Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

LIMITES DA ENCARNAÇÃO


LIMITES DA ENCARNAÇÃO
Adams Auni“
Cap.IV. ESE - LIMITES DA ENCARNAÇÃO
- São Luís - Paris, 1859, item 24:
Quais são os limites da encarnação?”
Acreditamos que a palavra “limites” não estariapara determinar numero limite de reencarnações, mas para solidificar a idéia da “almaimortal” ou “espírito imortal” e nesse entendimento poder inferir que essa “encarnação”ocorra no momento em que o espírito é criado por Deus.Onde há a união do espírito e matéria, logo: espírito e fluido cósmico, constituindoassim a base eterna do seu perispírito.A base de nossas observações é o Livro dos Espíritos e para tanto as respostasdos espíritos nos esclarecem:

Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: amatéria e o Espírito?
– Sim... Ao elemento material é preciso acrescentar o fluidouniversal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamentedita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que sobcerto ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para queo Espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido,como a matéria é matéria; suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e soba ação do Espírito, de poder produzir uma infinita variedade de coisas das quaisconheceis apenas uma pequena parte. Esse fluido universal, primitivo, ou elementar,sendo o agente que o Espírito utiliza...” (LE 27)Buscando um maior esclarecimento as respostas dos espíritos nos colocamdiante da razão: “
Uma vez que o próprio Espírito é alguma coisa, não seria maisexato e menos sujeito a confusões designar esses dois elementos gerais pelaspalavras: matéria inerte e matéria inteligente?
– As palavras pouco nos importam;cabe  a  vós  formular  vossa  linguagem  de  maneira  a  vos  entenderdes.  Vossascontrovérsias surgem quase sempre do que não compreendeis sobre as palavras queusais, porque vossa linguagem é incompleta para as coisas que os vossos sentidos nãopercebem... Um fato notório domina todas as hipóteses: vemos matéria sem inteligênciae vemos um princípio inteligente independente da matéria. A origem e a ligação dessasduas coisas nos são desconhecidas. Se elas vêm ou não de uma fonte comum, se hápontos de contato entre elas, se a inteligência tem sua existência própria ou se é umapropriedade, um efeito ou mesmo, conforme a opinião de alguns, se é uma emanaçãoda Divindade, é o que ignoramos. Elas nos aparecem distintas, é por isso que nós asadmitimos como formando dois princípios que constituem o universo. Vemos acima detudo isso uma inteligência que domina todas as outras e as governa, que se distinguepor seus atributos essenciais...”. (LE 28)
 Kardec perquire de forma incansável: “
A matéria é formada de um único ou devários elementos?

– De um único elemento primitivo. Os corpos que consideraissimples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva. (LE30) Lembramos que essa matéria primitiva é o fluido cósmico.
Persiste ao nosso favor o devotado codificador
: “De onde vêm as diferentespropriedades da matéria?

– São modificações que as moléculas elementares sofrempor sua união e em determinadas circunstâncias.” (LE 31).O “espírito” a “Espírito” segue adquirindo informação, “experiênciando-se” em simesmo, tornando-se cada vez mais complexo em suas funções “psíquicas”, nos tramitesdas vivencias e convivências vibracionais.
Permanece o ilustre professor a questionar aos espíritos diante de tamanhodesafio cientifico:
“A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas asmodificações e adquirir todas as propriedades?

– “Sim, e é o que se deve entender quando dizemos que tudo está em tudo”. (LE 33)


“... É assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomoprimitivo até o arcanjo que começou pelo átomo; admirável lei de harmonia daqual vosso Espírito limitado ainda não pode entender o conjunto.”
(LE 540)Retornando  ao  tema  principal  na  integra:  “
Cap.IV.  ESE  -  LIMITES  DAENCARNAÇÃO
- São Luís - Paris, 1859, item 24:

