, aos poucos, nos lentos e meticulosos processos de mutações e transformações evolutivas que desconhecem o tempo, uma inflexão para o interior da caixa
craniana, tomando características histológicas especiais sem perderem as de sua origem. Atenderia esta formação ao controle de funções de alta relevância para o animal tais sejam os diversos mecanismos do instinto, com tonalidades próprias, conforme o desenvolvimento da espécie. Com o aparecimento progressivo em relação à escala zoológica, portanto evolutivo,
iria aparecendo ao lado do olho pineal o divertículo epifisário, até que no homem alcançaria em conjunto com as paráfises (formações embriológicas mais ou menos constantes), o estado mais completo do desenvolvimento pineal.

Desse modo, o olho poderá ser visto como o ponto em que se iniciam os verdadeiros alicerces da glândula pineal e, como tal, o início da Individualidade espiritual-as expressões de um EU em formação - que não existe nos invertebrados, cuja zona espiritual deve fazer parte de um
conjunto próprio da espécie ( alma grupo ), sem as nuanças que caracterizam o Indivíduo, o EU. Lógico seria admitir que, à medida que a escala zoológica avança, os instintos se desenvolvem atingindo seus mais altos graus; e, na espécie humana a glândula pineal responderia pelos mecanismos da meditação e ao discernimento, da reflexão e do pensamento e pela direção e orientação dos fenômenos psíquicos mais variados.

A glândula pineal ou epífise, na espécie humana, ocupa posição central em relação aos órgãos nervosos (gravura 1).

A- Cortex cerebral; B- Lobo frontal; C-Hipófise; D-Protuberância
E-Bulbo; F-Medula; G-Sist.de ativação reticular; H- cerebelo
I- Glândula Pineal; J- Região talâmica; K- Impulsos nervosos

A glândula pineal mantém relações com as glândulas endócrinas e deixa transparecer sua influência em maior ou menor grau. Ainda é difícil estabelecer as relações exatas entre a pineal e as demais glândulas embora possamos asseverar, pelos trabalhos e observações conjuntas, que a pineal seria realmente a orientadora da cadeia glandular, comunicando-se com as demais glândulas direta ou indiretamente tendo na hipófise o grande campo de
suas expansões com o organismo inteiro. Não seria a neuro-hipófise, mas precisamente, a zona por intermédio da qual a pineal orientaria todo o seu trabalho no equilíbrio endócrino?

Com os gritos da puberdade, aos 14 anos em média, a pineal chefiando a cadeia glandular e mais condicionada pelo desenvolvimento físico do indivíduo, encontra melhor campo e distribuição das emoções de vidas pregressas, cedidas pelos vórtices da zona inconsciente (zona espiritual) .
Estes profundos vórtices energéticos do inconsciente, por se acharem ligados às manifestações do sexo, causam modificações como que preparando o campo físico (através da glândula pineal) às necessidades evolutivas, onde as imensas regiões das emoções melhor se expressam. Essa glândula responderia pelos mais altos fenômenos da vida - "glândula da vida espiritual" - e por ser elemento básico e controlador das razões emocionais, o sexo em suas múltiplas manifestações dependeria integralmente de sua interferência Ainda seria por intermédio dessa glândula que os fatores propulsores de evolução espiritual (renúncia, uso equilibrado do sexo, tolerância, bondade, abnegação e disciplina emotiva por excelência) alcançariam índices bastantes elevados. Desse modo, a pineal séria a tela medianeira onde o espírito encontra os meios de aquisição dos seus íntimos valores, por um lado e, pelo outro, fornece as condições para o crescimento mental do homem em verdadeiro ciclo aberto, inesgotável de possibilidades e potencialidades. As aquisições para o espírito serão cada vez maiores e as influências do espírito na matéria serão cada vez mais potentes. Tudo se amplia e completa nas ajustadas etapas palingenéticas, como possibilidades mais lógicas da evolução no esquema cósmico.

Pelas referências acima, percebemos a influência diretora da glândula pineal sobre a cadeia glandular do organismo. A ligação que mantém com o hipotálamo e outras zonas nobres do sistema nervoso central é evidente, como também a influência que exerce no sistema neuro-vegetativo. Desse modo, jamais podemos afastar a glândula pineal da participação de inúmeras funções orgânicas, direta ou indiretamente, assim como da acentuada correlação no setor psíquico.

Porque não admitir a pineal - devido à sua situação absolutamente central em relação aos órgãos nervosos, às unidades glandulares que dirige, aos elementos somáticos que influencia, ao sistema neuro-vegetativo que atua e controla - como sendo o Centro Psíquico, o Centro Energético, o Centro Vital, que se responsabilizaria pela ativação e controle de todos os atos
orgânicos, desde os mais simples até os fenômenos mais altos da vida?

Podemos considerar a pineal como sendo a glândula da vida psíquica; a glândula que resplandece o organismo, acorda a puberdade e abre suas usinas energéticas para que o psiquismo humano, em seus intrincados problemas emocionais, se expresse em vôos imensuráveis.

A afirmação filosófica-intuitiva da escola de Alexandria, dos antigos gregos e mais modernamente de Descartes, como sendo a pineal a sede da alma, e com os estudos que atualmente possuímos, devemos meditar profundamente, sem julgarmos a priori aquilo que nossa ciência oficial ainda não alcançou.

Existe outro terreno orgânico, ainda desconhecido inexplorado, para além do físico, de energia mais sutil e menos condensada do que aquela da matéria e que por isso mesmo a dirige e orienta. É terreno puramente vibratório, não observado pelo olho humano mesmo com aparelhagem óptica especializada, contudo perceptível pelos reais efeitos: terreno no qual estaria mergulhada a energia condensada que é a matéria, obedecendo aos seus influxos, por
serem mais evoluídos, mais vividos, mais experientes e, por isso, com possibilidade de comandar inteligentemente.

