Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 16 de junho de 2016

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

A obediência é um estado de alma conquistado pelo Espírito nas diversas reencarnações, pois para ser obediente é preciso não ser orgulhoso e egoísta, deixando que sobressaia a humildade.

Com a resignação, são duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens confundam com a negação do sentimento e da vontade. Diz o item 8 do capítulo IX (Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos) de O Evangelho Segundo o Espiritismo (FEB), que: "A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração".

Nas provações porque passa, o Espírito que não é dotado dessas duas qualidades revolta-se contra tudo e todos, e culpa, inclusive, a Deus, que não quer que ninguém sofra mas o sofrimento faz parte da vida, para a nossa própria evolução. " O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes", esclarece o item de capítulo em questão.

Jesus foi o exemplo dessas duas virtudes, que os materialistas e descrentes da época desprezavam. Ele veio à Terra no momento em que a sociedade perdia-se nos labirintos escuros da imoralidade e da corrupção. E os seus ensinamentos norteiam e nortearão as sociedades de todas

as epocas, para que a umanl a e nao se enverede pelos caminhos torpes da degradação moral. O Evangelho nos mostra que a moral e a sabedoria devem caminhar juntas, pois só assim o Homem alcançará, mais rapidamente, os caminhos da redenção.

Não se deve, contudo, confundir obediência com passividade, nem resignação com conformação, O obediente deve ter altivez, coragem, determinação, O resignado deve aceitar o sofrimento como decorrente de atos cometidos contra as sábias leis de causa e efeito, mas deve ter a coragem de lutar, consciente de que se a vida fosse um mar de rosas, a nossa existência não teria sentido, pois tendo tudo nas mãos sem nenhum esforço, o homem se tornaria um estorvo inútil na Terra.

A obediência e a resignação são próprias dos brandos e pacíficos, aqueles que possuirão a Terra, que ao passar para mundo de regeneração, mudará o seu status. Como observa Paulo Alves de Godoy, na obra Os quatro sermões de Jesus, neste estágio, "os rebeldes e obstinados não mais aqui nascerão. Haverá mais estreita relação para as reencarnações.

Haverá menos lágrimas e menos dores. Enfim, a Terra será um planeta onde imperará maior felicidade.

Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, porque eles continuarão a viver nela, para a compleição do seu progresso evolutivo. Os rebeldes, os mais recalcitrantes, serão relegados para planetas menos evoluídos, onde ainda prevalece o 'choro e ranger de dentes', preceituados por Jesus Cristo."

Neste ponto, citamos também o item 6 (A afabilidade e a doçura), no capítulo citado do Evangelho, o qual explica que a educação e a vivência do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades.

São essas qualidades (obediência e resignação), que juntamente com tantas outras que caracterizam o homem de bem, que elevará cada vez mais o Espírito, à condição de bem-aventurados, que são Filhos de Deus (com "F" maiúsculo), isto é, os que executam Sua vontade e Dele se aproximam. São esses que receberão, com prioridade, as bem-aventuranças.

Está, pois, esclarecida a questão proposta pelos descrentes, quando dizem que ao anunciar, no Sermão do Monte, que os que sofrem serão bem-aventurados, Jesus teria entrado em contradição, porque, asseveram, que mérito tem sofrer para ser feliz? Os que sofrem serão felizes, sim, mas os que, obedientes às sábias lições de Jesus, sabem sofrer com resignação.

Editorial - Jornal Espírita - julho/08

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