Quais são os limites da encarnação? A encarnação não tem limites precisamente traçados, se nos referirmos ao envoltóriomaterial que constitui o corpo do Espírito. A materialidade desse envoltório diminui àmedida que o Espírito se purifica.Em mundos mais avançados do que a Terra, ele já é menos denso, menospesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito aos infortúnios da vida.Num grau mais elevado, é transparente e quase fluídico.De grau em grau, ele se desmaterializa e acaba por se confundir com operispírito.Dependendo do mundo no qual o Espírito é chamado a viver, toma um corpoapropriado  à  natureza  desse  mundo.  O  próprio  perispírito  sofre  transformaçõessucessivas. Torna-se cada vez mais fluídico até a completa purificação, que constitui anatureza dos Espíritos puros. Embora os mundos especiais sejam destinados aosEspíritos mais avançados, eles não estão ali prisioneiros como nos mundos inferiores; oestado de pureza em que se encontram lhes permite transportarem-se por todas aspartes onde realizam as missões que lhes são confiadas.Considerando-se a encarnação do ponto de vista material, tal qual é na Terra,pode-se dizer que ela está limitada aos mundos inferiores. Portanto, depende do próprioEspírito libertar-se mais ou menos rapidamente da encarnação, trabalhando por suapurificação.Além do mais, deve-se considerar que na erraticidade, isto é, no intervalo dasexistências corporais, a situação do Espírito permanece relacionada com a natureza domundo ao qual ele está ligado pelo seu grau de adiantamento. Deste modo, naerraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, conforme esteja mais ou menos desmaterializado.” Analisando a introdução desse esclarecimento temos: “Quais são os limites daencarnação? A encarnação não tem limites precisamente traçados, se nos referirmos aoenvoltório material que constitui o corpo do Espírito. A materialidade desse envoltóriodiminui à medida que o Espírito se purifica.”
Kardec questiona aos espíritos da codificação algo extremamente interessante:encarnação e não reencarnação.A resposta é um pouco subjetiva e quase despercebida, mas traz uma lucidezincrível: “... não há limites precisamente traçados...” e complementa: “... se nosreferirmos ao envoltório material que constitui o “corpo” do Espírito...”. Os espíritos falamem: “... corpo do Espírito...”.Estamos diante de um possível paradoxo? “Corpo do Espírito...”?O que podemos então entender corpo do Espírito nesse contexto sobre limites da“encarnação”?A nossa assertiva é que poderíamos inferir que se trata do “primeiro corpo” doespírito quando criado por Deus.A “encarnação”, logo, concluímos que o espírito tem uma “primeira” encarnação, eque as “corporificações” sucessivas, mesmo em vários estágios, níveis e mundos,seriam as “reencarnações”, partindo todas essas, mais ou menos materiais, mais oumenos sutis, do perispírito “exalado” do fluido cósmico, base para todos os “demaiscorpos” do espírito.O perispírito, mais ou menos sutil, se adapta a cada ambiente, pois dele absorvematéria para a sua estruturação naquele ambiente em que se expressa e a medida queo espírito progride intelectualmente e moralmente, tornando-se uma estrutura psíquicacada vez mais elaborada e sofisticada, esse mesmo veiculo sintetiza-se, logo, a matériaque o compõe sutiliza-se ao ponto que, alcançando sua plenitude, confunde-se com opróprio espírito.

É dito no Livro dos Espíritos, que o espírito se apropria da matéria do ambientequem que transita, logo, no ato de sua criação por Deus, em sua formação, concluímosque apropriou-se dessa mesma matéria disponível naquele ambiente, logo, o própriofluido cósmico, “hausto do criador” como expressado por André Luiz em sua obraEvolução em Dois mundos, psicografia de Francisco Candido Xavier.
"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio...” (André Luiz).A
partir desse momento inicia a jornada rumo a individualidade espiritual,trafegando pelos mundos e pelos planos, realizando em si a própria obra da criação,agora, colaborando como co-criador, também expressado por André Luiz: “
Co- criaçãoem plano menor
-
Em análogo alicerce, as inteligências humanas que ombreiamconosco utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, paraa Co-Criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energiaespiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que seexprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a HumanidadeEncarnada e a Humanidade Desencarnada...
("Evolução em Dois Mundos", AndréLuiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, Cap. I, edição FEB).Sendo essa a matéria primordial de todas as coisas, bases elaborativa para as“camadas sucessivas” de interação com os mundos, sendo essa a base do perispíritorecém criado por Deus.

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