Para que a ciência progrida resolva seus difíceis problemas, terá que imergir nas energias, mais precisamente nas energias do mundo psíquico, para melhor defini-lo, estudá-lo e compreendê-lo. Não mais se entenderá uma ciência que fique a arrastar-se na análise e a computar exclusivamente aquilo que os sentidos humanos possam perceber; terá que integrar-se no todo, ter a visão sintética, a visão de conjunto e não mais rastejar teimosamente em dimensões menores.

Os pesquisadores, em suas dissecções anatômicas e em seus mergulhos nos infinitamente pequenos, vão transformando a matéria de viva em morta, e com isso jamais encontram o Princípio Vital, a Essência dessas unidades de trabalho. Por assim proceder, afirmam solenemente nada existir além do que os sentidos percebem, e iludem-se com o mais densificado.


Fonte: Nos Alicerces do inconsciente - Jorge Andréa

GLÂNDULA PINEAL E MEDIUNIDADE?
BACKPACKER
03/09/2014
1 – PREÂMBULO
Pegando um gancho no artigo A mediunidade vista por alguns pioneiros da área mental (1) , apresentado neste mesmo site, vamos focar num assunto bastante obscuro e controverso, acerca da glândula pineal e suas supostas relações com a fenomenologia orgânica da mediunidade.

Antes de adentrarmos os conceitos e implicações do tema glândula pineal em face da mediunidade, temos que esclarecer as perspectivas pelas quais a mediunidade e a reencarnação, pilares da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, são observadas pelo ponto de vista científico atual.

No que tange a mediunidade, observa-se no Código Internacional de Enfermidades – CID, em seu Código n. 10 (F44.3) apresenta a classificação: Estado de Transe e de Possessão pelos Espíritos. O tema também é abordado por Kaplane e Sadock (2007 6 a ed.), em seu Compêndio de Psiquiatria, no capítulo Teorias da personalidade e psicopatologia, e também foi explorado por Carl Gustav Jung, que realizou estudo de caso para seu doutorado, utilizando- se por oito anos de uma sobrinha que supostamente portava faculdades mediúnicas.

Ferreira (1940) afirma que a base para os estudos da psicologia e psiquiatria, ainda desprezada quase que completamente pela ciência oficial é a reencarnação, que encerraria em si mesmo, as explicações para todas essas inquietações da ciência que vê, presencia, estuda, investiga e não encontra uma causa essencial.

Ainda mais a frente, observa-se que a mediunidade de forma direta ou indireta tem sido estudada no âmbito da neurociência por: Alexander Moreira de Almeida, Sérgio Felipe de Oliveira, Nubor Orlando Facure, Guilherme Ricoppo Rodrigues, Julio Peres, entre outros.

Em abrangência internacional, a mediunidade tem sido averiguada por Julie Beischel (2014)(2) em seu estudo The Survival Hypothesis: Essays on Mediumship e por Michael Prescott’s (2014)(3).

Este artigo não tem a pretensão de chegar a uma conclusão para o tema das funcionalidades da glândula pineal, mas sim demonstrar as perspectivas observadas até o momento, em um arcabouço conciso e consistente de ideias, de forma cronológica a facilitar ao leitor espírita ou não espírita, as práticas que tem sido seguidas nos últimos anos sob a égide deste assunto.

2 – JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO
A vida após a morte ainda não está provada através do método científico. A comprovação dos fenômenos da mediunidade e da reencarnação, de forma cabal, ergueria a Doutrina Espírita ao rol das ciências, tal como era o objetivo de seu codificador Allan Kardec.

Somente nos últimos anos foi possível analisar de forma mais precisa as áreas cerebrais, a partir do uso de encefalogramas e tomografias. Em especial, a tomografia computadorizada(4) , desenvolvida por Cormack e Hounsfield em 1956, invenção pela qual receberam o prêmio Nobel em fisiologia e medicina em 1979.

Não houve menção na codificação espírita sobre o termo glândula pineal, mas na obra O Livro dos Médiuns (1861) em vários momentos é citado que as faculdades mediúnicas se relacionam com predisposições orgânicas, afirmação que abriu um campo vasto para pesquisas, no intuito de descobrir uma ou mais “pontes” entre o organismo físico e o suposto corpo espiritual, denominado por Kardec como perispírito.

Questão 226. 1. O desenvolvimento da mediunidade se processa na razão do desenvolvimento moral do médium? — Não. A faculdade propriamente dita é orgânica, e portanto independente da moral. Mas já não acontece o mesmo com o seu uso, que pode ser bom ou mau, segundo as qualidades do médium.

Acreditamos que os estudos sérios acerca do tema são extremamente válidos, tendo como meta direcionadora a comprovação e o aprofundamento dos axiomas espíritas. No campo medicinal, justifica-se também o estudo da pineal devido à sua produção de melatonina pelo órgão e problemas recorrentes de insônia.

Vamos adentrar portanto, nas conceituações da glândula pineal do ponto de vista acadêmico, e discorrer um breve histórico das supostas associações deste órgão como ponte para a manifestação da faculdade mediúnica, apresentada por diversos autores.

3 – CONCEITO
A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de Sylvius e abaixo do bordelete do corpo caloso, na parte anterior e superior dos colículos superiores e na parte posterior do terceiro ventrículo. Está presa por diversos pedúnculos (pedúnculos anteriores – habênulas -, médios e inferiores) sendo que todos esses pedúnculos se irão inserir no tálamo ótico. Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.

