Estudando o Espiritismo

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sábado, 2 de julho de 2016

O Cristo Consolador

O Cristo Consolador


Herodes, o Grande (ca. 73 a. C. – Jericó, 4 a.C. ou 1 a. C.), até a idade de três anos, e de seu sucessor Herodes, rei da Judeia e tetrarca da Galileia e da Pereia, filho de Herodes, o Grande e de uma de suas esposas, a samaritana Maltace. Ao assumir o poder, “Antipas recebeu o título dinástico Herodes, que tinha grande significação internamente e em Roma”.1 Foi um rei frívolo e inconsequente, acusado de estar envolvido em vários crimes, como a morte de João Batista, decapitado por influência de Herodias, esposa do seu irmão Herodes Filipe, e a condenação e crucificação de Jesus de Nazaré.2

O nascimento de Jesus foi previsto por profetas do Velho Testamento, (Números, 24:17; Isaías, 7:14 e 9:6-7; Zacarias, 9:9-10), cujas profecias encontram ressonância neste registro de Lucas (1:26 a 34), no Novo Testamento (Bíblia de Jerusalém):

No sexto mês [da gravidez de Isabel, mãe de João Batista e prima de Maria de Nazaré], o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem esposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó, para sempre, e o seu reinado não terá fim”. [...]

Jesus, o Príncipe da Paz, o Maravilhoso Conselheiro, no dizer do valoroso profeta Isaías, enfrentou graves obstáculos e desafios para poder transmitir a sua mensagem de amor e paz. Ao cumprir as profecias dos antigos, Jesus apresenta-se como o Cristo Consolador, o nosso Salvador, como esclarece Emmanuel a respeito:

Dele asseveraram os profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio. Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos.3

O Cristo Consolador imprime novos rumos à caminhada ascensional do Espírito, apontando-lhe um sentido diametralmente oposto ao que, até então, vinha sendo por ele realizado. Com Jesus, o homem aprende a buscar Deus, em espírito e verdade, no íntimo de si mesmo, libertando-se do peso dos rituais e das teologias religiosas. Com as orientações seguras do Cristo Consolador, o ser humano alcança, então, um novo patamar evolutivo: o de ser colaborador de Deus.

O Cristo foi o iniciador da moral mais pura, da mais sublime: a moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os homens uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. [...]4

Neste sentido, a humanidade tem como destino aceitar, cedo ou tarde, os elevados ensinamentos do Evangelho que constitui, em essência, conforme assinala o Espírito Humberto de Campos:

[...] a mensagem permanente do Céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria.5

Ainda que não tenhamos, no momento, condições morais e intelectuais para compreender a dimensão espiritual de Jesus Cristo – o mais perfeito guia e modelo oferecido por Deus à humanidade6 – nem a transcendência da mensagem evangélica, é importante considerar que Jesus não veio destruir a Lei, isto é, a Lei de Deus; veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. [...]4

Todavia, com o processo natural de melhoria espiritual, destinado a todos os seres da Criação, a criatura humana terá à sua disposição o tempo e os recursos divinos necessários para compreender a missão integral do Cristo e o relevante papel por Ele exercido na vida cotidiana. Atingida esta fase de aprendizado, o Espírito aceitará sem reservas, com docilidade e gratidão, o jugo do Senhor, assim expresso em suas amorosas palavras:

Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso. Tomai sob vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois meu jugo é suave e meu fardo é leve. (Mateus, 11:28 a 30. Bíblia de Jerusalém.)

Na oportunidade da celebração de mais um Natal na Terra, no momento em que a cristandade recorda o Cristo e o seu amor por todos nós, recorremos uma vez mais ao benfeitor Emmanuel, à guisa de reflexão de final de ano:

Sem Jesus, estaríamos confinados à sombra de nós mesmos, e, sem a disciplina do seu Evangelho de Luz e Amor, com todas as pompas de nossa fenomenologia convincente e brilhante não passaríamos de consciências extraviadas e irrequietas a caminho do caos.7

REFERÊNCIAS:
1 METZER, M. Bruce e COOGAN, D. Michel. (Organizadores). Dicionário da bíblia. Trad. Maria Luiza X. A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. v. A pessoas e os lugares, p. 112.
2 Disponível em: <http://pt.wikipedia. org/wiki/Herodes_Antipas>. Acesso em: 10 de outubro de 2014.
3 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 38. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. 12, it. Cumprimento das profecias de Israel, p. 98-99.
4 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2013. cap. 1, it. 9, p. 42; it. 3, p. 38, respectivamente.
5 XAVIER, Francisco C. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 37. ed. 3. imp. Brasília: FEB, 2014. cap 1, p.14-15.
6 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. q. 625.
7 XAVIER, Francisco C. Escrínio de luz. Pelo Espírito Emmanuel. Matão [SP]: O Clarim, 1973. cap. Ante o Cristo Consolador.
Marta Antunes Moura

Fonte: O Reformador



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