Estudando o Espiritismo

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domingo, 27 de novembro de 2016

Queixas, lamentações e lástimas

Queixas, lamentações e lástimas - 20/07/2013 - Edu Medeiros - Um Amigo do Bem

 


Quantas pessoas cada um de nós conhece que não tenha durante a última semana reclamado da vida ou das circunstâncias por que passa?
Pior ainda são aquelas pessoas que vivem reclamando o tempo todo, e dificilmente sentem-se satisfeitas, ou seja, vivem apresentando um quadro de insatisfação que beira o extremo.
O que talvez essas pessoas não saibam é que queixar-se, lamentar-se ou viver lastimando sobre a vida que levam não é uma atitude saudável, pois normalmente é imensa a suscetibilidade de conduzi-las a um agravamento da situação que poderá se converter em um quadro de difícil solução.
As insatisfações de um modo geral surgem por causa do desejo, seja de ordem material, social ou de querer mostrar ser uma pessoa que não necessariamente é.
O materialismo tem sua parcela de culpa, onde fica evidenciado que o capitalismo, reinante no mundo ocidental, fomenta, ou melhor, alimenta ou amplia esse sentimento danoso chamado desejo, ressaltando que o mais importante não é o que sem tem na vida, mas sim quem se tem na vida.
Não por acaso os orientais entendem desde tempos remotos que o mais importante não é o ter, mas sim o ser, pois a felicidade vem de dentro para fora, e não o contrário.
Queixas, lamentações e lástimas até parecem iguais, entretanto costuma-se isolá-las para poder passar o entendimento de um modo mais específico sobre a situação que se apresenta.
A queixa passa a ideia de um questionamento de ordem geral ou coletivo, inclusive com aspectos julgados pertinentes na sua maioria, portanto tem até seu lado positivo, pois é a partir das queixas que se torna possível obter as melhorias julgadas oportunas ou necessárias para um determinado grupo de pessoas, ressaltando que também pode ser individual, entretanto evidenciando-se o que precisa e pode ser melhorado.
A lamentação passa a ideia de uma impotência diante da situação apresentada, entretanto nada impede do indivíduo que esteja passando por determinada situação, a qual seja julgada injusta, em tentar entender os mecanismos que provocaram tal situação tida como ruim num primeiro momento, pois se analisarmos friamente, nada ocorre por acaso, como também que por lógica toda situação difícil traz de alguma forma o crescimento, mesmo que seja difícil a percepção, até porque como diz o ditado popular: "mar calmo não produz bom marinheiro".
A lástima passa a ideia de que a pessoa não consegue "enxergar" o que já conseguiu, isto é, a pessoa prefere se concentrar no que não possui do que valorizar o que já foi obtido, inclusive com o suor do próprio esforço, até porque aquilo que vem fácil demais vai embora fácil demais também.
As queixas, lamentações ou lástimas costumam levar à "cegueira psicológica" diante do óbvio que por ventura esteja sendo vivenciado, e é nesse momento que valores podem ser invertidos, pois muitos sabem o preço das coisas, porém poucos são os que sabem o verdadeiro valor que elas possuem.
"Queixas e lamentações provocam cegueira... A desesperança ainda pode ser substituída por projetos e realizações." - Martha Medeiros, escritora brasileira.
Algumas sugestões para amenizar, caso venha a sentir que algo não vai bem:
1) Aprenda a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor, e aceite que a resignação é um excelente remédio.
2) Entenda que é imprescindível criar pensamentos novos e fechar a boca para não ferir a si mesmo.
3) Evite achar que os seus problemas são maiores que os dos outros.
4) Não se conforme com a derrota, pois o Criador lhe fez para ser feliz.
5) Evite a vingança, prefira o perdão e distribua amor, mesmo que tenha recebido a ingratidão e o mal.
"Para ter algo que você nunca teve, é preciso fazer algo que você nunca fez." - Chico Xavier, Médium brasileiro.
Edu Medeiros - Um Amigo do Bem, 20/07/2013.
Artigo publicado originalmente na Coluna Espírita do Jornal JC Regional de Pirassununga/SP - Edição de 20/07/2013.

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