Figura 1. Ilustração da glândula pineal

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Segundo Markus e Cecon (2013), a pineal é ativada pelo escuro e produz um hormônio — melatonina, conforme descoberta de Aaron Lerner e equipe da Universidade de Yale em 1958.

Nos anos de 1950, alguns autores diziam que era uma glândula que inibia as gônadas (ovários e testículos), enquanto outros obtinham resultados contrários. Uns afirmavam que era um hormônio que facilitava a indução do sono, enquanto outros afirmavam o contrário. Essa controvérsia só foi resolvida quando ficou realmente confirmado que a função da melatonina era marcar o escuro – e, dessa forma, os experimentos feitos com animais noturnos, como os roedores, muito usados como modelos experimentais, indicavam que a melatonina favorecia a atividade, enquanto que os feitos com humanos indicavam que esse hormônio favorecia o sono. Assim, independentemente do que o organismo está programado para fazer nessa fase de escuro (entrar em atividade ou em repouso), a melatonina é a responsável por essa informação ambiental.

A glândula pineal estaria envolvida ainda, com a defesa do sistema imunológico do organismo, conforme testes positivos da propriedade anti- inflamatória da melatonina.

3 – HISTÓRICO
A descoberta da glândula pineal é imputada a Herophilos (335-280 ac.), suposto pai da anatomia e criador do método científico, estudioso de Hipócrates. Porém seus trabalhos se perderam.

A primeira descrição da glândula pineal e as primeiras especulações sobre suas funções encontram-se nas escrituras de Claudius Galenus (anos 130-210 dc.), um médico e filósofo grego que passou a maior parte de sua vida em Roma e cujo sistema dominou o pensamento médico até o século XVII.

Galenus discutiu a glândula pineal, no oitavo livro de sua obra sobre anatomia. Ele explicou que deve o seu nome (em grego: kônarion, latim: glandula pinealis) a sua semelhança em forma e tamanho com as nozes encontradas nos pinheiros cônicos (em grego: Konos , latim: pinus pinea). Ele a chamou de glândula por causa de sua aparência e afirmou que ela tem a mesma função de todas as outras glândulas do corpo, ou seja, um suporte para os vasos sanguíneos.

Outros autores a seguir mencionaram a pineal, em teorias sobre o suposto armazenamento de fluxos de memórias neste órgão. Citam-se Qusta Luqa (864-923), muito influente na Europa até o século XIII, e Constantinus Africanus em 1536.

Há muito tem se proferido por diversos autores a ligação entre a glândula pineal e supostas funcionalidades que escapam ao mecanismo do organismo material, no que se inclui a mediunidade.

Na visão do hinduísmo por exemplo, acredita-se que a pineal é um centro de energia, responsável pelo desenvolvimento extrafísico, como receptor e transmissor de energia vital. A mesma crença se estende a outras correntes filosóficas, espiritualistas e ocultistas, tais como a teosofia.

René Descartes (1596-1650), mais precisamente entre os anos 1641 e 1644 foi um dos pioneiros na área a utilizar de metodologia, ao afirmar que a pineal seria o ponto da união substancial entre corpo e alma, um órgão com funções transcendentes.

Figura 2. Esquema de funcionamento da glândula pineal segundo Descartes

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Ele acreditava que o corpo (incluindo o cérebro) era como uma máquina, extremamente complexa, porém perfeitamente mecânica, e que quem ditava as ordens era uma alma imaterial, que se comunicava com o corpo por via da glândula pineal.

Descartes não foi nem o primeiro nem o último filósofo que escreveu sobre a glândula pineal, mas ele creditou mais importância a isso do que qualquer outro filósofo. Ele tentou explicar a maior parte de nossa vida mental em termos de processos que envolvem a glândula pineal, tema que permanece intrigante e ainda é intensamente estudado hoje, com até mesmo um jornal inteiro dedicado a ele, o Journal of Pineal Research.

Além de Descartes, o escritor inglês Cyril Hoskins, utilizando-se do pseudônimo Lobsang Rampa, dedicou-se ao estudo desse órgão e apresentou algumas particularidades no livro The Third Eye (O Terceiro Olho) em meados de 1956.

Na mesma década, no livro Missionários da Luz, obra espiritualista psicografada por Chico Xavier, atribuída ao suposto espírito André Luiz, a epífise é descrita como a glândula da vida espiritual e mental que caracteriza um órgão de elevada expressão no “corpo etéreo” onde presidem os fenômenos nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o sistema endócrino, e desempenha papel fundamental no campo sexual; é descrita ainda como ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital, comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.

Em 1964, no livro Desenvolvimento Mediúnico, o escritor espiritualista Edgard Armond menciona os termos “acionamento e forçamento das glândulas cerebrais” na ocorrência das faculdades mediúnicas, onde deduz-se que foi mais uma afirmação sobre a pineal.

Outro autor que pormenoriza alguns aspectos da glandula pineal é Carlos Torres Pastorino (1969) em seu livro Técnica da Mediunidade, no Capítulo Biologia, subcapítulo Sistema Glandular.

Na opinião de Pastorino, para a execução da faculdade mediúnica, seria necessária uma válvula que detecta e retifica ondas, a qual seria a pineal. Comparativamente à uma termiônica(5) , a pineal funcionaria recebendo corrente alternada e deixando sair corrente direta: seria pois uma “transformadora de corrente”, ao mesmo tempo agindo tal qual um transformador de frequência, recebendo “ondas pensamento” que sairiam modificadas em “ondas-palavra”.

Figura 3. Funcionamento da pineal segundo Pastorino (1969)

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Nas palavras do autor:

A pineal, formidável válvula eletrônica, capta as ondas-pensamento, (corrente alternada) e as detecta em ondas discursivas (corrente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos frontais do cérebro, e depois traduzidas em som (pelo aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos (pelos músculos das mãos).
A hipótese de que a pineal funcionaria tal como uma “antena” seria embasada ainda, no âmbito da química, onde esclarece-se que a apatita, mineral do grupo dos fosfatos com fórmula geral Ca10(PO4)6(F, OH, Cl)2 , está presente na glândula, bem como possui considerável participação na estrutura óssea humana.

A apatita é um mineral que assimila trações de fissão por partículas emanadas de isótopos radioativos naturais, e utilizada para estimar a história termal de sedimentos em bacias sedimentares. No âmbito industrial, é utilizada em larga escala para fabricação de fertilizantes, ração animal, ácido fosfórico, detergentes, inseticidas e até gemas.

Figura 4. Estrutura da apatita conforme Toledo e Pereira (2001)

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Figura 5. Foto e forma cristalográfica do mineral



Francisco Cajazeiras e Nubor Facure são outros exemplos de autores que divulgam em meio eletrônico ou palestras, conjuntos de ideias similares sobre a glândula pineal.

Segundo Facure, como a pineal é sensível à luz, não seria de estranhar que possa ser mais sensível ainda à vibração eletromagnética A irradiação espiritual seria, em suas palavras, essencialmente semelhante à onda eletromagnética que conhecemos, compreendendo-se, assim, sua ação direta sobre a pineal.

Ele supõe ainda que o contato da entidade espiritual com a pineal do médium possibilitaria a liberação de melatonina predispondo o restante do cérebro ao “domínio” temporário do espírito comunicante. Essa participação química ao fenômeno mediúnico poderia explicar as flutuações da intensidade e da freqüência com que se observa a mediunidade.

4 – MÉTODO CIENTÍFICO E NEUROCIÊNCIA
Karl Popper em 1959 afirmava que aquele que se intitula como cientista, seja teórico ou experimental, formula enunciados e verifica-os um a um, submetendo-os a testes, confrontando com a experiência, através de recursos de observação e experimentação.

Observa-se entretanto, que a maioria dos autores mencionados no histórico anterior, somente permaneceram no campo das conjecturas, que apesar de extremamente interessantes, até então a ciência formal não teria identificado como autênticas.

Oliveira (1998)(6) , em seus estudos acerca do tema, teve a oportunidade de investigar os cristais de apatita da glândula pineal mediante a difração dos raios X, usando também a tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Os cristais foram observados na microcirculação sanguínea que os mantinha metabolicamente ativos e vivos. Na afirmação do pesquisador, seriam estruturas diamagnéticas que repelem ligeiramente o campo magnético, cujas ondas se deixam ser ricocheteadas de um cristal a outro. Seria portanto, como um sequestro dos campos magnéticos pela glândula. Deduziu-se daí, pelo pesquisador, que quanto mais cristais uma pessoa tem, maior a possibilidade de ela captar as ondas eletromagnéticas. Teriam portanto, os médiuns ditos ostensivos, um número muito maior de cristais.

A mediunidade é uma faculdade da percepção sensorial. A hipótese de Oliveira é que, para qualquer faculdade deste tipo ser exercida, ela necessita de um órgão que capte e outro que o interprete. A glândula pineal seria o órgão sensorial da mediunidade, como um telefone celular, captando as ondas do espectro eletromagnético, provenientes das dimensões espirituais, e o lóbulo frontal faz o juízo crítico da mensagem, auxiliado pelas demais áreas encefálicas.

Oliveira demonstrou que médiuns psicofônicos possuem mais cristais de apatita na glândula pineal, e que durante o momento de comunicação espiritual os médiuns possuem alta atividade cerebral e aumento de fluxo sanguíneo na região da glândula pineal.

Na opinião do psiquiatra Dr. Alexander Moreira de Almeida, não há ainda um estudo acadêmico consistente sobre o tema:

Do ponto de vista científico, desconheço qualquer estudo trazendo evidências da pineal se relacionar com mediunidade. Entretanto, sem dúvida é uma interessante hipótese a ser testada. (Moreira, 2004)
Em 2004, Alexander Moreira de Almeida concluiu sua tese de doutorado pela USP, na área de experiências mediúnicas. Almeida estudou 115 médiuns espíritas que seguem a doutrina codificada por Allan Kardec, com o objetivo de construir seu perfil sociodemográfico e para comprovar sua saúde mental.

O pesquisador concluiu que a maioria dos médiuns desenvolveu sua mediunidade durante a infância e mostraram altos níveis socioeducativos. Não se debruçou entretanto no estudo da glândula pineal.

Em 2013 o estudo de Peres e Newberg abriu portas para o estudo de neuroimagem em SPECT (Tomografia computadorizada por emissão de fóton único), mapeando o cérebro e suas atividades, utilizando uma amostra de 10 médiuns. Nas palavras de Peres, “5 médiuns experientes” e “5 inexperientes”.

Os voluntários relataram que o transe envolvia um “estado de relaxamento mental”. Tal relaxamento poderia explicar a atividade geral atenuada do cérebro, mas o fato de que os indivíduos produziram textos complexos em estado de transe dissociativo sugere que eles não estavam meramente relaxados. Os resultados também não condizem com simulação ou fraude, que, por vezes, têm sido oferecidas como explicações para a mediunidade. Circuitos neurais relacionados ao planejamento presumivelmente seriam recrutados para a composição dos textos, caso os indivíduos estivessem simulando tais conteúdos. (Peres e Newberg, 2013)
Figura 6. Resultados sintéticos do estudo de Peres e Newberg (2013)

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Os pesquisadores assumem que o estudo é preliminar e sugerem que o mesmo se estenda, com a aplicação de outras metodologias, e aumentando a amostra de médiuns:

Futuros estudos devem considerar a possibilidade de avaliadores externos especialistas pontuarem cegamente aspectos da experiência mediúnica, bem como a qualidade dos conteúdos produzidos nesse estado (expressados em palavras, textos, pinturas etc.), e dos conteúdos gerados em estado habitual de consciência (fora do transe) pelos próprios médiuns e por grupos de controles. Além disso, uma avaliação cuidadosa da experiência fenomenológica investigada por neuroimagem pode favorecer a correlação mais precisa entre a experiência em primeira pessoa (fenomenológica) e a experiência em terceira pessoa (atividades neurais). Os escores de complexidade – avaliados cegamente por especialistas – dos conteúdos produzidos durante o transe ou aspectos relevantes da experiência podem ser usados como regressores em análises estatísticas. (Peres e Newberg, 2013)
O estudo trouxe resultados interessantes a esse respeito. Um especialista da área de letras cegamente avaliou a complexidade dos textos produzidos pelos médiuns durante as duas tarefas. A análise de correlação linear comparando mudanças nos escores de complexidade para o conteúdo escrito e alteração do fluxo sanguíneo cerebral (FSC) nas áreas relacionadas com o estado de psicografia (cúlmen esquerdo, hipocampo esquerdo, giro occipital inferior esquerdo, cíngulo anterior esquerdo, giro temporal superior direito e giro pré- central direito) mostrou uma tendência de correlação inversa: os níveis crescentes de complexidade foram associados com diminuição gradual do FSC em cada região. A tendência de correlação inversa encontrada em nosso estudo, quando levada em conta a complexidade do conteúdo psicografado, requer discussões futuras e novos estudos para formulações de hipóteses explicativas. (In: Peres e Newberg, 2013)

O nível comparativamente reduzido de atividade no córtex temporal, giro pré- central, hipocampo e cíngulo anterior em médiuns experientes também reforça os seus relatos subjetivos de que não tinham consciência do conteúdo escrito durante a psicografia, cujos temas envolveram princípios éticos/espirituais e a importância da união entre ciência e espiritualidade.

Os médiuns relatam que “a autoria dos textos psicografados foi dos espíritos comunicantes e não pode ser atribuída a seus próprios cérebros”, o que é também uma hipótese plausível.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ciência progride cada vez mais, possibilitando a descrição mais precisa dos componentes cerebrais, incluindo a glândula pineal.

Apesar de nenhum pesquisador ter demonstrado de forma conclusiva e inequívoca a suposta função da pineal nos fenômenos mediúnicos, os estudos cada vez se direcionam de maneira mais segura a esta conclusão, consideradas também as participações de outras regiões cerebrais, como mencionado por Peres.

Acredita-se que com o fomento destas pesquisas de cunho científico, introduzindo “peritos cegos” e uma amostra maior de médiuns, e a utilização de novos métodos, resultarão em resultados promissores para a comprovação dos axiomas espíritas.

Sugere-se que os peritos cegos sejam desconhecidos dos médiuns, para que não exista possibilidade de sugestão em qualquer nível.

Segundo cotações atuais, o custo de uma imagem SPECT está na faixa de 700 dólares, custo que deve ser averiguado em um estudo de viabilidade pelas instituições que fomentarem um estudo que introduza uma amostra maior de médiuns.

Sugere-se por fim, que sejam observados e apresentados de maneira integrada, estudos referentes à grafoscopia e transcomunicação instrumental (Electronic Voice Phenomena), como temas a serem observados pelos peritos.

6 – REFERÊNCIAS
DESCARTES, R., 1637, La Dioptrique, in: Descartes, R., Discours de la méthode, Leyden: Ian Maire. (Em francês). Digitized reprodução fotográfica disponível on-line (JPEG). Reproduzido em AT, vol. VI. Tradução Inglês parcial no CSM, vol. I.

KAPLAN, H.I., SADOCK, B.J., SADOCK, V.A. Compêndio de Psiquiatria. Editora: Artmed. 9a Edição. 2007

KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. SPEE. Paris, 1861.

MARKUS, R.P., CECON, E. O tempo biológico e a defesa do organismo: Uma conversa bidirecional entre a glândula pineal e o sistema imunológico. Artigos de periódico nacional. 2013. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v65n1/a21v65n1.pdf

OLIVEIRA, I.F. Psiquiatria em face da Reencarnação. FEESP. 1940.

OLIVEIRA, S.F. Estudo da estrutura da glândula pineal humana empregando métodos de microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura, microscopia de varredura por espectrometria de raio-x e difração de raio-x. Dissertação de mestrado da USP. São Paulo, 1998.

PERES, J. NEWBERG, A. Neuroimagem e mediunidade: uma promissora linha de pesquisa. Artigo da série Mind-Brain. 2013. Disponível em: http://www.readcube.com/articles/10.1590/S0101-60832013000600004

POPPER, K.R. A Lógica da pesquisa científica. Editora Cultrix. São Paulo, 1959. Tradução de Leônidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota.

TOLEDO E PEREIRA – A VARIABILIDADE DE COMPOSIÇÃO DA APATITA ASSOCIADA A CARBONATITOS – Artigo disponível neste link (ultima consulta em 14/12/2016)

NOTAS:
1 Vide Artigo em: http://www.jornalcienciaespirita.spiritualist.one/a-mediunidade-vista-por-alguns-pioneiros-da-area-mental

2 Detalhes do estudo no blog: http://drjuliebeischel.blogspot.com.br

3 Detalhes do estudo no blog: http://michaelprescott.typepad.com/michael_prescotts_blog

4 Maiores detalhes no link: http://pt.slideshare.net/Luanapqt/tomografia-computadorizada-16025535

5 Efeito termiônico é o aumento do fluxo de elétrons que saem de um metal, devido ao aumento de temperatura. Ao aumentar-se substancialmente a temperatura do metal, há uma facilidade maior para a saída dos elétrons. Descoberto por Guthrie e confirmado por Thomas Edison em 1880.

6 MSc em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP e Diretor da Clínica Pineal Mind de São Paulo.

Pineal - Links

http://www.espiritualismo.info/pineal.html

http://jornalcienciaespirita.spiritualist.one/glandula-pineal-e-mediunidade/

http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/glandula-pineal-e-sua-importancia/#.WKD4HPnyu70

https://www.youtube.com/watch?v=4VpYtQ5y2yg

http://www.guia.heu.nom.br/glandula_pineal.htm


O Elo de Ligação entre Corpo e Espírito é a Glândula Pineal

Introdução


          Muitos de nós pelo menos uma vez na vida já se perguntou sobre a vida após a morte, como seria o lugar para onde iríamos após o nosso óbito? Uma certeza temos! caso isso ocorra, não é com esse corpo orgânico que iremos fazer a  "passagem", pois é sabido por qualquer um que esse organismo físico perece, ou seja, sofre decomposição. "Nada se perde, nada se cria tudo transforma-se", já disse o grande sábio! Essa e muitas perguntas são resultantes dessa asseveração. Duas perguntas originam-se; Qual a conexão ou o elo que une o espírito ao corpo? Sendo assim definido, é possível que um espírito, ou seja, uma consciência que não possui um corpo físico, comunicar-se através de um de nós, que ainda possuímos a vivência física ou ainda manipular por completo o nosso corpo físico (fenômeno de incorporação).
         Existe um órgão que vêm sendo estudado durante o processo histórico de desenvolvimento científico, chamado de Glândula Pineal, produtora do hormônio chamado de melatonina, também produzido na retina, há muito tempo cogita-se a possibilidade do órgão ser a ligação do espírito com o corpo físico. Logo a baixo descreveremos um pouco da morfologia e das principais funções da Pineal.

          A glândula pineal tem a forma de um cone de pinha (pinea) e no adulto mede 8 mm de comprimento por 4 mm de largura e pesa 0,1 a 0,2 gramas. Apesar de sua anatomia tão discreta está sempre envolta por um misticismo. Citada em várias doutrinas, desde 3.000 anos a. C. na Yoga, no esoterismo, na numerologia ela aparece com alguns pontos em comum do conhecimento humano. No ocidente foi descrita pela primeira vez por Herophilus de Alexandria, por volta do ano 330 a. C., e foi reconhecida como uma glândula por Galeno, em Roma, que introduziu o termo "Konareon" para a pineal, pela estrutura em forma de um cone de árvore de pinha, "Pineal" é derivado do latim pinealis, que significa cone de pinha. A glândula Pineal também é conhecida como epífise, mas este termo é muito parecido com Hipófise, que é outra glândula do sistema endócrino, podendo dar margem a confusões, prefiro chamá-la de pineal, por ser mais aceito no campo científico, e também evitando equívocos. Versalius, no século XVI, descreveu elaboradamente a topografia e a consistência da glândula.  Descartes, no século XVII, atribuiu a pineal como sendo o ponto de união da alma ou espírito ao corpo biológico.
          O Espiritismo no século XIX a coloca como importante região na mediunidade e na deflagração da puberdade. Contemporaneamente, a pineal ressurge como objeto de estudo da Medicina e da Biologia, através de uma revisão da literatura mundial feita por Kitay e Altschule em 1954, Outro marco nos estudos da pineal ocorreu em 1959, quando Lerner et al. isolou o hormônio da glândula pineal, a que chamou de melatonina. A partir disso, em vários trabalhos, congressos e simpósios procurou-se esclarecer o papel funcional da pineal. A glândula pineal vem sendo estudada detalhadamente em vários animais e muitos achados demonstram a importância da pineal em vertebrados, mamíferos e humanos. Comum a todos os vertebrados é o caráter endócrino da pineal, cuja secreção é controlada pelo ciclo claro-escuro ambiental. Sendo a produção de melatonina exclusivamente noturna, a duração de sua concentração no extracelular depende da duração do período de escuro do ciclo dia-noite. A concentração plasmática de melatonina também varia de acordo com as diversas estações do ano, que determinam noites com diferentes durações conforme a estação vigente. A pineal é um temporizador do meio interno, estando envolvida na regulação de diversas funções fundamentais para a sobrevivência do indivíduo; regulação endócrina da reprodução, modulador do comportamento sexual, ciclo sono-vigília, regulação do sistema imunológico, regulação do metabolismo intermediário. Relatos ligam a pineal a distúrbios psiquiátricos como SAD (Seasonal Affective Disorder), analgesia e stress, distúrbios dos sono, epilepsia e outras manifestações clínicas, caracterizando a importância do estudo da glândula pineal e do seu principal hormônio, a melatonina.




Glândula Pineal 


Anatomia

          A glândula pineal tem a forma de um cone de pinha (pinea) e no adulto, mede 8 mm de comprimento por 4 mm de largura e pesa 0,1 a 0,2 gramas. É um órgão parenquimatoso, derivado do teto diencefálico caudal que se projeta posteriormente no tronco cerebral. Está unida ao diencéfalo por um pedículo que no homem é curto e fino, situando-se entre os colículos superiores. O terceiro ventrículo está imediatamente anterior à pineal que está em contato com os recessos pineal e suprapineal do mesmo. Encontra-se também logo abaixo do esplênio do corpo caloso.




Bioquímica


          Em alguns animais, a melatonina é produzida na retina e na pineal, mas, no ser humano, a produção fisiologicamente importante é de origem pineal, já que humanos pinealectomizados não apresentam níveis detectáveis de melatonina circulante. A melatonina foi isolada em 1959 por Lerner. Este hormônio recebeu o nome grego melas (escuro) e tonos (trabalho). A melatonina, ou N-acetil-5metoxitriptamina, é o maior produto metabólico da pineal. É uma indoleamina com um peso molecular de 232.3. A sua síntese depende das condições ambientais de luz e é estimulada por fibras simpáticas pós-ganglionares provenientes do gânglio cervical superior, cuja atividade está sincronizada com a fase escura do ciclo dia-noite. A luz tem ação inibitória.



 A GLÂNDULA PINEAL E DOUTRINAS


 Doutrinas Orientais

          Nas doutrinas orientais a glândula pineal corresponde ao centro coronário também chamado “chakra” coronário. A palavra chakra é sânscrita, e significa roda, ou disco giratório. É usada por classificar o que amiúde se chama de Centros de Força do Homem. A energia no interior do chakra deve sair ou entrar de acordo com a direção em que está girando. A direção de seu giro é determinada pela influência das correntes positivas e negativas que são alternadas e que dependem da energia do planeta e do cosmo. O Centro coronário é o sétimo situado no alto da cabeça. Os livros hindus chamam-no lótus de mil pétalas, embora o número exato de força primária seja 960. Estas "pétalas" são uma maneira de descrever a frequência da energia em cada chakra. O número de pétalas em cada lótus é o mesmo que o número de raios que cada roda de força tem. No centro coronário que está na posição da glândula pineal há o desenvolvimento das experiências subjetivas do "Eu Sou". Precisamos sentir, sempre, o ritmo de dormir e acordar, de inspirar e expirar, e todos os pares de oposições que vem com o mundo objetivo e da forma. São esses ritmos que nos dão a lei cíclica ou periódica em toda manifestação.  
          Para os hinduistas o despertar do centro coronário corresponde ao coroamento da vida, pois confere ao homem a plenitude de suas faculdades. Os esotéricos referem uma particularidade no desenvolvimento deste chakra. No princípio é, como todos os demais uma depressão do duplo etérico (que é a parte invisível do corpo físico pelo qual fluem as correntes vitais que mantém vivo o corpo, e serve de intermediário entre o pensamento e o corpo físico) pela qual penetra a divina energia procedente do exterior.
          Mas quando o homem se reconhece como a luz divina e se mostra magnânimo com tudo que o rodeia, o chakra coronário reverte, por assim dizer, de dentro para fora, e já não é um canal receptor, mas um radiante foco de energia, não uma depressão, mas uma proeminência ereta sobre a cabeça como uma cúpula, como uma coroa. As imagens pictóricas e esculturais das divindades e excelsas personagens do Oriente, costumam mostrar esta proeminência como se vê na estátua do Senhor Buda em Borobudur (ilha de Java). Também se nota essa proeminência na simbologia cristã, como, por exemplo nas coroas dos vinte e quatro anciões, que a retiravam diante do trono do senhor. Essa vibração é freqüentemente representada pelos artistas como uma auréola circundando a cabeça de pessoas altamente desenvolvidas ou santas. A Glândula corresponde ao Chacra Frontal (6), na figura abaixo:





A GLÂNDULA PINEAL E ESPIRITISMO


          A glândula pineal é descrita apenas em obras correlatas do Espiritismo. Em minha pesquisa encontrei 3 autores que descrevem hipóteses quanto à sua função; são eles C. Torres PastorinoJorge Andréa e André Luiz. Em trabalhos mais recentes há publicações do Dr. Sérgio Felipe Oliveira e Dra. Marlene Nobre pesquisando sobre o assunto Existe uma revisão dos avanços nos estudos da glândula pineal pelo Dr. Mario Fernando Prieto Peres excelente, porém sem os aspectos do Espiritismo. Em Técnica da Mediunidade 1969 de C. Torres Pastorino, na parte de Biologia - Sistema Glandular o autor descreve o corpo pineal anatomicamente e faz alguns comentários histológicos, e afirma: "Na realidade o corpo pineal não é a glândula produtora de hormônios, mas uma Chave de ligação elétrica ou, talvez melhor dito, uma Válvula. Os impulsos eletromagnéticos e eletroquímicos são registrados no corpo pineal e transmitido para o espírito. Temos, pois, no corpo pineal a válvula transmissora receptora de vibrações do corpo astral, regulando todo o fluxo de emissões do espírito para o corpo físico e vice-versa. Os impulsos provenientes do espírito são transferidos do corpo astral ao corpo pineal, irradiando-se daí a substância branca, ao córtex, ao tálamo, até penetrar normalmente no sistema nervoso, comandando o veículo somático. Essa é a ligação direta do próprio espírito (personalidade) com seus veículos físicos.” Discordaremos do autor pois desde 1959 Lerner sintetizou a melatonina que é um hormônio produzido pelo corpo pineal como chama o autor, provando ser uma glândula. E através deste hormônio a glândula pineal interage com os demais órgãos. Pastorino coloca também que o corpo pineal (ou epífise) é a responsável pela vidência do mundo astral e pela clarividência. O autor usa o título do livro "Técnicas da Mediunidade" e usarei a definição de Mediunidade do Livro dos Médiuns - como a faculdade dos médiuns, e Médiuns como pessoa que pode servir de medianeira entre os espíritos e os homens. Kardec refere como médiuns videntes as pessoas dotadas da faculdade de ver os Espíritos. "O médium vidente acredita ver pelos olhos, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados". Para podermos afirmar que a pineal é responsável pela vidência necessitaríamos um embasamento científico, para podermos comprovar sua importância. Pastorinho utiliza da designação "corpo astral" que é utilizado no esoterismo, Kardec utiliza o termo perispírito.
          O autor se refere posteriormente sobre a "interação na irradiação que provém da "mente" cuja emissão é feita através de onda que é emitida pelo "átomo monádico" localizado no coração. Esta teoria lembra a de Descartes no século XVII em "As Paixões da Alma" art. 36 Descartes coloca "Os espíritos refletidos pela imagem assim formada sobre a glândula pineal, quer por ação direta sobre o coração, quer por uma variação no regime do sangue, modificam o regime dos espíritos que seguem do coração para o cérebro, de modo que a alma, sentindo a paixão torna a lançar os espíritos no mesmo circuito". 
          Jorge Andrea também faz referências sobre a glândula pineal. "O estudioso Leyding admitia ser a glândula pineal o órgão responsável pelo "sexto sentido". Na espécie humana, a glândula pineal responderia pelos mecanismos da meditação e do discernimento, da reflexão e do pensamento e pela direção e orientação dos fenômenos psíquicos mais variados. Os seres vivos; quer vegetais ou animais até determinados anfíbios, as suas respectivas essências psíquicas ou energias espirituais pertenceriam ao grupo (alma grupo), a espécie de que fazem parte. A partir dos lacertídeos, entretanto, haveria como que um desligamento no "sincício energético". de uma série de nórteis, pontos centrais e vitais das respectivas individualidades que emanciparam energéticamente de suas próprias fronteiras.
Andréa denomina: “Campo-Energético-Especializado de zona espiritual, zona inconsciente ou subconsciente representando o Campo-Orientador das células e tecidos da organização física; seria a "energia-responsável" pela onda morfogenética da espécie, em virtude de seu potencial estar carregado pelas experiências incontáveis de vidas pretéritas. O autor descreve a influência da glândula pineal na esfera genital e sua intercomunicações neuroendócrinas, e descreve o que ele chama de "Núcleos em Potenciação". Estes núcleos são apresentados de intenso poder vibratório, consequentemente de forte emissão energética. Os núcleos atuariam em dimensão mais evoluída, no seu conjunto representariam quase a totalidade da energética espiritual, onde não existem limites no espaço. Estes pontos energéticos seriam o centro, a fonte de toda energia psíquica, em volta dos quais as experiências iriam fixando ampliando seus potenciais, para que a evolução se observe nos diversos setores de vida". A glândula pineal segrega “hormônios psíquicos” ou “unidades de força” que vão atuar, de maneira positiva nas energias geradoras.  Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica. A pineal é a tela medianeira onde o Espírito encontra os meios de aquisição dos seus íntimos valores, por um lado e, pelo outro, fornece as condições para o crescimento mental do homem, num verdadeiro ciclo aberto, inesgotável de possibilidades e potencialidades. As aquisições para o Espírito são cada vez maiores e as influências do Espírito são cada vez mais potentes, Há ampliação e recompletamento nas ajustadas etapas palingenéticas, como possibilidades mais lógicas da evolução no esquema cósmico. A pineal comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital. Durante a tarefa medíunica, (intercâmbio entre espíritos desencarnado com encarnado) a pineal torna-se extremamente luminosa
          A pineal tem a potencialidade de traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual que é eterno. Fica difícil entender a proposta dos Núcleos de Potenciação proposto por Andreas, devido a dificuldade da teoria e muito das palavras usadas serem inexistentes no dicionário.
         Jorge Andréa coloca descrição da glândula pineal e pergunta "Porque não admitir a pineal - devido á sua situação absolutamente central em relação aos órgãos nervosos, das unidades glandulares que dirige, dos elementos somáticos que influenciam, do sistema neurovegetativo que atua e controla como sendo o Centro Psíquico, o Centro Energético, o Centro Vital, que se responsabilizava pela ativação e controle de todos os atos orgânicos, desde os mais simples até os fenômenos mais altos da vida?" Uma outra hipótese referida "possível que os hormônios, pela sua estrutura bionergética, tenham ações específicas nos genes dos cromossomos". "Todas as substâncias estruturadas por moléculas complexas teriam a possibilidade de irradiar elementos apropriados das órbitas de seus átomos. Muitas substâncias ativas de moléculas específicas, pelas suas condições bioenergéticas, e facilmente influenciam a organização perispiritual ou do psicossoma. Esta teoria necessitaria um respaldo científico para poder ser discutida. Em André Luiz a glândula pineal é colocada como a glândula de vida mental. Ela acorda no organismo do homem na puberdade, as forças criadoras e, em seguida continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. A pineal preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no “perispírito”. Perispírito (do grego, péri, ao redor) é o envoltório semimaterial do Espírito. Sendo o perispírito um dos elementos constitutivos do homem, desempenha um papel importante em todos os fenômenos psicológicos e patológicos
          Nas obras básicas não há nenhuma citação especificamente quanto a glândula pineal, nem ligada à mediunidade nem a sexualidade. Haveria necessidade de junto com a informação científica, pesquisarmos se antes e após as atividades medíunicas há ou não aumento ou diminuição da produção de melatonina para que cientificamente pudéssemos opinar da importância da glândula pineal no Espiritismo.